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Edifício e estrutura Edifício Comunicações Farol
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Descrição
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Edifício de planta em U invertido, integrando ao centro e avançado de ambos os lados da ala horizontal torre do farol, quadrangular. Volumes articulados horizontalmente com coberturas em terraço, com telha de fibrocimento, sobre os quais se eleva a torre, com cúpula metálica. Fachadas de um piso em alvenaria rebocada, com cunhais, cornija e friso avançado sobre esta em cantaria, rematadas por platibanda simples; portas e janelas de verga recta, simples, com tapa-sóis de alumínio verde. Fachada principal virada a E. com corpo da torre avançado, tendo no 1º piso porta entre duas janelas e no 2º, que nesta fachada e nas viradas a N. e a S. é mais recuada, porta de acesso ao terraço e lateralmente janela de peitoril. Sobre a torre, elevam-se a murette cilíndrica e a lanterna, circundada por varandim gradeado, tudo pintado de vermelho, ficando o plano focal da luz a 14 metros acima do terreno. Alas laterais com portas nos extremos e 3 janelas centrais, esquema repetido nas fachadas exteriores do U, voltadas a N. e a S.. Fachada O com corpo central da torre proeminente, marcado inferiormente por esbarro rematado por moldura em bocel; a meio, janela de peitoril; na ala horizontal do U, rasgam-se 4 janelas de peitoril a S. e 2 a N.. Acesso ao interior do edifício principal, que dá acesso à torre do farol, pela fachada E.. A entrada dá para o vestíbulo ou sala do faroleiro, de planta quadrangular, com pavimento em cimento e em telas de plástico quadradas imitando cerâmica. Em frente, porta de acesso à escadaria em caracol, de cimento, de poço aberto, que conduz à lanterna do farol envolvida por parede pintada de branco. A partir do segundo lance da escadaria, esta desenvolve-se de forma diferente. Passa a ser utilizado o ferro na sua estrutura e a parede envolvente é forrada a madeira. O sistema iluminante que se encontra no interior da lanterna é direccional rotativa com óptica em cristal. Tem luz branca e o seu alcance luminoso é de 26 milhas. |
Acessos
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Ponta do Pargo, Sítio da Vigia, EM entre a povoação da Ponta do Pargo e o Farol; Largo do Farol |
Protecção
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Categoria: VL - Valor Local, Resolução do Presidente do Governo Regional n.º 95/99, JORAM, 1.ª série, n.º 13 de 02 fevereiro 1999 |
Enquadramento
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Rural, isolado. Implanta-se numa arriba, no extremo O. da Ponta do Pargo, o ponto mais ocidental da ilha da Madeira, com foco luminoso a cerca de 312 m de altitude. Tem acesso principal a nascente, onde o pátio do U é ajardinado, e a N. amplo largo. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Comunicações: farol |
Utilização Actual
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Comunicações: farol |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1883 - O Plano Geral de Aluimento e Balizagem aprova a instalação de uma óptica de 2ª ordem, de 3 clarões agrupados, com 25,5 milhas de alcance luminoso em estado médio; 1896 - estudo visando a sua concretização levada a cabo pelo engenheiro director das Obras Públicas do Funchal e pelo capitão do porto respectivo; segundo o relatório efectuado, o terreno a expropriar para a construção do farol era de lavradio, valia cerca de 120 reis por metro quadrado e era propriedade de Felisberto Homem de Gouvêa; 1902 - estudo de modernização dos faróis, o qual propunha a instalação neste local de um "aparelho de terceira ordem, modelo pequeno, da casa Barbier, cujo preço era de 27.250 francos"; 1911 - projecto do farol; 1915 - encomenda à casa Barbier, Bénard & Turenne da óptica e lanterna; 1917 - A Junta Geral do Distrito do Funchal pede que o farol lhe não fosse entregue por motivo do estado de guerra então existente; 1920 - recebimento da lanterna; 1921 - recepção do aparelho por parte da Repartição de faróis do Ministério da Marinha; 1922, 5 Junho - o farol entra em funcionamento utilizando como fonte luminosa um candeeiro de petróleo; 1937 - melhoramento da incandescência pelo valor do petróleo, aumentando o seu alcance luminoso para 34 milhas em vez das 28 milhas anteriores; 1958 - electrificado pela montagem de grupos electrogéneos, e montagem de motores de rotação; anos 80 - passa a ser alimentado pela rede de distribuição pública de energia eléctrica e foi automatizado. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista e paredes autoportantes. |
Materiais
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Betão, alvenaria de pedra rebocada, blocos de betão, estuque, ferro, alumínio, vidro, telha de fibrocimento, plástico e madeira. |
Bibliografia
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SILVA, Padre Fernando Augusto da, MENEZES, Carlos Azevedo, Elucidário Madeirense, vol. 1 e 2, Funchal, 1921 - 1922; Lista de Faróis, Bóias Luminosas, Radiofaróis, Sinais de Nevoeiro e Sinais horários e de Mau Tempo Existentes na Costa de Portugal, nos Arquipélagos dos Açores e Madeira e no Ultramarino, Lisboa, 1933; LAMAS, Maria, Arquipélago da Madeira - Maravilha Atlântica, Funchal, 1956; PEREIRA, Eduardo C. N., Ilhas de Zarco, vol. 2, Funchal, 1968; CALLIXTO, Vasco, Pelas Estradas da Madeira e de Porto Santo, Lisboa, 1977; VILHENA, João Francisco, LOURO, Maria Regina, Faróis de Portugal, Lisboa, 1995; AGUILAR, J. Teixeira de, NASCIMENTO, José Carlos, Onde a Terra Acaba, História dos Faróis Portugueses, Lisboa, 1998. |
Documentação Gráfica
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DRAC |
Documentação Fotográfica
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DRAC |
Documentação Administrativa
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CPF; CMC |
Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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Filipe Bettencourt 1999 |
Actualização
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