Castelo de Leiria / Castelo e cerca urbana de Leiria
| IPA.00003312 |
Portugal, Leiria, Leiria, União das freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes |
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Castelo românico e gótico, com ampla intervenção no séc. 20. É de planta poligonal, com forte sistema defensivo rodeando o reduto central onde se encontram o Paço Real, construção gótica, cuja "loggia" domina a cidade, a Igreja da Pena, de uma só nave e capela-mor com ábside poligonal e a Torre de Menagem, prismática, rematada por merlões quadrangulares e encimada por terraço. No início da sua edificação constítuia um castelo de penetração em território inimigo. A antiga cerca da vila, guarda, ainda, no seu interior vestígios da "primeira" cidade de Leiria e é visível em quase toda a sua extensão inicial. |
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Número IPA Antigo: PT021009120002 |
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Registo visualizado 9443 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Militar Castelo e cerca urbana
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Descrição
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CERCA - Para E. do castelo e respectiva cerca avançada está implantada a cortina de muralhas que cercava outrora a primitiva povoação, e onde hoje se ergue a Capela de São Pedro ( v. PT021009120001), os Paços Episcopais (hoje sede da PSP) (v. PT021009120081) e os Antigos Celeiros da Mitra (v. PT021009120153). Com implantação poligonal irregular, é acompanhada em quase toda a sua extensão por barbacã, sendo reforçada a intervalos regulares por torreões quadrangulares. 2 portas rasgavam a cerca, a Porta do Sol, a S., no local onde hoje está a Torre da Sé ( v. PT021009120042 ), a Porta dos Castelinhos, a N., entre 2 torres (*1). A porta de acesso à cerca avançada a N. do Castelo é também flanqueada por 2 torres. CASTELO de planta poligonal irregular com cortina de muralhas, rematada por merlões quadrangulares reforçada do lado vulnerável por uma barbacã, seguida por uma cerca avançada, a N. e a E.. Do lado E. estende-se a cerca muralhada da vila medieval. O acesso ao castelo faz-se a E., por arco de volta redonda aberto sob uma torre rematada por merlões chanfrados e rasgada por frestões, que funcionou como torre sineira da vizinha Igreja de Nossa Senhora da Pena. Do lado oposto, a O., abre-se na muralha exterior a "porta da traição", em arco quebrado. O último reduto, envolvido por cinta de muralha, situa-se numa plataforma mais elevada do lado NO., formado por um recinto muralhado em cujo extremo N. se ergue a TORRE DE MENAGEM, prismática, de espessos muros, 3 pisos, com 17 m de altura, rematada por merlões quadrangulares e encimada por terraço; à esquerda da porta de entrada, encastrada na parede, uma lápide epigrafada; no extremo oposto uma torre de reforço maciça até ao adarve. Contíguo ao último reduto erguem-se do lado S., sobre a muralha alcantilada, contrafortada por 3 esbarros, os PAÇOS REAIS, de planta rectangular, com um corpo central de 3 pisos, flanqueado por 2 corpos de 4 pisos, reforçados lateralmente por torres ameadas; uma logia de arcaria ogival rasga os últimos pisos dos 3 corpos da fachada S. do edifício, acima de uma fiada de frestas ogivais. CAPELA DE NOSSA SENHORA DA PENA - Situada no interior da cortina de muralhas do castelo veio substituir uma primeira igreja com o mesmo orago, de que não restam vestígios. Capela orientada, tem nave única, rectangular, e capela-mor com ábside poligonal. O acesso faz-se pelo S., por portal em ogiva rasgado em alfiz, de 5 arquivoltas assentes em colunas lisas. Do lado N. fazia-se a comunicação com os edifícios da colegiada dos cónegos de Santa Cruz. A capela-mor, rematada por merlões, é contrafortada por esbarros de vários andares. Interiormente a nave já não tem cobertura, sendo ainda visíveis os arranques do coro-alto e do lado S. 2 janelas ogivais. Um arco manuelino, policêntrico, retirado da ermida de Santo António do Carrascal, foi aqui colocado nos anos 40. A capela-mor abre para a nave por arco quebrado. Coberta por abóbada de 7 panos, é iluminada por 5 altas frestas geminadas, com quadrifólios na parte superior. Dos 2 lados 2 arcossólios, o do lado da Epístola apresenta uma inscrição deteriorada, pensando-se ter sido reservada para Pedro Barba Alardo, alcaide no tempo de D. Manuel I e o da direita terá sido reservada para D. Isabel de Aragão. A torre anexa foi adaptada a sineira, tendo então sido rasgados frestões. |
Acessos
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Largo Dr. Manuel de Arriaga; Largo Artilharia Quatro, Largo de São Pedro que liga à calçada de acesso ao castelo. WGS84 (graus decimais) lat: 39.747038 long:-8.809275 |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG, 1.ª série, n.º 136 de 23 junho 1910 / ZEP / Zona "non aedificandi", Portaria, DG, 2.ª série, n.º 134 de 08 junho 1967, alterada pela Portaria n.º 201/2018, DR, 2.ª série, n.º 58/2018 de 22 março 2018 |
Enquadramento
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Urbano. Sobre um morro sobranceiro à cidade de Leiria, dominando-a do lado N.. O acesso ao Castelo faz-se entrando pela Porta do Sol acedendo a um vasto terreiro onde ainda se encontra algum casario, o antigo paço episcopal e a Capela de São Pedro. Subindo uma rampa, acompanhando a muralha da Vila, acede-se à entrada do castelo, que se faz através da Porta de Albacara. |
Descrição Complementar
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INSCRIÇÕES: EXTERIOR: 1. Inscrição comemorativa do IV centenário dos Lusíadas gravada numa lápide em forma de rolo de pergaminho, fixada por três cravos de ferro à cortina do lado E. da muralha do castelo; liquenes; sulcos das letras preenchidas com betume negro algum já desaparecido; mármore; Dimensões: 125x76,5x3,9 e 9;Tipo de letra: capital actuária do séc. XX; Leitura Modernizada: COMEMORAÇÕES DO IV CENTENÁRIO DOS LUSÍADAS PASSÁDO JÁ ALGUM TEMPO QUE PASSADA ERA ESTA GRÃO VITÓRIA O REI SUBINDO A TOMAR VAI LEIRIA QUE TOMADA FORA MUI POUCO HAVIA DE VENCIDO. OS LÚSIADAS CANTO III, ESTROFE LX. UM SACERDOTE VÊ BRANDINDO A ESPADA CONTRA ARRONCHES QUE TOMA POR VINGANÇA DE LEIRIA QUE DE ANTES FOI TOMADA POR QUEM POR MAFAMEDE ENRESTA A LANÇA. OS LUSÍADAS, CANTO VIII, ESTROFE XIX. CÂMARA MUNICIPAL DE LEIRIA 1972. 2. Inscrição de homenagem ao castelo gravada num campo epigráfico rebaixado lavrado num bloco de pedra do cunhal da caixa murária à esquerda da porta do castelo; calcário; Dimensões: totais: 52x141,5x62,5; campo epigráfico: 43,3x55,3; Tipo de letra: capital quadrada do séc. XX; Leitura: A HISTÓRIA DESTE CASTELO FOI RECORDADA COM GRATIDÃO PELOS PORTUGUESES DE 1940. CAPELA DE NOSSA SENHORA DA PENA: 3. Inscrição funerária(?) gravada numa lápide com moldura denteada; superfície epigráfica muito erodida impede leitura integral do texto; sulcos das letras preenchidas com betume negro. Calcário. Dimensões: 26x34,5; moldura: 3. Tipo de letra: capital quadrada com recurso a nexos e inclusões. TORRE DE MENAGEM: 4. (CEMP nº 557) Inscrição, incompleta, comemorativa do início da construção da torre de menagem gravada numa lápide regrada por duplas linhas e decorada inferiormente com três brasões insculpidos: dois com as armas de Portugal Antigo com os escudetes dispostos em cruz latina, e não em cruz grega como é costume, sendo que só um dos escudos possui a bordadura de castelos, e um outro com as armas de Aragão; superfície epigráfica muito erodida; fracturada e coberta de argamassa de cimento no flanco esquerdo; uma grande mossa pode ter feito desaparecer um quarto escudo com as armas de Aragão. Dimensões: 24x50; escudo: 7x6,5. Tipo de letra: inicial capitular carolino-gótica. Leitura modernizada e reconstituída: [ERA Mª] CCC LXII(= ano 1324) ANOS FOI ESTA TORRE COMEÇADA VIII DIAS DE MAIO E MANDOU-A FAZE[R O MUI] NOBRE DOM DINIS REI DE PORTUGAL [E DO A]LGARVE E FOI ACABADA(sic). |
Utilização Inicial
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Militar: castelo e cerca urbana |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Câmara Municipal de Leiria, auto de cessão de 27 Setembro 1973 |
Época Construção
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Séc. 12 / 16 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Baltazar de Castro (séc. 20); Ernesto Korrodi (séc. 20). |
Cronologia
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Séc. 12, 1ª metade - construção do recinto muralhado (aproveitando possivelmente alcáçova pré-existente) e de uma primeira igreja intramuros (fundada entre 1144 e 1147); séc. 12, último quartel - construção da cerca da vila; 1324, 8 de Maio- Por ordem de D. Dinis inicia-se a construção da torre de menagem, só terminada no reinado de D. Afonso IV, como informa a inscrição existente na parede exterior da torre; Para alguns autores, os Paços e a 2ª igreja de Nossa Senhora da Pena terão sido construídos também por D. Dinis (Murphy, 1795; Saraiva, 1929; Sequeira, 1955; Gonçalves, 1951); séc. 14 - 15 - segundo outros, a Igreja de Nossa senhora da Pena, nome adquirido por ter sido construido junto da penha, tendo por orago Nª. Srª. da Anunciação: Mandada construir por D. João I tendo na capela-mor a divisa e armas deste rei ("O Couseiro", 1868; Korrodi, 1898; Larcher, 1922); os paços de D. Dinis e da Raínha Santa ter-se-ão erguido junto à Igreja de São Pedro. (Cristino, 1986, Costa, 1985); séc. 16, inícios - D. Manuel manda construir uma sacristia, entre a capela-mor da igreja e a torre sineira; 1605 - ainda se oficiava nesta igreja; 1915 - a Liga dos Amigos do Castelo inicía as obras de restauro, paga pelos seus fundos e com o apoio financeiro do Estado; Ernesto Korrodi (Zurique, 1898), autor do projecto de restauro das ruínas do castelo, não é nomeado pela Direcção de Obras Públicas e Minas para dirigir o restauro, apesar do interesse da Liga dos Amigos do Castelo; 1921 - Korrodi é nomeado para a direcção das obras, à frente de uma comissão sujeita à DGEMN; 1933 - Korrodi abandona a chefia das obras, que serão prosseguidas, no entanto, seguindo de perto o seu projecto de restauro; séc. 20, meados - trabalhos de conservação e restauro dirigidos pelo arquiteto Baltazar de Vastro; 1969 - estragos verificados pelo tremor de terra: brechas na casa do guarda; derrube dos torreões laterais dos Paços, da empena O. da Igreja, de 4 torres do lado O., no passeio de ronda da muralha, de parte do revestimento interior de consolidação da escada de acesso ao terraço da Torre de Menagem; 2000 - Projecto da DREMC para revitalização e recuperação do Castelo: entrada, muralhas, Torre de Menagem, igreja de Nossa Senhora da Pena, Paço da Raínha, celeiros e casa da guarda; 2017, 25 outubro - publicação do Projeto de decisão relativo à alteração da Zona Especial de Proteção do Castelo de Leiria e da Capela de São Pedro, em Anúncio n.º 192/2017, DR, 2.ª série, n.º 206/2017; 2018, 22 março - alteração à Zona Especial de Proteção do Castelo e Capela de São Pedro, solicitada pela Câmara Municipal de Leiria, de forma a permitir a desafetação de duas parcelas da zona non aedificandi, para a construção de dois novos acessos; 2019, junho - início das obras de requalificação do castelo, com intervenção na Casa da Guarda, Celeiros Medievais e Capela da Pena. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes, estruturas mistas. |
Materiais
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Alvenaria de pedra, cantaria, tijolo, betão. |
Bibliografia
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ALMEIDA, João de, Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses, vol. II, Lisboa, 1946; CARDOSO, Orlando Cruz, Roteiro - Caminhos - O Castelo de Leiria, Jornal de Leiria, 28/09/00; CORREIA, Luís Miguel, A Torre de Menagem do Castelo de Leiria, in Monumentos 10, DGEMN, pp. 90-93, Lisboa, Março, 1999; CORREIA, Luís Miguel, Projecto do Castelo de Leiria, in Monumentos 13, DGEMN, pp. 122-127, Lisboa, Setembro, 2000; COSTA, Lucília Verdelho da, Ernesto Korrodi: 1889 - 1944 Arquitectura, Ensino e Restauro do Património, Tese de Mestrado, UNL, 1985; COSTA, Lucília Verdelho da, Leiria, Lisboa, 1989; CRISTINO, Luciano Coelho, A Vila de Leiria em 1385, in Jornadas sobre Leiria Medieval, Leiria, 1986; GONÇALVES, Flávio, Integração dos Monumentos de Leiria, Batalha e Alcobaça nas correntes artísticas do seu tempo, Coimbra, 1951; KORRODI, Ernesto, Estudos de Reconstrução do Castelo de Leiria, Zurique, 1898; LARCHER, Jorge das Neves, Castelos de Portugal, Lisboa, 1933; LARCHER, Tito de Sousa, Pátria, in Diário de Lisboa, 15.07.22; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1956, Lisboa, 1957; MURPHY, James, Travels in Portugal in the years 1789 and 1790", Londres, 1795; O Couseiro ou Memórias do Bispado de Leiria", Braga, 1868; SARAIVA, José, Leiria, Porto, 1929; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal, Vol. V, Lisboa, 1955. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMC |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMC |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMC |
Intervenção Realizada
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1915 - A Liga dos Amigos do Castelo dá início às obras de restauro, pagas pelos seus fundos e com o apoio financeiro do Estado; as obras paralizam no ano seguinte; 1916 / 1921 - obras de conservação das ruínas do castelo e melhoramento do acesso, por parte da Liga; DGEMN: 1921 - uma derrocada apressa o início dos restauros: restauro de determinados trechos do castelo, mantendo-se uma parte das suas ruínas; Torre de Menagem: reconstituição dos pavimentos e a cobertura em cimento armado, construção de um torreão, alteando a torre cerca de 2,5 m., reconstrução de um alpendre sobre a porta de acesso à torre; construção do alpendre da casa do guarda, utilizando materiais do castelo; são colocados merlões na cabeceira da capela de Nossa Senhora da Pena; 1928 - início das obras de consolidação de longos trechos de muralha, de torres e da igreja de Nossa Senhora da Pena; 1936 - reparação da muralha a N. do castelo, que desabou; 1937 - reconstrução de muralha junto à Torre de Menagem e colocação de merlões; 1939 - iniciam-se obras de reintegração dos Paços do castelo; 1954 - reparações de infiltrações em 2 salas laterais e na sala central; 1955 - limpeza de ervas nos paramentos da capela de Nossa Senhora da Pena; 1956 - limpeza de ervas nas cantarias do castelo e anexos; cobertura dos varandins, revestimento de parte dos tectos do 3º piso; prolongamento da escada do 2º para o 3º pisos, em betão; revestimento de pavimentos a tijoleira, reparação de paredes; 1959 - obras nos Paços: beneficiação de instalações sanitárias, colocação de portas novas e pintura das existentes; limpeza de pavimentos; beneficiação de paramentos, incluíndo disfarce dos elementos em betão; 1963 - arranjos nos merlões em toda a extensão da muralha; forro de 2 tectos das salas da alcáçova, para esconder vigas em betão armado; são retirados os merlões colocados na cabeceira da Senhora da Pena por Korrodi; é instalado o arco polilobado marcando o início do coro da capela; 1965 - modificação da inclinação do telhado da casa do guarda; 1966 - restauro do tecto da casa do guarda, limpeza e caiação de paredes, arranjo da chaminé; projecto de calcetamento da rampa de acesso até ao castelo, de construção de muro na escarpa do lado esquerdo da porta de entrada; necessidade de escoamento das águas do pavimento da Igreja de Nossa Senhora da Pena; 1968 - sondagens e consolidações do claustro da Igreja de Nossa Senhora da Pena; restauros nos Paços: revestimento a tijoleira do pavimento, cantarias nas soleiras das portas, degraus, roda-pé da escada, restauro de pavimentos em cantaria, limpeza de paramentos de paredes interiores, nova alvenaria para regularizar paredes e tapar vãos, limpeza e consolidação do fogão de sala, pintura de tectos, beneficiação de instalações sanitárias, revestimento de tectos vigados com madeira de mutene, incluíndo barrotes entre vigas, construção de portas e caixilhos para janelas, vitrais; 1969 - consolidação do claustro da Igreja de Nossa Senhora da Pena; restauros nos Paços: reconstrução de merlões no enchimento das torres, incluíndo consolidação dos cunhais e parapeitos com cintas de betão; reconstrução de merlões nas muralhas, incluíndo consolidação de parapeitos; arranjos do acesso ao castelo: regularização do piso da rampa de acesso, incluíndo construção de muros de suporte; corte em parede de alvenaria, rebaixamento da soleira; 1970 - impermeabilização dos terraços sobre os Paços, construção de muretes em alvenaria para remate dos mesmos, limpeza das paredes de alvenaria e refechamento de juntas; cintagem da torre anexa aos Paços, reparação de alvenaria de pedra, substituição de alvenaria de tijolo à vista por alvenaria de pedra, limpeza de ervas; 1972 - projecto de acesso a viaturas até ao castelo: corte do cunhal da torre que ladeia a porta de acesso, para alargamento da estrada, inviabilizado pela Junta de Educação Nacional; 1973 - construção de novas instalações sanitárias nos Paços com demolição prévia de instalações sanitárias mal situadas; ligação interna entre o 2º e o 3º pisos, com demolição prévia de escada em betão existente; 1974 - reconstrução da cobertura da torre sineira; 1975 - instalação eléctrica no interior dos Paços; 1976 - forro em madeira de tectos em betão; reparação de portas; substituição de cantarias em vãos danificados; acabamentos de escadas recentemente executadas; vedação de janelas e frestas; 1977 - reconstrução de troço de muralha, a N. da Torre de Menagem; reparação de infiltrações em telhados, terraços e paredes; 1978 - reconstrução do telhado e construção de instalações sanitárias da casa do guarda; 1979 - construção de placa na casa do guarda; 1985 - restauros nos Paços: escoramento de 2 arcos, um na logia, outro no piso superior do corpo lateral esquerdo; 1987 - continuação de reparações nos Paços: transformação das instalações sanitárias do 2º piso, impermeabilização, regularização e revestimento dos terraços, vedação a vidro dos vãos do 2º piso, elevação do nível do pavimento junto à entrada para assentamento de guarda-vento; 1990 - recuperação de parte da muralha que ruíu pela construção de aterro para assentar campo de jogos, deslocação do mesmo campo e desaterro de terras para cota igual à do restante adarve que circunda a muralha; reconstituição do muro em betão ciclópico, com a face externa em alvenaria de pedra; 1994 - reconstrução de troço de muralhas; 1997 - valorização e reparação da torre de menagem; DGEMN/DREMC, CML: 2007 - consolidação da estrutura de um troço da muralha do lado nascente. |
Observações
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*1 - as Portas do N. marcam o início das muralhas românicas, composta por duas torres de vigia e uma barbacã cujo pórtico é encimadopor um brasão. Alguns destes restauros serão mais tarde desfeitos pela DGEMN. O projecto de restauro feito com base em inúmeros desenhos de Korrodi pecava por uma imaginação romântica, que não teve em linha de conta o perfil real do primitivo monumento, que se podia adivinhar através de fotografias antigas (Costa, 1985); |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 1991 |
Actualização
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Cecília Matias 2000 / 2010 |
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