Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge

IPA.00020184
Portugal, Lisboa, Lisboa, Lumiar
 
Arquitectura científica, do século 20. Laboratório; / Arquitectura recreativa. Jardim modernista. No pátio, zonas de estadia e lagos em formas hexagonais, justapostos.na maioria dos casos.
Número IPA Antigo: PT031106180766
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Científico  Laboratório    

Descrição

Existência de uma escultura de cantaria, a homenagear a figura de Ricardo Jorge. Os jardins não só envolvem o edifício em todo o seu redor como ocupam também um pátio interior. Este pátio, de planta rectangular apresenta um eixo longitudinal com uma direcção aproximada N.- S.. Este pátio ajardinado desenvolve-se em três níveis de diferentes cotas. Em qualquer um dos três níveis predomina a zona pavimentada, em detrimento das áreas ajardinadas. Existem dois canteiros que preenchem o limite S. do pátio, separados por uma parte do edifício, de planta em L, que avança sobre esta zona do pátio. Neste extremo existem assim dois canteiros simétricos com vários arbustos e herbáceas. O canteiro poente enquadra, juntamente com mais dois canteiros situados em sua frente, uma zona quadrangular, de reduzida área que constituiu um PRIMEIRO NÍVEL, o de cota mais elevada. Nesta zona encontramos sobretudo herbáceas, das espécies: agapantos (Agapanthus praecox), clorofitos (Chlorophytum comosum), margaridas (Callistephus chinensis), estrelicias (Strelitzia reginae), roca-da-velha ou conteira (Hedychium gardneranum), roseiras (Rosa sp.), e arbustos como os brincos-de- princesa (Fuchsia triphylla) e a yuca (Yucca filamentosa). Encontramos também árvores como uma magnólia (Magnólia grandiflora) e uma ficus da espécie Ficus retusa. No canteiro nascente, situado a um SEGUNDO NÍVEL, de cota mais baixa, separado por três degraus do nível anterior encontramos maioritariamente arbustos de espécies como a aucuba (Aucuba japonica), o abutilom (Abutilon hybridum), o hibiscos (Hibiscus rosa-sinensis), e o azevinho (Ilex aquifolium). Este segundo nível envolve o referido edifício, a O., N. e a E. Neste nível encontramos junto à fachada N. do edifício dois canteiros que enquadram uma porta ao centro, em cada canteiro existe um exemplar de dracaena (Dracaena marginata), implantadas simétricamente em relação à porta. No canteiro poente existe um exemplar de uma palmeira-de-leque (Washingtonia filifera). Estes canteiros são revestidos por margaridas (Callistephus chinensis). Frente a estes canteiros e separado por pavimento existe uma placa arrelvada que enquadra um lago de quatro faces rectas e que se estende até parte do limite N. do segundo nível, a restante face do limite N. apresenta como guarda um banco corrido em pedra com pés em alvenaria forrada a tijoleira. Os limites E. e O. deste patamar são igualmente protegidos por igual guarda. Três escadas, de cinco degraus, situados em diferentes locais ligam-no ao TERCEIRO NÍVEL, duas escadas em cantos opostos do topo N. do segundo nível e outra no seu lado E.. No terceiro nível, os limites O. N. e E. do pátio são acompanhados por placas ajardinadas onde encontramos plantadas espécies como a fitolaca (Phytolaca dioica), a árvore-ave-do-paraíso (Strelitzia nicolai) e a árvore-de-júpiter (Lagerstroemia indica). Encontramos arbustos como a trompeteira-branca (Datura suaveolens) e herbáceas como agapantos (Agapanthus praecox), clorofitos (Chlorophytum comosum), roca-da-velha (Hedychium gardneranum), roseiras (Rosa sp.) e conteira (Canna indica). O limite destas placas ajardinadas é, a O. e a N. definido por hexágonos, todos da mesma dimensão, cinco deles em pavimento e com banco periférico, funcionando como zonas de estadia e outros três funcionando como lagos, sendo que dois deles junto ao topo N. do pátio, são geminados e enquadrados bilateralmente por outros que funcionam como zonas de estadia e, outro lago, enquadrado também do mesmo modo. No terceiro patamar, junto ao topo N. do segundo, existe um hexágono e meio que geminados, constituiem um lago, para o qual brota, a partir de ranhura, a água do lago do segundo patamar, constituindo uma pequena queda de água. Nos lagos encontramos plantas como o nunúfar ( Nymphaea x laydekeri) e o papirus (Cyperus papyrus). As zonas de estadia são, na sua maioria, ensombradas pelos elementos arbóreos referidos. Os espaços verdes que exteriormente envolvem o edifício apresentam diferentes tipologias: frente à fachada principal, estes espaços estão restringidos pelas vias automóveis de acesso ao edifício e estacionamento, pelo que temos neste local placas ajardinadas, densamente arborizadas cujo declive é resolvido com muretes de suporte em pedra com cerca de 0.70 m. de altura. Nesta zona encontramos várias espécies arbóreas como o choupo branco (Populos alba), o choupo negro (Populos nigra) e a casuarina (Casuarina equisetifolia) e arbustos como o folhado (Viburnum tinus), o loendro (Nerium oleander), o teucrium (teucrium fruticans) e a lantana (Lantana camara). A maior área ajardinada de planta quadrangular estende-se a partir da fachada S. do edifício até ao limite da propriedade. É constituída por um grande relvado aproximadamente semicircular delimitado a sul por um caminho automóvel de acesso ao edifício da Escola Nacional de Saúde Pública, cujo parque de estacionamento limita a S. Este caminho automóvel, separa o referido relvado da restante área verde, não regada, com árvores junto ao seu limite S e O, de espécies como o eucalipto-comum ( Eucalyptus globulus), o pinheiro-de-alepo (Pinus halepensis), o pinheiro-bravo (Pinus pinaster) o lodão bastardo (Celtis australis), a oliveira (Olea europaea var. europaea), o choupo negro (Populos nigra) e o choupo branco (Populos alba). Este relvado é cortado longitudinalmente por caminho pedonal, separado da fachada S. apenas por um canteiro rectangular ajardinado, que acompanha esta fachada. É cortado também diagonalmente por outro caminho pedonal constituído por grandes quadrados adjacentes, com um extremo a meio do caminho longitudinal e outro no extremo SE. deste relvado. Na zona do relvado encontramos, junto à fachada S. do edifício, árvores como: a borracheira (Ficus elastica) e arbustos como o hibiscus (Hibiscus rosasinensis) e a piteira (Agave americana), e no relvado propriamente dito árvores como: tílias (Tilia platyphyllos), ameixieiras bravas (Prunus cerasifera), plátanos (Platanus orientaris), ciprestes (Cupressus sempervirens), cedro-do-Bussaco (Cupressus lusitanica) e oliveira do paraíso (Elaeagnus angustifolia). Os limites E. e N. da propriedade possuem uma cortina arbórea com árvores como: o eucalipto-comum ( Eucalyptus globulus), o pinheiro-de-alepo (Pinus halepensis), o pinheiro-bravo (Pinus pinaster), o cipreste (Cupressus sempervirens) e o cedro do Bussaco (Cupressus lusitanica). Junto à fachada E. do edifício existe um parque infantil ensombrado por plátanos (Platanus orientaris), contendo também loendros (Nerium oleander).

Acessos

Avenida Padre Cruz. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,764726, long.: -9,164053

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, situado numa cumeada.

Descrição Complementar

No parque infantil pode-se ver uma caixa de areia circular, na base de um talude, em cujo declive estão apoiados dois escorregas em metal pintado. Junto ao coroamento deste talude o terreno encontra-se modelado com dois montículos em terra arrelvada com cerca de 1 m. de altura por 2 m. de diâmetro. Junto à referida caixa de areia encontra-se uma cabana ao nível do solo em toros de madeira e uma outra, no mesmo material, a cerca de 1.2 m. de altura, ligada ao solo por um percurso rectilíneo, em toros de madeira justapostos formando ponte, tendo como guardas bilateralmente, duas cordas de cada lado.

Utilização Inicial

Científica: laboratório

Utilização Actual

Científica: laboratório

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Arq. António Pedro Baptista Pardal Monteiro; Eng.º Pedro Kopke Pardal Monteiro (estruturas); Eng.º Manuel Camacho Simões (instalações eléctricas e mecânicas); Eng.º Armando Cavaleiro e Silva (estudos de acústica e térmicos); Eng.ºs António Manuel de Morais de Abreu Sarmento e Manuel Luís cana de Sousa Callé (projecto de arruamentos e esgotos); Arq. José Luís Cruz da Silva Amorim (projecto de mobiliário); Arq. Paisg. Gonçalo Pereira Ribeiro Telles (enquadramento paisagístico)( 1970-1973); Querubim Lapa (painel cerâmica); António do Amaral Luís Branco de Paiva (estátua)

Cronologia

1899 - criação do Instituto Central de Higiene por iniciativa de Ricardo Jorge; tinha como objectivo a a preparação especializada de médicos e engenheiros para tarefas de saúde pública, o apoio laboratorial às acções de inspecção sanitária e a divulgação de assuntos relativos à higiene; para tal foram criados os cursos de medicina e engenharia sanitária, foram montados laboratórios e procedeu-se à publicação de boletins informativos e de divulgação (legislação sanitária e trabalhos realizados); 1903 - era um dos institutos mais pequenos e menos dotados de meios de estudo e laboratoriais da Europa; não tinha laboratório de Bacteriologia, servindo-se do que existia no Real Instituto Bacteriológico; e o laboratório de Higiene foi herdado da Câmara Municipal de Lisboa; 1911 - o instituto passou para a alçada do Ministério da Instrução Pública; 1912 - foi transferido para o Campo Mártires da Pátria de forma a ficar mais próximo da Faculdade de Medicina1926 - passou para a dependência directa do Ministério do Interior, através da Direcção-Geral de Saúde; 1928 - regressou ao Ministério da Instrução Pública; 1929 - o instituto passa a ter a designação de Instituto Superior de Higiene Dr. Ricardo Jorge e passa de novo a depender do Ministério do Interior; 1945 - o Decreto n.º 35 108 expandiu as actividades do instituto, passando a servir de apoio laboratorial aos serviços técnicos da Direcção-Geral de Saúde; contudo, os meios permaneciam os mesmo, dispondo apenas de dois laboratórios, o de Higiene da Alimentação e Bromatologia, e Bacteriologia Sanitária); 1954 - apesar de já terem sido criadas as delegações do Porto e Coimbra, apenas a primeira foi de facto instalada, e nesta data; 1970 - conclusão dos trabalhos de preparação do terreno e de execução dos arruamentos e início da construção do edifício; 1970-1973- anteprojecto e projecto do tratamento dos espaços exteriores pelo Arquitecto Paisagista Gonçalo Ribeiro Telles; 1971 - criação do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do Dec. Lei n.º 413/71 de 27 Setembro; 1972, 1 Outubro - criação da Escola Nacional de Saúde Pública, com cursos normais de Sáude Pública, de Medicina do Trabalho e de Administração Hospitalar; 1973, 7 Junho - inauguração do novo edifício, com a presença do Presidente da República Américo Thomaz, o Presidente do Conselho Marcelo Caetano, o Ministro da Saúde Baltazar Rebelo de Sousa e o Ministro das Obras Públicas Rui Sanches; inauguração da escultura de Ricardo Jorge, executado por António do Amaral Luís Branco de Paiva; Saúde Baltazar Rebelo de Sousa e o Ministro das Obras Públicas Rui Sanches; inauguração da escultura de Ricardo Jorge, executado por António do Amaral Luís Branco de Paiva; 1998 - 2000 - construção do edifício do departamento de Saúde Ambiental e Toxicologia pela DGEMN; 2006, 24 agosto - o edifício está em vias de classificação, nos termos do Regime Transitório previsto no n.º 1 do Artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 173/2006, DR, 1.ª série, n.º 16, tendo esta caducado, visto o procedimento não ter sido concluído no prazo fixado pelo Artigo 24.º da Lei n.º 107/2001, DR, 1.º série A, n.º 209 de 08 setembro 2001.

Dados Técnicos

Materiais

Inertes - Assento de bancos em pedra calcária, bancos em madeira. Vegetais - Árvores: magnólia (Magnólia grandiflora), palmeira-de-leque (Washingtonia filifera) , Ficus (Ficus retusa), dracaena (Dracaena marginata), fitolaca (Phytolaca dioica), árvore-ave-do-paraíso (Strelitzia nicolai), árvore-de-júpiter (Lagerstroemia indica), choupo branco (Populos alba), choupo negro (Populos nigra), casuarina (Casuarina equisetifolia), eucalipto-comum ( Eucalyptus globulus), pinheiro-de-alepo (Pinus halepensis), pinheiro-bravo (Pinus pinaster), lodão bastardo (Celtis australis), a oliveira (Olea europaea var. europaea), borracheira (Ficus elastica), tília (Tilia platyphyllos), ameixieira brava (Prunus cerasifera), plátano (Platanus orientaris), cipreste (Cupressus sempervirens), cedro-do-Bussaco (Cupressus lusitanica) e oliveira do paraíso (Elaeagnus angustifolia) e cedro do Bussaco (Cupressus lusitanica). Arbustos: brincos-de- princesa (Fuchsia triphylla) e a yuca (Yucca filamentosa), aucuba (Aucuna japonica), abutilom (Abutilon hybridum), hibiscos (Hibiscus rosa-sinensis), azevinho (Ilex aquifolium), trompeteira-branca (Datura suaveolens), folhado (Viburnum tinus), loendro (Nerium oleander), teucruim (teucrium fruticans) e a lantana (Lantana camara). Herbáceas: agapantos (Agapanthus praecox), clorofitos (Chlorophytum comosum), margaridas (Callistephus chinensis), estrelicias (Strelitzia reginae), roca-da-velha ou conteira (Hedychium gardneranum), roseiras (Rosa sp.).

Bibliografia

10º Aniversário do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) (1971-1981), separata dos Arquivos do Instituto Nacional de Saúde (vol. VI, 1ª secção, 1981); CARAPINHA, Aurora e TEIXEIRA, J. Monterroso, A Utopia com os Pés na Terra. Gonçalo Ribeiro Telles, 2003, pág. 270 e 272; DGEMN, Instituto Nacional de Saúde de Ricardo Jorge, 1973; FERREIRA, Rafael Laborde, VIEIRA, Victor Manuel Lopes, Estatuária de Lisboa, Lisboa, Amigos do Livro, Lda., Lisboa 2003, pág. 226; Monumentos, n.º 10 a n.º 13, n.º 15-22, Lisboa, DGEMN, 1999-2000 e 2001-2005.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSEP/DNISP, DGEMN/DREL/ DRC, DGEMN/DREL/DIE; DGEMN/DRM Lisboa

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DESA; DGEMN/DRMLisboa

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

2001 / 2002 / 2003 - empreitada do parque de estacionamento e corpo dos laboratórios; remodelação do canal exterior do escoamento de águas pluviais; fornecimento de bancadas para o laboratório do edifício principal e para o Departamento de Saúde Ambiental e Toxocologia; 2003 / 2004 - instalação de um ecoponto; 2004 / 2005 - beneficiação da cobertura do edifício dos laboratórios; beneficiação das coberturas dos gabinetes, biblioteca e auditório; 2014, setembro - remodelação das coberturas.

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Sofia Diniz 2003 / Teresa Camara 2009

Actualização

 
 
 
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