Refeitório dos Anjos / Cozinha Económica dos Anjos / Sopa dos Pobres / Sopa do Sidónio / Sopa do Barroso / Centro de Apoio Social e de Acolhimento Nocturno dos Anjos

IPA.00025569
Portugal, Lisboa, Lisboa, Arroios
 
Arquitetura assistencial, do ferro e revivalista. Cozinha Económica de início do século 20 de planta rectangular, que combina técnicas construtivas tradicionais, como a alvenaria rebocada, com a construção em ferro, usado na cobertura interior, portões e gradeamentos de janelas e molduras dos vãos. Fachada principal terminada em empena recortada, sublinhada por vários frisos de massa, e rasgada por amplo portal central em arco de volta perfeita, com várias arquivoltas, e tendo lateralmente falsas frestas, igualmente sublinhadas por molduras curvas, num revivalimo neo-românico. Fachadas laterais ritmadas por pilares de tijolo aparente, rasgadas por vãos abatidos e terminadas em friso e aba corrida sobre cachorros de madeira. Fachada posterior escalonada, de dois pisos, rasgada por amplo vão central e dois laterais estreitos, no segundo piso sublinhados por molduras interligadas e com pedra de fecho, num esquema igualmente revivalista. O tijolo à vista nas pilastras, em algumas molduras de vãos e chaminé da caldeira, confere ao edifício um aspecto de arquitectura industrial.
Número IPA Antigo: PT031106061215
 
Registo visualizado 6011 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Assistencial  Cozinha económica    

Descrição

Planta rectangular irregular, de volumes articulados e massa disposta na horizontal. Coberturas diferenciadas, sobre o corpo central escalonada, com telhado a quatro águas, sobreposto por clarabóia, com as paredes envidraçadas, e a duas águas, a uma sobre os corpos laterais, plana sobre corpo a S. e parte do corredor lateral N.. Fachadas rebocadas e pintadas a amarelo, tendo o piso inferior das fachadas laterais e posterior revestidas a placas em cantaria, pintadas a amarelo, marcando faixas horizontais; e faixa inferior pintada a cinzento. Fachada principal voltada a E., de um piso, terminado em platibanda plena, de perfil rectilíneo recortado, rematada em cornija pintada de branco, tendo sob a zona central vários frisos horizontais, ladeados por motivos circulares, encimados por moldura, todos pintados de branco; ao centro, é rasgada por portal ligeiramente côncavo, em arco de volta perfeita, de quatro arquivoltas, com portão em ferro, ladeado por duas frestas amplas, também em arco de volta perfeita, com grade de ferro, sublinhados por cornija que os enquadra superiormente, pintada de branco e com chave saliente sobre o portal; sobre este, surge cartela rectangular com moldura igualmente pintada de branco *1. Fachadas laterais com dois pisos, o superior ritmado por pilastras de tijolo, com capitel estilizado pintado de branco, e terminadas em friso pintado de branco e telhado em aba corrida sobre cachorros de madeira; o piso térreo é rasgado regularmente por quatro janelas e uma porta, duas na lateral direita, e o superior por cinco janelas, todas de verga abatida, com peitoril em cantaria e janelas basculantes. Fachada posterior, voltada a O., de três panos escalonados, os laterais mais baixos, de dois pisos separados por friso em cantaria, interrompido na zona onde se abrem os vãos; o pano central termina em empena escalonada com zona central alteada, terminada em cornija pintada de branco; é rasgado, ao nível do piso térreo, por três portais, o central de verga recta, a toda a altura do piso e encimado por friso com almofadas relevadas em ponta de diamante, e os laterais, mais baixos, de verga abatida em tijolo e parte superior das jambas em cantaria, encimados por ponta de diamante em relevo; o piso superior é rasgado por ampla janela em arco de volta perfeita ladeada por duas janelas, rectangulares, estreitas, de verga abatida, sublinhadas por moldura interligada, adaptada ao perfil dos vãos, com chave saliente e pintada de branco; superiormente, abre-se óculo circular com moldura pintada de branco. Os panos laterais têm o piso inferior rasgado por vão em arco de volta perfeita, com portão em ferro, encimado por filete com o mesmo perfil, pintado de branco, separando-se do superior por cornija sobreposta por chave, também pintada de branco; neste piso, em estrutura metálica de remate rectilíneo, rasga-se janela de peitoril de três folhas. INTERIOR: de quatro pisos, os 2.º e 4.º de menor área, limitados a parte da zona O. do edifício, o 1.º ao nível da R. do Regueirão dos Anjos e o 3.º ao nível da Av. Almirante Reis, interligados por escada disposta a O., em alvenaria, revestida com azulejos monocromos brancos, com corrimão metálico, nos pisos inferiores, e metálica, com degraus em madeira nos superiores. O primeiro piso tem a planta estruturada em torno de corredor central, à volta do qual se distribuem as dependências: a N., sala de estar, dois quartos do centro de acolhimento nocturno e lavandaria; a S., mais três quartos do centro de acolhimento, quarto do supervisor, gabinete, instalações sanitárias e arrumos; a E., balneários, feminino e masculino, e depósito de roupa e a O., escada, cozinha, copa, dispensas, câmaras frigoríficas, zona de recolha de lixo e caldeira; pavimento cerâmico, nos corredores e zonas de trabalho, forrado com alcatifa nos quartos, e tectos planos. No segundo piso ficam as instalações sanitárias, dispensa e escadas, com pavimento cerâmico e tectos planos. No terceiro piso tem átrio, a E., de planta triangular, com silhar de azulejos monocromos preto e amarelo, a formar padrão enxaquetado, até à altura da verga das portas, pavimento cerâmico, branco, animado por duas barras cor de tijolo e tecto plano; à esquerda, fica a portaria, com porta de verga recta, envidraçada, com postigo para atendimento ao público, encimada por moldura rectilínea sobreposta por elementos geométricos, pintada a preto; do lado oposto, tem o gabinete de acolhimento; em frente, tem três portas, em arco de volta perfeita, em madeira pintada de amarelo, integrando bandeira, enquadradas por molduras do mesmo perfil, pintadas de preto, sendo as duas da esquerda de acesso ao refeitório e a terceira de acesso a lavabo e instalações sanitárias. Refeitório amplo, com pé-direito a toda a altura edifício, de paredes rebocadas e pintadas a branco, as laterais com silhar de azulejos pintados a amarelo ou, sob as janelas laterais (cinco na parede S. e três na de N.), a preto; a parede do topo E., tem os portais enquadrados por composição de tesselas, preta, cinzenta e branca, formando três arcos de volta perfeita assentes sobre colunas; a do topo O., é marcada por amplo arco central, de volta perfeita, forrado com tijolo, seccionado em dois registos, o inferior rasgado por três portas, as laterais de acesso à zona O., de trabalho e a central à escada, surgindo entre a central e a da direita, elevador; o registo superior é rasgado por três portas de verga recta, em ferro, que abrem para varandim, também em ferro; a parede N. é rasgada por porta de verga recta de acesso a instalações sanitárias; o refeitório tem pavimento cerâmico, branco, animado por barras pretas e cobertura em falsa abóbada abatida, de madeira, formada pela estrutura de vigamento metálico, assente em mísulas, com zona central alteada, permitindo a iluminação directa. Na zona O. fica o gabinete médico, a S., sala de convívio e a de atelier, ao centro, a última com pé-direito a toda a altura do edifício, gabinetes técnicos e instalações sanitárias a N.. Quarto piso, em metal e madeira, de planta em "U", com varandim, dois gabinetes a S., separados por parede em tijolo à vista, e espaço amplo a N..

Acessos

Avenida Almirante Reis n.º 47, Rua do Regueirão dos Anjos, n.º 4

Protecção

Parcialmente incluído na Zona de Proteção do Campo dos Mártires da Pátria (v. IPA.00005967)

Enquadramento

Urbano, adossado a edifícios da malha urbana, adaptado ao declive do terreno, com a fachada principal, voltada para a Av. Almirante Reis, em cota mais elevada que a posterior, voltada para a R. do Regueirão dos Anjos. Fachadas laterais vedadas por muro encimado com gradeamento de ferro, corridas, ao nível da R. Regueirão dos Anjos, por dois corredores, com pavimento em mosaico cerâmico pivotado, o do lado N. com acesso ao exterior, à R. do Regueirão dos Anjos, dividido em duas zonas por portão em ferro, a primeira coberta e a outra com canteiro; no corredor S., mais curto, acessível apenas pelo interior do edifício, ergue-se na extremidade O. ampla chaminé em tijolo, da antiga caldeira. Fronteiro, implanta-se a Igreja Paroquial de Nossa Senhora dos Anjos (v. PT031106060191).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Assistencial: cozinha económica

Utilização Actual

Assistencial: centro de acolhimento

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Decreto n.º 15 778 de 23 Julho 1928

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTOS: J. Lino de Carvalho (1911); Guilherme Rebelo de Andrade (finalização); Gonçalo de Sousa Byrne (1984); Espaço 3D - Consultores Lda. (1995). ENGENHEIROS CIVIS: Ricardo Amaral (1940); Eng.º António Perestrelo (1995). CONSTRUTOR CIVIL: Domingos Pinto; Teixeira Duarte engenharia e Construções, S.A. (1998 / 2000). CHEFE DE OPERÁRIOS: João Marques. CARPINTEIRO: Jorge Coutinho. PEDREIRO: Anastácio Nunes. ESTUCADOR: José Ribeiro da Silva. PINTOR ARTÍSTICO: Luís Cardoso. TRABALHOS EM FERRO E METAIS: Promitente de Ramires Sobrinho, Júlio Gomes Ferreira & C.ª, Serralharia de Vicente Joaquim Esteves; MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO: F. H. de Oliveira & C.ª (Irmão), Companhia de Cimentos de Portugal, António Moreira Rato & Filhos, José Vicente de Oliveira, Empresa Cerâmica de Lisboa; Justino José dos Santos, Félix da Costa & C.ª, Jacinto Soares da Silva Pereira & C.ª, Goarmon & C.ª, Guilherme Barroso, Fábrica de Louças de Sacavém, José da Silva Pinto, Manuel H. F. Calado & C.ª, Castanheira Baptista & Rugeroni Ld.ª, Joaquim Domingos de Oliveira, Carvalho & Araújo, Viúva Tiago d Silva & C.ª.

Cronologia

1810, Outubro - devido às Invasões Francesas, cerca de 50.000 pessoas famintas entram em Lisboa levando os Governadores do Reino, o Senado da Câmara e diversos beneméritos a criar a distribuição quotidiana de sopas económicas em diversos pontos da cidade, sendo um dos principais em Arroios; 1893, 8 Dezembro - apresentação à sociedade do projecto das Cozinhas Económicas sob a iniciativa da Duquesa de Palmela, D.ª Maria Luísa de Sousa Holstein Beck, com a colaboração da Marquesa de Rio Maior; 1893, 9 Dezembro - abertura da primeira Cozinha Económica na Travessa do Forno aos Prazeres; 1893 / 1894 - abertura das Cozinhas Económicas dos Anjos, de Alcântara, de Xabregas e do Cais de Santarém na Ribeira Velha sob a gestão da "Sociedade Promotora das Cozinhas Económicas" presidida pela Duquesa de Palmela; 1908 - estavam a funcionar seis cozinhas económicas: Prazeres (Cozinha n.º 1), Anjos (Cozinha n.º 2), Alcântara (Cozinha n.º 3), Xabregas (Cozinha n.º 4), Ribeira Velha (Cozinha n.º 5) e São Bento (Cozinha n.º 6); 1909, Janeiro - desabamento do Teatro Moderno sobre a antiga construção da Cozinha Económica dos Anjos; 1909, 28 Janeiro - o Governo mandou proceder ao estudo de um novo edifício; 1909, 2 Setembro - morte da Duquesa de Palmela, em Lisboa, sucedendo-lhe na administração das Cozinhas Económicas a sua filha, D.ª Helena, Marquesa do Faial; 1910, 5 Outubro - encerramento das Cozinhas económicas por estarem sob a gerência de corporações religiosas; 1910, 9 Outubro - reabertura das cozinhas económicas sob a gerência de uma comissão executiva nomeada pelo governo provisório da República; 1911, 4 Maio - o Arquitecto Lino de Carvalho é nomeado para proceder ao projecto da nova Cozinha Económica dos Anjos; 1911 / 1914, entre - construção do actual edifício da Cozinha Económica dos Anjos pelo Ministério das Obras Públicas; 1914, 22 Abril - conclusão do novo edifício, com o custo total de 39.000$00 entregue à gestão da "Sociedade Protectora das Cozinhas Económicas de Lisboa"; 1918, Agosto - fundação da "Assistência 5 de Dezembro" pelo Presidente Sidónio Pais, a qual criou diversas cozinhas económicas pelo país seguindo a iniciativa do Jornal O Século; 1920 - encerramento das cozinhas económicas por falta de dinheiro, devido ao aumento das despesas e à diminuição da receita; 1921 - a Sociedade Protectora das Cozinhas Económicas cedeu, a título precário, à Assistência Pública do Ministério do Trabalho todos os seus valores e activos em troca do pagamento de um avultado passivo; 1926, 9 Outubro - publicação do Decreto n.º 12 502 em que o Governo autorizou o Ministério das Finanças a receber a título definitivo a doação precária efectuada em 1921 ao Ministério do Trabalho, mandando que a gestão das Cozinhas Económicas se faça pela Provedoria da Assistência de Lisboa; 1928, 23 Julho - Decreto n.º 15 778 determinando a transferência precária das Cozinhas Económicas para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que continuaram como Património do Estado; 1940, Junho - o Engenheiro civil Ricardo Amaral entregou um projecto de beneficiação que nunca foi concretizado; 1941, 3 Setembro - apresentação do projecto pela SCML à CML; 1942, 26 Maio - apesar dos pareceres técnicos favoráveis, a CML chumbou o projecto por considerar inconveniente manter a Cozinha Económica naquela parte da cidade, solicitando a sua transferência; 1947, 16 Junho - a CML solicitou à DGEMN a realização de obras de limpezas, nunca concretizadas; 1958, 8 Junho - funcionou como 3ª Secção de voto da Freguesia dos Anjos nas Eleições para a Presidência da República, nas quais concorreu o General Humberto Delgado; 1960 - elaboração de um estudo que previa a demolição do edifício e a construção de um prédio de 7 andares, em que funcionariam no piso térreo um Centro de Produção alimentar, concentrando toda a assistência alimentar concedida pela Misericórdia, e nos pisos superiores seriam apartamentos arrendados para rendimento; o projecto foi impedido pelo facto do imóvel ser propriedade do Estado e não da Misericórdia; 1982 - equacionou-se a adaptação do Refeitório dos Anjos a Centro Polivalente, obra a realizar pelo Ministério da Habitação e Obras Públicas; 1983, 7 Junho - celebração de protocolo entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Ministério da Cultura e Coordenação Científica para o Refeitório dos Anjos funcionar como teatro para as peças da companhia "Teatro do Mundo" sem prejudicar o normal funcionamento da distribuição das refeições; 1984 - realização de projecto de arquitectura, não concretizado, para adaptar o Refeitório a Teatro elaborado pelo Arquitecto Gonçalo de Sousa Byrne; 1986, 4 Fevereiro - denúncia do protocolo de 1983 pelos incómodos que o Teatro do Mundo provocava ao normal funcionamento do Refeitório; 16 Fevereiro - verificou-se que as fundações são de má qualidade pela natureza do solo de aluvião levando à deformação e fendilhação da fachada posterior; 1998, 5 Maio - a CML não autoriza a colocação de uma grua porque a obra não estava licenciada; 29 Maio - a CML emitiu a licença de obra; 1992 - implantação do projecto Renascer destinado à reabilitação e formação dos sem-abrigo; 1995, 23 Fevereiro - a Mesa concordou com a proposta da adjunta Dr.ª Lucília Figueira de proceder à recuperação do Refeitório dos Anjos, apesar de não se ter conseguido faze-lo transitar para o património da SCML; 10 Julho - assinatura do contrato entre a SCML e a firma "Espaço 3D Consultores Lda." para a elaboração do projecto de recuperação e remodelação do Refeitório dos Anjos, o qual foi feito pelo Eng.º António Perestrelo; 2 Outubro - desabamento de parte do imóvel; 1996, 12 Dezembro - desabamento de parte do imóvel; 1997 - encerramento do Refeitório dos Anjos para adaptação ao sistema de self-service.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes.

Materiais

Alvenaria rebocada e pintada ou revestida com placas de cantaria; betão; pavimento cerâmico e em madeira; silhares de azulejo no refeitório e átrio; caixilharia e portão em ferro; cobertura interior em madeira e vidro, sustentada por estrutura em ferro; cobertura de telha.

Bibliografia

As Cozinhas económicas: vista exterior da Cozinha económica dos Anjos e distribuição das refeições, O Occidente, vol. 18, n.º 584, 1895, pp. 59-60; BRITO, Gomes de, A Sopa económica no Largo de Arroios, O Occidente, Lisboa, vol. 22, n.º 748, 1899, pp. 222-225, 231-232, 240, 242, 251; Relatório da Direcção e parecer do Conselho Fiscal da Sociedade Protectora das Cozinhas Económicas de Lisboa, Lisboa, 1909; QUEIRÓS, José, Da minha terra: figuras gradas, Lisboa, 1909; A Reabertura das Cozinhas Económicas, Ilustração Portuguesa, Série 2, vol. 10, n.º 248, 1910, CARVALHO, J. Lino, Notícia acerca do edifício da Cozinha Económica dos Anjos, Lisboa, 1914; A Sopa para os pobres, Ilustração Portuguesa, Série 2, vol. 23, n.º 581, 9 de Abril de 1917, p. 297; n.º 582, 16 de Abril de 1917, p. 316; n.º 588, 28 de Maio de 1917, p. 426; vol. 25, n.º 620, 7 de Janeiro de 1918, pp. 6-7; A Assistência de 5 de Dezembro, Ilustração Portuguesa, Série 2, vol. 26, n.º 646, 8 de Julho de 1918, p. 26; A Beneficência de O Século, Ilustração Portuguesa, Série 2, vol 27, n.º 688, 28 de Abril de 1919, p. 328; Duquesa de Palmela, Ilustração Portuguesa, Série 2, vol. 34, n.º 860, 12 de Agosto de 1922, p. 149; O Chefe de Estado nas Cozinhas Económicas, Ilustração Portuguesa, Série 2, vol. 37, n.º 937, 2 de Fevereiro de 1924, p. 148; A Duquesa de Palmela, fundadora das cozinhas económicas, foi homenageada, O Século, 23 de Abril de 1944; PAIXÃO, Braga, A Fundação das Cozinhas Económicas de Lisboa, Lisboa, 1944; Pasolini em casa própria. A "Sopa dos Pobres" para o Teatro do Mundo, Sete, 13 de Julho de 1983; Pasolini na "Sopa dos Pobres", Expresso, 17 de Setembro de 1983; FERREIRA, Luís Alberto, A Sopa dos excluídos no coração dos Anjos, Jornal de Notícias, suplemento Grande Lisboa, 23 de Março de 1993; FERNANDES, Anabela, Lisboa bairrista: Freguesia dos Anjos, O Dia, 7 de Julho de 1994; ROMÃO, João, Mais Vale Remediar, Já, n.º 269, 5 de Setembro de 1996; O Self Service dos pobres, Público, Lisboa, 19 de Dezembro de 1998; http://arqpapel.fa.utl.pt/jumpbox/node/74?proj=Teatro+moderno, 14 Setembro 2011.

Documentação Gráfica

SCML: DGIP; IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

SCML: DGIP; IHRU: DGEMN/DSID; CML: Arquivo Fotográfico, A 81893, A 81894, A 7800

Documentação Administrativa

SCML: DGIP, proc.º 5B; Obras, proc.º 5B; CML: Obras, Obra n.º 36650

Intervenção Realizada

1937 - reparação das calhas das águas pluviais; 1938 - reparação dos canos de chumbo; 1949, Fevereiro - obras de beneficiação e limpeza da fachada virada ao Regueirão dos Anjos; 1997 / 1998 - conversão do refeitório em centro de apoio social com instalações destinadas aos sem-abrigo: quartos, balneários, sala de convívio e serviços de lavagem de roupa; 1997, 2 Outubro - abertura de concurso para obras de recuperação e ampliação do edifício; 15 Outubro - adjudicação da obra à firma Teixeira Duarte S.A. pela Mesa da Misericórdia; 1998, 13 Janeiro - contrato para a execução da empreitada entre a firma Teixeira Duarte, S.A: e a SCML; 2 Fevereiro - início dos trabalhos; 1998, 20 Março - adjudicação à firma Teixeira Duarte da empreitada de aplicação de micro-estacas para o reforço das fundações; 23 Outubro - recepção da obra de construção civil, redes de água, esgotos e electricidade; 18 Dezembro -conclusão da obra antes do prazo contratual e reabertura do Refeitório dos Anjos com instalações destinadas a servir os sem-abrigo; 2000 - substituição de pavimentos e montagem de rodapé em aço inoxidável, pela empresa Teixeira Duarte, Engenharia e Construções S.A.; 28 Junho - adjudicação à Teixeira Duarte dos trabalhos de remodelação para melhoria funcional das zonas dos Quartos do Refeitório dos Anjos; 2002 - obras de reabilitação do Refeitório dos Anjos, cujos trabalhos implicaram a demolição de alguns troços de alvenaria, picagem integral de paredes e pavimentos, interiores e exteriores, demolição parcial de anexos laterais, criação de dois pisos intermédios, um com laje de betão e o outro com estrututas metálicas, reforço das fundações do edifício com micro-estacas, substituição do reboco da fachada.

Observações

*1 - originalmente, uma das arquivoltas do portal tinha a inscrição "SOCIEDADE PROTECTORA DAS COSINHAS ECONÓMICAS DE LISBOA" e encimava-o moldura rectangular com a inscrição: "COSINHA N.º 2". Mais tarde, a inscrição da arquivolta foi substituída por uma outra: "SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA".

Autor e Data

Helena Mantas e João Simões 2006

Actualização

 
 
 
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