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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta retangular composta de nave única e capela-mor mais baixa, tendo adossado à fachada lateral direita torre sineira quadrangular e vários anexos. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na igreja e de uma nos anexos. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com embasamento, cunhais, frisos, cornijas e molduras dos vãos pintados a cinzento. Fachada principal virada a SE. com cunhais apilastrados e terminada em frontão triangular, levemente truncado, coroado por cruz latina. É rasgada por portal de verga reta, encimada por duplo friso e dupla cornija, alternados, encimado por pequeno vão jacente, com moldura terminada em cornija, e duas janelas, de peitoril saliente e moldura encimada por friso e cornija. À direita adossa-se torre sineira de dois registos, o primeiro cego e o segundo rasgado por vão em arco de volta perfeita sobre pilastras; possui cobertura em coruchéu piramidal facetado e, os cunhais são coroados por pináculos. Fachadas laterais terminadas em friso e cornija rasgadas por porta travessa de verga reta, de moldura encimada por friso e cornija e janela de capialço; nos anexos disposto na fachada lateral direita abre-se a SE. portal semelhante. INTERIOR com paredes rebocadas e pintadas de branco, a nave coberta por teto de madeira, em masseira, e a capela-mor em falsa abóbada de berço, de estuque, pintada com motivos fitomórficos. A nave apresenta, do lado do Evangelho, púlpito de bacia quadrangular assente em mísula prolongada inferiormente, com guarda plena em talha, pintada, e protegida por baldaquino. Arco triunfal de volta perfeita sobre pilastras, ladeado por retábulos colaterais de talha policroma, de planta côncava e um eixo. Na capela-mor existe retábulo de talha policroma e dourada, de planta reta e três eixos definidos por colunas; no eixo central abre-se tribuna em arco de volta perfeita, albergando trono, e nos laterais possui imaginária sobre mísulas; ático em espaldar adaptado ao perfil da cobertura, sobreposta por ampla cartela recortada, ladeada por elementos fitomórficos e com coro. |
Acessos
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Corvo, Rua da Matriz. WGS84 (graus decimais) lat.: 39,671962, long.: - 31,111524 |
Protecção
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Incluído no núcleo urbano antigo de Vila Nova do Corvo (v. PT072001010003) |
Enquadramento
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Urbano, isolado. Insere-se em adro, vedado por muro capeado a cantaria. |
Descrição Complementar
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No interior existe uma lápide com a data de 1795 inscrita. |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Angra) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1570 - Época provável da construção de uma ermida sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário, de pequenas dimensões e localizada junto ao mar; 1632 - destruição da ermida durante a incursão de piratas da Barbária à ilha; a imagem de Nossa Senhora do Rosário foi colocada na Canada da Rocha e daí, diz a lenda, que ela protegeu a população das balas disparadas; 1674 - elevação a paróquia do lugar do Corvo, sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário, na sequência da qual se construiu a igreja paroquial, dotada com um vigário, um cura e tesoureiro; o primeiro pároco foi o faialense Bartolomeu Tristão; foi o segundo pároco da ilha, o florentino Inácio Coelho, irmão do cronista frei Diogo das Chagas, que conseguiu que D. Martnho Mascarenhas, 2.º capitão do donatário, assumisse o sustento do pároco; provavelmente foi ele também que redigiu e divulgou os factos e atribuição à Virgem Maria do milagre da vitória dos corvinos sobre os piratas; a partir de então, a imagem passou a ser chamada de Nossa Senhora dos Milagres; 1795 - reedificação da igreja, com 26 metros de comprimento por 7 de largura; 1832, 20 junho - elevação da povoação do Corvo à categoria de vila e sede de concelho, por D. Pedro IV; o decreto determinou que se chamasse Vila do Corvo, e não Vila Nova como por vezes aparece grafado; anteriormente, esteve sob jurisdição do concelho de Santa Cruz das Flores; 1932 - sofreu um violento incêndio, que levou à perda de ricas alfaias, salvando-se contudo a imagem de Nossa Senhora dos Milagres; 1997, 10 abril - incluído no núcleo urbano antigo de Vila Nova do Corvo, classificado como conjunto protegido, pela Resolução n.º 69/97, JORAA nº 15, de 10 de abril, do Governo Regional dos Açores. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de pedra rebocada e pintada de branco ou cinzenta no soco, cunhais, cornija e molduras dos vãos; cobertura de telha. |
Bibliografia
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http://www.inventario.iacultura.pt/corvo, Outubro 2011; http://www.azores.gov.pt/ResoluçãoN69de1997.doc, Outubro 2011; http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_dos_Milagres_(Vila_do_Corvo), Outubro 2011; http://acores.wikia.com/wiki/Corvo_(Açores), Outubro 2011. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1932 - obras de restauro na sequência do incêndio. |
Observações
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EM ESTUDO |
Autor e Data
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Paula Noé 2011 |
Actualização
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José A. Gavinha 2012 |
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