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Espaço verde Parque
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Descrição
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O parque, de planta aproximadamente rectangular, apresenta-se gradeado em quase toda a sua extensão, já que uma zona do parque, situada no topo da encosta, a E. não se encontra incluída nesta área gradeada. Nesta zona inclui-se o ponto de maior cota situando-se neste ponto um moinho ao qual se anexou uma zona coberta, envidraçada, também de planta circular, que o envolve em quase todo o seu perímetro. Na encosta, frente ao moinho, criou-se uma cascata em pedra margosa com três quedas de água, que termina num pequeno lago circular com margens no mesmo tipo de pedra da cascata. Esta parte da encosta encontra-se florestada a princípio com mata de carvalhos, no topo e no talude da queda de água. Ao nível do lago deixamos de ter mata para passarmos a ter pinhal, terminando num caminho transversal que atravessa o parque de um lado ao outro, separando esta área de livre acesso, do parque gradeado. A restante área do parque, circunscrita por um gradeamento, desenvolve-se a poente deste caminho em três grandes relvados sucessivos, separados por caminhos oblíquos em relação ao eixo longitudinal. Do extremo NE. do parque para SO. corre um ribeiro, com sucessivas pequenas represas dispostas ao longo do seu curso, desaguando ao nível do segundo relvado num grande lago, terminando o seu percurso junto ao extremo poente do parque, entre o edifício de uma biblioteca, terminando num tanque que espelha a sua fachada. Partindo de poente, no primeiro relvado encontramos dois equipamentos de diversão infantil, cada um deles situado no centro de uma circunferência inscrita no relvado por uma linha de cubos de calçada em vidraço, mantendo-se o relvado no interior da mesma circunferência, e um outro equipamento, ele próprio de planta circular. No extremo NO deste relvado um enorme chapinheiro, de planta hexagonal com 5 m. em cada aresta e ponto de alimentação de água ao centro, enquadrado a nascente por quatro socalcos relvados de 0.80m. x 0.40m., liga com uma área pavimentada de planta triangular, que faz uma transição com o segundo relvado. Esta zona, um vértice deste triângulo orientado para o ponto central da largura do parque, toca noutra zona pavimentada situada defronte da primeira, onde se situa uma zona de estadia, também de planta hexagonal, circundada por bancos. O segundo relvado encontra-se arborizado, encontrando-se as árvores dispostas em quadrícula. Este encontra-se separado do terceiro relvado por um enorme lago que corta transversalmente o parque, mantendo-se apenas um caminho junto ao limite S do parque e uma ponte situada perto do seu limite N. no prolongamento da ponte, para poente, há um caminho ascendente que conduz a um grande viveiro de pássaros, também de planta hexagonal, enquadrado por vários eucaliptos (Eucalyptus globulus) de grande porte. Este grande lago é dividido em duas áreas por represa e caminho. Esta está situada a meio do comprimento do lago e tem cerca de 3 m. de largura, sendo composta por três desníveis em terra suportados por toros em madeira. O lago, cortando transversalmente o terceiro relvado, prolonga-se até ao extremo poente do parque, onde se situa uma outra ponte, terminando num tanque. Tanto no segundo como no terceiro relvado as margens do lago são vegetalizadas com espécies ripícolas entre as quais árvores como: o salgueiro-branco (Salix alba), o amieiro (Alnus glutinosa) o choupo-negro (Populus nigra) e o choupo-branco (Populus alba). No extremo SO. do parque, no final do último relvado e no nível de menor cota, situa-se a Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça, num edifício em alvenaria e tijolo de planta alveolar. |
Acessos
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EN11, Rua General Humberto Delgado, Rua Dr. Afonso Costa, Alameda dos Bombeiros Portugueses |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Situado numa encosta virada a O., ao estuário do Tejo, no cento da vila da Moita, dividindo-a transversalmente, em quase toda a sua largura, em duas partes de dimensões aproximadas. |
Descrição Complementar
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A referida cascata é construída em rocha margosa, cujos blocos se encontram amontoados ao longo de um talude, tendo sido construídos três pequenos patamares, aumentando as sua área á medida que desce a cota da cascata, criando-se assim três quedas de água sucessivas. A água desta cascata corre para um ribeiro de margens artificializadas, que percorre, serpenteando, o parque junto ao seu limite longitudinal orientado a NO., até praticamente metade do seu comprimento, onde desagua num grande lago, terminando o seu percurso no ponto de menor cota do parque, junto á Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça, enquadrado por dois patamares sucessivos, a uma maior cota, revestidos por vegetação ripícola de pequeno porte, como o papirus (Cyperus papyrus) desaguando a água num tanque, sendo todas estas estruturas construídas em tijolo. |
Utilização Inicial
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Recreativa: parque |
Utilização Actual
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Recreativa: parque |
Propriedade
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Pública |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Arquitecto Paisagista Gonçalo Ribeiro Telles (1971). |
Cronologia
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1971- Projecto de arquitectura paisagista do parque pelo Arquitecto Paisagista Gonçalo Ribeiro Telles e sua posterior execução; 1980 - reformulação da zona junto à Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça, pelo Arquitecto Paisagista Gonçalo Ribeiro Telles e por Francisco Manuel Caldeira Cabral. |
Dados Técnicos
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Elaborada modelação do terreno com vista á construção de dois lagos em planos diferentes unidos por represa em três desníveis em terra suportada por toros em madeira. |
Materiais
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Inertes: pavimento de lajetas e de calçada portuguesa em pedra calcária, cascata e rocha margosa, margens da linha de água revestidas a seixo rolado, vedação do parque, guarda da ponte e gradeamento de gaiola em ferro; represas, ripas dos bancos, guarda de ponte, equipamento do parque infantil e aparelhos do circuito de manutenção em madeira; Vegetais: àrvores - choupo-negro (Populus nigra) e o choupo-branco (Populus alba), sobreiro (Quercus suber), carvalho (Quercus robur), pinheiro manso (Pinus pinea), oliveira (Olea europaea), salgueiro-chorão (Salix babylonica) , plátano (platanus orientalis), freixo (Fraxinus angustifolia), eucalipto (Eucalyptus globulus), jacarandá (Jacaranda ovalifolia); arbustos - loendro (Nerium oleander), folhado (Virbunum tinus); herbáceas - lírios (Iris germanica), hera (Hedera helix), papirus ( Cyperus papyrus). |
Bibliografia
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GONZALEZ, Gines Lopez, La guia de Incafo de los Arboles y Arbustos de la Peninsula Iberica, Madrid, Incafo Archivo Fotográfico, 1995; CABRAL, Francisco Caldeira, A Árvore em Portugal, Lisboa, Guide-artes gráficas, LDA., 1999; CARAPINHA, Aurora,TEIXEIRA, José de Monterroso, A Utopia e os Pés na Terra, Lisboa, Instituto Português de Museus, 2003. |
Documentação Gráfica
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IHRU: Arquivo Pessoal Gonçalo Ribeiro Telles |
Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1981-Reformulação do extremo SO. do parque, parte convertida em parque de estacionamento. |
Observações
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O jardim encontra-se aberto ao público entre as 7.30 e as 22 horas. |
Autor e Data
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Teresa Camara 2008 |
Actualização
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