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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre
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Descrição
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Planta longitudinal, composta, com volumes articulados e coberturas de telhados diferenciados de 2, 3 e 4 águas. Fachada principal orientada a SE. com portal de entrada de arco a pleno centro, ladeado por pilastras de caneluras encimadas por capitéis jónicos e por arquitrave armoriada com o brasão dos Ortizes, sobre a qual se apoia conjunto idêntico de menores dimensões, com varanda geminada dividida por colunelo, de arcos de volta inteira e entablamento. Ainda no piso térreo, um óculo quadrilobado e, para o outro lado, janelão rectangular gradeado. No piso superior, dois pares de janelas geminadas de arco de volta inteira, emolduradas por friso superior que se prolonga na vertical até ao arranque dos arcos, formando alfiz. No outro pano da fachada, 2 janelas de arco abatido de guilhotina, emolduradas. Cornija decorada com modilhões, limitada por 2 gárgulas nos cunhais da fachada, em forma de canhão. Alçado SO. com porta rectangular descentralizada. No piso superior, 4 janelas de sacada com varanda e porta. Remate em cornija. Em plano mais recuado, à esquerda, torre. Alçado NO. marcado pela torre, em plano mais avançado, com janela de arco polilobado e edifício, tendo, no piso inferior, portas indiferenciadas e janela. No andar superior, loggia com colunas, que percorre todo o alçado, sustentada por pilares em aparelho granitíco, de secção quadrada. Portas rectangulares decoradas nas vergas, com motivos decorativos curvados e contracurvados. Alçado NE. encontra-se adossado, quase na totalidade, a habitação. Remate em cornija. Interior com corredor de acesso a divisões incaracterísticas e a escadaria lateral conduzente ao piso superior, que formando patamar estabelece ligação para ambos os lados a divisões de habitação, algumas adaptadas a escritórios. |
Acessos
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Largo António José Pereira |
Protecção
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Incluído na Zona Especial de Proteção do Edifício do antigo Seminário (v. PT021823240005) |
Enquadramento
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Urbano, em superfície inclinada, cerca do topo de colina, adossado lateralmente a construção de habitação e separado por muros, delimitadores da propriedade e de espaços ajardinados. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Política e administrativa: delegação regional |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETO: Francisco de Cremona (execução do portal, de alguns espaços interiores e dos jardins). |
Cronologia
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1520, cerca - mandada construir por Fernando Ortiz de Vilhegas, chantre da Sé de Viseu *1, sobrinho do bispo D. Diogo Ortiz de Vilhegas, sobre o antigo miradouro da Sé; foi herdado pela sua filha Leonor Ortiz, passando para os Távoras Ortiz de Portugal; séc. 17 / 18 - foi adquirida pela família Melo Bandeira, de Torredeita. séc. 19 - a casa foi habitada por Francisco Ribas de Sousa; séc. 20, década de 80 - foi adquirida pela Câmara Municipal de Viseu, para instalar a Região de Turismo Dão-Lafões; perante algumas dificuldades financeiras, a edilidade instalou no local a Sala Museu Dr. José Coelho, com o espólio arqueológico que este havia doado; funciona no local o Conservatório Regional de Viseu; 1999 - funciona no local o Instituto Português de Arqueologia - polo de Viseu; 2007 - alberga a empresa municipal VISEU NOVO, SRU; 2013, 14 janeiro - inauguração das instalações; 2019, 18 abril - aprovação do regulamento do polo arqueológico do município pela Câmara, a instalar na casa. |
Dados Técnicos
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Estrutura autónoma |
Materiais
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Estrutura em granito; rebocos na fachada posterior, azulejos, madeira, vidros simples, telha de canudo. |
Bibliografia
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MOREIRA, Francisco de Almeida, Imagens de Viseu, Porto, 1937; VALE, Maria de Lucena e, Viseu Monumental e Artístico, Viseu, 1949; Guia de Portugal, vol. III - II, Lisboa, 1985; CORREIA, Alberto, Viseu, Lisboa, 1989; CORREIA, Alberto, O Património Cultural de Viseu e o Espírito dos Descobrimentos, in Beira Alta, vol. L, nº 3, Viseu, 1991; COSTA, Jorge Braga da e CRUZ, Júlio, Monumentalidade Visiense, Viseu, AVIS, 2007. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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IPA: 1999 - início das obras de readaptação do interior; CMV: 2012 - obras de requalificação. |
Observações
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*1 - era sobrinho do Bispo de Viseu D. Diogo de Ortiz, a quem se deve a construção da abóbada da Sé, terminada em 1513. *2 - aqui nasceu o Dr. José de Azeredo Perdigão, que foi Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian. |
Autor e Data
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João Carvalho 1999 |
Actualização
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Sónia Basto 2013 |
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