Edifícios da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

IPA.00030913
Portugal, Lisboa, Lisboa, Alvalade
 
Arquitectura educativa, do séc. 20. Complexo pavilhonado composto por vários corpos da Faculdade de Farmácia, situados em pontos distintos da Cidade Universitária, sendo o mais antigo um edifício de planta em T invertido. O corpo principal é composto por dois pavilhões de plantas rectangulares recortadas e com os extremos N. arredondados, articulados por um polígono irregular, de execução mais recente. Têm coberturas diferenciadas e escalonadas em terraço e são rasgados uniformente por vãos rectilíneos.
Número IPA Antigo: PT031106091713
 
Registo visualizado 3404 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Educativo  Faculdade    

Descrição

Complexo pavilhonado composto por vários corpos, situados em pontos distintos da Cidade Universitária, como o Pavilhão A, junto à Quinta da Torrinha / Castelinho (v. PT031106091715), estrutura que integra a mesma Faculdade, e a zona principal, sensivelmente ao centro da ala S. do campus. O PAVILHÃO A é de planta em T invertido, de volumes articulados evoluindo em três pisos e coberturas escalonadas e diferenciadas em telhados de quatro águas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco com o piso inferior demarcado por friso de cantaria, e remate em friso de betão, também rebocado e pintado, apresentando uma composição de retículas de pilares e vigas, com panos ligeiramente recuados e rasgados por janelas rectilíneas. No piso inferior surgem portal e janelas jacentes, que se repetem no piso superior, encimadas, no volume principal, por respiradouros bastante estreitos e rectangulares, aparecendo, no piso intermédio, janelas rectilíneas. Os vãos são protegidos por caixilharias de alumínio e vidro simples. Algumas fachadas laterais apresentam vãos em arco abatido. INTERIOR com vestíbulo estreito e, no lado esquerdo, escadas de acesso aos pisos superiores. O CORPO PRINCIPAL da Faculdade de Farmácia é um complexo composto por dois pavilhões de plantas rectangulares recortadas e com o extremos N. arredondados, articulados por um polígono irregular, de execução mais recente. Têm coberturas diferenciadas e escalonadas em terraço. O PAVILHÃO O. tem fachadas rebocadas e pintadas de bege, a principal parcialmente revestida a cantaria e tendo, em alguns pontos, nomeadamente na fachada lateral esquerda e posterior revestimento a pastilha de tom cinza. Fachada principal virada a O., tendo, ao centro, o portal saliente e mais elevado, com duas portas rectilíneas, flanqueada por apainelados, de molduras salientes, contendo reproduções fotográficas de figuras de vulto ligadas à ciência. Sobre o acesso, a inscrição metálica "FACULDADE DE FARMÁCIA UL". Os panos laterais possuem um jogo de vãos alternando janelas de diferentes dimensões, sobrepostas e reflectivas. Rematam em amplo friso saliente e convexo. PAVILHÃO E. de feitura mais tardia, com fachadas rebocadas e pintadas de bege e branco, com o lambril do piso inferior revestido a placas cerâmicas vermelhas, rematando em amplo friso de betão, rebocado e pintado de branco. Apresenta uma composição de retículas de pilares e vigas, com panos ligeiramente recuados e rasgados por janelas rectilíneas, jacentes e com caixilharias de alumínio e vidro simples. CORPO CENTRAL rebocado e pintado de branco, possuindo linhas dinâmicas, destacando-se, no lado N., um amplo espaço de estudo e biblioteca, de projecção convexa e rasgado por grandes janelas verticais, surgindo, no lado oposto, um volume de linhas côncavas, formando o bar, com janelas de várias dimensões, protegidas por palas e divisórias de cantaria. O conjunto é complementado por dois pavilhões autónomos, que fecham os extremos N. e S. de uma rectícula, ambos de planta rectangular, o primeiro com cobertura em terraço e o segundo com cobertura em canhão. O primeiro, revestido a pastilhas de tom rosa, é rasgado regularmente por vãos rectilíneos. O segundo possui as fachadas recticuladas, rebocadas e pintadas de branco, rematadas por friso saliente em betão, sendo rasgadas por uma sucessão de vãos rectilíneos, protegidos por grades metálicas pintadas de branco.

Acessos

Avenida Professor Gama Pinto; Avenida das Forças Armadas

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, isolado, implantado em vários pontos da Cidade Universitária de Lisboa (v. PT031106090726), no lado S. e O., numa zona plana, fronteira ao complexo do Hospital de Santa Maria (v. PT031106090331) e junto ao Edifício do Edifício do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) (v. PT031106091714) e da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (v. PT031106091716). A fachada principal abre para a Avenida Professor Gama Pinto, antecedida por uma zona de parqueamento e outra arborizada.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Educativa: faculdade / instituto superior

Utilização Actual

Educativa: faculdade / instituto superior

Propriedade

Pública: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTOS: António Pardal Monteiro (séc. 20); Raúl Hestnes Ferreira (1993). EMPREITEIRO: Francisco Ferreira Fortunato (1969).

Cronologia

1836 - criação da Escola de Farmácia, anexa à Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, criada por Passoa Manuel; o professor da área de farmácia é o boticário do Hospital de São José; 1840 - admissão de um antigo aluno da Escola, José Tedeschi, como primeiro professor de Farmácia da Escola; 1902 - alteração introduzida por Hintze Ribeiro, acabando com a existência de duas classes de farmacêuticos, obrigando todos os candidatos à frequência do Curdo de Farmácia; 1911 - com a reforma de ensino da República, a Escola de Farmácia passa a funcionar anexa à Faculdade de Medicina, no Campo de Santana; 1920 - aquisição dos terrenos da Quinta da Torrinha pela Escola Superior de Farmácia, num total de 38000m2, por 225 contos; projecto de construção de novos edifícios, conforme projecto de Amílcar da Silva Pinto, tendo-se verificado que o empreendimento seria demasiado dispendioso; a Faculdade instala-se no edifício do Castelinho, que foi sendo sucessivamente adaptado às necessidades, tendo recebido novo equipamento; a Faculdade instala-se no edifício do Castelinho, que foi sendo sucessivamente adaptado às necessidades, tendo recebido novo equipamento; 1921 - a Escola Superior de Farmácia passa a usufruir do estatuto de Faculdade; 1926 - reestruturação do plano curricular de Farmácia; 1932, 08 Novembro - extinção das Faculdades de Farmácia, passando a funcionar a Escola de Farmácia de Lisboa; 1953 - construção de um novo edifício sobre algumas fundações primitivas da quinta, correspondendo, certamente, ao Pavilhão A, certamente resultante de um projecto do atelier Pardal Monteiro; 1961 - construção de um pavilhão, onde foi instalado o sector da Tecnologia; 1967 - construção de um novo pavilhão, onde se instalou a valência da Biologia; com estas construções, o Castelinho começa a ser lentamente abandonado; 1968 - a instituição passa a ser requalificada como Faculdade; 1970 - trabalhos diversos de construção civil no Pavilhão de Biologia e construção de mobiliário de madeira para o mesmo; séc. 20, década 80 - o edifício do Castelinho alberga os serviços de secretaria, biblioteca e um laboratório de investigação; 1993 - construção do corpo central da Universidade e de um novo pórtico, conforme projecto do arquitecto Raúl Hestnes Ferreira.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes autónomos.

Materiais

Estrutura em alvenaria de tijolo e vigas e lajes de betão, com fachadas rebocadas e pintadas; janelas com caixilharias de alumínio e vidro simples.

Bibliografia

Obras Públicas Concluídas em 1970 - Anexo n.º21 ao Boletim do Comissariado do Desemprego, Lisboa, Ministério das Obras Públicas, 1971, p.76.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSCV-001-0028/0129

Intervenção Realizada

DGEMN: 1969 - restauro das coberturas e pintura das caixilharias do Pavilhão da Tecnologia, por Francisco Ferreira Fortunato.

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Figueiredo 2011 (no âmbito da parceria IHRU / UL)

Actualização

 
 
 
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