Igreja Paroquial de Cabeça Santa / Igreja do Divino Salvador

IPA.00005316
Portugal, Porto, Penafiel, Cabeça Santa
 
Arquitetura religiosa, românica e barroca. Igreja paroquial de planta retangular composta por nave, capela-mor, capela e sacristia adossadas ao lado esquerdo, com campanário isolado, de dois registos, ventanas de volta perfeita e cobertura em coruchéu bolboso. Coberturas interiores de madeira, em masseira, iluminada escassamente por frestas rasgadas nas fachadas laterais, com amplos perfis internos. Fachada principal em empena, com os vãos rasgados em eixo composto por portal escavado, com duas arquivoltas e colunas de fuste liso e capitéis decorados, encimada por fresta retilínea. Fachadas rematadas em cornijas, as laterais assentes em cachorradas decoradas, rasgadas por portas travessas. Interior com capela lateral setecentista, forrada a talha dourada e azulejo de padrão, possuindo estrutura retabular do barroco nacional. Arco triunfal de volta perfeita, com três arquivoltas, a interior assente em colunas com capitéis decorados e percorridas por frisos fitomórficos. Capela-mor com simples mesa de altar. Possui afinidades de conceção e linguagem arquitetónica com a Igreja de São Gens de Boelhe e com a Igreja Matriz de Meinedo, integrando-se nas estruturas românicas da bacia do Sousa e do Baixo Tâmega. Igreja profundamente alterada no séc. 20 por um restauro de teorias puristas, tendo perdido grande parte do seu património integrado, executado, certamente, no início do séc. 19. Apresenta grande profusão de elementos decorativos nos capitéis e bases das colunas dos pórticos, exceto na porta N., mais simples e rasgada na sequência das obras novecentistas. Também a cachorrada ostenta profusão decorativa, com motivos zoo, fito e antropomórficos, surgindo alguns elementos geométricos. As mísulas das fachadas laterais sugerem a existência de corpos ou alpendres adossados. No interior mantém uma capela lateral com a decoração setecentista original, exceto no que concerne ao azulejo que envolvia o acesso ao espaço, reaproveitado num pequeno rodapé do batistério. A capela possui vão revestido a talha de acantos, contendo retábulo de talha de influência nacional, mas de perfil facetado, revelando reaproveitamentos de elementos e restauros posteriores à execução; possui azulejo de padrão policromo, do tipo tapete. As paredes laterais mantém as cruzes da sagração.
Número IPA Antigo: PT011311040009
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta retangular composta por nave, capela-mor, capela e sacristia adossadas ao lado esquerdo, de volumes articulados e escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de uma água na sacristia e de duas águas no templo e capela. Fachadas em cantaria de granito aparente, em aparelho isódomo, rematadas em cornijas, estas assentes em cachorradas decoradas com motivos zoo, fito e antropomórficos, existindo alguns motivos geométricos. Fachada principal virada a O., rematada em empena com cruz pátea no vértice, rasgada por portal escavado, em arco de volta perfeita, de duas arquivoltas em toro, assentes em finos colunelos com capitéis decorados por motivos zoo e antropomórficos, encimadas por frisos fitomórficos e assentes em dados e base côncavas decoradas por bicos; possui tímpano liso assente em impostas decoradas por bucrâneos; o portal está protegido por duas folhas de madeira pintadas de vermelho. Está encimado por fresta escavada, encimada por moldura cordiforme. Fachadas laterais marcadas por mísulas salientes, indiciando a existência de corpos adossados. Fachada lateral esquerda com porta travessa em arco de volta perfeita, com a moldura formada pelas aduelas, e duas frestas. É marcada pela capela lateral em empena com cruz latina no vértice, rasgada por uma janela, surgindo uma segunda na face O.; o corpo da sacristia possui porta de verga reta e janela na face E.. Fachada lateral direita marcada por friso saliente, interrompido por duas frestas no corpo da nave uma no da capela-mor; tem porta travessa escavada, em arco de volta perfeita, de três arquivoltas, duas delas em toro, assentes em finos colunelos com capitéis decorados por motivos zoo e antropomórficos, encimadas por frisos fitomórficos e assentes em dados e base côncavas decoradas por bicos; possui tímpano liso assente em impostas decoradas por motivos geométricos. Fachada posterior em empena com cruz no vértice, rasgada por fresta, sendo visível a empena do arco triunfal, tendo cruz no vértice e óculo circular, com múltiplas molduras em toro. INTERIOR com as paredes em cantaria de granito aparente, com tetos de madeira em masseira, com vigas e tirantes metálicos, tendo pavimento em soalho com corredor central de cantaria na nave, sendo lajeado na capela-mor. As janelas são em arco de volta perfeita, compostas por duas arquivoltas. No lado do Evangelho, elevado por um degrau, o batistério, composto por pequeno rodapé de azulejo de padrão policromo; possui a pia batismal em cantaria de granito, composta por pequeno pé cilíndrico, cingido inferiormente por anel e friso de esferas, e por taça facetada. Junto a esta, pia de água-benta, em cantaria de granito, composta por pé e taça facetados. No lado oposto, estrutura de madeira para o coro e órgão elétrico. No lado do Evangelho, a Capela de Nossa Senhora do Rosário, com acesso por arco de volta perfeita, assente em plintos paralelepipédicos e com o arco revestido a talha dourado, composto por pilastras de acantos e com plintos ornados por folhagem, que se prolongam numa arquivolta fitomórfica, com fecho em cartela; está protegido por teia de madeira torneada, marchetada a bronze, formando elementos fitomórficos. O interior encontra-se revestido a azulejo de padrão policromo, de 4x4, tendo cobertura de talha dourada, de nove caixotões, com molduras salientes de óvulos e dardos, percorridas, exteriormente, por frisos entrelaçados, tendo rosetões nos ângulos; cada caixotão tem decoração fitomórfica, alguns centrando querubins. Possui retábulo de talha dourada e, no lado da Epístola, confessionário de madeira, ocupando o vão de acesso à sacristia. Arco triunfal de volta perfeita, de três arquivoltas, assentes em impostas salientes, que formam friso vegetalista, decorado com palmetas, que se prolonga lateralmente, e em duas colunas com capitéis decorados por aves e vegetação estilizada, com bases semelhantes às dos portais exteriores, encimadas por frisos de círculos com decoração vegetalista inscrita. Está ladeado por mísulas com imaginária. Capela-mor com simples mesa de altar, paralelepipédica e, na parede testeira, mísulas com imaginária; no lado do Evangelho, ambão em cantaria com decoração crucífera, tendo, no mesmo lado, a porta retilínea e de arestas boleadas, de acesso à sacristia; esta tem algumas paredes e teto rebocados e pintados de branco, com pavimento em ladrilho cerâmico, possuindo armários de madeira. No lado esquerdo do adro, a TORRE sineira com dois registos, o inferior em cantaria de granito e o superior em alvenaria rebocada e pintada de branco, com cunhais de cantaria e remates em frisos, cornijas e pináculos fusiformes nos ângulos, possuindo cobertura em coruchéu bolboso. No registo inferior, porta dintelada e fresta de volta perfeita, surgindo, no segundo, quatro ventanas de volta perfeita, surgindo, na face E., o mostrador do relógio, quadrangular *1.

Acessos

Na EN 108. WGS84 (graus decimais) lat.: 41,131977; long.: -8,279871

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 14 425, DG, 1.ª série, n.º 228 de 15 outubro 1927 / ZEP, Portaria, DG, 1.ª série, n.º 188 de 15 agosto 1951

Enquadramento

Rural, isolado, implantado num terreno à face da estrada nacional, num pequeno adro elevado relativamente à via pública, formando uma plataforma artificial, definida por muros baixos em cantaria de granito e pela casa do pároco a S., a Casa da Torre a NO. e a Torre sineira a O.. O adro tem acesso por escadas e encontra-se parcialmente pavimentado a lajeado, sendo a maior parte do terreno em terra batida. Algumas árvores envolvem a fachada posterior da Igreja e o adro encontra-se pontuado por sepulturas e grande afloramento granítico com três sepulturas escavadas. No muro do adro, Alminhas em cantaria de granito aparente, compostas por base paralelepipédica, embutida no muro, o corpo com vão de volta perfeita, encimado pela data "1839", rematando em frontão triangular, sobrepujado por cruz latina sobre plinto tronco-cónico; o nicho tem painel de azulejo, em bicromia, a azul e branco, representando Nossa Senhora do Carmo a resgatar as Almas. A NE., ainda no muro, um chafariz de espaldar recortado, composto por vários silhares verticais, contendo bica que verte para taça retilínea, assente em plinto paralelepipédico com a face principal almofadada. Na proximidade, surgem grandes casas de lavoura, com os respetivos terrenos de cultivo.

Descrição Complementar

O retábulo de Nossa Senhora do Rosário é de talha dourada, com corpo de planta côncava e três eixos definidos por seis colunas torsas, ornadas por pâmpanos, e duas pilastras decoradas por acantos, assentes em plintos paralelepipédicos, também decorados por acantos, que se prolongam em quatro molduras facetadas, três delas torsas, formando, com os apainelados almofadados, o ático. Ao centro, nicho facetado com duplas molduras de acantos e fundo pintado de azul estrelado. Os eixos laterais possuem dois nichos sobrepostos de volta perfeita e com os fundos pintados de azul estrelado. Altar paralelepipédico, forrado a azulejo de padrão policromo, 4x4, encimado por sacrário facetado e embutido na estrutura, flanqueado por quarteirões e com a porta decorada com a figura de Cristo Redentor; nas ilhargas, anjos músicos relevados.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial *1

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese do Porto)

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 13 / 18 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ELETRICISTA: Francisco Luís (1972). EMPREITEIROS: Ferreira dos Santos & Rodrigues, Lda (1973); Francisco Pinto Loureiro (1937-1940, 1950); Manuel Ferreira Morango (1937); Oliveira, Pereira e Valente, Lda (1985). FORNECEDOR: Manuel da Rocha Soares Dias (1938).

Cronologia

Séc. 12 - data provável de construção, segunda a tradição, pela rainha D. Mafalda; séc. 13, 2.º quartel - data apontada por Carlos Alberto Ferreira de Almeida para a sua construção; séc. 16 - possível execução da pia de água benta; séc. 17 - provável feitura da pia batismal; 1662, 09 julho - primeiro registo de batismo na paróquia; 1663, 13 abril - primeiro registo de óbito na paróquia; 1664, 29 maio - primeiro registo de casamento na paróquia; séc. 18 - colocação do azulejo e retábulo de talha na Capela de Nossa Senhora do Rosário; 1758, 28 abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco José Caetano da Silva Carvalho, é referido que a paróquia é dedicada a São Salvador e tem o altar-mor, com as imagens do orago, a do Crucificado e de São Sebastião; o colateral direito é de Nossa Senhora do Rosário e tem uma relíquia, sendo o oposto do Menino Deus; no lado direito do corpo da igreja, o Santíssimo e as imagens de Nossa Senhora do Rosário, Santo António, São José, São Caetano e São João; o pároco é cura anual, apresentado pelo reitor de Santo Elói, do Porto, recebendo 60$000; séc. 19 - execução do plinto e das estruturas retabulares; final - feitura do coro-alto; execução da torre sineira, talvez sobre uma estrutura primitiva; séc. 20, décadas de 30 e 40 - restauro purista do edifício; 1942, 06 fevereiro - pedido da paróquia de Irivo para a cedência de uma estrutura retabular da igreja; 02 junho - cedência do retábulo-mor; 1943, 18 maio - solicitação de um retábulo pelo Seminário do Coração de Maria, de São Vicente; 1965, 16 novembro - solicitação do pároco para deslocar o altar; 26 novembro - solicitação de ampliação da sacristia, que é indeferida pela DGEMN.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito aparente; revestimento do pavimento da nave em granito (na entrada e percurso na direção da capela-mor) e soalho de madeira; revestimento em lajeado de granito na capela lateral e capela-mor; revestimento do pavimento da sacristia em betonilha e tijoleira; teto da capela-mor e nave (com tirantes de ferro) em madeira; teto da capela lateral em talha; vitrais nas frestas; portas em madeira pintada; cobertura da torre em granito; coberturas em estrutura de madeira e revestida a telha de barro tipo aba e canudo.

Bibliografia

ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, Geografia da Arquitectura Românica in História da Arte em Portugal, vol. 3, Lisboa, 1986, p. 50 - 131; CAPELA, José Viriato, MATOS, Henrique e BORRALHEIRO, Rogério, As freguesias do Distrito do Porto nas Memórias Paroquiais de 1758 - Memórias, História e Património, Braga, Universidade do Minho, 2000; Guia de Portugal, IV, I, vol. 4, Coimbra, 1985; Igreja de Cabeça Santa, Boletim nº 64, Lisboa, DGEMN, 1951; IPPAR, Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, Lisboa, 1993; Monumentos n.º 20, Lisboa, 2004; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN; IPPAR, pº 89 / 3 (12)

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN, SIPA; Diocese do Porto: Secretariado Diocesano de Liturgia

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID-001/013-1852/2, DGEMN/DSID-0001/013-1852/3, DGEMN/DREMN; IPPAR, pº 89 / 3 (12)

Intervenção Realizada

DGEMN: 1936 - colocação de dois para-raios, um na torre da igreja e outro na empena do arco triunfal, na sequência da eletrificação da freguesia; 1937 / 1938 / 1939 / 1940 - apeamento da silharia das paredes da igreja e reconstrução das mesmas, assim como da torre sineira; entaipamento de vãos e restauro de duas frestas; reconstrução da armação do telhado em madeira de castanho e colocação de telha no exterior, com construção de um anel de betão armado para o frechal da armação; feitura do pavimento em lajeado e em soalho; apeamento de três altares em madeira e reparação das paredes no local onde se encontravam; feitura de um altar em cantaria; assentamento de portas em madeira de castanho; as obras são levadas a cabo pelo empreiteiro Francisco Pinto Loureiro e Manuel Ferreira Morango; fornecimento de materiais pela firma de Manuel da Rocha Soares Dias; 1940 - arranjo da sacristia, sendo pavimentada a tijolo rebatido e brita; reboco das paredes e execução da porta em madeira de castanho; arranjo do arco da capela lateral, com a execução de duas pilastras em cantaria e conclusão da talha do arco e colocação de uma grade do séc. 17; obras executadas por Francisco Pinto Loureiro; 1950 - fornecimento e assentamento de soalho em madeira de sucupira para as coxias da igreja; execução de talha igual à existente para rematar a capela lateral; reparação e assentamento da balaustrada da capela lateral, incluindo a substituição dos elementos em pau preto em mau estado; apeamento dos azulejos da capela e assentamento após restauro; construção de duas portas em madeira de castanho; execução da guarda das escadas da torre sineira; montagem da instalação elétrica, com o fornecimento de dois candelabros em ferro forjado; reparação da cobertura e limpeza dos telhados; consolidação das cantarias das paredes exteriores e recalcamento dos alicerces, refechamento de juntas; reparação do teto da sacristia; arranjo do arcaz da sacristia, com a reconstrução de alguns elementos em madeira de castanho; obras executados por Francisco Pinto Loureiro; 1966 - nova instalação elétrica no edifício, com a colocação de projetores na estrutura do forro da cobertura; colocação de uma lanterna metálica na sacristia; 1972 - reforma da instalação elétrica, por Francisco Luís; 1973 - revisão dos telhados e pintura das portas e caixilhos, obra levada a cabo por Ferreira dos Santos & Rodrigues, Lda.; 1985 - fornecimento e assentamento de telha e pintura dos rufos de zinco; feitura das beiradas e reforço dos madeiramentos; obras de Oliveira, Pereira e Valente, Lda.; 2003 - revisão geral da cobertura com a substituição pontual de telhas fissuradas e execução de novos rufos em zinco; beneficiação geral dos vãos exteriores; reparação pontual das juntas dos paramentos exteriores e lavagem superficial a escova e água de todos os paramentos exteriores da igreja; remoção do pavimento do adro e execução do novo pavimento do tipo solo-cimento; reformulação de lajeados existentes na periferia da Igreja e Casa do Padre; execução de apoios para os túmulos; execução de iluminação exterior; beneficiação geral da torre sineira compreendendo a picagem de rebocos e tratamento de juntas, a execução de proteções em malha metálica na zona dos sinos, contra os pombos, e a beneficiação dos vãos; limpeza geral do interior; 2004 - obras de beneficiação pontual das juntas dos paramentos interiores; substituição pontual de madeiramentos de pavimento e teto e posterior encerramento; execução de novas portas interiores e beneficiação das existentes; remodelação da zona da celebração, com o apeamento do altar, execução de estrados em madeira e novo sacrário em latão; remodelação da instalação elétrica e revisão da aparelhagem de som; beneficiação geral dos pavimentos e tetos em madeira; execução de novos pavimentos em tijoleira cerâmica, tetos em madeira e rebocos com argamassas tradicionais; 2005 - conservação do retábulo, tecto, compreendendo o tratamento e restauro dos caixotões, e arco em talha dourada e grade da capela lateral.

Observações

*1 - antes das obras dos anos 30 efetuadas pela DGEMN, o edifício tinha coberturas em falsas abóbadas de berço de madeira, pintadas e assentes em cornijas do mesmo material, com coro-alto, de guarda vazada e acesso por escadas de caracol no lado da Epístola; possuía púlpito no lado da Epístola, com guarda plena de talha pintada e acesso por escadas no lado esquerdo; a Capela da Senhora do Rosário encontrava-se revestida exteriormente por azulejo de padrão policromo, tendo, fronteira, arco de volta perfeita que enquadra estrutura retabular tardo barroca. O arco triunfal encontrava-se encimado por sanefão de talha pintada com decoração de enrolamentos e cartela central, sendo antecedido por presbitério elevado por um degrau de madeira e com taburnos; estava ladeado por retábulos colaterais dispostos em ângulo de talha pintada, de plantas retas e um eixo composto por colunas de fustes lisos, percorridas por falsas espiras fitomórficas, encimadas por urnas; ao centro, nicho de volta perfeita e molduras salientes, rematadas por cornijas e espaldares recortados. O retábulo-mor era de talha pintada, de planta côncava e três eixxos definidos por colunas de fuste liso, com tribuna central e eixos laterais formados por mísulas enquadradas por apainelados, rematando em espaldar curvo. As janelas da capela-mor, amplas, estavam encimadas por sanefas de talha. *2 - A Rota do Românico do Vale do Sousa inclui 19 imóveis: Igreja de Gândara (v. PT011311040009), Igreja de São Gens de Boelhe (v. PT011311020008), Igreja de Abragão (v. PT011311010015), Memorial da Ermida (v. PT011311150005), Capela da Senhora do Vale (v. PT011310080004), Igreja de São Pedro de Ferreira (v. PT011309050001), Ponte de Espindo (v. PT011305130009), Ponte de Vilela (v. PT011305020008), Igreja de Aveleda (v. PT011305020004), Torre de Vilar (v. PT011305260005), Igreja de Santa Maria de Airães (v. PT011303020007), Igreja Matriz de Unhão (v. PT011303280004), Igreja de São Vicente de Sousa (v. PT011303260008), Igreja Velha de São Mamede de Vila Verde (v. PT011303330020), Igreja de Paço de Sousa (v. PT011311220003), Igreja de Cete (v. PT011310080001), Igreja Matriz de Meinedo (v. PT011305130002) e Mosteiro de Pombeiro (v. PT011303150001).

Autor e Data

Isabel Sereno 1994 / Paula Figueiredo 2012 (no âmbito da parceria IHRU / Diocese do Porto)

Actualização

Miguel Malheiro 2004
 
 
 
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