Pelourinho da Azambuja
| IPA.00003070 |
Portugal, Lisboa, Azambuja, Azambuja |
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Arquitectura político-administrativa e judicial, manuelina. Pelourinho de pinha cónica, com soco octogonal de três degraus e fuste torso com faixas decoradas com rosetas em série, semelhante ao de Colares (v. PT031111050010) e capitel heráldico. Nó circular, ferros de sujeição zoomórficos e remate tronco-cónico liso revivalistas, fruto de restauro. Pelourinho bastante elaborado, sendo de destacar a presença das flores-de-liz nas pedras de armas do antigo Concelho, esculpidas no capitel, e relacionadas com o facto do mesmo ter sido senhorio da família Rolim, de origem francesa. Possui o fuste ornado por rosetas e pedras de armas no remate. Ferros de sujeição com elegante decoração zoomórfica. |
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Número IPA Antigo: PT031103040001 |
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Registo visualizado 1463 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Judicial Pelourinho Jurisdição senhorial Tipo pinha
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Descrição
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Estrutura em cantaria de calcário, composta por soco de três degraus oitavados e escalonados de focinhos salientes e boleados. Base facetada, oitavada, com anéis, que sustenta fuste cilíndrico helicoidal com estrias espiraladas decorado com rosetas, quadrifoliadas, apontadas e botoadas, e dividido em dois registos por nó circular com anel central saliente. É encimado por capitel tronco-piramidal com quatro pedras de armas intercaladas por folhas de acanto e pares de pequenas volutas cantonais, encimado por quatro ferros de sujeição de gancho, em cruz, com argolas e remates zoomórficos, compostas por cabeças de serpe aladas. As armas são duas reais e duas autárquicas, com uma árvore (zambujeiro) arrancada entre duas flores-de-liz. O remate é tronco-cónico liso. |
Acessos
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Praça do Município. WGS84 (graus decimais) lat.: 39,069057, long.: -8,868461 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933 |
Enquadramento
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Urbano. Isolado e destacado. Ergue-se no centro da vila em vasta pç. rectangular plana, calcetada e arborizada fronteira à fachada lateral S da Igreja Matriz (v. PT031103040006), ficando esta num plano mais elevado em adro provido de muro alto e ladeada por edifícios oitocentistas de três pisos, incluindo o da CMA. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Judicial: pelourinho |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933 |
Época Construção
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Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 12 - D. Afonso Henriques doa a povoação de Azambuja a D. Gil Rolim, descendente dos Condes de Chester, na sequência da tomada de Lisboa; denominava-se Vila Franca; 1200 - D. Sancho I doa a vila a D. Rolim de Moura, filho do anterior, e concede-lhe foral; 1218, 22 Fevereiro - confirmação do foral por D. Afonso II; 1272, 17 Maio - novo foral dado à vila pelo alcaide Rui Fernandes; 1513, 07 Janeiro - renovação do foral por D. Manuel, justificando a construção do Pelourinho; 1712 - é da Comarca de Santarém e tem 700 vizinhos, pertencendo a D. João Rolim de Moura; tem 2 juízes ordinários, 2 vereadores, procurador do concelho, escrivão da câmara, juiz dos órfãos com o respectivo escrivão, 2 tabeliães; 1758, 01 Abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas por Manuel Marques Almeida, é referido que a povoação pertencia a D. António de Rolim de Moura, que administrava os fornos de pão e justiça, privilégios que estavam a ser assumidos, lentamente, pela Coroa; tem 3 vereadores, um procurador, que também assume as funções de tesoureiro, 2 juizes, 2 almotacés, um juiz dos órfãos, um juiz das sisas, um escrivão da câmara e 3 escrivães gerais; séc. 19, 2.ª metade - na sequência das reformas administrativas o Pelourinho foi apeado; 1968 - os fragmentos do Pelourinho, que se encontravem dispersos pela vila, foram reunidos na Praça Serpa Pinto, faltando-lhe o nó e o remate com a ferragem; 1968 - reconstrução do Pelourinho pela DGEMN. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural autónomo. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de calcário; ferros de sujeição em ferro. |
Bibliografia
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CHAVES, Luís, Os Pelourinhos Portugueses, Gaia, 1930; CHAVES, Luís, Os Pelourinhos, Lisboa, 1938; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza…, vol. III, Lisboa, Officina Real Deslandesiana, 1712; DGEMN, Boletim nº 123, s.l., 1966; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID; DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 5, n.º 66, fl. 945-956) |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1968 - reconstrução do Pelourinho, incluindo abertura de caboucos, construção de fundações em alvenaria hidráulica de pedra; assentamento de degraus em cantaria aparelhada a pico grosso; peça circular moldurada aparelhada a pico fino (nó); peça de cantaria tronco-cónica aparelhda a pico fino (coroamento); ferragens; desmontar e voltar a montar as cantarias do fuste. |
Observações
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Autor e Data
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Paula Noé 1991 / Lina Marques 2001 |
Actualização
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