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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Mosteiro feminino Ordem de Santa Clara - Clarissas (Província de Portugal)
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Descrição
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PÓRTICO rectangular, rasgado por arco de volta perfeita assente em pilares toscanos; enquadram o arco pilastras lavradas de grutescos, com capitéis jónicos, sobre altas bases decoradas de rosetas e losangos, e um entablamento com friso decorado de lavores vegetalistas e cornija denticulada; no seguimento das pilastras pequenos pináculos piramidais; nas enjuntas do arco duas rosetas. CLAUSTRO - resta apenas a ala encostada à parede N. da igreja rasgada por arcos redondos e encimada por varanda; da abóbada que cobria a ala restam quatro arcos redondos e respectivas mísulas. No antigo adro do claustro, revestido de tijoleira, duas cisternas de boca redonda e arcos metálicos de suspensão de roldana; uma terceira cisterna apenas assinalada no pavimento. |
Acessos
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Rua Actor Taborda |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 129/77, DR, 1.ª série, n.º 226 de 29 setembro 1977 (pórtico e pátio) *1 |
Enquadramento
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Urbano, planalto. A igreja integra-se na malha urbana, contígua ao colégio de Nossa Senhora de Fátima e defronte do jardim do actor Taborda e do edifício da Antiga Escola Adães Bermudes (v.PT031401130088). O pórtico rasga-se na fachada lateral da igreja conventual, a meio da nave, também rasgada por altas janelas chanfradas de vão rectangular; três degraus rasgados no estilóbata onde assenta o pórtico estabelecem a comunicação com a rua que se prolonga até ao Lg. de Santa Ana onde se ergue a Ermida com o mesmo nome (v.PT031401130057). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: mosteiro feminino |
Utilização Actual
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Educativa: colégio religioso |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 / 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1548 - fundação do primeiro convento, nas imediações de Abrantes, junto à Ermida da Senhora da Ribeira, por D. Brites de Jesus, na observância domínica; 1572 - passam à obediência da ordem franciscana; 1576 - o clima insalubre força a comunidade a transferir-se para dentro de Abrantes, ocupando inicialmente a ermida de Santa Ana e várias casas a ela anexas. As obras do novo convento, iniciadas com o dinheiro da venda da primitiva sede, são em breve interrompidas; 1581 / 1621 - as obras prosseguem, com o apoio régio de Filipe I, passando a Câmara a dar para as obras, anualmente, 20.000 réis; 1620 - instituição de um vínculo perpétuo pelo fundador da capela-mor, Manuel da Silveira Frade; 1809 - as freiras abandonam o convento, cuja existência ficara comprometida pelo traçado das obras de fortificação da vila, sendo transferidas para o mosteiro de Via Longa; 1835 - a igreja e o coro baixo são cedidos à Câmara Municipal de Abrantes para aí instalar o Teatro Tabuciano, conhecido mais tarde como Teatro Taborda, passando depois para o exército. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Estrutura em alvenaria de pedra rebocada e caiada; cantaria calcária no portal; cobertura em telha cerâmica. |
Bibliografia
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CÂNCIO, Francisco, Ribatejo Histórico e Monumental, vol. II, s.l., 1939; MORATO, Manuel António, CAMPOS, Eduardo (notas críticas de), Memória Histórica da Notável Vila de Abrantes, 2ªed., Abrantes, 1990; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Santarém, vol. III, Lisboa, 1949; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/69999 (consultado em 08-07-2016) |
Documentação Gráfica
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IRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IRU: DGEMN/DSID; CMAbrantes |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1990 - obras realizadas pela Paróquia de São Vicente, com o apoio da Câmara Municipal de Abrantes e da Igreja alemã - consolidação dos paramentos; reboco e pintura; entaipamento das capelas laterais; revestimento do pavimento da nave com painéis de cortiça. |
Observações
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*1 - DOF: Pórtico da Igreja do Convento da Esperança (teatro velho) e o pátio (antigo claustro) das três cisternas que lhe fica na rectaguarda. *2 - Apesar de muito adulterado, é ainda possível definir uma tipologia do conjunto arquitectónico - igreja de nave única, cabeceira originalmente formada por capela-mor e capelas absidais, com duplo coro, alto e baixo, claustro adossado à igreja, do lado N., inicialmente rodeado pelas instalações conventuais. |
Autor e Data
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Rosário Gordalina 1990 / Isabel Mendonça 1995 |
Actualização
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Cecília Matias 2006 |
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