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Conjunto urbano Setor urbano Unidade morfológica Contemporânea / Habitação económica Casas Económicas Promoção pública estatal (DGEMN)
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Descrição
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Agrupamento de moradias de renda económica, de planta triangular, rasgado por dezasseis ruas com nomes de ilhas portuguesas e de domínio português na época da sua construção. O triangulo é dividido ao centro por uma rua principal, longitudinal, a Rua de Santiago, que parte do vértice até à praça principal, onde se ergue a escola do Bairro (v. IPA.00026849), ladeada por pequenas ruas transversais e paralelas. De E. para O. surgem do lado direito a rua de São Tomé, do Corvo, do Pico, de Porto Santo, das Berlengas e da Ilha Terceira; do lado esquerdo, a Rua do Sal, de Santo Antão, do Príncipe, de Santa Maria, do Fogo, de Maio, da Ribeira Grande e da Ilha Verde. As moradias, na sua maioria de unidade tipológica, apresentam-se organizadas segundo duas classes, A e B, originariamente com um piso, alpendre simples, vãos retangulares definidos por bordadura saliente, jardim junto do alçado principal e quintal junto do alçado posterior, sendo mais tarde, a classe B ampliada com mais um piso e alterado o alpendre. O número de divisões interiores varia de classe para classe e dentro das classes de tipologia para tipologia. |
Acessos
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Rua da Azenha; Rua de São Tomé; Rua da Ilha Terceira; Rua da Ribeira Grande |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, integrado no aglomerado urbano localizado entre a Rua do Amial e a Rua de São Tomé, próximo do Pólo Universitário da Asprela. Encontra-se delimitado pela Rua da Azenha a N., pela Rua de São Tomé a E. e pela Rua da Ribeira Grande a O. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Não aplicável |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Privada |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETURA: DGEMN / Secção de Construção de Casas Económicas, Luís Amoroso Lopes (ampliação) |
Cronologia
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1933, 23 setembro - o decreto n.º 23052 estabelece as condições segundo as quais o governo participa na construção de casas económicas, das classes A e B, em colaboração com as câmaras municipais, corporações administrativas e organismos corporativos (art.º 1.º); as Casas Económicas, como passam a ser designadas, são habitações independentes de que os moradores se tornam proprietários ao fim de determinado número de anos (propriedade resolúvel), mediante o pagamento de prestação mensal que engloba seguros de vida, de invalidez, de doença, de desemprego e de incêndio (art.º 2º); as atribuições do governo em matéria de casas económicas são partilhadas pelo Ministério das Obras Públicas e Comunicações (MOPC) e o Subsecretariado das Corporações e Previdência Social (art.º 3.º); ao MOPC compete a supervisão da construção de casas económicas (aprovação de projetos e orçamentos, escolha de terrenos e sua urbanização, promoção e fiscalização das obras, administração das verbas cabimentadas e fiscalização de obras de conservação e benfeitorias) (art.º 4.º); é criada a Secção de Casas Económicas na Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) (art.º 4.º); 1937 - início da construção do bairro; 1938 - inauguração do bairro; 1939 - obras de ampliação, instalação de água e eletricidade. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Fundações em alvenaria de pedra com argamassa de cimento e areia; paredes exteriores em alvenaria de perpianho de pedra com argamassa de cimento e areia; peitoris de cantaria; vergas das janelas guarnecidas com argamassa; portas exteriores, caixilhos e portadas de janelas de madeira de pinho; janelas de vidro de fabrico nacional; grades de ferro; armação do telhado em madeira de pinho e cobertura de telha "marselha; chaminés de tijolo, rebocadas e pintadas, forrada a mosaico vermelho hidráulico no fundo e dos lados forradas a azulejos brancos; paredes interiores de tijolo e blocos de betão; escadas, pavimentos de madeira com exceção das cozinhas e casas de banho. |
Bibliografia
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ALMEIDA, Paulo - Bairros Económicos do Porto: a casa como arma política. http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/10715.pdf, [consultado em 27-05-2014]; BAPTISTA, Luís Vicente - Cidade e Habitação Social. O Estado Novo e o Programa das Casas Económicas. Oeiras: Celta, 1999; Casas Económicas. Lisboa: Secretariado da Propaganda Nacional, 1943; Casas Económicas. Lisboa: Ministério das Corporações e Previdência Social, Direção-Geral da Previdência e Habitação Económica, 1966; GROS, Marielle Christine - O Alojamento Social sob o Fascismo. Porto: Afrontamento, 1982; GROS, Marielle Christine - "Pequena História do Alojamento Social em Portugal", Sociedade e Território, 1994, pp. 80-90; HOWEL, Margarida Sousa Lobo - Casas Económicas. Um Programa Emblemático da Politica Habitacional do Estado Novo; in Caminhos do Património - 1929-1999, DGEMN, 1999, pp.151-158; Mais Melhoramentos, Mais Trabalho, 1928-1953, Vinte e Cinco de Valorização Regional. Lisboa: Ministério da Obras Públicas, Comissariado do Desemprego, 1953, vol. I; Ministério das Obras Públicas. Melhoramentos a inaugurar no período de 27 de abril a 28 de maio 1961. Lisboa: Bertrand Irmãos Lda., s.d.; Quinze Anos de Obras Públicas, 1932-1947, Exposição e Congressos de Engenharia e de Arquitectura. Lisboa, 1949, 2.º volume, pp. 148-153; RESENDE, Feliciano Tomás de - Habitações Económicas, Legislação atualizada coordenada e anotada. Coimbra: Coimbra Editora Limitada, 1961; TRINDADE, Cachulo da - Casas Económicas. Casas de Renda Económica, Casas de Renda Limitada e Casas para Famílias Pobres. Legislação Anotada. Coimbra: Coimbra Editora Limitada, 1951. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DREMN; CMPorto |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DREMN; IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DREMN, DGEMN/DSARH - Pessoal - 0045/20; CMPorto |
Intervenção Realizada
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1958 - Obras de reparação em várias moradias. |
Observações
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Autor e Data
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Ana Filipe 2008 |
Actualização
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Anouk Costa 2014 |
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