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Edifício e estrutura Edifício Saúde Hospital
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Descrição
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Estrutura pavilhonar, constituída originalmente por 22 pavilhões (um piso), autónomos, com instalações dispersas numa área de implantação de 7 hectares e uma lotação de 728 camas especializadas em doenças infecciosas. A construção dos pavilhões segue uma lógica de implantação cujo eixo central se formaliza com uma alameda central, ajardinada, com orientação SO.- NE., sendo esta encabeçada e encerrada pelos edifícios principais que se constituem por dois pisos e um terceiro piso recuado. Os pavilhões, constituídos atualmente por dois pisos (já como ampliação), em forma de “I”, indicando uma estrutura de funcionamento interior de corredor central com alargamento nos términos, onde existe somente um piso (original), indicando as entradas (saídas), são equidistantes entre si e implantam-se perpendicularmente à alameda que serve como espaço central exterior e eixo distributivo de circulação dos utentes. Tanto os edifícios principais como os pavilhonares são constituídos por paredes de alvenaria mista, rebocadas e pintadas. As coberturas, em telha, são de duas águas e quatro águas. As fachadas constituem uma unidade coerente, repetindo-se o desenho de vãos nas fachadas do mesmo edifícios e mantendo o ritmo e coerência de abertura de vãos em todos os edifícios, mesmo já tendo sofrido algumas alterações nas suas dimensões e proporções na década de 1990. Nas últimas duas décadas o Hospital tem sofrido algumas alterações nomeadamente com a ampliação de edifícios novos. A maioria dessas novas construções são adossadas aos muros de delimitação do lote e integram a implantação dos pavilhões pré-existentes assumindo os seus recortes como remate de configuração das fachadas posteriores. Estas construções têm 4 pisos (por vezes mais um recuado para espaço técnico), cobertura plana e adotam os acabamentos semelhantes aos pré-existentes, pelo exterior. Os espaços exteriores entre pavilhões )anteriormente espaços verdes) são atualmente, na sua maioria, utilizados para estacionamento automóvel. |
Acessos
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Rua da Beneficiência, n.º 8. WGS84 (graus decimais) lat.: 38.741641, long.: -9.151747 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, destacado, isolado |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Saúde: hospital |
Utilização Actual
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Saúde: hospital |
Propriedade
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Privada: ESTAMO |
Afectação
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Ministério da Saúde, Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETO: José Paulo dos Santos (1986-1987). |
Cronologia
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1902, 08 novembro - Despacho Ministerial dando início à construção do novo hospital,nos terrenos onde existia o (Recolhimento da Associação das Servitas de Nossa Senhora das Dores, aproveitando estruturas do antigo Convento de Nossa Senhora das Dores ou Convento do Rego, de freiras servitas), possibilitado através do financiamento, no valor de trezentos contos, concedido pela Caixa Geral de Depósitos; 1904, dezembro - conclusão da construção do novo hospital ; 1906, janeiro - inauguração do Hospital do Rego, por obra do governo de Hintze Ribeiro (Presidente do Conselho de Ministros de Portugal); os primeiros doente são transferidos do Hospital Rainha D. Amélia e de outros hospitais (doentes tuberculosos e, posteriormente, outros doentes infecto-contagiosos); 1913 - integração do Hospital de Doenças Infecto-contagiosas ou Hospital do Rego no Grupo Hospitais Civis de Lisboa, que agrega os hospitais de Dona Estefânia, Santa Marta, Arroios, São José e Capuchos / Desterro; 1929 - renomeado, em homenagem ao seu fundador, o Professor José Curry da Câmara Cabral (fundador, o Enfermeiro-Mor) de Hospital Curry Cabral; 1978, julho - passa de Hospital especializado em doenças infecciosas a Hospital Geral Central, com a publicação do Regulamento dos Hospitais Civis de Lisboa; 1989 - passa a ter autonomia administrativa e financeira; 1955 - conclusão da construção do laboratório e da casa das cobaias; 1956, 15 Maio - inauguração, com a presença do Ministro do Interior, da obra de melhoramentos do edifício; 1986-1987 - construção da morgue do hospital, conforme projecto do arquitecto José Paulo dos Santos; 1992 - dispõe de um serviço de urgência próprio; 1998 - inauguração de um novo edifício que serve inicialmente as urgências e atualmente (2014) serve 60% dos internamentos; 1999 - construção de um edifício para a farmácia, junto ao arquivo do serviço de ortopedia, pela DGEMN; 25 Fevereiro - elaboração da Carta de Risco do imóvel pela DGEMN; 2006, 24 agosto - o edifício está em vias de classificação, nos termos do Regime Transitório previsto no n.º 1 do Artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 173/2006, DR, 1.ª série, n.º 16, tendo esta caducado, visto o procedimento não ter sido concluído no prazo fixado pelo Artigo 24.º da Lei n.º 107/2001, DR, 1.º série A, n.º 209 de 08 setembro 2001; 2008 - aquisição dos terrenos do Hospital Curry Cabral pela empresa ESTAMO (empresa que gere património imobiliário do Estado e que adquire este imóvel ao Ministério da Saúde por 20,0 milhões de Euros); 2009-2010 - é realizado pelo gabinete de arquitectura ARX o Estudo Prévio de Desenho Urbano da Área Urbana delimitada pela Av. 5 de Outubro, Av. de Berna, Linha de comboio e Praça de Espanha (Estudo Urbano para a Avenida de Bernaonde se encontra incluído o lote do HCC), Lisboa, através de uma encomenda da ESTAMO; 2010, 01 abril - criação de entidade pública empresarial Hospital Curry Cabral EPE (tendo anteriormente permanecido, e até março de 2010, com estatuto de entidade do Setor Público Administrativo HCC); 2011, 27 dezembro - encerramento do Serviço de Urgência e Unidade de Intervenção Vascular; 2012, 01 de março - integração do Hospital Curry Cabral, EPEno Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE (CHLC), de acordo com o Decreto-Lei nº 44/2012 de 23 de Fevereiro. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1950, Lisboa, 1951; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1951, Lisboa, 1952; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1953, Lisboa, 1954; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1954, Lisboa, 1955; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1955, Lisboa, 1956; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1956, Lisboa, 1957; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos anos de 1957 e 1958, 1º Volume, Lisboa, 1959; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos Anos de 1959, 1º Volume, Lisboa, 1960; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no Ano de 1961, 1º Vol., Lisboa, 1962; Monumentos, n.º 11, Lisboa, DGEMN, 1999; PEDREIRINHO, José Manuel - Dicionário de arquitectos activos em Portugal do Séc. I à atualidade. Porto: Edições Afrontamento, 1994; http://www.hccabral.min-saude.pt/; EXPRESSO, 2014,01,24, http://expresso.sapo.pt/estado-vende-a-estado-para-compor-contas=f498134; CETRO HOSPITALAR DE LISBOA, 2014,01,24, http://www.chlc.min-saude.pt/content.aspx?menuid=500; ARX arquitectos, 2014,01,24, http://www.arx.pt/pt/em-projecto/155-plano-avde-berna. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSEP/DNISP, DGEMN/DREL/DEM, DGEMN/DREL/DRC, DGEMN/DREL |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, SIPA, Carta de Risco, DGEMN/DESA |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco; DGLAB/TT: Ministério das Finanças, Extinção do Convento do Desagravo do Santíssimo Sacramento de Lisboa |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1928, 27 Abril / 1953, 27 Abril - obras de beneficiações nos pavilhões destinados aos leprosos; 1951 - obras de beneficiação pelas Direcções dos Serviços de Construção e Conservação; 1953 - obras de beneficiação; 1954 - obras de remodelação pela Direcção dos Serviços de Construção e Conservação; 1955 - execução de obras de beneficiação do edifício principal pela Direcção dos Serviços de Construção e Conservação; 1956 - remodelação da rede de distribuição de vapor e conclusão das obras de conservação do edifício principal, pelos Serviços de Construção e Conservação; 1957 - conclusão das obras de remodelação da rede de distribuição de vapor pelos Serviços de Construção e Conservação; 1958 - construção de uma pavilhão para pré-lavagem e esterilização de roupas, pelos Serviços de Construção e Conservação; 1959 - início da construção do pavilhão para tratamento de poliomielite e doenças agudas do sistema nervoso, pelos Serviços de Construção e Conservação; DGEMN: 1961 - Construção da nova cozinha, em fase de obra de tosco; execução de arruamentos e arranjo exterior do pavilhão de poliomielite e doenças agudas do sistema nervoso; conclusão das obras de remodelação e beneficiação do serviço 3, conclusão da sala 2; conclusão das obras de adaptação da enfermaria de Sousa Martins a serviço de otorrinolaringologia e cirurgia maxilo-facial do hospital, pelos Serviços de Construção e de Conservação. |
Observações
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EM ESTUDO. |
Autor e Data
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Patrícia Costa 2002 |
Actualização
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joana vilhena (Contribuinte externo) 2014 |
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