Aqueduto das Águas Livres - troço entre São Brás e a Buraca
| IPA.00025468 |
Portugal, Lisboa, Amadora, Falagueira-Venda Nova |
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Arquitectura infraestrutural, barroca. Aqueduto composto por troços subterrâneos e à superfície, em cantaria de aparelho regular e irregular, encimados, ou interrompidos, respectivamente, por clarabóias, de planta quadrangular com cobertura de quatro águas. Os troços à superfície lançam-se em arcarias de volta perfeita ou de perfil abatido, num total de quarenta e cinco arcos, encimadas por muro formando cobertura de duas águas. Junto aos ramais, surgem clarabóias de planta circular, com cobertura em cúpula e acesso por porta de verga recta e moldura simples. As galerias apresentam, na sua maioria, um pé direito igual a 2,5 m, o que também constitui uma novidade neste tipo de infraestrutura, e cuja finalidade era poder-se circular e executar intervenções nos pontos de origem do problema sem que para isso fosse necessário interromper o abastecimento.entre Lisboa e Sintra. O traçado deste troço é acompanhado pelo troço do antigo aqueduto romano e, mais recentemente, pela linha de caminho-de-ferro que estabelece a ligação entre Lisboa e Sintra, e sempre que se inicia, ou termina, um segmento à superfície, surge uma clarabóia. Isto porque, era necessário assegurar não só a iluminação das galerias, como também a sua oxigenação, de modo a garantir a salubridade da água. De destacar a existência da mãe de água, na Falagueira, de pequenas dimensões e de planta rectangular simples, com cobertura tronco-piramidal, encimada por lanternim, flanqueado por pilastras toscanas, rematado por quatro elementos contracurvados, formando uma falsa cúpula com pináculo, diferindo de todas as outras mães-de-água que se mantém no aqueduto e respectivos ramais. Esta zona limítrofe ficou beneficiária de abastecimento de água, através dos chafarizes da Falagueira, de D. Maria, da Porcalhota (v. PT031115050001, da Buraca (v. PT031106080347, de Benfica (v. PT031106080371) e da Ponte da Pedra. |
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Número IPA Antigo: PT031115030003 |
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Registo visualizado 6393 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Hidráulica de condução Aqueduto
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Descrição
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Aqueduto composto por troços subterrâneos e troços à superfície, desenhando um percurso sinuoso, onde é visível o canal e várias calrabóias. Este troço do aqueduto é constituído por um canal, essencialmente subterrâneo, apresentando vestígios à superfície em quatro pontos. Tem início na freguesia da Venteira, concelho da Amadora, no seu limite superior, seguindo paralelo à linha férrea, sendo visível a sua estrutura, com a base em cantaria de calcário aparente, em aparelho isódomo, encimadas pelo canal, protegido por paredes em alvenaria de calcário, argamassada, com cobertura a duas águas, apresentando, em alguns locais, contrafortes de cantaria e, espaçadamente, respiradouros jacentes e várias clarabóias, de planta quadrangular e cobertura a quatro águas, também rebocadas e pintadas de amarelo, com as faces rasgadas por janelas quadradas, emolduradas e gradeadas. Uma delas, apresenta um entrecorte, pela necessidade de ampliar a via pública que lhe passa junto. A este, liga-se, através de canal subterrâneo, o ramal do Aqueduto das Galegas, com a mãe de água junto à Capela da Senhora da Lapa, constituída por estrutura de cantaria, de planta quadrangular simples, com cobertura tronco-piramidal, encimada por lanternim, flanqueado por pilastras toscanas, rematado por quatro elementos contracurvados, formando uma falsa cúpula com pináculo. As fachadas, rebocadas e pintadas de branco, estão flanqueadas por cunhais em cantaria e rematam em friso; na face S., apresenta respiradouro rectilíneo, com moldura de cantaria. Tem adossado, um muro rebocado e pintado de branco, onde se inscreve uma porta de verga recta, protegida por folha metálica, pintada de verde, de acesso ao interior. Entre esta zona e a estação da Reboleira, apresenta dois troços compostos por por arcadas, uma com onze e outro com dois arcos independentes, em arcos de volta perfeita, sob os quais surgem passagens pedonais. Destas arcadas até à Damaia, o aqueduto apresenta, à superfície, apenas clarabóias, rebocadas e pintadas de amarelo, de planta quadrangular, com cobertura a quatro águas, também rebocada e pintada, cujas faces são rasgadas por janelas quadradas, molduradas e gradeadas. Na Damaia, surge uma arcada composta por dezanove arcos de volta perfeita, emoldurados, de dimensões e alturas irregulares, adaptando-se ao desnível do pavimento, assentes em pilares de cantaria; apresentam o canal em alvenaria de calcário, com cobertura a duas águas e rasgado por respiradouros jacentes. A estrutura segue subterrânea, até entrar na freguesia da Buraca, onde surgem dois arcos abatidos e várias clarabóias, semelhantes às anteriores, adossadas a um muro divisório de propriedade, surgindo uma estrutura de maiores dimensões, de planta rectangular e cobertura a quatro águas, com porta de verga recta, protegida por uma folha de metal pintada de verde, uma janela rectilínea e o vestígios de outras cinco, entaipadas. No troço, surgem três clarabóias circulares, duas na Damaia, e outra na Buraca, estas juntando ramais de outros aqueduto. Apresentam embasamento em cantaria e cobertura em domo, com as fachadas rebocadas e pintadas de amarelo, excepto a da Buraca, apenas rebocada, rematando em cornija, rasgadas por porta de verga recta e moldura saliente. INTERIOR do canal com as paredes em alvenaria rebocada, com cerca 50 a 80 cm. de espessura formando galerias com a largura de 150 cm. e uma altura de 2,5 m. até ao fecho da abobadilha em tijolos de barro colocados em cutelo, rebocados. As galerias possuem um passadiço central em lajes de cantaria separando as duas caleiras laterais, em silhares de cantaria, talhados em canhão, de formato de meia cana, com 30 cm. de profundidade e 25 cm. de largura, unidas segundo um sistema de macho / fêmea. Nalguns troços os passadiços são substituídos por escadas ou rampas, algumas com declive bastante acentuado acompanhado pelas caleiras e formando um lambril com cerca de 50 cm. de altura. Deste troço partiam os seguintes ramais: o Aqueduto dos Marianos, o Aqueduto da Rascoeira, o Aqueduto de São Brás, em São Brás, o Aqueduto das Galegas, na Falagueira, onde subsiste a mãe de água; o Aqueduto do Outeiro ou de A-da-Damaia, na Damaia, do qual ainda existem duas clarabóias muito próximas da arcaria do Aqueduto das Águas Livres, de planta circular e cobertura em cúpula de alvenaria; o encanamento das águas de Luís do Rego da Fonseca Magalhães, antigas águas do Brandão, do Pastor e das Necessidades, localizado próximo do antigo Convento das Necessidades e a partir do qual era abastecido o Chafariz da Reboleira, na Reboleira; o Aqueduto das Francesas, ou da Buraca *2, cujo percurso se iniciava em Carnaxide, onde se localizam a Mina, a Mãe de Água, o Chafariz e as Clarabóias (v. PT031110030014), atravessava Alfragide e terminava na zona de implantação do Chafariz da Buraca (v. PT031106080347), onde se ligava ao Aqueduto das Águas Livres. |
Acessos
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São Brás; Brandoa; Rua das Indústrias (Venda Nova / Falagueira); Avenida D. Carlos I, Estrada da Reboleira (Reboleira); Estrada Militar, Rua Bartolomeu Dias, Praça das Águas Livres, Avenida D. Pedro V, Rua António Aleixo, Avenida 25 de Abril de 1974, (Damaia); Avenida Camilo Castelo Branco, Rua da Buraca, Estrada da Buraca (Buraca). WGS84 (graus decimais) lat.: 38,752417; long.: -9,225209 |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 5/2002, DR, 1.ª série-B, n.º 42 de 19 fevereiro 2002 *1 |
Enquadramento
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Urbano, isolado, implantado numa vasta extensão de terreno acidentado, vencendo colinas e vales ao longo do concelho da Amadora. O seu traçado acompanha o percurso da linha de caminho-de-ferro que liga Lisboa a Sintra, nas freguesias da Falagueira, da Reboleira, da Damaia e da Buraca, até Benfica, cujas infraestruturas de apoio, nomeadamente as Estações da Reboleira e da Damaia foram construídas e integradas em terrenos circundantes, muito próximos do mesmo, implicando arranjos urbanísticos pouco cuidados, como é o caso da Estação da Reboleira, embora prevendo não só a integração das estações, mas também solucionando problemas no sistema viário do concelho. As arcarias são atravessadas por vias de circulação automóvel, de tráfego intenso, e também, por passagens de circulação pedonal, em escadas de um só lanço. Na proximidade do aqueduto existem diversos imóveis com interesse, destacando-se na freguesia da Falagueira a Capela da Senhora da Lapa (v. PT031115050016), à qual se encontra adossada a Mãe de Água do Aqueduto das Galegas, subsidiário do Aqueduto das Águas Livres, o Chafariz da Porcalhota (v. PT031115050001), a Quinta do Assentista (v. PT031115110015) e um Moinho, na freguesia da Venda Nova, a Fábrica da Cultura e o Complexo Industrial da Venda Nova, na freguesia da Damaia, a Casa da Quinta Grande / Quinta dos Condes da Lousã (v. PT031115040004), o Tribunal de Comarca da Amadora (v. PT031115040009), um Jardim e duas clarabóias do Aqueduto do Outeiro ou de A-da-Damaia, subsidiário do Aqueduto das Águas Livres, e, na freguesia da Buraca, o Parque Urbano da Buraca, a Quinta do Bom Pastor / Quinta da Buraca (v .PT031106080359) e o Chafariz da Buraca (v. PT031106080347). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Hidráulica: aqueduto |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Jesuíno Ganhado (1910). EMPREITEIRO: Abel da Silva César (1958). ENGENHEIROS: Manuel da Maia (1728); Carlos Mardel (1735-48). |
Cronologia
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1728 - o procurador da cidade, Cláudio Gorgel do Amaral propõe a hipótese de construção de um aqueduto; 1730, 13 Janeiro - auto de vistoria e declaração sobre a quantidade de água da fonte de São Brás; a declaração é assinada por Manuel de Azevedo Fontes, José da Silva Pais, Manuel da Maia, Frei Domingos de São João Baptista e Custódio da Silva Serra; a água proveniente da nascente existente na actual freguesia da Mina, designada por Mina de Água *3, já estava a ser utilizada; 22 Setembro - informação sobre as medições efectuadas nas águas do Poço de Felgueiras, na Fonte do Pomar de São Brás, na Fonte dos Castelos, na Bica de Vila Chã, que somadas se pensava darem água suficiente; 1736, 19 Setembro - decorriam as obras no Aqueduto da Porcalhota, no Aqueduto da Fonte de São Brás, no Aqueduto do Juncal, no Aqueduto do Castanheiro, no Aqueduto de Vale da Moura, no Aqueduto do Bretão, nos Aquedutos do Salgueiro Grande e do Salgueiro Pequeno, e a obra "do segundo projecto da parte do Poente" que não serviu, além da remodelação da obra na Fonte de São Brás; 1738, 18 Junho - o Aqueduto de São Brás estava quase terminado; as obras do Casal da Reboleira estavam em fase de finalização; 1748 - já sob a direcção de Carlos Mardel, que ali trabalhava desde 1735, a água chega a Lisboa; construção de outros aquedutos, redes de distribuição e dos 24 chafarizes espalhados por Lisboa; 1 Junho - mandou-se completar a obra de encanamento da água dos tês poços no sitio das Galegas de São Brás para o aqueduto, e continuar as obras no aqueduto da Falagueira para se poder conduzir por ele a água das nascentes das Galegas e de São Brás; 1756, Abril - Setembro - obras: na Ribeira de Carenque, na Ribeira da Água Livre, no Aqueduto de São Brás; obras de descobrimento de novas águas no sítio das Galegas e no sítio da Felgueira; 1758, 28 Outubro - ocorrência de grandes cheias que transportaram grandes quantidade de entulho obstruindo o aqueduto desde as Águas Livres até ao Rato; 1760, Abril - 1761, Maio -desentulhos e restos dos roços das "aberturas que se fizeram para ajuntar as águas" no sítio das Galegas, acima da Porcalhota; 1761, Abril - Setembro -construção de outro lanço que principiava na Azenha Velha e finda onde principia o aqueduto do Casal de São Brás; 1761, Outubro - 1762, Setembro - conclusão de um lanço do aqueduto acima da Porcalhota, no sítio da Rascoeira; 1762, Outubro - 1764, Setembro -encontrava-se construída uma parte do aqueduto do Salrego e o aqueduto do sítio da Rascoeira encontrava-se completo, principiando do Aqueduto Geral para Norte, faltando a clarabóia onde as águas se deviam juntar com o Aqueduto Geral; 1762, Outubro - 1764, Setembro -execução do desaguadouro no sítio de São Brás; 1764, Setembro - 1766, Outubro - abertura dos roços das nascentes do aqueduto das Francesas ou da Buraca; 1764, Setembro - 1766, Outubro - obras no sítio das Águas Livres, no aqueduto da Rascoeira, no sítio de São Brás até à água do monte do S.; obra no sítio das Galegas; 1766, Abril - 1767, Setembro - construção da escada da clarabóia do aqueduto das Francesas pela qual se desce até à nascente de água; 1768, Outubro - 1769, Setembro - continuação das obras no aqueduto das Francesas, em São Brás e na Buraca; 1769, Outubro - 1772, Outubro - obras nos sítios da Buraca, da Damaia, da Falagueira, das Francesas; 1771, 10 Outubro - medição das águas e vistoria das obras da Damaia, Calhariz e Buraca; 1773, 9 Junho - mandaram fazer-se novas fechaduras e respectivas chaves para todos os aquedutos; 1774, 7 Junho - resolução de D. José I sobre a pretensão dos moradores no lugar da Porcalhota, determinando que se deveria aproveitar a água em que falavam, não obstante ser pouca, fazendo-se uma bica e respectivo tanque, junto ao Aqueduto Geral; 1775, Outubro - 1776, Setembro - colocação de portas das clarabóias, nos arcos da Porcalhota; obras nos aquedutos da Falagueira, do Calhariz e da Reboleira; 1790 - obra concluída no lugar da Falagueira; 1910 - concessão da Mina de Água a António Cardoso Lopes *4; António Cardoso Lopes havia adquirido os terrenos onde a mina se integrava para construir o Bairro-Parque da Mina, projectado pelo arquitecto Jesuíno Ganhado que foi também responsável pela elaboração de um projecto para as instalações da Água da Mina; 1911 - apresentação do projecto de Jesuíno Ganhado para a Mina de Água à Câmara Municipal de Oeiras, o qual nunca foi concretizado; 1911 - início das obras na Mina de Água; 1913, 13 Abril - o Presidente da República, Manuel de Arriaga, inaugurou o Bairro-Parque da Mina, facto assinalado na placa, em cantaria de mármore, comemorativa que Cardoso Lopes mandou colocar sobre a entrada da Mina; 1952, 2 Maio - a Comissão de Fiscalização das Águas de Lisboa, na pessoa do Presidente João Carlos Alves, informou a DGEMN que, na Buraca, no troço acompanhando a Avenida Coronel Galhardo, a faixa de servidão do aqueduto estava a ser ocupada com construções de capoeiras e galinheiros, solicitando que interviesse para que se procedesse à sua demolição; 1957 - demolição de um troço do aqueduto, entre a Amadora e Queluz, para construir um bloco de prédios de rendimento; 1958 - construção de uma estação de tratamento na Buraca, adossado ao Aqueduto, por Abel da Silva César, por 242.673$80; 1963 - foi montada a conduta de água ligando Lisboa a Amadora; 1967 - encerramento do abastecimento de água a Lisboa através do aqueduto; 1979, 3 Dezembro - carta do Dr. Fernando Bandeira Ferreira, técnico da Direcção Geral do Património Cultural, propondo a substituição do Decreto de 16 de Junho de 1910, por outro que considere além do aqueduto, os aferentes e correlacionados; 1980, 8 Setembro - o presidente da Câmara Municipal da Amadora solicitou à DGEMN um parecer relativo à viabilidade de construção de zona de lazer, na Damaia e, definição de uma zona verde e uma zona polidesportiva, com respectivos acessos e instalações sanitárias, na Buraca, em zonas próximas do aqueduto, pelo que solicitou, também, uma compilação de normas de construção; 1980, 13 Outubro - o Presidente da Junta de Freguesia da Damaia, Fernando Teixeira Pereira, solicitou à DGEMN autorização para executar um projecto de uma zona de lazer a construir no arruamento que liga a Damaia à Amadora e, à Buraca, prevendo-se a criação de zonas ajardinadas e arborizadas, um parque infantil, um pavilhão de construção aligeirada e um coreto, sobre o qual a Câmara Municipal da Amadora já pedira parecer à Secretaria Geral de Cultura do Instituto Português do Património Nacional, no mesmo ofício a Junta sublinha o estado de conservação do monumento, apontando para a situação de algumas sapatas de pilares que se encontravam 1 m. visíveis acima do pavimento; 1994, 6 Janeiro - o Conselho Consultivo do IPPAR emitiu parecer reprovando a solução do IEP para abrir um túnel no troço rodoviário da CRIL, entre a Buraca e a Pontinha; 1996, Fevereiro - a empresa COBA apresentou uma proposta de troço rodoviário da CRIL entre a Buraca e a Pontinha, implicando a demolição de um segmento do aqueduto com cerca de 200 m. de comprimento; 1996, 24 de Janeiro - Despacho do Ministro da Cultura, alterando a redacção do decreto que protegia o imóvel, datado de 1910, passando a abranger todos os troços do Aqueduto e respectivos ramais; 12 Março - o Conselho Consultivo do IPPAR emitiu parecer reprovando a solução da COBA, reafirmando que qualquer solução devia respeitar a integridade do aqueduto; 1997 - a polémica em torno da construção de um túnel subterrâneo, com cerca de 40 m., continuando o troço rodoviário da CRIL, entre a Buraca e a Pontinha, implicando a demolição de um troço do aqueduto, tornou-se pública; séc. 20, final / séc. 21, início - a placa original existente sobre a Mina de Água foi retirada, tendo sido colocada uma reprodução. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante |
Materiais
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Aqueduto em cantaria de lioz aparente, em aparelho regular e irregular; molduras dos vãos em cantaria de lioz; clarabóias em cantaria rebocada e pintada; grades metálicas. |
Bibliografia
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ANDRADE, José Sérgio Velloso de, Memória Sobre Chafarizes, Bicas, Fontes e Poços de Lisboa, Belém, e Muitos Logares do Termo, Lisboa, 1851; Boletim de Fiscalização de água de Lisboa. Lisboa: 1958, n.º 39; MONTENEGRO, Augusto Pinto, Memórias sobre as águas de Lisboa, Lisboa, 1895; PROENÇA, Pe. Álvaro, Benfica Através dos Tempos, Lisboa, 1964; FERNANDES, José Manuel (coord.), Arquitectura e Paisagem do Concelho da Amadora, Levantamento dos Edifícios e Espaços com interesse Histórico, Urbano e Paisagístico do Concelho da Amadora, 1982; LOPES, António Cardoso, Memórias de António Cardoso Lopes, Apontamentos para a História da Amadora ou o desfazer de uma lenda, Amadora, 1989; CAETANO, Joaquim de Oliveira, Chafarizes de Lisboa, Lisboa, 1991; NEVES, Vítor M. L. Pereira das, Amadora grande e desconhecida, Lisboa, 1991; CONSIGLIERI, Carlos e OUTROS, Pelas Freguesias de Lisboa. O Termo de Lisboa, Lisboa, 1993; SUCENA, Eduardo, Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994; MOITA, Irisalva, O Livro de Lisboa, Lisboa, 1994; Lisboa e o Aqueduto, Lisboa, 1997; CASEIRO, Carlos, PENA, Américo, VITAL, Raul, História e outras Memórias do Aqueduto das Águas Livres, Lisboa, 1999; www.ippar.pt, www.cm-amadora.pt, 19 Março 2007 |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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JAL: 1754 Abril / Setembro, entre - alteração e carregamento das abóbadas do Aqueduto Geral junto da fonte de São Brás; 1754, Outubro / 1755, Março - obras de limpeza no Aqueduto desde o seu nascimento até à Ribeira de Alcântara; 1758 Abril / 1759, Março, entre - operação de limpeza do Aqueduto das Águas Livres e do Aqueduto de São Brás; 1761, Abril / Setembro - trabalhos de reparação, no Aqueduto Geral, em consequência do terramoto de 1755, num lanço junto à Quinta do Marquês da Fronteira, seguindo até ao Casal da Reboleira; 1766, Abril / 1767, Setembro - obras no Aqueduto Geral, e nos aquedutos de São Brás, no das Galegas, no da Falagueira, no das Francesas, no de Carnaxide e no do Salrego; 1767, Outubro / 1768, Setembro - reparação e reedificação do Aqueduto Geral desde os arcos de Alcântara até à Reboleira; 1773, Outubro / 1774, Setembro - obras no aqueduto da Falagueira; 1836 - trabalhos de manutenção incluindo a remoção de calcário das caleiras, a abertura de novos óculos em Carenque, para melhorar a iluminação de alguns troços, a caiação das paredes e reparação e colocação de portas; Companhia de Carris de Ferro de Lisboa: 1949 - mudança dos olhais de suspensão; obras de reboco e caiação de no troço do aqueduto entre Damaia e Queluz; . DGEMN: 1949 - reboco e caiação do troço entre Queluz e Damaia; JFD: 1980 - projecto de uma zona de lazer, prevendo-se a criação de zonas ajardinadas e arborizadas, um parque infantil, um pavilhão de construção aligeirada e um coreto. |
Observações
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*1 - o Decreto de 19 de Fevereiro de 2002, vem alterar a redacção do decreto de 16 de Junho de 1910, publicado em 23 de Junho de 1910 que classificava, apenas, o "Aqueduto das Águas Livres, compreendendo a Mãe de Água", passando a ter a seguinte DOF: " Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados, nas freguesias de Caneças, Almargem do Bispo, Casal de Cambra, Belas, Agualva-Cacém, Queluz, no concelho de Sintra, São Brás, Mina, Brandoa, Falagueira, Reboleira, Venda Nova, Damaia, Buraca, Carnaxide, Benfica, São Domingos de Benfica, Campolide, São Sebastião da Pedreira, Santo Condestável, Prazeres, Santa Isabel, Lapa, Santos-o-Velho, São Mamede, Mercês, Santa Catarina, Encarnação e Pena, municípios de Odivelas, Sintra, Amadora, Oeiras e Lisboa, distrito de Lisboa", compreendendo, assim, todos os troços, chafarizes e mães de água, relacionados com as obras do Aqueduto das Águas Livres (PT031106100001)." *2 - a construção deste Aqueduto das Francesas implicou falhas no abastecimento de água à população de Carnaxide, chegando mesmo a não ser possível realizar esse abastecimento, pelo que D. José I ordenou a construção de outro aqueduto, com características análogas e, que teria a sua nascente junto à Ribeira de Carenque, onde autorizou a edificação de uma Mãe de Água, que deveria ser réplica da Mãe de Água Nova do Aqueduto das Águas Livres (v. PT031106100028). *3 - esta mina de água não foi aproveitada para abastecimento do Aqueduto das Águas Livres, porém Santos Mattos mandou construir um pequeno tanque, coberto por uma guarita, e adquiriu os terrenos para poder alugar essa infraestrutura às lavadeiras, por um tanto por cabeça; foi a sua presença que determinou o nome da freguesia e, actualmente a Mina de Água encontra-se integrada no Jardim da Mina / Parque da Mina (Av. dos Combatentes da Grande Guerra, Av. Humberto Delgado) e em funcionamento, abastecendo o lago do Parque Central. *4 - António Cardoso Lopes, conhecido como o Lopes da Mina, nasceu a 29 de Fevereiro de 1864, em Salvaterra de Magos, tendo viajado para Lisboa apenas com 12 anos e, posteriormente ingressou na Academia Nacional de Belas Artes; no início do séc. 20, passou a ter a concessão da Mina de Água, ainda existente na freguesia da Mina, destinando-lhe exploração comercial chegando a exportar a mesma para África; foi uma figura particularmente importante, no que diz respeito à iluminação pública, tendo sido o grande impulsionador, a partir do fim da I Grande Guerra Mundial, do prolongamento do cabo e colocação de postes de iluminação e, também à florestação da região N. do concelho; em 1925, desempenhava a função de vereador. |
Autor e Data
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Marta Ferreira 2007 |
Actualização
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