Farol das Contendas

IPA.00011887
Portugal, Ilha Terceira (Açores), Angra do Heroísmo, Porto Judeu
 
Arquitectura de comunicações, do séc. 20. Farol costeiro de planta em H integrando ao centro torre de planta quadrangular, com fachadas de um piso terminadas em platibanda plena, baixa, e rasgada por vãos rectilíneos; a torre de farol apresenta dois registos marcados por vãos, terminando em varandim corrido avançado, com acesso à lanterna.
Número IPA Antigo: PT071901060045
 
Registo visualizado 4437 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Comunicações  Farol    

Descrição

Planta composta por quatro corpos quadrangulares interligados por um outro central, formando H, no meio do qual se insere torre quadrangular. Volumes de tendência horizontal à excepção da torre que é vertical, tendo 13 m de altura, com coberturas em terraço, protegidas por guarda baixa. Fachadas de um piso, rebocadas e pintadas de branco, com faixa inferior pintada de azul e terminadas em cornija de betão, pintada de azul e platibanda, que forma a guarda dos terraços, rasgadas regularmente por vãos rectilíneos, com peitoris e vergas pintadas de azul, sendo as janelas de peitoril e com caixilharia de guilhotina. O terraço permite o acesso à torre, de corpo prismático, rasgado na fachada principal por dois vãos estreitos, e terminada em terraço, com varandim avançado de guarda plena, encimada por cúpula de estrutura metálica, pintada de vermelho e envidraçada, coroada por catavento. Lateralmente possui edifício anexo.

Acessos

Ilha Terceira; Estrada nº 509

Protecção

Enquadramento

Orla marítima, na ponta SE. da Ilha Terceira, na chamada Ponta das Contendas. Implanta-se numa zona elevada, dispondo-se o plano focal a 54 m de altitude, junto à falésia e sendo protegido por muro. Nas imediações existem curraletas com plantações.

Descrição Complementar

O edifício do farol é constituído por três moradias para faroleiros, dois depósitos, escritório e quarto de inspecção. O farol tem o nº nacional: 745 e o nº internacional: D-2664. O sistema iluminante é composto por óptica em cristal, direccional rotativa Fresnel de 3ª ordem, de 500 milímetros de distância focal. Tem uma característica luminosa de grupos de quatro relâmpagos, com um período de 15 segundos: a luz branca tem um alcance luminoso de 23 milhas náuticas e a luz vermelha de 20 milhas náuticas.

Utilização Inicial

Comunicações: farol

Utilização Actual

Comunicações: farol

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

MDN: Capitania do Porto de Angra do Heroísmo e da Direcção de Faróis

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

DIRECTOR DA OBRAS: António Tomaz (1930).

Cronologia

1882, 2 Março - a Comissão dos Faróis e Balizas aprova o plano que incluía a instalação de um farol na Ponta das Contendas, equipado com um aparelho e lanterna de 2ª ordem, luz cintilante em grupos de 4 clarões, sendo 3 brancos e 1 vermelho, iluminando 240º do horizonte; 1883 - surge como hipótese de localização do farol a Ponta de São Jorge; 1902 - constituíção de nova comissão; esta, entendendo que esta parte da ilha ficava obscurecida, julgou mais conveniente a construção do farol na Ponta das Contendas; define-se a construção do farol de 5ª ordem, mostrando grupos de 6 clarões brancos de 12 em 12 segundos; 1926 - compra de um terreno a Manuel Ferreira Lourenço para construção do farol, por 1500$00 na moeda açoreana, equivalente a 1200$00 na moeda continental (correspondente actualmente a 6 euros); 1930 - data do projecto do edifício; as obras de construção tiveram a direcção de António Tomaz; 1934, 1 Fevereiro - inauguração do farol, tendo instalada uma óptica de 3ª ordem, grande modelo (500 mm de distância focal) e movida por mecanismo de relojoaria; dava um grupo de 4 relâmpagos em cada 15 segundos, utilizava como fonte luminosa a incandescência pelo vapor de petróleo, garantindo-lhe um alcance luminoso da ordem das 32 milhas; como luz de reserva dispunha de um candeeiro de 5 torcidas; 1958, 1 Junho - electrificação, com a montagem de grupos electrogéneos, passando a ter como fonte luminosa uma lâmpada de incandescência eléctrica, aumentando o alcance luminoso para 38 milhas; 1964 - abertura da estrada até ao farol e ligação do mesmo à rede pública de água; 1983 - o farol começa a operar com uma lâmpada de 1000 W / 120 V., passando o alcance luminoso a rondar as 23 milhas; 1985 - introdução de dois sectores de luz vermelha, com o objectivo de dar resguardo às zonas de navegação mais perigosas, incluindo as proximidades dos ilhéus dos Fradinhos; 1998 - ligação à rede eléctrica pública.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes autónomas.

Materiais

Estrutura rebocada e pintada; degraus, soleiras e lancil de cantaria; plataforma, cimalha da torre, cimalha, algeroz dos edifícios e no terraço em volta da torre em cimento armado; pavimento cerâmico.

Bibliografia

FURTADO, Eduardo Carvalho Vieira, Guardiães do Mar dos Açores: uma viagem pelas ilhas do Atlântico, s.l.: s.e., 2005; http://pt.wikipedia.org/wiki/Farol_da_Ponta_das_Contendas, Julho 2010; http://www.lifecooler.com/Portugal/patrimonio/FaroldasContendas, Julho 2010; http://www.geocaching.com, Julho 2010.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO. *1 - Funciona ainda com a óptica original, o sector de luz branca tem actualmente um alcance luminoso de 23 milhas. É guarnecido por 4 faroleiros.

Autor e Data

Patrícia Costa 2002 / Paula Noé 2010

Actualização

 
 
 
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