Rua da Sofia
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Portugal, Coimbra, Coimbra, União das freguesias de Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu) |
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Componente urbano. Eixo viário. Rua. Espaço urbano de formação linear, cujo eixo matricial é uma via larga e direita, construída na 1ª metade do séc. 16, numa altura em que aflorava o Renascimento em Coimbra. A Rua da Sofia seguiu o modelo da universitária Rue de Sorbonne, em Paris, embora duplicando as suas dimensões de comprimento e largura (LOBO, 2006). O plano inicial idealizado por Frei Brás de Barros baseava-se na construção de um campus universitário em linha, em que os diferentes colégios se dispunham sequencialmente de um dos lados da rua (o lado NE.). Do outro lado seriam edificados habitação e comércio, que serviriam de apoio à universidade. É ainda possível estabelecer um paralelismo com a Rambla de Barcelona, a rua universitária da cidade, sendo esta, porém, um alinhamento pré-existente, um canal de escoamento de cheias sazonais. A sua implantação também era tangencial ao núcleo da cidade murada, funcionando como charneira entre esta e o arrabalde em crescimento (LOBO, 2006). Outra vertente científica defende um plano baseado num sistema de 5+1 propriedades de 5x4 módulos de base 6 braças, tendo 1+4 módulos de fundo. As medidas das frentes dos lotes aforados para construção de casas no lado poente da rua também eram aproximadamente submúltiplas de 6 braças (ROSSA, 2006). A altura dos edifícios surge igualmente referenciada a cerca de 6 braças de altura. Isto indica que a rua estaria planeada quer em termos planimétricos, quer em termos de altura das fachadas, existindo uma proporcionalidade entre a sua largura e a cércea dos edifícios. Apesar do seu carácter revolucionário, a Rua da Sofia segue a lógica urbanística da tradição portuguesa tardo-medieval, com a adopção do tipo "platea", uma rua larga, eixo estruturante do crescimento urbano. Dá-se aqui a conjugação de originalidade e tradição, algo comum na história urbana nacional (ROSSA, 2001). Relativamente aos tipos arquitectónicos de referência, existem dois padrões de colégio. O modelo conventual, fundado na arquitectura religiosa e no qual se inserem os colégios da Graça, do Carmo e de S. Pedro. O tipo palaciano, referente à arquitectura civil, do qual o Colégio do Espírito Santo terá sido o precursor. O Colégio de S. Tomás segue este exemplo, que viria a ser profusamente utilizado na Alta da cidade (exemplares destruídos no séc. 20 e substituídos pelas instalações universitárias actuais). |
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Número IPA Antigo: PT020603170033 |
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Registo visualizado 11300 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Conjunto urbano Elemento urbano Eixo viário Rua
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Descrição
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Formação urbanística quinhentista de traçado linear, estruturada por uma via larga e comprida, rigorosamente rectilínea, com 460 metros de comprimento e 12,5 metros de largura. Construída no sopé das colinas da Conchada e de Montarroio, apresenta-se praticamente plana, com um declive não perceptível. A cota altimétrica mais baixa situa-se nos 20 metros acima do nível médio das águas do mar e a mais alta, a 23 metros. A Rua da Sofia segue uma orientação SE./ NO. desde o seu elemento gerador, o Mosteiro de Santa Cruz (e o indissociável Largo de Sansão), até ao seu término, dando origem à Ladeira de Santa Cruz e à Rua da Figueira da Foz, que inflectem ligeiramente para O. Esta orientação corresponde a uma direcção paralela à margem do rio Mondego neste troço de território. O Mosteiro de Santa Cruz é o elemento catalisador do aglomerado urbano para Poente, sendo o Largo de Sansão o ponto de convergência de 8 ruas dispostas em leque com abertura na direcção do rio: a Calçada (actuais ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz), as ruas dos Pintadores (actual Rua do Corvo), Tingerodilhas (actual Rua da Louça) e da Moeda, a Rua Direita e, finalmente, a Rua da Sofia. O Largo de Sansão é o espaço estruturante a partir do qual se definiram os eixos que compõem toda a malha urbana das áreas centrais de cota mais baixa. Apresenta uma forma trapezoidal, com um lago central e 2 plataformas laterais sobrelevadas providas de rampas, dando acesso à Igreja de S. João das Donas (actual Café de Santa Cruz) e aos Paços Municipais. A actual praça, reformulada no final do séc. 20, articula-se de modo a potenciar a relação a diferentes cotas com os edifícios com a qual confronta, dando primazia ao equilíbrio outrora perdido na ligação com o Mosteiro de Santa Cruz. Os dois lados da Rua da Sofia ilustram realidades completamente distintas, quer ao nível morfológico e urbano, quer em termos topográficos. Para NE. os terrenos são mais declivosos e a frente urbana é muito mais fechada. Apenas podemos definir dois quarteirões de grandes dimensões, alongados no sentido da rua primordial, divididos pela Ladeira do Carmo, indicando que neste lado se preservou mais a integridade do plano original quinhentista. Para SO. a topografia caracteriza-se pela planura e o traçado urbano é mais permeável, existindo uma série de transversais que se direccionam para o rio. Denominam-se, a partir do Largo de Sansão e até ao fim da rua, por Tv. da Rua Nova (acesso à R. Nova), Rua Nova (acesso à R. Direita), Beco de S. Boaventura e Beco do Fanado (acesso ao Terreiro da Erva), Rua do Carmo (passa pelo Terreiro da Erva e liga à Av. Fernão de Magalhães), Rua João de Ruão, Rua Dr. Manuel Rodrigues e Rua João Machado (ligação à Av. Fernão de Magalhães), estas últimas abertas já no séc. 20. Existem assim 9 quarteirões para o lado SO., que apenas exibem alguma regularidade formal a partir da Rua do Carmo, uma vez que as ruas seguintes são de construção recente. A única saída da cidade para N. no traçado medieval era a estreita Rua Direita, frequentemente inundada pelo rio Mondego. Quando a Rua da Sofia é aberta passa a ser um eixo fundamental do crescimento de Coimbra, definindo uma direcção de força na malha urbana e constituindo uma alternativa de saída da cidade para N. Os quarteirões compreendidos entre os dois eixos viários estruturantes do conjunto, constituídos pelas Rua da Sofia e Rua Direita, são quarteirões com uma forma irregular, muito diferenciados entre si e entrecortados por ruas sinuosas, como a Rua Nova e a Rua do Moreno, sinal evidente da presença do traçado medieval. No entanto, existe um factor de variação relacionado com a proximidade em relação a uma ou a outra rua matricial. Junto à Rua da Sofia, os lotes têm uma escala maior e os prédios de rendimento são frequentes. Mais próximo da Rua Direita, o tipo de referência é o lote estreito plurifamiliar. Este é um dos factos que comprovam o carácter revolucionário do plano e do loteamento efectuado no séc. 16 para a construção da nova rua. No final desta zona, o Terreiro da Erva anuncia a transição do traçado medievo para uma situação mais regular, sendo um largo de dimensões consideráveis mas sem uma forma definida. É um espaço claramente remanescente, resultante da junção do Quintal do Prior ao Adro de Santa Justa. Nasceu neste local, no séc. 12, a primitiva igreja de Santa Justa, da qual ainda resta uma abóbada numa casa de habitação. A partir da Rua do Carmo, os quarteirões têm uma forma rectangular ou trapezoidal, orientando-se a maior dimensão do primeiro no sentido SO./NE. e dos outros dois na direcção perpendicular a esta. O plano quinhentista de Frei Brás de Barros determinava a construção de colégios no lado NE. da Rua da Sofia, ficando a frente oposta destinada à edificação de prédios de rendimento e comércio. A tipologia dos edifícios atesta esta opção, verificando-se uma grande mancha de arquitectura religiosa, nomeadamente educativa, no lado que chegou à contemporaneidade mais íntegro, apenas existindo programas residenciais nos imóveis situados nas extremidades da rua. Na extremidade junto ao mosteiro crúzio surge o primeiro conjunto colegial, na subida da encosta de Montarroio, designado por Colégio das Artes (hoje com acesso pelo Pátio da Inquisição, que lá esteve instalada durante alguns séculos). Era um grande complexo de salas de aula, destinado a estudos preparatórios nas áreas das humanidades e das artes, com pátios em vez de claustros. Este conjunto edificado sofreu muitas modificações e terá surgido da reformulação e reaproveitamento de dois colégios anteriores aí situados colégios (S. Miguel e Todos-os-Santos). Seguindo ao longo da Rua da Sofia, encontramos o Colégio do Espírito Santo ou de São Bernardo (v. PT020603170084). Foi o precursor de um modelo de colégio palaciano, radicado na arquitectura civil, com a capela integrada, revelando uma regularidade formal e volumétrica, fixada em torno de um pátio central. Separado deste pela Ladeira do Carmo, surge o Colégio do Carmo (v. PT020603170026), sendo o terceiro da rua no sentido SE./NO. A sua tipologia insere-se no modelo conventual, fundado na arquitectura religiosa, que evidencia a igreja externa adjacente a um claustro de 2 pisos que, por sua vez, serve de elemento organizador e distribuidor dos espaços funcionais. O claustro é a peça fundamental dos edifícios, uma vez que articula espaços de utilização cultual, educacional e residencial no interior dos colégios. A igreja funciona como interface de comunicação entre a população e as ordens religiosas. Segue-se o Colégio da Graça (v. PT020603170048), sensivelmente a meio da rua e adossado ao anterior. É o maior de todos e constitui-se como o mais representativo do modelo conventual, sendo aquele que se aproxima mais da construção original. A razão de implantação dos colégios no lado NE. da via deveu-se à direcção preferida para as igrejas, com a capela-mor voltada a E. e a entrada no sentido oposto, dando para a rua. Mas essa implantação no arranque da encosta, permitiu um piso semi-enterrado, passível de ser rentabilizado com fins comerciais, e a sobrelevação dos conjuntos colegiais, assentes numa plataforma superior à cota da rua. Desta forma a arquitectura religiosa ganha maior monumentalidade e as funções educativas conseguem maior privacidade. As igrejas resolvem o problema do acesso ao seu interior com uma plataforma que antecede o portal principal, à qual se acede por escadaria. A igreja do Colégio da Graça é aquela que revela maior autenticidade, com a fachada principal num plano recuado. Exibe uma plataforma liberta de coberturas, realçando assim o desnivelamento, menos evidente nas Igrejas do Carmo e de São Pedro, uma vez que estas reformularam as suas fachadas, avançando até ao alinhamento da rua e formando um nártex que cobre a plataforma. Finalmente, a rematar a via e adossado ao anterior, encontra-se o Colégio de São Pedro dos Religiosos Terceiros (v. PT0603170083), que remata a via. O Colégio de São Pedro foi construído numa fase mais tardia, mas seguiu o modelo conventual preconizado pelo Colégio da Graça. Ao longo de todo este lado da via, destaca-se a presença estruturadora das três igrejas alternadamente com os corpos colegiais, o que confere um ritmo monumental ao enfiamento viário, dentro de uma certa regularidade formal de arquitectura de programa desenvolvida em 3 e 4 pisos. Os materiais utilizados são em geral a cantaria em paredes, embasamentos, cunhais, colunas e guarnecimentos dos vãos e a alvenaria de pedra revestida a cal em paredes e muros. Após o final da Rua da Sofia, sobe-se a Ladeira de Santa Justa, onde existe um enfiamento de prédios plurifamiliares de lote estreito. No cimo da ladeira ergue-se a actual Igreja de Santa Justa (v. PT020603170049), que deve a sua implantação sobrelevada às frequentes inundações que sofria na anterior localização no Terreiro da Erva. Opera uma articulação barroca no extremo NO. da rua, em situação de destaque, no arranque da encosta. Voltando o olhar em direcção ao Largo de Sansão, torna-se clara a percepção de um enfiamento perspéctico convergente para o Mosteiro de Santa Cruz, em que este surge como pano de fundo, reafirmando a sua presença geradora do conjunto da Rua da Sofia. Caminhando do lado SO. da rua, surge, em frente ao Colégio de São Pedro, o Colégio de S. Tomás (v. PT020603170139, depois Palácio dos Condes do Ameal e actualmente Palácio de Justiça de Coimbra). Insere-se no modelo palaciano, apresentando disposição de grande regularidade em torno de um claustro centralizado, ficando a capela interna inserida num dos lanços laterais. Revela uma maior preocupação urbana na fisionomia, enquadrando-se facilmente na frente de rua, embora constituindo um quarteirão por si só. Este edifício, em conjunto com o Colégio do Espírito Santo, representa a introdução do modelo palaciano na arquitectura colegial de Coimbra, muito utilizado na zona Alta da cidade. As obras de conversão em Palácio de Justiça visaram o desafogamento do edifício em termos urbanos, passando a existir enfiamentos viários em todo o seu perímetro, constituindo um quarteirão autónomo, consentâneo com a dignidade das funções nele exercidas. A abertura das ruas Dr. Manuel Rodrigues e João de Ruão seccionaram o antigo Convento de São Domingos (v. PT020603170009), anteriormente adossado ao respectivo colégio. A abertura destas duas ruas permitiu um enfiamento frontal em relação às fachadas principais das igrejas, conferindo maior monumentalidade à medida que se acede à Rua da Sofia pelas suas transversais. O que resta do convento dominicano é a sua igreja inacabada, hoje transformada em centro comercial, sensivelmente a meio da rua. Em frente ao Colégio do Espírito Santo fica o Colégio de São Boaventura (v. PT020603170205), o mais recente, também ele transformado em zona comercial e de serviços. À medida que nos aproximamos do Mosteiro de Santa Cruz ainda se destacam alguns prédios de rendimento de desenho mais elaborado, com elementos decorativos de pedra, ferro, argamassa e cerâmicos. O lado SO. da rua encontra-se mais descaracterizado, processo que se iniciou logo após o plano ser elaborado, com a implantação, inicialmente não prevista, de colégios e igrejas deste lado. A abertura recente de ruas também contribuiu para um agravamento da situação. Enquanto do lado NE. da rua existe uma certa regularidade morfológica, mesmo ao nível da cércea dos edifícios, do lado oposto tal não se verifica, denotando-se alguns edifícios dissonantes em termos de volumetria e composição. Apesar de profundamente alterados, o essencial da implantação e da configuração dos colégios manteve-se até aos dias de hoje. |
Acessos
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Praça 8 de Maio, Rua João de Ruão. |
Protecção
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Categoria: Património Mundial - UNESCO, 2013 / IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 516/71, DG, 1ª série, nº 274 de 22 novembro 1971 / Incluída na Universidade de Coimbra - Alta e Sofia (v. PT020603020051) / Inclui Mosteiro de Santa Cruz (v. PT020603170004) / Jardim da Manga (v. PT020603170025) / Igreja de São João das Donas (v. PT020603170021) / Colégio da Graça (v. PT020603170048) |
Enquadramento
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Urbano. O aglomerado urbano inicial de Coimbra implantou-se num outeiro (106 m. de altitude), de pendores íngremes e voltado a poente (em direcção ao rio). As construções desenvolvem-se desde a parte alta consignada à Universidade, outrora alcáçova dos primeiros reis portugueses, até à margem fluvial, onde os terrenos são planos. A Rua da Sofia localiza-se fora das muralhas da cidade, sobre o vale a N. da colina da Alta, na base da encosta que sobe até à Conchada, fazendo parte da zona baixa da cidade. A zona a SO. do conjunto urbano é atravessada pela Av. Fernão Magalhães, enfiamento estruturante de um traçado com alguma regularidade, seguindo aproximadamente direcções paralelas e perpendiculares à definida pela margem do rio. Proliferam os edifícios de grandes dimensões, com utilização maioritariamente comercial e de serviços. Para S. fica a Baixinha, zona histórica da cidade, caracterizada por ruas estreitas e becos transversais, num traçado irregular de herança medieval, no qual o Largo de Sansão (actual Praça 8 de Maio) é o pólo centralizador. Os lotes são tendencialmente estreitos, com muitos edifícios abandonados e/ou em mau estado de conservação. Subindo a encosta da Conchada e de Montarroio, para E., existe uma grande zona residencial, onde o desenho das ruas está adaptado à topografia acidentada. Aqui conjugam-se edifícios em altura com moradias unifamiliares. Na proximidade imediata da Rua da Sofia destaca-se a Fonte Nova ou Fonte dos Judeus (v. PT020603170075), localizada a SE. Mais para E. localiza-se o Mercado Municipal (v. PT020603170106). |
Descrição Complementar
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A Rua da Sofia constitui um processo urbanístico revolucionário na evolução histórica das cidades portuguesas, tratando-se de uma das ruas mais importantes do período renascentista luso. A sua marca de excepcionalidade reside em vários factores. Desde logo na escala da intervenção urbana que constituiu, tendo em conta as suas dimensões, inéditas na cidade de Coimbra até à data e raras no restante território nacional. A racionalidade da implantação em linha recta e a escolha do local estratégico, fora do perímetro amuralhado, o que permitia maiores níveis de concentração nos estudos. A adaptação às condições do terreno também foi exemplar, pois os colégios ficariam entalados, com um primeiro piso semi-enterrado e com os espaços exclusivamente colegiais elevados em relação à rua. Tal situação conferia, por um lado, maior privacidade aos estudantes e professores e, por outro, maior monumentalidade aos edifícios. A arquitectura das várias unidades foi pensada como um contributo para um conjunto coerente e harmonioso, sendo definidas normas rigorosas para a sua construção e materiais a utilizar. Finalmente, pela importância conferida ao espaço público, que surge como claro protagonista da operação. Em vez de existirem adros ou largos em frente da fachada de cada igreja ou colégio, seguindo a lógica urbana de herança medieval de espaços amplos diante de edifícios de excepção, pensou Frei Brás de Barros numa rua muito larga, rigorosamente alinhada, também ela protagonista na vivência da cidade. A largura constante da via permitia deixar um espaço vazio amplo de enquadramento aos colégios e igrejas, valorizando-os e contribuindo para a modernização da imagem da cidade. A razão da abertura da rua foi a instalação da Universidade em Coimbra, mas tal nunca se veio a efectivar completamente, tendo o plano sido adulterado, logo nos primeiros tempos, com a construção dos colégios de S. Boaventura e S. Tomás, assim como com a construção do Convento de S. Domingos. No entanto, constituiu uma tentativa de sistematizar um espaço urbano e de o adequar a uma função específica de interesse nacional, lançando a cidade de Coimbra como um pólo educacional e cultural, algo que chegou aos dias de hoje. Apesar da maior parte do seu património edificado estar parcialmente desvirtuado, a rua mantém o seu traçado inicial e alguns edifícios mostram vestígios da construção original, mantendo ainda a altura de três pisos / 2 sobrados (uma norma inicialmente instituída). No Colégio da Graça e em parte da fachada do antigo Colégio do Espírito Santo mantêm-se algumas janelas de tamanho diferenciado e de distribuição alternada, que, nos antigos colégios, corresponderiam, as menores, às alcovas e as maiores, às salas de estudo. As igrejas e claustros dos antigos colégios, apesar das transformações sofridas, ainda mantêm parte do traçado inicial. Os claustros de 2 pisos constituíram uma solução inovadora no contexto nacional, que se difundiu posteriormente; articulavam as dependências colegiais e constituíam espaço de lazer e recreio dentro dos respectivos recintos. A Rua da Sofia assume assim o seu valor particular pelo conjunto de soluções urbanísticas e inovações arquitectónicas que implicou, nomeadamente nos séculos 16 e 17. |
Utilização Inicial
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Não aplicável |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Não aplicável |
Afectação
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Não aplicável |
Época Construção
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Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Frei Brás de Barros (plano e loteamento): Diogo Boytac (Mosteiro de Santa Cruz); Marcos Pires (Mosteiro de Santa Cruz); Diogo de Castilho (Igreja de São João das Donas, Mosteiro de Santa Cruz, Colégio do Carmo, Colégio da Graça, Colégio das Artes, Colégio de São Tomás); João de Ruão (Jardim da Manga, Colégio das Artes); Miguel de Arruda (Colégio do Espírito Santo); Isidoro de Almeida (Igreja de S. Domingos); Silva Pinto (Palácio dos Condes do Ameal); Manuel Abreu Castelo Branco (Palácio de Justiça); Veloso Reis Camelo (Caixa Geral de Depósitos); Fernando Távora (Largo de Sansão); João Mendes Ribeiro (Centro de Artes Visuais, cerca de São Bernardo e Pátio da Inquisição); Teresa Alfaiate (Pátio da Inquisição e Cerca de São Bernardo) |
Cronologia
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1507 - O rei D. Manuel I ordena a demolição da Igreja, Claustro e Capítulo do Convento de Santa Cruz, devido ao seu estado de degradação e antiguidade, dando instruções para a construção de novos edifícios em sua substituição; 1527 - D. João III ordena a reforma monástica do Convento de Santa Cruz, nomeando, para essa tarefa, Frei Brás de Barros, da Ordem de São Jerónimo, que, até 1554, prossegue com a reconstrução, efectuando grandes remodelações e acrescentos (claustros da Manga e da Portaria); alargamento e regularização do Largo de Sansão; 1527/1530 - construção da Igreja de São João das Donas (hoje Café Santa Cruz), da autoria de Diogo de Castilho, em substituição da anterior pertencente ao mosteiro feminino demolido; 1528 - construção da Nova Portaria do Mosteiro de Santa Cruz no lugar do extinto Mosteiro de S. João das Donas; 1530/1533 - Início provável da construção do Claustro da Manga, da autoria de João de Ruão; 1531/1547 - Diogo de Castilho é instituído no cargo de mestre pedreiro das obras do Mosteiro de Santa Cruz. Durante esse período constrói o refeitório ao longo do lanço N. do Claustro do Silêncio; João de Ruão também participa em várias obras e recebe uma casa na Rua da Sofia como remuneração pelos trabalhos desenvolvidos; 1534/1535 - início dos cursos no Mosteiro de Santa Cruz nos colégios de Santo Agostinho e São João Baptista (conjuntos de salas de aula preparadas nas dependências do Mosteiro) (LOBO, 2006); 1535, 17 Abril - Carta de D. João III para Frei Brás de Barros, a comunicar haver necessidade de alterar o projecto de Diogo de Castilho para o Colégio de São Miguel, para que ficasse mais espaço livre para o que pretendia levar a cabo (provavelmente a construção da futura Rua da Sofia); D. João III pretendia reformar o ensino e decidiu instalar a Universidade em Coimbra, ao longo de uma rua construída de raiz para esse efeito: a Rua da Sofia; 1536 - início da construção da rua (propriedade do Mosteiro de Santa Cruz), e dos colégios de Todos-os-Santos e de São Miguel (directamente dependentes do mosteiro crúzio), construindo-se, simultaneamente, fronteiras ao colégio de São Miguel, cinco casas de rendimento, de 2 sobrados, com frontaria de pedra e cal e vãos com molduras lavradas em pedra de Ançã; para que fosse possível abrir a rua, foram adquiridas e demolidas algumas casas medievais que fechavam o Largo de Sansão, assim como um conjunto edificado no arranque da encosta de Montarroio, presumivelmente a nova judiaria. Seguidamente, Frei Brás de Barros, com o apoio do monarca, encetou negociações para a expropriação de terrenos para implementação da via. Geralmente, procedeu-se a trocas por terrenos crúzios localizados noutros locais; 1537, 2 de Maio - início das aulas nos colégios da Rua da Sofia; 1538 - contratos de aforamento de terrenos a cidadãos e comerciantes no sentido de levantarem prédios de habitação e comércio ao longo da via; 1538, 20 Março - primeira referência à rua com a designação de Rua de Santa Sofia; 1538, Março - o comprimento da Rua da Sofia estava integralmente definido. Do lado nascente da rua ficariam os colégios universitários e do lado contrário os edifícios complementares de habitação e comércio. Antes dos colégios começarem a ser construídos, já a totalidade da frente poente da Rua da Sofia se encontrava aforada para a construção de edifícios civis. Os contratos de cedência de terrenos a particulares estabeleciam regras idênticas às seguidas nas casas de rendimento do colégio de São Miguel, obedecendo a uma matriz comum que, para além da definição de regras para a construção das casas, tinham um prazo limitado e rígido para a concretização das obras (ROSSA, 2001); 1538, Agosto - construída a Porta de Santa. Margarida no topo NO. da Rua da Sofia; 1539 - no final do ano encontra-se praticamente concluído o colégio de Todos-os-Santos, recuado em relação ao enfiamento viário principal, acompanhando a rua que subia para Montarroio (LOBO, 2006); já existiam edifícios acabados no lado poente da Rua da Sofia; 1540 - fundação do Colégio do Carmo pelo bispo do Porto, D. Frei Baltasar Limpo, destinado a clérigos que viessem estudar para a Universidade; fundação e início da construção do Colégio de São Pedro em sítio doado pelo mosteiro de Santa Cruz; 1541 - terminam as obras de construção da via; celebrados os primeiros contratos para a cedência de terrenos para construção dos colégios que ficariam a cargo das ordens religiosas; 1541, 8 Dezembro - início da construção do Colégio de N. S. Conceição, mais tarde Colégio do Carmo, da autoria de Diogo de Castilho; fundação e colocação da primeira pedra do Colégio do Espírito Santo; 1542 - início da construção do Colégio da Graça da autoria de Diogo de Castilho. Claustro e corpo principal concluídos em 1548. A igreja apenas se concluiu em 1555; 1543 - Frei Brás de Barros cedia terrenos na Rua da Sofia à ordem de S. Domingos, para construção de um colégio e de um convento, em substituição do anterior, constantemente inundado, mais próximo do Rio Mondego. Esta cedência constituiu uma alteração ao plano e loteamento efectuado em 1538; 1544 - o loteamento da totalidade dos terrenos da Rua da Sofia estava realizado; transferência de todos os estudos universitários para a parte alta da cidade, segundo alvará real, retirando definitivamente a universidade da esfera de influência do Mosteiro de Santa Cruz. Profunda reforma dos colégios de S. Miguel e de Todos-os-Santos para albergarem o Colégio das Artes, instituído até 1555; 1546 - os dominicanos conimbricenses obtinham as licenças de D. João III e do capítulo geral da ordem para mudarem para o local onde iria ser construída a nova casa conventual, na Rua da Sofia. Para executar o projecto do novo convento foi contratado Isidoro de Almeida, arquitecto e engenheiro militar formado em Itália; 1547 - conclusão do colégio de S. Miguel, apesar de ter iniciado actividade ainda em obras; cedência dos colégios de São Miguel e o de Todos-os-Santos para albergar o Colégio das Artes. Os anteriores colégios directamente dependentes do Mosteiro de Santa Cruz serviriam de estrutura de base para instalação do Colégio das Artes, onde funcionariam os estudos gerais das humanidades e das artes, preparatórios para o estudo universitário; 1548 - início da construção do "lanço novo" (volume perpendicular à Rua da Sofia) do Colégio das Artes, da autoria de Diogo de Castilho; estavam inscritos mais de 800 estudantes no Colégio das Artes (CRAVEIRO, 2006); 1550 - entrada solene dos colegiais para o Colégio de Espírito Santo, devendo este estar próximo da sua conclusão; fundação do Colégio de São Boaventura por D. João III, para os franciscanos Conventuais da Província de Portugal (Venturas); 1552 - o edifício do Colégio de São Pedro estava concluído; 1555 - conclusão da construção do Colégio de S. Tomás; entrega do Colégio das Artes (nunca concluído na totalidade), à Companhia de Jesus, sendo ocupado pelos jesuítas durante uma década; 1558 - a igreja de S. Domingos já se encontraria em construção (LOBO, 2006), tendo ficado inacabada (apenas se construiu a cabeceira: capela-mor, capelas colaterais e transepto); 1565 - Colégio das Artes é entregue à Inquisição (na sequência do movimento da Contra-Reforma), que opera muitas transformações nos edifícios colegiais; 1574 - o Colégio de São Pedro é transferido para a Alta da cidade e o seu edifício é abandonado e posteriormente entregue aos Religiosos da Terceira Ordem Regular de São Francisco, que aí estabeleceram o seu colégio; 1574, 26 Fevereiro - contrato entre os padres dos Colégios do Carmo e de São Bernardo, onde se define uma azinhaga entre os dois, dividindo o quarteirão; 1593 - Início da edificação do Colégio Novo ou da Sapiência; 1597/ 1600 - conclusão da igreja e do claustro do Colégio do Carmo existentes, onde terão participado o arquitecto Manuel João, Francisco Fernandes e o pedreiro Onofre Simões, seguindo o modelo do claustro da Graça; séc. 16, final - abertura de vãos na cabeceira da Igreja de S. Domingos para a Rua da Sofia; séc. 16, final/ séc. 17, início - a Inquisição reformula espacialmente o Colégio das Artes, construindo novos corpos destinados a celas para albergar presos, encurtando o pátio interno; 1621/1624 - construção do actual Colégio de São Pedro dos Religiosos Terceiros, repetindo o esquema de implantação do Colégio da Graça; séc. 18 - as casas de Diogo de Castilho, António Tenreiro e Pedro Luis, aforadas no loteamento de 1538, foram demolidas para a construção do Colégio de S. Boaventura; séc. 18, 2ª met. - Remodelação do portal do Mosteiro de Santa Cruz e colocação de arco triunfal defronte da fachada; 1834 - Extinção das ordens religiosas, deixando de fazer sentido o uso inicial dos colégios, que mantiveram as suas funções até esta data. Parte dos edifícios foi ocupada com habitações, comércio e serviços, outros passaram a ser lares de idosos; o Colégio da Graça transformou-se em quartel. No Claustro do Mosteiro de Santa Cruz foi instalada uma Biblioteca; 1835 - primeiro teatro público de Coimbra instalado no Largo de Sansão; 1838 - o edifício do Colégio do Espírito Santo foi vendido a um particular, sofrendo grandes transformações espaciais, resultado de adaptações ao uso residencial. A metade N. da fachada para a Rua da Sofia foi transformada em fachada neoclássica palaciana; 1839 - todo o conjunto do Mosteiro de Santa Cruz foi entregue à Câmara Municipal; 1845, 23 Abril - o edifício do extinto colégio do Carmo foi concedido à Ordem Terceira de São Francisco, para instalação de um hospital; 1859 - o Colégio de São Boaventura é vendido pela Fazenda Nacional, passando a ter um uso residencial e comercial; 1877 - início da construção do edifício da Câmara Municipal, sendo para isso demolido o claustro da portaria do Mosteiro de Santa Cruz. As obras estavam concluídas em 1886 (LOBO, 2006); 1884 - foi criado o Regimento de Infantaria nº 23, ficando instalado no Quartel da Graça, suas dependências e cerca; 1895 - transformação do Colégio de São Tomás em Palácio dos Condes do Ameal, segundo desenho do arquitecto Augusto de Carvalho da Silva Pinto; 1921 - construção da fachada do Café Santa Cruz (anterior Igreja de São João das Donas); 1928 - remodelação do Palácio dos Condes do Ameal para aí funcionar o Palácio de Justiça de Coimbra. O projecto do engenheiro Manuel Abreu de Castelo Branco reformula completamente as fachadas do edifício, sendo o anterior portal de traçado renascentista transladado para o Museu Machado de Castro. O edifício ganha destaque em termos urbanísticos, ficando completamente desafogado, em resultado da demolição das construções que se encontravam nas suas ilhargas (FIGUEIREDO, 2006); 1934, 16 de Maio - inauguração do Palácio de Justiça de Coimbra; 1940 - abertura da Rua João de Ruão, sendo necessária a demolição de um edifício adossado à Capela do Tesoureiro (pertencente ao Convento de S. Domingos), cuja abóbada abateu; 1964, Outubro - demolição da Capela do Tesoureiro, sendo as suas pedras transportadas para o sítio do antigo matadouro municipal de Montes Claros. Hoje encontram-se no Museu Machado de Castro; 1980/ 1981 - construção do centro comercial da Sofia (no edifício do Convento de S. Domingos), mantendo-se o que restava da capela de Jesus; 1986 - construção da escadaria de Montarroio, sendo aí integrada a fonte setecentista designada por Fonte Nova ou Fonte dos Judeus; 1993/1997 - reformulação do Largo de Sansão, segundo projecto de Fernando Távora. A praça foi sendo sucessivamente aterrada ao longo do tempo para minimizar os efeitos das inundações fluviais frequentes; 1997 - concluída a nova fisionomia da praça, devolvida à cota original, recriando a confrontação inicial com a Igreja de Santa Cruz; 1997/2003 - reabilitação arquitectónica, urbana e paisagística do complexo do Pátio da Inquisição e da cerca de São Bernardo com projectos da autoria de João Mendes Ribeiro e Teresa Alfaiate; 1998 - extinção do quartel militar, passando as instalações confinantes com a igreja da Graça a serem ocupadas pela Liga dos Combatentes e as restantes pelos Serviços Sociais do Exército; 1999 - reafectação do 3º andar do Colégio da Graça à Universidade de Coimbra para instalação do Centro de Documentação 25 de Abril; 2003/2004 - a Câmara Municipal de Coimbra constrói o Teatro da Cerca de São Bernardo. |
Dados Técnicos
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Não aplicável |
Materiais
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Não aplicável |
Bibliografia
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FONSECA, Thomaz da, Coimbra, Porto, 1929; CORREIA, Virgílio, GONÇALVES, A. Nogueira, Inventário Artístico de Portugal, Cidade de Coimbra, vol. 2, Lisboa, 1947; DIONÍSIO, Sant'Anna, Guia de Portugal, III, Lisboa, 1984; DIAS, Pedro, Evolução do Espaço Urbano de Coimbra, Coimbra, 1981; BORGES, Nelson Correia, Coimbra e Região, Lisboa, 1987; NUNES, António, A Espada e A Balança. O Palácio da Justiça de Coimbra, Coimbra, 2000; ROSSA, Walter, DiverCidade, urbanografia do espaço de Coimbra até ao estabelecimento definitivo da Universidade, Dissertação de Doutoramento em arquitectura, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, 2001; CRAVEIRO, Maria de Lurdes, O Renascimento em Coimbra, Modelos e Programas Arquitectónicos, Dissertação de Doutoramento, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 2002; Mapa de Arquitectura de Coimbra, Argumentum, 2003; BANDEIRINHA, José António, LOBO, Rui, Mapa de Arquitectura de Coimbra, Coimbra, 2003; BANDEIRINHA, José António, 1131-1993 - As duas datas de um projecto. Fernando Távora, Santa Cruz e o Largo de Sansão, Monumentos nº 25 , Lisboa, 2006; CRAVEIRO, Maria de Lurdes, O Colégio das Artes, Monumentos nº 25 , Lisboa, 2006; LOBO, Rui, Santa Cruz e a Rua da Sofia, Arquitectura e urbanismo no século XVI, Coimbra, 2006; LOBO, Rui, Os Colégios Universitários de Coimbra. Enquadramento na arquitectura universitária europeia e seriação tipológica, Monumentos nº 25 , Lisboa, 2006; LOBO, Rui, Rua da Sofia: um campus universitário em linha, Monumentos nº 25 , Lisboa, 2006; FIGUEIREDO, Rute, Arquitectura Judicial: o Palácio de Justiça de Coimbra, Monumentos nº 25 , Lisboa, 2006; ROSSA, Walter, A Sofia: 1º episódio da reinstalação moderna da Universidade Portuguesa, Monumentos nº 25 , Lisboa, 2006; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74886 [consultado em 12 agosto 2016]. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMC; Câmara Municipal de Coimbra; Universidade de Coimbra |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMC; CMCoimbra; Universidade de Coimbra |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMC;; CMCoimbra; Universidade de Coimbra |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1926 - Demolição de parede a N. da torre O. do Mosteiro de S. Cruz; 1934 - Limpeza da frontaria do Mosteiro de S. Cruz; 1936/1938 - Recuperação de vários elementos do Mosteiro de S. Cruz; 1948 - Reparação dos portões e grades do adro da Igreja de S. Cruz; 1951 - Beneficiação da fachada N. do Refeitório do Mosteiro de S. Cruz; DSUC (Direcção dos Serviços de Urbanização de Coimbra): 1955 / 1957 - Obras de conservação geral do Colégio da Graça; DGEMN: 1960 - Conclusão da armação e cobertura sobre o Refeitório e do lageamento do Claustro superior do Mosteiro de S. Cruz; 1973 - Beneficiação da cobertura da igreja do Colégio do Carmo e substituição de algumas colunas em mau estado na galeria; 1976 - Obras de conservação e limpeza do Mosteiro de Santa Cruz; DSUC (Direcção dos Serviços de Urbanização de Coimbra): 1977 - adaptação do Colégio da Graça a Serviços Sociais do Exército, com acompanhamento da DGEMN; DGEMN: 1979 / 1981 - Obras de beneficiação e valorização do claustro do Colégio do Carmo; 1985 / 1986 - Obras de remodelação e restauro do Mosteiro de Santa Cruz; IPPAR: 1990 / 1997 - Conservação, recuperação e restauro da fachada principal do Mosteiro de Santa Cruz, com projecto e estudos prévios histórico-artísticos, técnicos e científicos elaborados por equipa multidisciplinar do L.N.E.C., I.S.T., Instituto de História da Arte da F.L.C., U.N., Instituto Botânico da U. C.; Câmara Municipal Coimbra: 1993/ 1997 - Reformulação do Largo de Sansão (actual Praça 8 de Maio); 1997/ 2003 - Reabilitação arquitectónica, urbana e paisagística do Colégio das Artes e da cerca de São Bernardo; DGEMN:1999 / 2000 - Obras de conservação do conjunto arquitectónico do Jardim da Manga; IPPAR: 2002 /2003 /2004 - Conservação e restauro do claustro do Mosteiro de Santa Cruz, das fontes Paio Guterres e central; arranjo das coberturas e fachadas laterais da igreja. |
Observações
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A Rua da Sofia possui trânsito automóvel nos dois sentidos entre a Pç. 8 de Maio e a R. Dr. Manuel Rodrigues. A partir desta rua faz-se em sentido único, dirigido para a R. João Machado e para a R. Figueira da Foz. O portal principal do antigo Colégio de São Tomás, classificado como MN e desenhado por Diogo de Castilho, está localizado no Museu Machado de Castro. |
Autor e Data
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Nuno Vale 2006 |
Actualização
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