Núcleo urbano da cidade de Tavira

IPA.00010025
Portugal, Faro, Tavira, União das freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago)
 
Núcleo urbano sede municipal. Cidade situada em estuário. Vila com castelo e cerca urbana. A malha urbana ficou mais consolidada nos séculos 15 e 16, mas com um número significativo de áreas de desenvolvimento medieval, por seu turno assentes em sucessivas camadas construtivas anteriores à Nacionalidade. Tem a sua génese no Monte de Santa Maria, organizando um recinto muralhado que conjuga uma malha regular e densa com uma área pouco construída e sem uma estruturação clara dos quarteirões, mas ambas com vias conducentes às antigas portas da vila. Exteriores às muralhas e também de génese medieval são os núcleos da mouraria, do alto de São Francisco, as Tercenas (ao longo da margem direita do rio) e um primeiro desenvolvimento na margem esquerda. Caracteriza-se o crescimento da mouraria e de São Francisco por esquemas radiais, a partir de dois largos, mas de escala e regularidade diferentes. Desenvolveu-se ainda na Baixa Idade Média um eixo principal, tangente e exterior ao núcleo intra-muros (eixo entre as Ruas do Malforo e a Porta Nova, que contém a Rua Nova Grande, a Praça da Ribeira e a ponte antiga). Tendo o referido eixo como cabeça principal desenvolveram-se posteriormente as áreas ribeirinhas nas duas margens, segundo um traçado altamente regular, tanto na disposição dos quarteirões como na divisão dos lotes. A Rua Direita constitui o eixo de referência e estruturação da malha ribeirinha da margem direita e o espaço mais alargado da antiga Corredoura serve de eixo de composição e determina as duas direcções em que a malha se organiza. A Rua de São Lázaro é o eixo de composição da margem ribeirinha esquerda, integrando duas malhas que se desenvolvem em sentido diferentes, mas que possuem igualmente uma enorme regularidade, conferida através de um sistema de rua-travessa, tal como na margem que lhe fica oposta. Os altos de Santana e de S. Brás geraram-se em torno das respectivas ermidas: organizam-se por quarteirões relativamente regulares, dispondo-se as artérias principais no sentido da pendente, cortadas por vias secundárias perpendiculares. A cidade tem um cércea média de 1 a 2 pisos. Os quarteirões são genericamente rectangulares, mas evidenciando um loteamento de base quadrangular e pouco profundo, constituindo o pátio o elemento agregador principal na estruturação do edificado.
Número IPA Antigo: PT050814050021
 
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Registo

 
Conjunto urbano  Aglomerado urbano  Cidade  Vila medieval   Vila fortificada  Régia (D. Afonso III)

Descrição

Tavira compõe-se por áreas de desenvolvimento medieval e quinhentista. Apresenta uma leitura espacial bastante homogénea, em parte devido às características particulares do seu edificado, mas sobretudo em consequência do facto da maior parte da cidade se ter consolidado no mesmo período (séculos 15 e 16). Os núcleos de origem medieval são a "vila-adentro", os arrabaldes da mouraria e de São Francisco, um primeiro desenvolvimento ribeirinho na margem direita e pequenas áreas de crescimento na margem esquerda, uma nas imediações da ponte antiga e outra em torno da Ermida de São Lázaro. Nos séculos 15 e 16 regista-se a consolidação do eixo do qual são extremos a Rua do Malforo (Rua Miguel Bombarda) e a Rua da Porta Nova, as áreas ribeirinhas das duas margens, os altos de Santana e de São Brás e o pequeno núcleo do Largo do Cano. A partir dessa época a cidade conhece apenas a sedimentação de pequenas áreas e a construção pontual de edifícios de reduzida importância enquanto motores de desenvolvimento urbano. São exemplo disso o Convento do Carmo ou o Quartel da Atalaia, apesar da sua enorme dimensão. A partir do século 19 começam a produzir-se transformações significativas na imagem da cidade, com a demolição de imóveis e elementos arquitectónicos fundamentais. São regularizadas as margens do rio e construídos o Mercado Municipal e o Jardim Público. Esse processo de transformação é ampliado no século 20 com a introdução de novas formas de locomoção e de um novo "boom" urbanístico que alargou significativamente os limites tradicionais da cidade. Tavira possui uma imagem bastante compacta: a cércea média é de 1 a 2 pisos, o que cria uma escala altimétrica relativamente baixa e constante, valorizando edifícios e elementos singulares como torres e cúpulas de igrejas. À excepção de grandes imóveis, a generalidade das edificações raramente se apresenta individualizada e os vazios construtivos são muitas vezes resolvidos por muros elevados que dão continuidade ao plano marginal. O pátio é o elemento agregador por excelência, em detrimento do logradouro. O cadastro revela a prevalência de loteamento quadrangular, pouco profundo e largo na sua relação com a rua, embora com variações. Os quarteirões assumem uma elevada regularidade geométrica. A "vila-adentro" situa-se no Monte de Santa Maria, ponto mais elevado da cidade, tendo sido a sua única área cercada por muros defensivos. A cerca desapareceu praticamente, salvo na extensão N. e num ou noutro ponto específico ao longo do seu perímetro. Àquela foram sobrepostas casas que seguem o seu traçado e mesmo alguma da sua expressão formal, especialmente no troço da Rua dos Pelames. Neste núcleo podem reconhecer-se características diversas de ocupação espacial. A metade E. estrutura-se através de uma malha reticulada de grande densidade, organizada na direcção das antigas portas da cidade (Portas de D. Manuel I, da Vila e dos Pelames). Os quarteirões são rectangulares ligando-se pontualmente aos edifícios que constituem o limite exterior da "vila-adentro" através de arcos encimados por habitação, como acontece na Travessa da Fonte. Os espaços públicos têm também uma conformação rectangular e constituem pequenos desafogos não construídos (Largo de D. Ana e o Largo da Misericórdia). Junto à margem ribeirinha encontra-se um espaço livre, de características irregulares, junto do qual se encontra a Ermida da Piedade (v. 0814050022). Perdeu o seu sentido e configuração originais pela demolição da antiga Porta da Vila. Os imóveis de maior importância nesta zona são o Palácio da Galeria (v. 0814050023) e a Igreja da Misericórdia (v. 0814060003). Esta última integra-se na cabeça de um quarteirão e constitui o extremo de um pequeno eixo que se inicia na Rua Nova Pequena (Rua Alexandre Herculano). É um eixo simbólico, excêntrico e complementar à Praça da Ribeira e à Câmara Municipal. A metade poente da "vila-adentro" caracteriza-se pela presença de imóveis individualizados, como as Igrejas de Santa Maria (v. 0814050001) e de Santiago (v. 0814060028), do Convento da Graça (v. 0814050016) e do Castelo (v. 0814060002), rodeados por espaços livres de grande dimensão. As ruas, como na parte E., conformam-se também na direcção das portas da cidade (Porta do Postigo, do Buraco e da Afeição), contudo não definem quarteirões. As casas delimitam vazios interiores de utilização agrícola. A exígua Travessa dos Escuteiros denuncia um processo não finalizado de ocupação desse interior. Sem habitações, esta travessa é delimitada por muros que rasgam o que pode ter sido um espaço livre único (possivelmente uma expansão cristã da cerca defensiva anterior). A estrutura das vias nesta zona aponta para uma leve expressão radioconcêntrica, tendo a Igreja de Santa Maria como ponto de partida. Contudo, a par com a configuração geográfica, a dimensão dos espaços públicos dilui essa percepção. Estes possuem uma geometria irregular, constituindo espaços sobrantes relativamente aos imóveis que os delimitam. São os casos do Largo do Castelo (Largo Abu-Otmane), delimitado em parte pela cabeceira da Igreja de Santa Maria e por um troço dos muros do Castelo, e o Largo de Santa Maria, formado pelas fachadas principais da Igreja de Santa Maria e do Convento da Graça e pela fachada N. da Igreja de Santiago. Num dos espaços centrais do período medieval, a Igreja de Santa Maria domina o conjunto. Implanta-se no ponto mais alto da cidade, junto da qual se encontrava o Pelourinho da vila. Têm também características muito diferenciadas a ocupação do lado S. e N. da cerca. A S. a ocupação por casas é total e não existe praticamente sinal dos muros, salvo pelos vestígios das antigas portas. A N. subsiste ainda grande parte da muralha, embora com uma expressão altimétrica reduzida. As portas da cidade de um lado e do outro atestam também uma importância diferenciada. A comprovar esse facto refira-se o investimento produzido na Porta D. Manuel I e na simples abertura nos muros existente na Rua Por-detrás-dos-muros. Exterior à antiga cerca, no lado O., situa-se a mouraria. Implanta-se num local plano que comunica com o Monte de Santa Maria, entre os vales da Bela Fria e da Rua Nova Grande. Os seus limites podem talvez estabelecer-se do seguinte modo: a S. pela Rua do Malforo e as suas imediações, a N. pelo Largo do Cano, a E. pela cortina muralhada e a O. pela Rua dos Mouros. Desenvolve-se de forma radial a partir do Largo e Porta do Postigo (entretanto demolida) até à Rua dos Mouros. Esta última estende-se no sentido perpendicular ao do resto do conjunto, constituindo a charneira desta área com a cidade. É ainda, a par com o pequeno núcleo do Cano, a porta de Tavira para N.. Apresenta um traçado algo irregular e uma escala altimétrica baixa, predominando a habitação térrea. A N. da mouraria desenvolve-se o pequeno aglomerado do Cano. Virado para a cidade como uma espécie de anfiteatro, conferido pela forma do próprio largo, é hoje ocupado em grande parte pelo edifício dos Bombeiros Municipais. Existe na extremidade de um dos seus braços a Ermida de São Roque (v. 0814050042). A N. deste núcleo, na continuação da Rua dos Mouros, estrutura-se um novo eixo de crescimento, a Rua Alto do Cano. A S. da mouraria encontra-se o arrabalde de São Francisco. Implanta-se numa colina, desenvolvendo-se na direcção do vale onde se situam as ruas Nova Grande e do Malforo. Este núcleo também cresceu de forma radial, tendo o Convento de São Francisco (v. 0814060027) e o largo adjacente como pontos de partida. O Largo de São Francisco (Largo Zacarias Guerreiro) possui uma forma triangular e abrem-se a partir deste três vias que ligam à Rua do Malforo e à Rua Nova Grande. Os quarteirões desenvolvem-se perpendicularmente ao sentido da pendente da colina, rasgados no centro pela Travessa Zacarias Guerreiro. A abertura da Avenida Mateus Teixeira de Azevedo, desvirtuou a sua unidade original. Rasgada pelo interior do bairro esta nova avenida substituiu a Rua do Malforo enquanto porta da cidade para O., criando uma nova linha de desenvolvimento na direcção da estação ferroviária. Em comparação com a mouraria, os quarteirões do arrabalde de São Francisco oferecem um traçado mais regular, vias mais largas e uma escala altimétrica superior. Coroando o alto do monte, o convento domina o bairro e a S. encontrava-se a cerca dos frades, limite não construído da cidade tradicional até à edificação do Quartel da Atalaia (v. 0814060031). A E. do Largo de Francisco encontra-se a antiga Horta d'El Rey, progressivamente rodeada por casas. Do seu lado N. conformou-se a Rua Nova Grande, que inclui a Ermida de Nossa Senhora da Consolação (v. 0814060029) em frente da qual existia a antiga cadeia entretanto demolida, a O. a Rua Tenente Couto onde se situa o Hospital e Igreja de São José, a E. faz fronteira com o arrabalde ribeirinho e a S. a Rua dos Combatentes da Grande Guerra, de conformação mais recente, confinante com outras duas hortas urbanas, a das Canas e a do Bispo. Um dos eixos fundamentais da cidade, que a atravessa totalmente no sentido E.-O., tem como extremos a Rua do Malforo, na margem direita, e a Rua da Porta Nova, na margem esquerda. Inclui importantes elementos constitutivos da cidade como a Rua Nova Grande, a Praça da Ribeira, a ponte antiga, o Largo da Alagoa (Praça Dr. Padinha) e a ligação deste com a ponte (Rua 5 de Outubro). Agregadas a este eixo desenvolvem-se as vias que são a base do crescimento das áreas ribeirinhas: a Rua Nova Pequena, a Rua Direita (Rua Dr. Parreira) e a Rua de São Lázaro (Rua Almirante Cândido dos Reis). Na parte ribeirinha da margem direita, partindo da Praça da Ribeira e do enfiamento da Rua Nova Pequena, nascem várias ruas formando uma espécie de leque que se abre no topo N.. Sobressai em importância neste conjunto a Rua Direita. Apesar de desvirtuada a relação desta com a Nova Pequena, é nítido que a sua orientação, paralela ao rio, serviu de base para a estruturação de toda a área. Situada junto à margem, a Rua Direita adquiriu o contorno serpenteante que a margem tinha antes da sua regularização. Existia entre esta e o rio a Ermida do Loreto e o Palácio dos Corte-Real, entretanto demolidos, dando lugar mais tarde ao Jardim Público e ao Mercado Municipal. Este arrabalde ribeirinho é formado por um sistema de rua-travessa, existindo uma hierarquia viária constante. Os quarteirões apresentam uma grande regularidade geométrica tanto na sua forma e dimensão, como na estrutura cadastral. Elemento de composição fundamental deste conjunto é a Rua da Corredoura (Rua Dr. Marcelino Franco), um espaço amplo em forma de trapézio alongado, cujos lados maiores definem duas orientações e duas áreas diferenciadas. Em direcção à Ribeira, uma área ligada às actividades marítimas e herdeira das suas instalações (Tercenas), em que os edifícios apresentam uma linguagem arquitectónica simplificada. Para o interior, uma área de habitação mais nobre e rica. Na extremidade N. da Corredoura existe o único edifício religioso da zona, a Ermida de Nossa Senhora das Ondas (v. 0814050024). Para S. os quarteirões tomam uma disposição progressivamente fragmentada e irregular, sendo disso revelador o Largo das 7 Ruas. Este topo constituía o limite da cidade para S., existindo somente, além deste, edifícios isolados como a Ermida de São Sebastião (v. 0814060005), o Convento de Nossa Senhora das Bernardas (v. 0814060013) e o Convento de Santo António (v. 0814060030 e 0814060033). Só recentemente este limite se expandiu, preenchendo inclusivamente o campo da Atalaia (antigo rossio e campo da feira). Elemento de ligação das duas áreas ribeirinhas é a antiga ponte. Possuía casas e elementos agregados nas extremidades, a Torre de Mar e o Corpo da Guarda Principal a O. e a Porta de São Brás a E., entretanto demolidos. Constituiria, com os alçados ribeirinhos, uma fachada quase ininterrupta de construção. Em estreita relação com a ponte, ainda na margem direita, encontra-se a Praça da Ribeira. Apresenta uma forma trapezoidal irregular, planimetricamente desnivelada, subindo na direcção do rio. Constitui-se formalmente como um delta onde desemboca a Rua Nova Grande e em conjunto com esta eram o centro da cidade quinhentista. A margem esquerda começa por desenvolver-se junto à ponte em direcção ao Largo da Alagoa e numa pequena área em torno da Ermida do Livramento (v. 0814050026). A Rua de São Lázaro é a via de estruturação fundamental tendo posteriormente unido os dois núcleos originais. O conjunto apresenta duas malhas de direcções diferenciadas. Uma primeira, junto ao rio, em que as vias principais são perpendiculares ao curso do rio e à metade N. da Rua de São Lázaro. Configura-se por quarteirões regulares, compactos e largos, cortados obliquamente pela Rua dos Torneiros (Rua Dr. Augusto Silva Carvalho). Forma uma fachada ribeirinha, que em oposição à da margem direita, apresenta edifícios de grande riqueza formal. Evidencia assim a distinção entre uma margem vocacionada como área de trabalho e outra de representação. A segunda malha segue a direcção da metade S. da Rua de São Lázaro sendo excêntrica e interiorizada relativamente ao sentido do rio. É composta por quarteirões mais estreitos do que a primeira malha, mas igualmente regulares e compactos. Nesta é também visível uma hierarquia viária de ruas e travessas paralelas, um sistema de rua-travessa similar ao da na margem direita, contudo com vias de maior dimensão. Do confronto entre as duas malhas fraccionam-se parte de quarteirões e resultam dois espaços vazios de características irregulares, os largos do Trem e da Caracolinha. O Largo da Alagoa está situado no vale entre altos de Santana e de São Brás, na continuação da Rua da Porta Nova. Tem forma de triângulo alongado e, ao invés da Praça da Ribeira que se abre para o rio, comunica indirectamente com aquele através da Rua 5 de Outubro. Domina-o a Igreja do Convento de São Paulo (v. 0814050017), apesar de ser posterior à sua conformação. Nesta margem o crescimento dos altos teve como elementos agregadores as ermidas de São Brás e de Santana. Em ambos o contorno da cota baixa é preenchido por habitações, que formam, no caso de São Brás, uma enorme extensão. O alto de Santana é pouco construído, integrando parte da cerca do Convento de São Paulo. A partir do ponto mais alto elevado do monte, que inclui o largo da ermida, desenvolvem-se ruas no sentido da pendente, que resultam em quarteirões pouco consistentes, contudo tendentes a uma regularidade geométrica. É idêntico o esquema de estruturação do alto de São Brás, mas com uma maior consistência e extensão. Os quarteirões variam de compacidade, forma e dimensão fraccionando-se nalguns pontos em consequência da sua adequação ao terreno, mas aproximam-se da forma rectangular ou trapezoidal. O Convento do Carmo (v. 0814050032) implanta-se a S. da Ermida de São Brás (v. 0814050025), edifício que não constituiu o cerne para novos desenvolvimentos da cidade, sendo a fronteira da cidade tradicional para SE.. O seu largo tem uma configuração quadrangular também de grande dimensão e autónomo das vias, sendo talvez dos poucos espaços públicos desenhados de raiz. Igualmente, nesta margem, foram expandidos os limites tradicionais da cidade.

Acessos

EN270, Rua do Alto do Cano, Rua dos Mouros

Protecção

Inclui Muralhas do Castelo de Tavira (v. PT050814060002) / Igreja de Santa Maria do Castelo (v. PT050814050001) / Igreja da Misericórdia e antiga Casa do Despacho de Tavira (v. PT050814060003) / Ponte Antiga sobre o Rio Gilão (v. PT050814050009) / Convento de Nossa Senhora da Graça (v. PT050814050018) / Palácio da Galeria (v. PT050814050023) / Capela de Nossa Senhora da Piedade (v. PT050814050022) / Igreja de Nossa Senhora das Ondas (v. PT050814050024) / Igreja de São José (v. PT050814060019) / Quartel da Atalaia (v. PT050814060031) / Convento das Bernardas (v. PT050814060013) / Igreja e Convento do Carmo (v. PT050814050032) / Área crítica de recuperação e reconversão urbanística, Dec. nº 56/99, DR 276 de 26 Novembro 1999 / Parcialmente incluído no Parque Natural da Ria Formosa e na Zona Proteção Especial da Ria Formosa (Rede Natura 2000)

Enquadramento

Urbano, implantado no esturário do Rio Gilão, a cerca de 2 km a montante da sua foz, na faixa E. da orla marítima do Algarve. Faz parte de uma rede urbana cuja consolidação privilegiou as áreas litorais e uma estreita faixa interior comunicada com o mar através de pequenos rios e ribeiras. Elemento estrutural daquela rede é a EN 125, que liga as principais cidades da região e une os dois extremos do Algarve seguindo um traçado paralelo e próximo ao do contorno longitudinal da sua costa. Tavira é atravessada pelo Rio Gilão que nasce na serra algarvia e desagua num canal delimitado pelo continente (sob a forma de sapais e de salinas) e por uma língua de areia (Ilha de Tavira) onde se localiza a barra do porto. Situa-se numa região onde a transição entre a serra e o mar (barrocal) atinge uma distância muito curta, numa progressão rápida, no sentido N.-S., de paisagem montanhosa para a de planície e depois para a margem oceânica. Tavira implanta-se então nas últimas depressões da serra e nos terrenos planos que lhe sucedem para S.. O seu núcleo de origem encontra-se no Monte de Santa Maria, na margem direita, à cota altimétrica média de 24 metros, tendo-se expandido depois pelos dois lados do rio. Ocupa uma área que compreende vários montes (altos de São Francisco, de Santana e de São Brás) e vales adjacentes, bem como as zonas ribeirinhas. O território onde assenta possui uma orografia pouco acentuada e facilmente transponível, possuindo actualmente três pontes a unir as duas margens (mais duas a N. da cidade). Os crescimentos recentes, para além de terem ocupado os abundantes espaços vazios existentes no interior do recinto tradicional, envolveu-o igualmente em todas as direcções, diluindo os seus limites. Esse crescimento deu-se sobretudo no sentido E.-O. já que encontrou entraves de crescimento a S. pela existência de sapais e salinas e a N. por uma topografia que se torna mais acidentada, a que acrescem as barreiras provocadas pela passagem dos sistemas ferro e rodoviário.

Descrição Complementar

Não aplicável

Utilização Inicial

Não aplicável

Utilização Actual

Não aplicável

Propriedade

Não aplicável

Afectação

Não aplicável

Época Construção

Séc. 13 / 15 / 16

Arquitecto / Construtor / Autor

André Pilarte, Francisco Xavier Fabri, Diogo Tavares, José de Sande Vasconcelos

Cronologia

Época pré-romana - o Monte de Santa Maria foi fortificado por populações autóctones e depois por fenícios, gregos, cartagineses; Época Romana - Tavira terá sido pouco mais do que um pequeno aglomerado urbano e/ou acampamento militar fortificado, tendo sido Balsa, perto da Luz de Tavira, o principal aglomerado urbano da região; sabe-se da existência de uma necrópole romana na zona da Atalaia; foi construída a primeira ponte sobre o rio Gilão, coincidente com a via romana; Época Muçulmana -a então designada Tabira só terá conhecido um maior desenvolvimento a partir da 2ª metade do séc.12, variando a sua classificação, por historiadores coevos, entre uma pequena aldeia e um "hisn" ou fortaleza, indicadora de maior importância; o recinto amuralhado no Monte de Santa Maria seria pouco inferior a 4 ha (AAVV, 1998), tendo possuído alcáçova e uma Torre de Mar; existiriam fora da cerca defensiva uma zona portuária (na Ribeira) e áreas de exploração agrícola, assim como torres de vigia, uma no campo da Atalaia e outra junto à Ria (Torre de Ares); séc. 13, 2.ª metade - construção das Igrejas Matrizes de Santa Maria e de Santiago, provavelmente no local das mesquitas maior e menor muçulmanas (FERNANDES, 2000); 1242 - conquista definitiva de Tavira aos muçulmanos por D. Paio Peres Correia, Mestre da Ordem de Santiago de Espada; expulsão progressiva da população muçulmana para o exterior da cerca defensiva, tendo-se conformado a partir de então a Mouraria; 1252 - cerco da cidade pelo rei castelhano Afonso X; 1266 - concessão de foral por D. Afonso III; 1269 - concessão de foral aos mouros forros, também por D. Afonso III; 1292 - D. Dinis ordenou o reforço das muralhas e torreões no lado S., a renovação do resto da cerca e castelo, bem como a construção da torre de menagem; séc. 13/14 - fundação do Convento de São Francisco, provavelmente pela Ordem do Templo, entre 1272 e 1330 (VASCONCELOS, 1989); fixação crescente de população, densificando-se a zona urbana existente e extravasando os limites da cerca no início do séc. 14; tomaram então forma a Rua Nova Grande e os núcleos da Ribeira ou das Tercenas (em função da actividade portuária, existente já no período árabe), o Alto de São Francisco (em torno do Convento) e a já referida Mouraria; séc. 14, fins - principiou também a ocupação da margem esquerda, na Alagoa e junto a São Lázaro (construção da Igreja do Livramento e Leprosaria); D. Fernando mandou demolir o casario junto das muralhas, na Rua Nova Grande; 1303 - D. Dinis visitou a vila; 1338 - invasão do Algarve pelo rei castelhano Afonso XI; 1385 - criação do Corpo de Besteiros em Tavira, contando com o maior número de besteiros do conto no Algarve, atestando a crescente importância da povoação; séc. 15, 1.ª metade - profundas alterações no antigo rossio da cidade, a Praça da Ribeira, com substituição das barracas de madeira por arcadas em pedra; foram igualmente construídos os açougues e lojas de fruta, entre as quais estaria uma capela designada por Santo António da Praça; junto à ponte foi construído o edifício da venda de pão e (re)construída a Torre de Mar; 1415 - D. João I, no regresso a Portugal após a conquista de Ceuta, armou cavaleiros os príncipes D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique, na Igreja de Santa Maria do Castelo; 1425 - construção de uma albergaria, junto ao largo de São Francisco, substituída em 1454 pelo Hospital do Espírito Santo, destinado a recolher os enfermos das expedições ultramarinas; 1496 - criação da feira franca, alargada em 1579; séc. 15/16 - a cidade conheceu um enorme desenvolvimento urbano, graças à sua situação estratégica, que lhe permitiu ser o melhor entreposto entre o continente português e as praças do N. de África; a vila-adentro foi preterida em relação às zonas ribeirinhas, consolidando-se os quarteirões ao longo das margens do rio; séc. 16, 1.ª metade - construção da ermida de São Pedro Gonçalves Telmo ou de Nossa Senhora das Ondas, mandada construir pela Corporação do Corpo Santo ou Compromisso Marítimo, junto da qual funcionaria um hospital para marítimos; construção da Porta de D. Manuel I, do edifício da Cadeia Velha e início da construção do Forte do Lastro (junto à Barra de Tavira); 1504 - foral novo; 1507 - por ordem do rei foi proibida a construção de casas ao longo da Ribeira, alegando-se estar esse espaço reservado à construção naval; 1509 - fundação do Convento de Nossa Senhora da Piedade ou das Bernardas, concluído em 1528; D. Manuel visita pela primeira vez a cidade, voltando a fazê-lo em 1509 e 1516; 1520 - Tavira foi elevada a cidade por foral concedido também por D. Manuel I; 1522 - construção da Casa do Despacho; 1541 - foi entregue a construção da Igreja da Misericórdia ao mestre André Pilarte; 1542 - fundação do Convento de Nossa Senhora da Graça, que só começou a ser erigido em 1569, ocupando o local da antiga judiaria e sinagoga; séc. 16, meados - foi construído o Palácio da Galeria e iniciou-se a construção do Forte do Rato ou das Lebres (obra que seria abandonada e novamente retomada em 1654); 1573 - D. Sebastião visitou a cidade; 1577 - Frei João de São José escreveu a "Corografia do Reino do Algarve", fazendo alusão ao estado decadente em que a cidade se encontrava; 1598 - a câmara mandou abrir a Fonte do Cano; séc. 16/17 - Tavira decaiu em importância devido à perca das praças do N. de África, com a consequente fuga de comerciantes para outras regiões, principalmente para Sevilha; progressivo assoreamento do rio e deslocação da barra do porto para E., impossibilitando a navegação de navios de grande porte até à cidade; fuga da população para o campo em consequência das epidemias, principalmente a de 1645, que provocaram o abandono de 1/3 dos fogos existentes; 1600 - Henrique Sarrão Fernandes, na "História do Reino do Algarve", descreve Tavira, dando-nos conta por exemplo do casario na ponte; 1606 - início da construção do Convento dos Eremitas de São Paulo; 1612 - início da construção do Convento de Santo António, junto à antiga ermida da Espinheira da Atalaia ou da Esperança; 1622 - assoreamento irreversível do rio; 1645 - mudança da Casa da Câmara para a Praça da Ribeira; 1657 - reconstrução da ponte, com substituição do quebra-mar central e demolição das casas existentes; 1670 - construção do Forte de São João, junto à Conceição; séc. 17, 2.ª metade - construção do Palácio dos Corte-Real e da Igreja do Loreto; renovação do Palácio da Galeria e do Castelo; séc. 18, início - remodelação da Igreja de São Brás; 1704 - remodelação da Casa da Câmara; 1749 - 1778 - renovação do Convento da Graça; 1755 - o terramoto provocou enormes danos no património edificado da cidade, ao que se seguiu numerosas obras de reconstrução e transformação: Igreja de Santa Maria do Castelo, reconstruída pelo arquitecto Italiano Francisco Xavier Fabri, Igreja Matriz de Santiago, Igreja e Hospital de São José, pelo mestre Diogo Tavares, Convento de São Francisco, Convento de Nossa Senhora da Piedade ou das Bernardas, Ermidas de Nossa Senhora das Ondas e de São Sebastião, reconstruídas também pelo mestre Diogo Tavares; a sede do Governo do Algarve mudou-se para Tavira, construindo-se as respectivas instalações no alto de Santana; a Igreja da Misericórdia passou a funcionar como Matriz até à ressagração de Santa Maria do Castelo em 1800; 1764 - começou a funcionar o Hospital Militar, no Largo do Cano; 1776 - por ordem do rei D. José estabeleceu-se em Tavira uma Fábrica de Tapeçarias de Lã e de Seda, cuja actividade cessou em 1783; 1789 - por ordem do Governador do Algarve, Conde de Vale de Reis, funcionava na sede do Regimento de Tavira a "Aula de Artilharia, Geometria, Fortificação e Desenho", leccionada pelo Coronel Engenheiro José de Sande Vasconcelos; desta aula resultou uma série de levantamentos de toda a costa do Algarve e de alguns sítios e localidades, entre as quais Tavira; 1795 - início da construção do Quartel da Atalaia e do Hospital Militar; séc. 19 - construção do Mercado e do Jardim Público, regularização das margens do rio; 1843 - desabamento da Igreja e do Convento de São Francisco; 1854 - demolição da Porta da Afeição; 1862 - demolição da Porta de São Brás; 1881 - incêndio da Igreja de São Francisco; 1885 - demolição da Torre de Mar, do Corpo da Guarda Principal, da Casa dos Corte-Real e da Capela do Loreto; 1904 - abertura da linha ferroviária; 1930 - demolição da antiga cadeia, substituída pelo edifício dos Correios; séc. 20, década de 60 - ocupação das hortas d'El Rey e da Bela Fria, tendo-se construído na primeira, entre outros edifícios, o Tribunal Judicial ( v. 0814060053 ) e na segunda um Bairro Social pelo SAAL; 2008, 26 de Fevereiro - adjudicada à Monumenta - Conservação e Restauro do Património Arquitectónico, Lda. a empreitada de conservação de troço de muralha e torreão sito na R. dos Mouros no valor de 96 875,00 E; 2013, 28 janeiro - criação da União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago) por agregação das mesmas, pela Lei n.º 11-A/2013, DR, 1.ª série, n.º 19.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante. Paredes de alvenaria de pedra calcária, com argamassa de areia, terra e cal, revestidas com reboco pobre e caiadas; sistemas mistos que incorporam o tijolo burro. Coberturas com telhados de quatro águas (telhados de tesouro, compostos por uma estrutura complexa de pequenas ripas e barrotes de madeira) ou de duas águas, com vigamentos de madeira e forrados exteriormente por telha; coberturas planas, com estrutura autoportante de tijolo burro ou entrelaçado de lajetas cerâmicas e agregantes arenosos, revestidas exteriormente igualmente por lajetas cerâmicas. Tectos forrados com o sistema de caniço (reboco e fiadas de canas paralelas). Lintéis, soleiras e ombreiras de pedra ou de alvenaria de pedra, reforçada por vigamentos de madeira, revestidos com reboco a imitar cantaria de pedra e pintadas com diversas tonalidades

Materiais

Não aplicável

Bibliografia

SÃO JOSÉ, Frei João de, Corografia do Reino do Algarve, 1577; SARRÃO, Henrique Fernandes, História do Reino do Algarve, 1600; MAGALHÃES, Joaquim Romero, Para o estudo do Algarve Económico durante o século XVI, Lisboa, 1970; ANICA, Arnaldo Casimiro, O Hospital do Espírito Santo e a Santa Casa da Misericórdia da Cidade de Tavira - da Fundação à Actualidade, Vila Real de Santo António, 1983; AAVV, Plano de Reabilitação e Salvaguarda do Centro Histórico de Tavira, Direcção Geral do Equipamento Regional e Urbano, 1985; FERNANDES, J. D. Eduardo, CACHINHO, Herculano, Crescimento e esrutura urbana de Tavira, Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, 1985; CORREIA, José Eduardo Horta, Arquitectura Religiosa do Algarve de 1520 a 1600, Lisboa, 1987; GUEDES, Lívio da Costa, Aspectos do Reino do Algarve nos séculos XVI e XVII: a «Descripção» de Alexandre Massaii - 1621, Arquivo Histórico Militar, Lisboa, 1988; VASCONCELOS, Damião Augusto de Brito, Notícias Históricas de Tavira, Tavira, 1989; VAZ, Adérito Fernandes, Aos Habitantes de Tavira, Durando e Tabira, Olhão, 1990; LAMAS, José, "Os planos de urbanização de Tavira - dez anos de trabalho do atelier «Carlos Duarte, José Lamas»", in Sociedade e Território, nº13, pp. 61-71, 1991; CORREIA, José Eduardo Horta, "André Pilarte no centro de uma escola regional de arquitectura quinhentista", in Actas do IV Simpósio Luso-espanhol de História da Arte: Portugal e Espanha entre a Europa e Além-mar, Coimbra, 1992, pp. 387-400; RIBEIRO, Orlando, Geografia e Civilização - Temas Portugueses, Lisboa, 1992; AAVV, Actas das I Jornadas Históricas de Tavira, Clube de Tavira, Tavira, 1993; AAVV, Guia de Tavira, Tavira, 1993; ANICA, Arnaldo Casimiro, Tavira e o seu Termo. Memorando Histórico, Tavira, Câmara Municipal de Tavira, 1993; LAMAS, José, Morfologia Urbana, e Desenho da Cidade, Lisboa, 1993; AAVV, Actas das III Jornadas Históricas de Tavira: Tavira do Neolítico ao século XX, Tavira, 1994; FERNANDES, José Manuel, Cidades e Casas da Macaronésia, Porto, 1996; LAMEIRA, Francisco, Roteiro das Igrejas de Tavira, Faro, 1996; AAVV, Actas das III Jornadas Históricas de Tavira, Tavira, 1997; AAVV, O Legado Islâmico em Portugal, Lisboa, 1998; AAVV, Universo Urbanístico Português - 1415-1822 - Colectânea de Estudos, Lisboa, 1998; NUNES, Pedro Barão e COIMBRA, Sónia, A Evolução Urbana de Tavira, texto policopiado, trabalho realizado para a cadeira de História da Arquitectura Portuguesa do Departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra, 1999; FERNANDES, Carla Varela, A Igreja de Santa Maria do Castelo de Tavira, Lisboa, 2000; ROSSA, Walter, "No primeiro dos elementos - Dados para uma leitura sintética do Urbanismo e da Urbanística portugueses da Idade Média", in Oceanos, nº41, Lisboa, 2000, pp. 9-21; AAVV, Actas do Colóquio Internacional "Universo Urbanístico Português - 1415-1822", Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, Lisboa, 2001; SANTANA, Daniel, "O Convento de Nossa Senhora da Graça de Tavira", in Monumentos, nº14, Lisboa, 2001, pp.124-133.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID, Arquivo Pessoal de Frederico George; BN: "Planta d'Castello d'Tavira", José de Sande Vasconcelos (D 52 R); "Planta do largo da Atalaínha da Cidade de Tavira", José de Sande Vasconcelos (D 58 R); "Projecto para o Hospital Militar de Tavira", 1795, José de Sande Vasconcelos (D 53 e 54 R); "Quartel para se edificar no lugar...", 1795, José de Sande Vasconcelos (D 182 A); SGL: "O Prospecto da Cidade de Tavira...",1797, José de Sande Vasconcelos (1/G/41); IPCC: "Planta da Cidade de Tavira...", 1800, José de Sande Vasconcelos (CA 396). Revista Panorama, 1843, 2ª série, vol. II, p. 209; Mapa da cidade de Tavira, José de Sande Vasconcelos (finais séc. XVIII): http://www.arkeotavira.com/Mapas/Sande/Mapa-Sande.htm, 2009; DGOTDU: Arquivo Histórico (Anteplano de Urbanização da Cidade de Tavira, Arq. Raul Lino, 1948; Anteplano de Urbanização da Cidade de Tavira - 1º aditamento, Arq. Raul Lino, 1948; Anteplano de Urbanização da Cidade de Tavira - 2º aditamento, Arq. Raul Lino, 1954; Tavira - Revisão do Anteplano, Arq. Frederico George, 1974; Plano Geral de Urbanização de Tavira - Aditamento, Carlos Duarte, José Lamas - Estudos de Planeamento e Arquitectura, Lda, 1982)

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA, DGEMN/DSID, DGEMN/Arquivo Pessoal de Frederico George; CMTavira; IPCC; IGE.

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID (Plano de melhoramenros urbanos de Tavira, DSID-001/008-011-0977/6); CMTavira; ANTT; BN; DGOTDU: Arquivo Histórico (Anteplano de Urbanização da Cidade de Tavira, Arq. Raul Lino, 1948; Anteplano de Urbanização da Cidade de Tavira - 1º aditamento, Arq. Raul Lino, 1948; Anteplano de Urbanização da Cidade de Tavira - 2º aditamento, Arq. Raul Lino, 1954; DGARQ/TT: Memórias paroquiais, vol. 36, nº 26, p. 131 a 138/ nº 26a, p. 139 a 148

Intervenção Realizada

DGEMN: 1933 / 1935 - restauro da Igreja de Santa Maria do Castelo; 1940 - reconstrução de arco na entrada do castelo e das muralhas; 1946 - obras de restauro na Igreja da Misericórdia; 1958 / 1959 - reconstrução das coberturas da Igreja da Misericórdia; 1958 / 1963 / 1969 / 1977 / 1981 / 1983 / - restauro da Igreja de Santa Maria do Castelo; 1961 - apeamento de troço de muralha; 1962 - obras de reparação da Igreja da Misericórdia; 1968 - demolição de edifício adossado à torre de menagem; 1969 - reconstrução de troço de muralhas junto ao Quartel da Graça; demolição de casa adossada à Porta de D. Manuel; restauro da Igreja de Santa Ana e da Capela de São Lázaro; 1972 / 1974 / 1978 / 1980 - consolidação das muralhas; 1982 / 1985 / 1986 / 1987 / 1989 - consolidação da torre; 1982 / 1983 - obras de restauro da Igreja da Misericórdia; 1990 - reparação do torreão; 1991 - consolidação da Ponte sobre o Gilão. DGEMN / CMT: 1992 / 1993 - consolidação da Ponte sobre o Gilão. CMT: 1955 - demolição dos antigos Paços do Concelho e reconstrução de novo edifício; 2000 - recuperação do Palácio da Galeria e do Convento do Carmo.

Observações

Autor e Data

Pedro Barão, Anouk Costa, Lobo de Carvalho, Sofia Diniz,Teresa Ferreira 2001

Actualização

Anouk Costa, Cláudia Morgado, Rita Vale 2010
 
 
 
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