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Edifício e estrutura Edifício Cultural e recreativo Casa de espetáculos Cinema
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Descrição
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Planta rectangular. Frontispício com 2 pisos (cave e sub-cave). Predominância de uma certa horizontalidade. 1º Registo: uma escadaria dá acesso à entrada principal dividida em 3 (uma ampla central e 2 laterais pequenas) por 2 colunas perismáticas. Esta zona é toda revestida a mármore polido. Este registo é rasgado por 5 vitrinas de aro metálico e 2 portas, recuadas. A entrada principal, bem como estas portas são encimadas por palas. O 2º registo caracteriza-se por uma placa em consola da qual pendem uma espécie de faixas ligeiramente curvas, em betão (onde são afixados os cartazes). A fachada é lateralmente rasgada, em toda a sua altura, por janelas com pinázios contínuos e termina coroada por uma platibanda composta por uma placa estreita em betão suportada por mísulas. Cobre o edifício um terraço. A fachada posterior é rasgada por uma ampla entrada encimada por uma pala. A fachada monolítica é quebrada no 2º registo por uma sequência de pilares e janelas frestas bem como de 2 óculos. Termina em cornija arquitravada. Interior: à esquerda, uma bilheteira e à direita loja idêntica à bilheteira. Uma porta dá acesso ao foyer tendo um bar em madeira placada à direita, ladeado pelas entradas das salas 2 e 3. Uma escadaria de 2 lanços dá acesso ao 2º piso composto por foyer, à esquerda abrem-se 2 entradas para a sala 1 e um bar. No topo é rasgado por portas que dão acesso a uma grande varanda. |
Acessos
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Avenida da Liberdade, n.º 175; Rua Júlio César Machado, n.º 8 a 10 |
Protecção
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Em vias de classificação / Incluído na classificação da Avenida da Liberdade (v. IPA.00005972) , na Zona Especial de Proteção Conjunta dos Imóveis Classificados da Avenida da Liberdade e área envolvente e Zona Especial de Proteção do Jardim Botânico (v. IPA.00007006) |
Enquadramento
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Urbano. Ocupa um lote regular a meia encosta, no lado ocidental da Av. da Liberdade. Destaca-se dos outros edifícios. Adossado nas ilhargas. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Cultural e recreativa: cinema |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: casa de espetáculos |
Propriedade
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Privada: pessoa colectiva
Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Fernando Silva (1948). CONSTRUTOR: Manuel Nunes Tiago (1948-1950). |
Cronologia
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1946 - a empresa "Sociedade Anglo - Portuguesa de Cinemas, SARL", pede autorização à CML para a construção do Cinema São Jorge, no local do antigo palacete da Baronesa de Samora Correia; 1947 - a CML autoriza a construção do cinema: são convidados os arquitectos Fernando Silva e Leonard Allen, que apresentam uma proposta, sendo esta recusada pela CML e tomando Fernando Silva a direcção de todas as fases do plano; 1948 - a CML aprova o projecto de Fernando Silva e é neste ano que se inicia a sua construção, pelo construtor Manuel Nunes Tiago; 1950 - auto de vistoria camarária e autorização de ocupação do cinema, iniciando-se neste ano as actividades cinematográficas; é distinguido por unanimidade com o Prémio Municipal de Arquitectura; 1989, 26 outubro - despacho de homolgação do Cinema São Jorge como Imóvel de Interesse Público pelo Secretário de Estado da Cultura (perdido); 1998, Dezembro - elaboração da Carta de Risco do imóvel pela DGEMN; 2000 - é adquirido pela Câmara Municipal de Lisboa; 2015, 7 agosto - o Departamento de Bens Culturais da DGPC propõe a abertura de novo processo de classificação, proposta que merece o parecer favorável do senhor Secretário de Estado da Cultura de 27 do mesmo mês; 2015, 27 outubro - abertura de novo procedimento de classificação do Cinema São Jorge, incluindo o património integrado, em Anúncio n.º 244/2015, DR, 2.ª série, n.º 210; 2019, 18 março - publicação do Anúncio n.º 37/2019, relativo ao projeto de decisão de classificação como monumento de interesse público (MIP) do Cinema São Jorge, incluindo o património móvel integrado, e à fixação da respetiva zona especial de proteção (ZEP), DR, 2.ª série, n.º 37/2019. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Betão armado, alvenaria, mármore polido, madeira polida |
Bibliografia
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O Século, 23 Março 1948; FRANÇA, José Augusto, A Arte em Portugal no século XX, 1911 - 1961, 2º Edição, Lisboa, 1984; TOSTÕES, Ana, Os Verdes Anos na Arquitectura Portuguesa dos Anos 50, Porto, FAUP, 1997; |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN/DSID; Fundação Calouste Gulbenkian: Arquivo de Arte - Estúdio Mário Novais, CFT003.5189-5199 e CFT003.5400-5403; |
Documentação Administrativa
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DGPC: DGEMN/DSID, Carta de Risco; CML: Processo de Obras nº 14 868, Direcção dos Serviços Centrais e Culturais, 5ª Repartição (Arquivo de Obras) |
Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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João Silva 1991 |
Actualização
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Laura Figueirinhas 1998 |
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