Farol da Ponta do Pargo

IPA.00006990
Portugal, Ilha da Madeira (Madeira), Calheta, Ponta do Pargo
 
Arquitectura civil de equipamento, moderna. Farol costeiro, com torre quadrangular integrado em edifício de planta em U invertido, de um piso, com sistema de iluminação de óptica em cristal direccional rotativa.
Número IPA Antigo: PT062201070028
 
Registo visualizado 4104 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Comunicações  Farol    

Descrição

Edifício de planta em U invertido, integrando ao centro e avançado de ambos os lados da ala horizontal torre do farol, quadrangular. Volumes articulados horizontalmente com coberturas em terraço, com telha de fibrocimento, sobre os quais se eleva a torre, com cúpula metálica. Fachadas de um piso em alvenaria rebocada, com cunhais, cornija e friso avançado sobre esta em cantaria, rematadas por platibanda simples; portas e janelas de verga recta, simples, com tapa-sóis de alumínio verde. Fachada principal virada a E. com corpo da torre avançado, tendo no 1º piso porta entre duas janelas e no 2º, que nesta fachada e nas viradas a N. e a S. é mais recuada, porta de acesso ao terraço e lateralmente janela de peitoril. Sobre a torre, elevam-se a murette cilíndrica e a lanterna, circundada por varandim gradeado, tudo pintado de vermelho, ficando o plano focal da luz a 14 metros acima do terreno. Alas laterais com portas nos extremos e 3 janelas centrais, esquema repetido nas fachadas exteriores do U, voltadas a N. e a S.. Fachada O com corpo central da torre proeminente, marcado inferiormente por esbarro rematado por moldura em bocel; a meio, janela de peitoril; na ala horizontal do U, rasgam-se 4 janelas de peitoril a S. e 2 a N.. Acesso ao interior do edifício principal, que dá acesso à torre do farol, pela fachada E.. A entrada dá para o vestíbulo ou sala do faroleiro, de planta quadrangular, com pavimento em cimento e em telas de plástico quadradas imitando cerâmica. Em frente, porta de acesso à escadaria em caracol, de cimento, de poço aberto, que conduz à lanterna do farol envolvida por parede pintada de branco. A partir do segundo lance da escadaria, esta desenvolve-se de forma diferente. Passa a ser utilizado o ferro na sua estrutura e a parede envolvente é forrada a madeira. O sistema iluminante que se encontra no interior da lanterna é direccional rotativa com óptica em cristal. Tem luz branca e o seu alcance luminoso é de 26 milhas.

Acessos

Ponta do Pargo, Sítio da Vigia, EM entre a povoação da Ponta do Pargo e o Farol; Largo do Farol

Protecção

Categoria: VL - Valor Local, Resolução do Presidente do Governo Regional n.º 95/99, JORAM, 1.ª série, n.º 13 de 02 fevereiro 1999

Enquadramento

Rural, isolado. Implanta-se numa arriba, no extremo O. da Ponta do Pargo, o ponto mais ocidental da ilha da Madeira, com foco luminoso a cerca de 312 m de altitude. Tem acesso principal a nascente, onde o pátio do U é ajardinado, e a N. amplo largo.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Comunicações: farol

Utilização Actual

Comunicações: farol

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1883 - O Plano Geral de Aluimento e Balizagem aprova a instalação de uma óptica de 2ª ordem, de 3 clarões agrupados, com 25,5 milhas de alcance luminoso em estado médio; 1896 - estudo visando a sua concretização levada a cabo pelo engenheiro director das Obras Públicas do Funchal e pelo capitão do porto respectivo; segundo o relatório efectuado, o terreno a expropriar para a construção do farol era de lavradio, valia cerca de 120 reis por metro quadrado e era propriedade de Felisberto Homem de Gouvêa; 1902 - estudo de modernização dos faróis, o qual propunha a instalação neste local de um "aparelho de terceira ordem, modelo pequeno, da casa Barbier, cujo preço era de 27.250 francos"; 1911 - projecto do farol; 1915 - encomenda à casa Barbier, Bénard & Turenne da óptica e lanterna; 1917 - A Junta Geral do Distrito do Funchal pede que o farol lhe não fosse entregue por motivo do estado de guerra então existente; 1920 - recebimento da lanterna; 1921 - recepção do aparelho por parte da Repartição de faróis do Ministério da Marinha; 1922, 5 Junho - o farol entra em funcionamento utilizando como fonte luminosa um candeeiro de petróleo; 1937 - melhoramento da incandescência pelo valor do petróleo, aumentando o seu alcance luminoso para 34 milhas em vez das 28 milhas anteriores; 1958 - electrificado pela montagem de grupos electrogéneos, e montagem de motores de rotação; anos 80 - passa a ser alimentado pela rede de distribuição pública de energia eléctrica e foi automatizado.

Dados Técnicos

Estrutura mista e paredes autoportantes.

Materiais

Betão, alvenaria de pedra rebocada, blocos de betão, estuque, ferro, alumínio, vidro, telha de fibrocimento, plástico e madeira.

Bibliografia

SILVA, Padre Fernando Augusto da, MENEZES, Carlos Azevedo, Elucidário Madeirense, vol. 1 e 2, Funchal, 1921 - 1922; Lista de Faróis, Bóias Luminosas, Radiofaróis, Sinais de Nevoeiro e Sinais horários e de Mau Tempo Existentes na Costa de Portugal, nos Arquipélagos dos Açores e Madeira e no Ultramarino, Lisboa, 1933; LAMAS, Maria, Arquipélago da Madeira - Maravilha Atlântica, Funchal, 1956; PEREIRA, Eduardo C. N., Ilhas de Zarco, vol. 2, Funchal, 1968; CALLIXTO, Vasco, Pelas Estradas da Madeira e de Porto Santo, Lisboa, 1977; VILHENA, João Francisco, LOURO, Maria Regina, Faróis de Portugal, Lisboa, 1995; AGUILAR, J. Teixeira de, NASCIMENTO, José Carlos, Onde a Terra Acaba, História dos Faróis Portugueses, Lisboa, 1998.

Documentação Gráfica

DRAC

Documentação Fotográfica

DRAC

Documentação Administrativa

CPF; CMC

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

Filipe Bettencourt 1999

Actualização

 
 
 
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