Espaços verdes do Campus Universitário de Gambelas
| IPA.00023915 |
Portugal, Faro, Faro, Montenegro |
|
Arquitectura civil, educativa. Envolvente paisagista modernista expressa em preocupações ecológicas, expressas no elenco florístico, nomeadamente na utilização prioritária de vegetação arbórea pré-existente - o pinheiro manso, própria da paisagem local. | |
Número IPA Antigo: PT050805060136 |
|
Registo visualizado 2091 vezes desde 27 Julho de 2011 |
|
|
|
Espaço verde
|
Descrição
|
O campus apresenta uma planta simplificadamente definida como quadrangular. Contem duas entradas assinaladas por portarias construídas em alvenaria: uma entrada principal a N. e outra entrada, secundária, a nascente. Este campus foi ocupar um pinhal pré-existente pelo que apresenta uma matriz comum nos espaços intersticiais - uma presença sempre marcante do pinheiro manso (Pinus pinea). O terreno encontra-se dividido por dois caminhos longitudinais paralelos entre si, com uma direcção aproximada N.-S. Um destes caminhos delimita o campus a E., o outro, assumidamente principal, de posição aproximadamente central em relação a toda a planta do campus, divide-o em duas zonas muito distintas: A O. uma zona onde a matriz pinhal é muito mais evidente, onde na primeira metade do seu comprimento, entre N. e O., se encontram implantados vários PAVILHÕES EM BATERIA, separados por caminhos pedonais sendo que apenas um, de posição transversal situado a meio da zona dos pavilhões, se encontra alcatroado. Os pavilhões situados a N. deste caminho são construídos em alvenaria e os outros, situados a S., em madeira. Na segunda metade desta zona encontramos, entre o limite O. do campus e o CAMINHO PRINCIPAL um corte de ténis, e, mais abaixo, a zona das estufas e dos viveiros. Entre estas estruturas e o caminho principal encontra-se de modo geral instalado pinhal, mas entre as mesmas e o limite O. e S. da propriedade o solo não se encontra ocupado. A E. do caminho principal, entre este e o caminho longitudinal secundário, o espaço, de planta aproximadamente rectangular, é ocupado por oito edifícios dispostos no terreno par a par, uns defronte dos outros, sendo que na zona central estão dispostos dois a dois. No terreno estão inscritos entre os dois caminhos longitudinais, quatro caminhos transversais paralelos entre si, que limitam a N. e a S. os referidos edifícios. Entre os dois caminhos longitudinais principais, existe, entre os pares de edifícios um CAMINHO LONGITUDINAL PEDONAL que se cruza com os caminhos transversais, que delimitam os seus de três troços. Este caminho assume várias tipologias diferentes. No seu troço N., entre o edifício da Reitoria e o da Faculdade de Ciências e Tecnologia, apresenta acesso N. por escadas enquadradas bilateralmente por canteiros contidos a S. por muro de suporte, ao longo do caminho estão dispostas aleatoriamente oito floreiras sobrelevadas construídas em tijolo burro, com assento em ripas de madeira colocadas sobre o coroamento das floreiras. No centro deste troço do percurso encontra-se um lago quadrangular com cerca de 2x2m. O pavimento é maioritariamente em calçada portuguesa miúda calcária e lajetas com areão castanho encastrado em betão, formando o limite de uma quadrícula dupla regular com pelo menos três metros de lado. O troço seguinte do caminho pedonal situa-se entre as fachadas laterais dos edifícios da biblioteca/cantina (colocados frente a frente) e a fachada lateral dos dois edifícios do complexo pedagógico (estes colocados topo a topo, formando um contíguo). Aqui o pavimento apresenta o mesmo motivo do troço anterior, mas o interior de alguns quadrados é preenchido por canteiros individualizados. Existe também neste troço, uma faixa de pinhal, numa posição central. Junto ao edifício da biblioteca existe também um grande canteiro revestido a plantas herbáceas que enquadra a fachada lateral e posterior do edifício. Existem ainda um grupo de oito pinheiros em caldeiras individualizadas. Cerca de três metros a S. da faixa de pinhal, situa-se entre as fachadas laterais da cantina e do complexo pedagógico um canteiro rectangular com cerca de 3x6 metros, cujo maior eixo acompanha a direcção das fachadas, ocupado por arbustos e herbáceas. Este troço é rematado por uma rampa ascendente, de acesso ao terceiro caminho transversal. O terceiro e último troço do caminho pedonal situa-se entre os edifícios da Faculdade de Economia e da Faculdade de Engenharia de Recursos Naturais. Encontra-se a uma cota cerca de três metros inferior à cota dos dois caminhos transversais que lhe limitam dos topos, com acesso por escadas por ambos os lados, descentradas, e com muros de suporte a enquadrar cada uma das duas escadas. Este troço é inteiramente pavimentado por lajetas com areão castanho encastrado em betão. Este espaço é ocupado por seis canteiros quadrangulares de aproximadamente 3x3 metros, em posições alternadas formando assim duas linhas contíguas, uma de floreiras sobrelevadas e outra de canteiros já que três deles são sobrelevados constituindo floreiras, com bancos assentes nas bordaduras e três deles situam-se ao nível do solo. Cada um destes seis espaços quadrangulares é ocupado por uma árvore ao centro, magnólia (Magnolia grandiflora) e quatro alfazemas (Lavandula spica) em seu redor ocupando cada um dos seus vértices. No topo deste terceiro troço do caminho pedonal situa-se o quarto e último caminho transversal. O tratamento deste caminho é o menos cuidado entre todos os caminhos transversais, apresentando na sua berma S. apenas alguns pinheiros mansos (Pinus pinea), e na berma oposta apenas cinco árvores de arruamento. O caminho transversal imediatamente a N. é o mais cuidado de todos estes caminhos, já que apresenta canteiros de ambos os lados onde estão plantados plátanos (Platanus orientalis) e pinheiros mansos (Pinus pinea) e arbustos talhados em forma de bola, de murta (Mytus communis). O caminho transversal imediatamente a N. apresenta de um dos seus lados um alinhamento de plátanos (Platanus orientalis) e na berma oposta um alinhamento de pinheiros mansos (Pinus pinea) pré-existentes constituintes da orla de uma zona limitada, mais alargada de pinhal. O caminho transversal junto ao topo N. apresenta alinhamentos de pinheiros mansos de ambos os lados sendo que os do lado N. constituem a orla de uma área triangular de pinhal arrelvado, que limita o campus nesta direcção. Em frente de cada entrada principal dos vários edifícios verifica-se, nos caminhos transversais, um tratamento diferenciado da composição paisagística de forma a evidenciar e valorizar a sua localização. Os caminhos longitudinais são arborizados com pinheiros mansos (Pinus pinea) bilateralmente e nas placas centrais que cada um deles apresenta. |
Acessos
|
Rua da Universidade e Rua Manuel Guerreiro Gomes |
Protecção
|
Incluído no Parque Natural da Ria Formosa |
Enquadramento
|
Situado um local plano, a cerca de 4,5 Km do centro da cidade de Faro, mais precisamente entre este e a área protegida do Parque Natural da Ria Formosa da qual dista uma média aproximada de cerca de 800 m. a partir dos seus vários pontos. |
Descrição Complementar
|
O caminho longitudinal principal tem a particularidade de apresentar duas rotundas nos seus cruzamentos com os caminhos transversais centrais. Exibe também um tratamento diferente junto à entrada N. do campus, na placa central, até à fachada da reitoria, onde, em vez de árvores vamos encontrar dois alinhamentos com três floreiras cada, dispostas frente a frente, em formato de cubo, com cerca de oitenta centímetros de lado, com herbáceas pendentes com flor (Pelargónios - Pelargonium domesticum) de cor encarnada. Este caminho apresenta ainda no seu passeio E., em frente de cada esquina do primeiro e do último edifício, portanto num total de quatro elementos, um espelho de água quadrangular, sobrelevado cerca de cinquenta centímetros, em tijolo, com cerca de três metros de lado, com repuxo ao centro. |
Utilização Inicial
|
Enquadramento paisagístico: de campus universitário |
Utilização Actual
|
Enquadramento paisagístico: de campus universitário |
Propriedade
|
Publica |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
ARQUITECTO PAISAGISTA: António Viana Barreto (1981). |
Cronologia
|
1981/1996 - Anteprojecto e projecto de arranjo dos espaços exteriores, Projecto de execução de arquitectura paisagista, pelo Arquitecto Paisagista António Viana Barreto, do Edifício das Ciências, Biblioteca Geral, Unidade das Ciências Biotecnológicas , Unidade das Ciências Exactas e Humanas, Unidade dos Recursos Aquáticos , Complexo Pedagógico, Portaria, e da Cantina / Bar - Serviços Sociais. |
Dados Técnicos
|
No primeiro e no terceiro troços do caminho pedonal central este encontra-se em escavação, com acesso por escadas, no intuito dos edifícios ganharem em altura, neste locais. |
Materiais
|
Inertes - calçada portuguesa em calcário; pavilhões e muretes em alvenaria; sinalética em metal; muretes em tijolo; pavilhões e floreiras em madeira; lagetas em betão. Material vegetal - àrvores: pinheiro manso (Pinus pinea), magnólia (Magnolia grandiflora), plátanos (Platanus orientalis); arbustos: murta (Mytus communis); herbáceas: alfazemas (Lavandula spica), pelargónios (Pelargonium domesticum). |
Bibliografia
|
http://radix.cultalg.pt/visualizar.html?id=4565; 3 Novembro 2009 |
Documentação Gráfica
|
IHRU: Arquivo Pessoal de António Viana Barreto |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
|
IHRU: Arquivo Pessoal de António Viana Barreto |
Intervenção Realizada
|
|
Observações
|
EM ESTUDO |
Autor e Data
|
Teresa Camara 2005 e 2009 |
Actualização
|
|
|
|
| |
| |