Igreja da Madre de Deus / Mosteiro da Madre de Deus / Museu Nacional do Azulejo
| IPA.00002547 |
Portugal, Lisboa, Lisboa, Penha de França |
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Arquitectura religiosa, manuelina, maneirista, barroca e revivalista neomanuelina. Mosteiro feminino, de Clarissas Xabreganas, adaptado a um percurso museológico, de fundação manuelina, de que restam alguns elementos, como a torre sineira e respectiva decoração e revestimento de azulejos do coruchéu de uma segunda torre, com reforma maneirista, dando origem a uma igreja de planta longitudinal simples, com nave, pequeno cruzeiro e capela-mor de pequenas dimensões, antecedida por coros, com amplo claustro adossado ao lado esquerdo, quadrado e de dois pisos, o inferior composto por arcadas e coberturas em abóbada de aresta, sendo o superior arquitravado e suportado por pequenas colunas toscanas, com cobertura de madeira. A igreja recebeu decoração barroca, tendo cobertura de masseira na nave, com caixotões pintados, em abóbada na capela-mor, com elementos de talha e em falsa cúpula no cruzeiro, com retábulos de talha joanina e rococó, tendo, nas paredes, azulejos figurativos, azuis e brancos, encimados por telas pintadas com molduras de talha. No lado da Epístola, o púlpito, rococó, com profusa decoração e acesso pelo interior do muro, a partir da nave, surgindo, no lado oposto, a tribuna real, com decoração de talha rococó. No lado do Evangelho, a sacristia, com arcaz de duplo espaldar, o inferior mais sóbrio e o superior rococó. Os coros são profusamente ornados por azulejo e talha, destacando-se o do segundo piso, com cadeiral de pau santo, dois altares laterais e telas pintadas, envolvidas por talha joanina. A fachada principal é neomanuelina, com portal flanqueado por colunelos e rematado em arco canopial e cogulhos, solução que se repete de forma mais simples nas janelas. Também o claustro de menores dimensões é deste estilo, rectangular, com arcos trilobados no piso inferior e arcos mainelados no superior, rematados por platibanda vazada e com profusa decoração de elementos vegetalistas e cordiformes; têm coberturas em abóbada de aresta no piso inferior e em tecto plano no superior. As demais fachadas são simples, rasgadas por janelas rectilíneas, surgindo, ao nível do terceiro piso, óculos circulares, construídos durante o séc. 20. Mosteiro feminino, de fundação régia, pela rainha D. Leonor, que se fez sepultar no local, em campa rasa, o qual recebeu várias benesses e doações ao longo do tempo, ganhando uma riqueza decorativa, em parte espoliada no séc. 19, com a venda e remoção de peças para os palácios reais e para o Museu Nacional de Arte Antiga. O exterior apresenta-se bastante amplo, apesar de truncado, pela cedência de uma ala à Casa Pia, com alguns panos de feição simples, mantendo o esquema da sua construção inicial, rasgado por janelas rectilíneas e rematadas em platibanda, surgindo, na zona dos coros, igreja, capela-mor e sacristia, uma profusa decoração dos vãos, com elementos neomanuelinos, onde se distinguem os colunelos com pequenos capitéis fitomórficos, os arcos canopiais, os cogulhos e os perfis lobulados, que alterou o carácter maneirista do edifício, com portal simples, rematado por frontão e tabela, segundo os esquemas de Vignola, e com janelas rectilíneas, em capialço, como se verifica em gravuras anteriores ao restauro oitocentista. A igreja apresenta um esquema pouco comum nos conventos femininos, com um cruzeiro coberto por falsa cúpula, definido por arcos nos quatro lados, flanqueados por arcos de menores dimensões, formando um falso motivo serliano. Este espaço, os coros e sacristia distinguem-se pela profusão decorativa de azulejo, português e holandês, e pintura portuguesa, todos com cariz catequético, os primeiros mostrando os exemplos de santos eremitas ou de grandes heroínas do Antigo Testamento, surgindo, nas telas, cenas da vida de Cristo, de Maria, de Santa Clara e São Francisco, surgindo, no arco triunfal, a glorificação da Virgem, com a sua Assunção. Contudo, a reaplicação de azulejos vindos de outros conventos ou o seccionamento de outros na Igreja, alterou profundamente o íntimo diálogo entre a arquitectura e aquele revestimento, o mesmo sucedendo com as telas do coro-baixo. A talha é maioritariamente joanina, com retábulos de planta recta, côncava ou convexa, com colunas torsas ou salomónicas e profusa decoração de acantos, baldaquinos, drapeados, festões, anjos de vulto e querubins, revelando uma forte unidade estilística, especialmente na igreja, pois foram executados pelo mesmo mestre; no conjunto, destaca-se o púlpito, com o seu remate e mísula decorada por enrolamentos, parecendo pairar sobre uma glória, seguindo uma gravura de Filippo Passarini, publicada em Roma, em 1698. O retábulo-mor é rococó, executado após a ruína provocada pelo terramoto de 1755, de planta convexa e colunas ornadas por falsas espiras fitomórficas, rematando em espaldar curvo e fragmentos de frontão, que mantêm anjos de vulto. O coro-alto distingue-se pela profusão de pintura e, especialmente, pelo enorme tabernáculo, de talha dourada, com colunas torsas e inúmeras figuras estofadas, onde se distinguem as três Virtudes Cardeais, Deus Pai, anjos de vulto e as armas régias, sendo o primeiro elemento que as freiras visualizavam ao entrar no coro-alto, rodeado por relicários, o tesouro das religiosas. Os retábulos joaninos e o relicário do coro-alto revelam, como característica especial do artista, a capacidade de dar à madeira o aspecto de bronze dourado, o que é novidade para a época nos relevos decorativos. O ante-coro é constituído por uma capela, dedicada a Santo António, com azulejo e pintura alusivo ao orago, para a qual abre a Sala do Presépio. Este evidencia o trabalho de vários artistas, apresentando uma qualidade de tratamento algo desigual, algumas delas com afinidades com peças de terracota de uma Via-sacra, actualmente numa capela do Mosteiro de Santos-o-Novo. As cenas bíblicas são em maior número que o comum, surgindo um ciclo completo da vida de Cristo desde o Nascimento até ao Baptismo. As imagens dos cortejos, mais exóticas, possuem traje próximo da cultura índia brasileira. O modelo de algumas figuras repete-se em vários grupos que se integram no torrão. Facto interessante e curioso é a importação de alguns modelos, como o traje de alguns camponeses, com camisas tipicamente italianas e a presença de uma galinha paduana, que pertence a uma espécie criada para fins meramente decorativos, num esquema semelhante ao do presépio da Capela de Nossa Senhora do Monte (v. PT031106160047). O claustro é bastante simples, não revelando a solução que o arquitecto Diogo Torralva viria a desenvolver no Convento de Cristo (v. PT), em Tomar, mas terá a ver com a simplicidade exigida pela Ordem, especialmente nas zonas de clausura, onde dominam os elementos arquitectónicos toscanos, sendo marcado por duas ordens de contrafortes. O claustrim, a zona mais antiga do convento, foi todo remodelado, evidenciando características neomanuelinas, onde se distinguem, nos capitéis, elementos inovadores, como um comboio a vapor, sendo o azulejo também colocado no séc. 19 e proveniente de outro espaço conventual. De destacar, ainda, uma capela anexa ao coro-baixo, com tecto de alfarje. Junto a esta, situa-se a Sala de D. Manuel, a qual poderá ter correspondido à primitiva igreja. |
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Número IPA Antigo: PT031106410009 |
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Registo visualizado 15909 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Mosteiro feminino Ordem de Santa Clara - Clarissas (Província dos Algarves - Xabreganas)
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Descrição
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Planta rectangular irregular, composta por igreja de eixo longitudinal interno, capela-mor profunda com uma sacristia rectangular adossada ao lado esquerdo e construída de ângulo, antecedida por coros, a que se adossa, no lado direito, uma torre sineira quadrangular, surgindo, no lado oposto, as dependências conventuais, organizadas em torno de um amplo claustro e de um claustrim em cota superior, e dois pátios, de volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de uma e duas águas, plana na torre. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento de cantaria e flanqueadas por cunhais apilastrados, encimados por pináculos escalonados, com a zona inferior quadrangular, ostentando decoração de elemento entrelaçado, iniciais (P) e coroas abertas, onde se apoia uma base oitavada e coluna torsa, rematada por pirâmide canelada, sendo rematadas por frisos, cornijas e platibandas. Fachada principal virada a S., composta por seis panos desnivelados, marcando a estrutura interna de parte do edifício, os dois do lado esquerdo com platibanda plena, sendo os restantes por platibanda rendilhada, atravessada por elemento cordiforme, onde surgem, de forma alternada, alcachofras e flores de lis estilizadas, cruz latina, o pelicano a alimentar os filhos e caravela envolvida por corda; na cornija, surgem várias gárgulas. Os dois panos do extremo esquerdo evoluem em três pisos, rasgados uniformemente por vãos rectilíneos emoldurados a cantaria, correspondendo, no pano saliente, a três janelas de peitoril, a do piso inferior entaipada; o pano imediato possui dois eixos de vãos, o do lado esquerdo correspondente a janelas de peitoril, a inferior entaipada, e, do direito, a porta, encimada por ampla bandeira, e duas janelas de peitoril; no ângulo formado pelos panos, surgem dois óculos ovalados, ao nível dos segundo e terceiro pisos. O pano imediato, reentrante, corresponde à zona dos coros, evoluindo em dois pisos, cada um com um par de janelas, as inferiores em arcos trilobados e molduras triplas, a exterior boleada, rematando em cogulhos entrelaçados; as do piso superior são flanqueadas por colunelos finos, assentes em bases côncavas e convexas, com capitel simples, prolongando-se em moldura em toro sobre a verga. No ângulo deste pano e no do anterior, adossa-se a torre sineira, de três registos, o inferior marcado por moldura saliente, que se interrompe para a abertura de uma porta em arco levemente abatido, flanqueado por quatro colunelos, com capitéis simples e bases de côncavos e convexos, as exteriores dispostas uma cota superior, formando arco canopial, rematado por cruz latina, tendo, no lado direito, uma esfera armilar e, no lado esquerdo, vestígios da existência de uma segunda; entre a verga da porta e o arco surge elemento cordiforme e, no centro do canopo, uma nau com uma rede. O registo superior é definido por uma cornija, uma corda, que pende ao centro, acantos entrelaçados e o escudo português, encimado por coroa aberta; sobre este, rasga-se uma pequena fresta e, no topo, as sineiras em arco de volta perfeita e moldura simples; no interior possui uma escada em caracol com 50 degraus. Sucede-se o pano correspondente à nave da igreja, com doze janelas, cinco inferiores, com modinaturas e estrutura semelhante às do pano do coro-baixo, e seis num nível superior, também semelhantes às do coro-alto. Descentrado, o portal de acesso ao templo, elevado e com acesso por dois lanços de escadas de planta poligonal *1; é escavado e trilobulado, assente em colunelos finos, com bases de côncavos e convexos e capitéis fitomórficos, flanqueado por arquivolta côncava, ornada por videira entrelaçada e por duas colunas de fuste liso, assentes em bases semelhantes às anteriores, com estreito capitel fitomórfico, de onde evolui arco trilobulado, interrompido por canopos, ornados por cogulhos, encimados por cogulhos de acantos e alcachofras, que centram um escudo português, encimado por coroa real, e flanqueado por dois emblemas, o pelicano a alimentar os filhos e uma caravela, envolvida por cordas. O pano correspondente à capela-mor, possui três janelas semelhantes às da nave, num nível inferior, e três semelhantes às da nave, num nível superior. Bastante reentrante, o corpo da sacristia, composto por duas portas em arco abatido, flanqueada por quatro colunelos, assentes em bases de côncavos e convexos, as exteriores formando moldura recta sobre o vão, e as interiores prolongam-se superiormente, emoldurando duas janelas, com cogulhos semelhantes às dos panos da nave e capela-mor; no topo, ao centro, óculo lobulado, envolvido por tripla moldura, a interior cordiforme, a intermédia torsa e a exterior simples. No lado direito possui um portão de ferro, de acesso a um pátio, que antecede a entrada no Museu. Fachada lateral esquerda, virada a O., adossada ao edifício da Casa Pia. Fachada lateral direita, virada a E., evolui em três andares, rasgados por vãos emoldurados a cantaria simples, os inferiores compondo quatro portas em arco de volta perfeita, nos extremos, uma delas de acesso ao claustro, e três janelas de peitoril rectilíneas; são encimados por sete janelas de peitoril rectilíneas, sobrepujadas, no terceiro, por óculos circulares. No corpo da sacristia, são visíveis duas janelas rectilíneas, encimadas por duas de perfil trilobulado, surgindo, no topo, quatro janelas quadrangulares sobrepostas duas a duas. Fronteiro ao portão de acesso ao pátio, arco de volta perfeita, assente em impostas salientes, flanqueado por duas janelas rectilíneas; no segundo piso, três janelas de peitoril rectilíneas, encimadas, no terceiro, por três óculos circulares, todos com molduras simples de cantaria; este corpo adossa-se ao edifício do Palácio Nisa. O pátio, pavimentado a calçada, possui canteiros adossados às fachadas, com árvores, várias flores, bancos de cantaria e talhas em cerâmica. Fachada posterior parcialmente adossada a edifícios, sendo possível ver a face que abre para o pátio do bar, com três pisos, rasgados regularmente por janelas de peitoril rectilíneas, com molduras simples em cantaria. INTERIOR da IGREJA com pavimento em lajeado de calcário de várias tonalidades, e cobertura em falsa abóbada de berço, assente em friso de talha ornado por elementos fitomórficos, e cornija de cantaria, dividido em caixotões com molduras em talha pintada de bege, pontuadas por elementos vegetalistas dourados, contendo pinturas com cenas da vida da Virgem. As paredes têm alto lambril de azulejos monocromos, azul sobre fundo branco, com temas religiosos e profanos, com molduras de acantos enrolados, assentes em rodapés onde figuram "putti", anjinhos e sátiros, surgindo, sob um dos painéis, medalhões representando alegorias aos cinco sentidos, na forma de anjinhos, que seguram atributos. Sobre estes, dois níveis de pintura, envolvidas por molduras de talha e separados por friso e cornija, representando, no inferior, cenas da vida de São Francisco e, no segundo, de Santa Clara, estes intercalados pelas janelas. No lado da Epístola, a porta protegida por guarda-vento de madeira e o púlpito. Elevado por um degrau e protegido por teia de madeira torneada *2, o presbitério, onde surgem, confrontantes, dois retábulos de talha dourada, o do Evangelho com as relíquias de Santa Auta e o oposto dedicado à Sagrada Família. Arco triunfal de volta perfeita, assente em quatro pilastras, ornada por talha de elementos entrelaçados de concheados e querubins, com o fecho decorado pelas armas reais, encimadas por coroa fechada, flanqueadas por dois anjos de vulto. Está ladeado por quatro arcos de volta perfeita, em cantaria, assentes em pilastras toscanas, surgindo, no intradorso, mais um arco de cada lado, com pequeno elemento decorativo dourado, o frontal encimado por apainelado e por duas telas pintadas, a representar São Francisco e Santa Clara; sobre o conjunto, uma enorme tela, a representar a "Coroação da Virgem". Dá acesso ao cruzeiro, com cobertura em falsa cúpula assente em pendentes ornados de talha, com o tambor dividido em apainelados rectangulares, rematados por cornija e concheado dourado, definidos por pilastras assentes em cubos; segue-se cornija e elementos de talha entrelaçados, com a luminosidade vinda do topo, através de vão em cruzeta de talha. No lado do Evangelho, a tribuna real. Capela-mor com acesso por arco de volta perfeita, flanqueado por dois arcos de menores dimensões, surgindo outros dois no intradorso; tem cobertura em abóbada de berço, pontuada por elementos de talha e, no topo, surge o retábulo-mor, de talha dourada e planta côncava, de um eixo definido por duas estípides e quatro colunas com o fuste liso, envolvido por falsa espira fitomórfica, e com o terço inferior estriado; ao centro, tribuna bastante alta, em arco de volta perfeita, contendo trono expositivo de sete degraus, encimado por baldaquino, sustentado por quatro colunas; na base, o sacrário embutido, decorado por cálice eucarístico, flanqueado por dois apainelados. A estrutura remata em dois fragmentos de frontão, encimados por duas figuras alegóricas, a Fé (Evangelho) e a Esperança (Epístola), com espaldar curvo, flanqueado por enrolamentos e sobrepujado por cornija, contendo medalhão ornado por delta luminoso. Altar paralelepipédico em cantaria de calcário branco e vermelho, com o frontal tripartido, decorado por elementos ovalados e cruciformes. No lado do Evangelho, a sacristia e na parede fundeira da igreja, dois vãos rectilíneos, ligando aos coros, separados por friso ornado por talha, o inferior flanqueado por duas colunas de fuste liso e por dois painéis de azulejo representando a "Chegada das relíquias de Santa Auta" e "Partida das relíquias de Santa Auta"; o vão superior é encimado por friso e cornija, com guarda de madeira torneada; a partir do vão inferior, acede-se, por escadaria de cantaria ao antigo CORO-BAIXO, com pavimento em lajeado de granito e tecto plano, dividido em nove caixotões, com molduras de madeira pintadas de bege, com elementos de talha dourada; nos caixotões, a representação de símbolos marianos. As paredes encontram-se revestidas a azulejo, com silhar inferior em enxaquetado branco e verde, encimado por azulejo de padrão policromo, de 2x2, com elemento fitomórfico; o mesmo padrão reveste as janelas, em capialço e os vãos das portas. Sobre estes, telas pintadas, representando cenas da vida de São Francisco e de Santa Clara, e uma "Crucificação", todas com molduras de talha. No topo, duas portas de verga recta e moldura de cantaria, rematadas por friso e cornija, de acesso à Sala de D. Manuel; entre elas, um relicário de talha dourada. Nas paredes laterais, confrontantes, dois retábulos de talha dourada, dedicados à Senhora da Boa Morte e ao Crucificado. No lado esquerdo da escada de acesso à igreja, uma inscrição, identificando a pessoa que mandou efectuar um desaparecido confessionário e a data "1873". O CORO-ALTO tem pavimento em parquet e cobertura em masseira, assente em friso e cornija de talha, formando quinze caixotões, com molduras de talha, com cenas da vida de Cristo e de São Francisco. No interior, 62 cadeiras, dispostas em duas ordens, as posteriores mais elevadas, com o espaldar composto por apainelados divididos por estípides, contendo cada um deles, nichos de várias dimensões com relicários. As janelas, em capialço, encontram-se revestidas a azulejo em monocromia, azul sobre fundo banco, representando heroínas bíblicas do Antigo Testamento e símbolos da Virgem. Entre estas, telas pintadas, com cenas franciscanas e da vida de Cristo, sendo visíveis, com molduras de talha, que também surgem sobre a porta de acesso, em verga recta e moldura recortada, em cantaria, e no lado oposto, onde se rasga o vão da clausura; sobre este, um tabernáculo e a flanqueá-lo, dois altares paralelepipédicos, com frontal formado por sebastos e sanefas, encimados por sacrário, ladeados por anjos e com a porta marcada por baldaquinos com falsos drapeados, a abrir em boca de cena; têm ao lado os retratos de D. João III e D. Catarina, ladeados pelos seus santos protectores, São João Baptista e Santa Catarina. O coro é antecedido pela CAPELA de Santo António, com pavimento em parquet e tecto em gamela, contendo algumas telas com cenas da vida do orago; as paredes estão revestidas por azulejo figurativo, em monocromia, azul sobre fundo branco, encimados por telas com molduras de talha pintada de branco e dourado, com cenas da vida de Santo António. Num dos topos, retábulo de talha dourada, surgindo, no oposto, a reconstituição do antigo presépio. O CLAUSTRO é quadrado, com chafariz central, evoluindo em dois pisos, o primeiro com cinco arcadas assentes em pilastras toscanas, sendo o segundo arquitravado, assente em quatro colunas toscanas, ostentando duas ordens de contrafortes em cada tramo, com gárgulas nos topos, rematando em platibanda plena, estando os vãos protegidos por vidro; sobre este é visível o terceiro piso do imóvel, com janelas rectilíneas e uma torre rematada em coruchéu poligonal, revestido a azulejo enxaquetado verde e branco. Possui paredes rebocadas e pintadas de branco, tendo, no primeiro piso, coberturas em abóbadas de aresta, também rebocadas e pintadas de branco, e pavimento em lajeado de calcário; as paredes são percorridas por friso em cantaria de calcário amarelo, que se interrompe nos vãos, apresentando alguns escudos, com o pelicano a alimentar os filhos e a caravela com cordame. Neste espaço, surgem, nas alas N. e O., salas de exposição, com acessos por portas de verga recta e moldura simples, em cantaria. No ângulo SO. do primeiro piso, surge a Capela de D. Leonor, com tecto de alfarge. No piso superior, surge silhar de azulejo figurativo, com cenas alusivas ao sacrifício da clausura e mensagens moralistas, identificadas por inscrições. No piso inferior, o claustro tem acesso pela portaria, onde se integra uma loja, bengaleiro, um balcão de venda de bilhetes, encimado por uma galeria de madeira, com acesso por escada de caracol; no topo da portaria, o restaurante e as instalações sanitárias, ambos revestidos a azulejo em monocromia, azul sobre fundo branco, o primeiro com figuras avulsas e figurações alusivas a alimentação, e a segunda com uma cena campestre. Dá acesso a um pátio pavimentado a calçada, para onde abre a fachada posterior, com um lago rectangular no topo, com fonte central, composta por taça lobulada, com bicas em forma de roseta, assente em plinto de secção curva, ornado por folhagem estilizada e friso de esferas *3. No segundo piso, acede-se a uma sala de exposições temporárias, à biblioteca e às salas de serviços; na primeira existe um elevador e escadas que ligam os diferentes pisos. O CLAUSTRIM tem acesso a partir do claustro principal, através de um arco de volta perfeita, ornado por folhagem, situado no ângulo SO., que leva a dois lanços de escadas, com as paredes revestidas a azulejo de padrão, em monocromia, azul sobre fundo branco, formando silhar, nas quais surgem, confrontantes, duas janelas rectilíneas, flanqueadas por colunelos, assentes em bases côncavas e convexas, que se prolongam, sobre a verga. O claustro é rectangular, com dois pisos, separados por cordame, o inferior marcado por duas e três arcadas, de volta perfeita, assentes em colunas toscanas, surgindo, no segundo piso, igual número de arcadas maineladas, com arcos trilobulados e espelho vazado, apresentando capitéis com decoração variada, onde se destaca um comboio a vapor; sobre estas, surgem óculos vazados e friso de acantos, que sustentam uma platibanda vazada em quadrilóbulos, inscritos em losango, rematado por friso cordiforme. O piso inferior encontra-se revestido por azulejo de padrão 2x2, policromo, com abóbadas de arestas, decoradas por elementos geométricos, assentes em mísulas em leque, com elementos decorativos diversos; na ala O., a fonte de Santa Auta. O acesso ao segundo piso processa-se por um corredor abobadado, com arcos de volta perfeita ornados por folhagens, com as paredes revestidas a azulejo de padrão de albarradas, em monocromia, azul sobre fundo branco, que leva a um lanço de escadas, revestido com azulejos figurativos. O segundo piso apresenta portas de acesso à Capela de Santo António e a outros núcleos expositivos, existindo, num deles, uma escadaria principal, com colunas de madeira no patamar superior, revestidas a azulejo figurativo. |
Acessos
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Rua da Madre de Deus, n.º 4B |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG, 1.ª série, n.º 136 de 23 junho 1910 |
Enquadramento
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Urbano, flanqueado por instalações da Casa Pia, a do lado direito correspondente ao Palácio Nisa (PT031106410321). Ergue-se junto à via pública, pavimentada a calçada de basalto, separada dela por passeio público em calçada de calcário. A cabeceira da igreja e algumas construções do Museu encontram-se vedadas por gradeamento. O acesso é feito por um amplo pátio, protegido por portão metálico, onde surge uma chapa metálica a identificar os horários praticados pelo Museu Nacional do Azulejo, pavimentado a calçada à portuguesa, rodeado por canteiros com plantas e algumas árvores, onde se distinguem palmeiras, nespereiras e outras árvores de médio porte. Para este pátio abre o Museu e as instalações da Casa Pia. |
Descrição Complementar
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Coro-alto com as pinturas de Apresentação de Maria no Templo, Visitação, Apresentação de Cristo no templo, Repouso na fuga para o Egipto, Morte da Virge, Imaculada Conceição, Cristo rodeado por anjos, Última Ceia, Mulagre do pão com quatro santos franciscanos. O púlpito é quadrangular, em talha dourada, assente em mísula ornada por enrolamentos e concheados, com guarda plena ornada por rosetões, de onde evoluem dois quarteirões que protegem o remate do portal de acesso, de verga recta, envolvido por moldura vegetalista em arco de volta perfeita, rematado por frontão interrompido, assente em mísulas, com espaldar recortado e curvo, ornado por enrolamentos, concheados e querubins; tem acesso pela nave e interior da parede, a partir de porta de verga recta e moldura simples, em cantaria. a tribuna real, rectangular, com o vão ornado por talha pintada de bege, pontuada por elementos dourados, definido por pilastras rematadas por anjos, vasos com flores e falso baldaquino; a guarda é decorada por rosetões e querubins, surgindo, inferiormente, falsa mísula de acantos. No interior, porta de acesso no lado direito, com molduras de talha. As pinturas do tecto da nave representam, no lado do Evangelho, a Imaculada Conceição, "São Joaquim, Santa Ana e a Virgem", "Santa Ana a ensinar a Virgem a ler"; "Apresentação da Virgem no templo"; "Virgem a orar no templo"; "Esponsórios da Virgem"; "Anunciação"; "Viagem a Belém"; "Natividade", "Circuncisão". No lado da Epístola: "Apresentação de Jesus no templo", "Anúncio do anjo"; "Fuga para o Egipto"; "Repouso na Fuga para o Egipto", "Regresso do Egipto"; "Bodas de Canã"; "Comunhão da Virgem"; "Aparição de Cristo ressuscitado às Três Marias"; "Trânsito da Virgem"; "Assunção da Virgem". Nas paredes, surgem painéis de azulejo com a representação de "Moisés e a sarça ardente" (estava na parede do fundo da igreja e foi transferido para aqui, por ter sido apeado um retábulo), possuindo rodapé com anjos, sátiros e "putti"; segue-se um grande painel com uma cena profana, de teor cortesão, separada por várias árvores de outra cena onde surge um Eremita em oração, tendo rodapé semelhante ao anterior; seguem-se dois pequenos painéis, representando um cortejo de pastores e uma alusão mariana, com a representação da palmeira, ambos rodeados de molduras de acantos; surge, ainda, a da "Visão do Papa Nicolau V", a que se sucede um pequeno painel com um monge a solicitar silêncio. No lado da Epístola, sucedem-se azulejos de enchimento com temática vegetalista, um "Eremita em oração, rodeado de animais selvagens", outro painel de preenchimento, "Eremita lendo", um atributo mariano, com a representação do cedro; "Cortejo dos Reis Magos", "Padres franciscanos em oração e penitência". Sobre estes, as telas pintadas com a vida de Santa Clara "Anúncio do nascimento de Santa Clara", "Santa Clara, menina, socorre os pobres", "Santa Clara no Domingo de Ramos", "Fuga de Santa Clara da casa dos pais", "Santa Clara enverga o hábito", "São Francisco entrega a regra da Ordem a Santa Clara", "Santa Clara tentada por um demónio", "Milagre dos pães benzidos com o sinal da cruz", "Santa Clara expulsa os sarracenos de Assis", "Chegada de Inês ao Convento", "Ceia de Santa Clara e São Francisco", "Virgem aparece a Santa Clara agonizante" e "Exéquias de Santa Clara". Num segundo registo, a vida de São Francisco, com as cenas "Sonho de São Francisco", "São Francisco liberto pela mãe", "São Francisco renuncia à herança paterna", "São Francisco sobe aos céus num carro de fogo", "Estigmatização", "São Francisco rebola-se num silvado", "Milagre da Porciúncula", "Prédica de São Francisco", "Última Ceia de São Francisco", "Agonia de São Francisco" e "Morte de São Francisco". Os retábulos laterais são semelhantes, integrados em vãos de volta perfeita, em talha dourada, com o arco ornado por enrolamentos e fecho saliente, sustentado por duas figuras, assentes em duas pilastras, interrompidas por mísulas, marcadas por elemento formando falso baldaquino, decorado por folhagem, sustentadas em plinto de cantaria; os vãos são protegidos por sanefas de talha, sustentadas por mísulas; no interior de cada nicho, retábulo de talha dourada, de planta recta e um eixo definido por duas colunas torsas ornadas por pâmpanos, assentes em consolas, suportadas por "putti", que sustentam friso, cornija, fragmento de frontão e uma falsa arquivolta de festões, seguros por anjos de vulto; ao centro, nicho em arco de volta perfeita, tendo, em baixo relevo, o fundo em estrutura tripartida, formando três arcos de volta perfeita, assentes em pilastras, encimados por um tímpano decorado por medalhões. O banco é ornado por acantos e vasos com flores ao centro, sendo os altares em cantaria, paralelepipédico, com o frontal bipartido, decorado por almofadados. Arco triunfal com as pinturas da Coroação da Virgem, ladeada por São Francisco e Santa Clara. A Sacristia tem pavimento em lajeado de cantaria calcária de várias tonalidades, criando um mosaico geométrico, e tecto plano, com moldura de talha contracurva, contendo uma enorme pintura a representar a "Assunção da Virgem". Nas paredes, azulejos em policromia, formando silhar, com moldura de concheados e óvulos, contendo, num lado as armas reais e no outro o símbolo franciscano; ambos têm bancos adossados, com tampo de madeira e pés volutados em cantaria Os painéis de azulejo encontram-se encimados por telas pintadas com molduras de talha de concheados, separadas por quarteirões, representando a vida de José do Egipto, José Narra os sonhos a seus irmãos, José agredido por seus irmãos, José vendido por seus irmãos, José e a mulher de Putifar, José explica os sonhos do copeiro e do padeiro, José interpreta o sonho do Faraó, José dá a conhecer-se a seus irmãos, Reencontro de José com o pai Jacob. No tecto, no centro, uma Assunção da Virgem recebida pela Santíssima Trindade. Ao centro, mesa circular em mármore, sustentada por plinto galbado e arcaz de pau-santo e puxadores em bronze dourado, com espaldar de dois níveis, o inferior rectilíneo, contendo pintura a representar Santa Luzia, Santa Inês e Santa Catarina, e o superior com profusa decoração de talha, com oratório central e pequenos nichos, com os fundos pintados em "chinoiserie". O retábulo do coro-baixo do lado do Evangelho é de talha dourada, de planta recta e três eixos definidos por quatro pilastras com os fustes ornados por acantos, assentes em duas ordens de plintos paralelepipédicos, decorados por acantos, que sustentam o remate em friso de acantos e cornija; ao centro, nicho em arco de volta perfeita, flanqueado por duas pilastras semelhantes às anteriores e por duas colunas torsas, decoradas por pâmpanos, assentes em consolas, que se prolongam em duas arquivoltas com o fecho marcado por cartela com os cravos de Cristo sustentado por anjos; a boca do nicho é rendilhada e o fundo forma amplo resplendor que envolve o orago. Cada um dos eixos laterais apresenta dois nichos sobrepostos, separados por amplo painel de acantos; são em arco de volta perfeita, assentes em duas pilastras. O banco é ornado por acantos dispostos simetricamente a partir de cartela central; altar paralelepipédico, com moldura fitomórfica e frontal envidraçado com grades, contendo imagem, estando flanqueado por dois painéis de acantos. O retábulo do lado oposto encontra-se inserido em nicho de volta perfeita, flanqueado por duas pilastras com os fustes ornados por acantos, que se prolongam superiormente e envolvem todo o nicho até ao nível da cobertura; no interior um retábulo de talha dourada e planta côncava, com um nicho definido por quatro colunas salomónicas, assentes em consolas, que sustentam friso e cornija; ao centro, o fundo encontra-se apainelado e ornado por motivos recortados, contendo uma urna em talha e vidro, com decoração de enrolamentos e concheados, rematada por tampa gomada e galbada, contendo o orago; a estrutura remata em fragmentos de frontão e amplo baldaquino, flanqueado por aves. Altar paralelepipédico com o frontal ornado por cartela central. No topo, um relicário com estrutura em talha dourada, composto por nicho em arco abatido, com portadas fechadas, flanqueado por pilastras, assente em sotobanco paralelepipédico, vazado por nicho com imaginária. Junto ao coro-baixo, as sepulturas da rainha D. Leonor, a irmã, D. Isabel e a primeira abadessa do mosteiro, Soror Colecta. No coro-alto, surge um tabernáculo de grandes dimensões, em talha dourada e estofada, com a base composta por mísulas e consolas, que centram o escudo real, encimado por coroa fechada, flanqueado por anjos de vulto, de onde evoluem duas colunas torsas, flanqueadas por orelhas recortadas, que sustentam friso, cornija e fragmentos de frontão, que centram um espaldar curvo, rematado por cornija, onde se enquadra um Deus Pai, envolvido pelas figuras alegóricas da Fé, Esperança e Caridade; no centro da estrutura, revelado por falsos drapeados a abrir em boca de cena, sustentados por anjos, que pendem de baldaquino que o encima, o tabernáculo propriamente dito, facetado e com colunas torsas, rematado por friso e um pelicano, tendo a porta pintada por um cálice, hóstia e querubins. Na Capela de Santo António, surge um retábulo de talha dourada, de planta convexa e um eixo definido por três colunas salomónicas, sustentadas por consolas agrupadas; ao centro, nicho em arco de volta perfeita, com o fundo apainelado, contendo trono de três degraus; remata em fragmentos de frontão, cornija e pequeno espaldar curvo, contendo resplendor; altar paralelepipédico, com o frontal ornado por resplendor, com sebastos e sanefa decorados por elementos vegetalistas. Na capela de Santo António, surgem, na parede, Santo António soluciona uma disputa, Santo António cura um pé de um rapaz, Milagre da mula, Santo António, Parto milagroso, Santo António ressuscita um morto, A Conversão das meretrizes, Visão de Santo António, Aparição do Menino a Santo António, Ressurreição de um jovem numa carroça, Santo António prega aos peixes, Santo António cura uma criança, Santo António cura um possesso, Santo António converteum buruguês; no tecto, Santo António em oração, Santo António converte um cavaleiro, Santo Antópnio em estudo e meditação, Aparição de São Francisco a Santo António, Santo António recebe a bênção, Comunicação do Espírito a um frade, Pregação diante de um bispo, Pregação com a aparição de São Francisco, Transporte do corpo de Santo António, Santo António é levado para o céu. No centro do claustro, surge um chafariz em cantaria de calcário, composto por plataforma circular, onde assenta um tanque com a mesma planta, com os extremos salientes, tendo, no interior, amplo soco circular, que sustenta quatro pilares, resultantes de feixe de colunelos, um com o perímetro mais largo, ao centro, com capitéis fitomórficos e taça hemisférica simples. Neste, surgem filacteras com as seguintes inscrições: "AJUDA-ME", "O MELHOR QUE POSSO", "E TU QUE NÃO ME AJUDAS", "NÃO POSSO MAIS" e "MUITO PESADO". Encontra-se rodeado por quatro canteiros recortados, com buxo nos extremos e arbustos e roseiras no interior, com pavimento em terra batida. Na ala O. do claustrim, a Fonte de Santa Auta em cantaria, composta por arco de volta perfeita, assente em pilastras toscanas, sustentadas por plintos paralelepipédicos, rematada em frontão semicircular, ornado por botão na zona inferior; no centro, possui elemento almofadado, onde aparecem três bicas em forma de carranca e a inscrição "ACQVA DE SANTA AVTA", que vertem para taça rectangular, com a mesma dimensão da fonte. |
Utilização Inicial
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Religiosa: mosteiro feminino |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: museu / Religiosa: igreja |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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DGPC, Decreto-Lei n.º 114/2012, DR, 1.ª série, n.º 102 de 25 maio 2012 |
Época Construção
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Séc. 16 / 17 / 18 / 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTOS: Andreia Galvão (2003); Pedro Carvalho e Diogo de Torralva (1551); Francisco Conceição Silva (1958); José Maria Nepumoceno (1871-1895); Liberato Teles (1895-1899); Sebastião Formosinho Sanchez (1983). CERAMISTAS: Oficina dos Della Robbia (séc. 16). ENTALHADORES: Félix Adauto da Cunha (1746-60); Guilherme Marques (1899). ESCULTORES: António Ferreira (séc. 18); Dionísio Ferreira (séc. 18). MARCENEIRO: Joaquim Pereira Ramos (1935). PINTORES: André Gonçalves (1746-1750); António Machado Sapeiro (séc. 18); Armando Soares (1946); Bento Coelho da Silveira (1613-1621); Cristóvão Lopes (c. 1564, atr.); Gregório Lopes (séc. 16); Jorge Afonso (1515); Marcos da Cruz (1600-1670); Pedro Alexandrino de Carvalho (séc. 18); Quentin Metsys (1511?). PINTORES de AZULEJO: Jan van Oort (1698-99); Pereira Cão (1896); Wiiliam van der Kloet (1699). PINTORES - DOURADORES: Augusto Ferreira (1746); João Cardoso (1899); Joaquim José (1761); Vicente Ribeiro (1786). |
Cronologia
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1508, 22 maio - o Papa Júlio II autoriza a rainha D. Leonor a levar religiosas de outros conventos para o da Madre de Deus; 1509, 21 fevereiro - D. Leonor compra umas casas e uma horta a D. Inês, viúva de Álvaro da Cunha; 18 junho - instalação, no local, de sete freiras provenientes do Convento de Jesus, em Setúbal; 23 junho - segundo Frei Rodrigo de São Tiago, a igreja começou a ser construída, sagrada pelo bispo de Lisboa, D. Martinho da Costa, pensando-se que teria uma nave (talvez a atual Sala de D. Manuel); construção do claustrim e torre sineira; aplicação de medalhões cerâmicos dos Della Robbia na fachada principal; 1511 - provável pintura do políptico de Nossa Senhora das Dores para o mosteiro, encomendado a Quentin Metsys *4; 1513, julho - D. Manuel ofereceu 33 varas de pano pintado da Índia para se fazer o guarda-pó do retábulo; 1515 - execução do retábulo, pintado na oficina de Jorge Afonso *5; 1517, 12 setembro - chegada das relíquias de Santa Auta ao convento e do Santo Sudário, doadas pelo imperador Maximiliano; este oferece, ainda, uma tábua representando "Jerusalém"; 1522 - provável pintura dos painéis de Santa Auta, por mestre desconhecido, mostrando a igreja concluída; 1524, 17 abril - D. João III manda fazer um muro de silharia para proteger o mosteiro das águas do rio; D. Leonor adquiriu um chão que doou ao mosteiro e mandou cercar; 1525 - falecimento da rainha D. Leonor; nesta data, o mosteiro tem 42 freiras, 4 veleiras, 2 frades (padre e sacristão) e 12 criados; 1537 - incorporação de alguns retábulos provenientes do Paço da falecida rainha D. Leonor, situado a Santo Elói; vieram também do paço seis medalhões florentinos, dos Della Robbia, um com as armas da rainha, o Pelicano, o emblema de D. João II e os quatro Evangelistas, todos no MNAA, e várias alfaias de prata, entre as quais um relicário de prata, feito por mestre João; 1540 - D. João III manda vender uma cruz de prata para fazer face a algumas dívidas; séc. 16, meados - pintura das tábuas da sacristia por Gregório Lopes; o coro-baixo foi transformado em Casa do Capítulo e cemitério das freiras; 1551, janeiro - carta de D. João III para a Câmara de Lisboa, afirmando ter visto o desenho que mandou fazer a Diogo de Torralva, para reformar o mosteiro; o monarca terá mandado fazer o claustro, "a casa redonda sobre a capela-mor" e o coro; transformação da antiga igreja em Casa do Capítulo; escadaria de acesso à igreja, para evitar que esta fosse invadida pelas águas do Tejo; as obras prolongaram-se até quase ao final do século; 1551, 7 dezembro - carta de Soror Catarina do Espírito Santo, abadessa do convento pedindo ao rei para continuar as obras, encarregando-se das mesmas Pedro de Carvalho e Diogo de Torralva; 1557 - verifica-se a necessidade de fazer um cais para proteger das águas do rio, feita na década seguinte; 1564 - pintura das tábuas a representar D. João III e D. Catarina, por Cristóvão Lopes; 1567 - uma bula de Pio V autoriza aumentar para 33 o número de professas; D. Sebastião manifesta o desejo de construir um cais no local; séc. 16, final - o culto de Santa Auta encontra-se em declínio; séc. 17 - doação de uma relíquia do Santo Lenho pela Imperatriz Maria, irmã do rei Filipe II; 1600 - 1670 - pintura do teto da capela-mor com o ciclo da vida da Virgem, por Marcos da Cruz; 1613 - 1621 - pintura das paredes da igreja com cenas da vida de São Francisco e Santa Clara por Bento Coelho da Silveira; 1616 - a primeira descrição conhecida da igreja diz ter no cruzeiro quatro capelas dedicadas à Madre de Deus, dos Santos Reis, Santa Auta e Nossa Senhora da Assunção; 1626 - sagração do novo altar-mor; 1639 - referência ao presépio, situado junto ao ante-coro; 1662, 5 maio - venda da capela de Santa Auta com o seu retábulo e carneiro a Gaspar de Faria Severim, por 300$000; 1693 - feitura das portas da igreja; 1670 - a imagem de Santa Auta ainda se mantinha no altar; 1694 - 1696 - várias dádivas da Família Real para as obras do mosteiro, num total de 1:111$000; 1696 - feitura de uma cadeira para a rainha; 1698 - 1707 - execução e colocação dos azulejos, feitos na oficina de Jan van Oort e, após o seu falecimento, em 1699, na de William van der Kloet; séc. 18 - adaptação de tábuas do retábulo de Santa Auta ao espaldar da sacristia, amputando-as; execução do presépio, colocado numa casa anexa à Capela de Santo António, no ante-coro, atribuível a Dionísio e António Ferreira; pintura de telas por António Machado Sapeiro (f 1740); 1700 - 1703 - obras na Capela dos Reis, situada no lado da Epístola, por 10$000; 1704 - referência à ermida do Calvário, na cerca; 1740, cerca - pinturas no coro-alto por André Gonçalves; 1745-1750 - pintura de uma Coroação da Virgem para o coro-alto por André Gonçalves; 1746 - iniciam-se reformas na sacristia, impulsionadas pelo Padre José Pacheco, sacristão-mor, onde trabalha o entalhador Félix Adauto da Cunha e o dourador Augusto Ferreira; início da pintura do ciclo de José do Egito por André Gonçalves, encomendada pela Madre Abadessa Isabel Auta de São José, filha do Marquês do Alegrete; feitura dos painéis de azulejo; 1747 - inicia-se a execução do púlpito por Félix Adauto da Cunha; 1750 - conclusão da pintura da sacristia; pintura do ciclo pictórico da capela de Santo António; 1755, 1 novembro - o terramoto provoca a ruína parcial da igreja, que foi de imediato arranjada, com feitura das paredes da capela-mor e parede do coro e algumas oficinas interiores; o remate circular da capela-mor foi substituído por um remate menos aparatoso; abertura de um vão circular na fachada da capela-mor; na Capela de Santa Auta, encontram-se Santa Ana, São Joaquim e São José, denotando que o culto anterior cessara; no mosteiro, existem as irmandades da Madre de Deus, Nossa Senhora da Boa Morte e Almas; 1757 - feitura de uma tela a representar o Salvador do Mundo; feitura de uma coroa de prata para o Menino de Santo António e feitura de resplendores para São Domingos e São Boaventura; 1759 - nas Memórias Paroquiais, assinadas por Luís da Costa Barbuda, refere-se a existência de 5 altares, o mor, o da Madre de Deus, com uma Irmandade de 4 mil irmãos, Santa Auta, com as imagens de Santa Ana, São Joaquim e São José; altar dos Santos Reis e o de Nossa Senhora do Rosário, com uma Irmandade pouco ativa; pintura do arco cruzeiro por André Gonçalves; pintura do arco triunfal da igreja por André Gonçalves, por 100$400; 1760 - paga-se a Félix Adauto da Cunha o resto que se lhe devia do púlpito; para a colocação deste, foi necessário cortar um painel de azulejos em dois pontos; André Gonçalves retocou painéis do teto da igreja e fez 3 novos; 1761 - pagamento a Félix Adauto da Cunha pelo risco do retábulo-mor; douramento dos painéis da igreja e do púlpito por Joaquim José; obras na Capela dos Reis e feitura de duas lâmpadas de prata para a mesma; 1769 - fez-se o segundo pagamento e pagou-se ao arquiteto que fez o desenho para a pedra da sacristia; 1771 - a Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte foi transferida para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa; séc. 18, último quartel - pintura de uma tela para a sacristia por Pedro Alexandrino de Carvalho; 1786 - forro da Capela do Salvador; douramento da sobreporta da mesma capela, por Vicente Ribeiro; 1788 - 1789 - colocou-se laje no corpo da igreja e sepulturas e assoalhou-se a igreja; 1795 - feitura de um resplendor para Santa Ana e um bordão para São José; 1830 - desmontagem do presépio, indo algumas peças para as coleções régias; 1834 - extinção das Ordens Religiosas; 1859 - D. Fernando II procede a uma escolha de peças no mosteiro para as Necessidades, levando a que algumas pinturas transitassem para o Museu Nacional de Arte Antiga; 1867 - aquisição do mosteiro pelo Estado, para o adaptar a asilo; 19 julho - grande incêndio, coloca em perigo a igreja; 1868 - a igreja encerra ao culto; 1871, 10 outubro - provável falecimento da última professa; projeto de remodelação do conjunto para o transformar no asilo D. Maria Pia, dirigido por José Maria Nepomuceno; como cláusula, que a igreja e dependências imediatas fossem destinadas a um museu, onde fossem expostas as obras que integravam o espólio do mosteiro; as capelas em redor do claustro grande foram desativadas; alteração da entrada para a tribuna régia, que passou a ser direta; o claustro pequeno foi regularizado, sendo os arcos redistribuídos; as paredes foram revestidas com azulejos reaproveitados de outros imóveis *6 e as abóbadas refeitas com decoração em estuque; substituição do portal, optando-se por uma réplica do primitivo, a partir do quadro das "Relíquias de Santa Auta *7, com construção de uma nova escadaria, a que se aplicou um gradeamento de ferro; supressão das pilastras da fachada, que mostrava a divisão do espaço interno; feitura de janelas de perfil neomanuelino; feitura da platibanda e gárgulas zoomórficas; ampliação da torre sineira e remoção dos medalhões cerâmicos dos Della Robbia; 1882 - o presépio estaria desmontado, surgindo algumas figuras presentes na Exposição de Arte Ornamental, referidas no catálogo como sendo da autoria de Machado de Castro; 1893 - o prior Gomes de Brito descreve a sacristia como zona de "entulho"; 1895 - morte do arquiteto, ficando as obras a cargo de Liberato Teles; apeamento dos altares colaterais, dedicados à Madre de Deus (Evangelho) e Reis Magos (Epístola); demolição da parede fundeira da nave, ligando a igreja ao espaço de clausura; 1896 - execução de dois painéis de azulejo para a parede fundeira, por Pereira Cão, que recuperou alguns azulejos; 1899 - conclusão das obras; 1916 - algumas dependências do convento eram supervisionadas pelo Museu Nacional de Arte Antiga; 1933, 21 junho - parecer positivo quanto à cedência do guarda-vento para a Igreja Paroquial do Lumiar; 1940 - cedência de quatro pilastras e uma banqueta para o altar, duas credencias pequenas, quatro molduras para quadro e um quadro a óleo, representando a Virgem, para o Seminário de Beja, arrecadados no Convento, mas, provavelmente, trazidos do demolido Convento de Santa Ana; equaciona-se a hipótese de transportar o teto mudéjar da Madre de Deus para o Palácio de Sintra, o que não se verificou; 1943 - a Igreja é devolvida ao culto; 1946 - transporte do relógio para a Sé de Miranda do Douro; 6 Agosto - aprovação do projeto de adaptação de parte do convento a residência do prior; 1947 - um incêndio nas dependências do Asilo D. Maria Pia levou à ocupação das salas contíguas ao coro para a realização de aulas; 1954, julho - pedido de Artur Semedo para filmar cenas do filme "O dinheiro dos pobres", na igreja, o que foi concedido; 1956 - a DGEMN coloca dois plintos em mármore no arco cruzeiro, para sustentar as imagens do Sagrado Coração de Jesus e de Nossa Senhora de Fátima; 1957 - concessão da ala O. do claustro ao Museu Nacional de Arte Antiga; 1957 - 1958 - obras de vulto, executadas com a participação financeira da Fundação Calouste Gulbenkian, para receber uma exposição dentro do programa das Comemorações do V Centenário do Nascimento da Rainha D. Leonor; elaboração do projeto de percurso museológico do novo museu, da autoria do arquiteto Francisco Conceição Silva *8; 1961 - é definido que os elementos azulejares depositados no Museu Nacional de Arte Antiga e no Convento das Trinas transitem para o claustro do edifício; 1962 - é nomeada Maria José Mendonça, conservadora mais antiga do Museu Nacional de Arte Antiga, para chefiar o novo núcleo; 1963 - vinda de painel de azulejos com "SãoJoão Baptista a pregar", proveniente do Mosteiro da Batalha; 1965 - fundação do Museu do Azulejo, como secção do Museu Nacional de Arte Antiga, tendo como diretor João Miguel Santos Simões; a instalação foi financiada pela Fundação Calouste Gulbenkian; 1969 - está instalado no primeiro piso que dá para a ala E. do claustro, a obra Pão de Santo António, e no pátio uma oficina de bate-chapa e pintura de automóveis, criada pela Casa Pia, que inviabilizava que a entrada do Museu se procedesse por outro local, que não pela igreja; 28 fevereiro - um sismo provoca alguns danos na igreja, com a queda de vários pináculos; 1970 - decide-se executar obras para isolar a área da Sopa de Santo António, permitindo o acesso ao museu pelo pátio da antiga portaria; 1977 - o padre solicita a instalação de um sistema sonoro, que permita o acompanhamento das celebrações litúrgicas por todos os fiéis; 1980, 26 setembro - pelo decreto 404/80 é criado o Museu Nacional do Azulejo; 1983 - obras realizadas no âmbito da XVII Exposição de Arte, Ciência e Cultura, que truncaram alguns espaços, nomeadamente a antiga Casa do Presépio, da autoria do arquiteto Sebastião Formosinho Sanchez; realização da Exposição; 1985 - regresso do presépio ao edifício; 1991, 09 agosto - o museu é afeto ao Instituto Português de Museus, Decreto-Lei n.º 278/91, DR, 1.ª série-A; 2007, 29 março - o imóvel é afeto ao Instituto dos Museus e Conservação, I.P. pelo Decreto-Lei n.º 97/2007, DR, 1.ª série, n.º 63. |
Dados Técnicos
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Estruturas autoportantes e mistas. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria rebocada e pintada, em cantaria calcária e betão; cornijas, platibandas, cruzes, contrafortes, pilastras, colunas, modinaturas, plintos, pavimentos, altares em cantaria de calcário; mesa da sacristia em mármore; portas, caixilharias, pavimentos, cadeiral, arcaz, tectos e guardas de madeira; retábulos e relicários em talha dourada e policroma; pintura sobre tábua e tela; revestimentos de azulejo tradicional e industrial; janelas com vidros simples; coberturas em telha. |
Bibliografia
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AAVV, Igreja da Madre de Deus: história, conservação e restauro, IPM, 2002; AAVV, O Presépio da Madre de Deus, Lisboa, IPM, 2003; ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Porto, 1988; Altas da Carta Topográfica da cidade de Lisboa sob a direcção de Filipe Folque: 1856 - 1858. Lisboa: Arquivo Municipal de Lisboa, s.d.; BORGES, Nelson Correia, A Escultura e a talha in História da Arte em Portugal, vol. 9, Lisboa, 1987, pp. 41 - 63; CAEIRO, Baltazar Matos, Os Conventos de lisboa, Porto, 1989; FERREIRA, Sílvia Maria Cabrita Nogueira Amaral da Silva, A Talha Barroca de Lisboa (1670-1720). Os Artistas e as Obras, Lisboa, Dissertação de Doutoramento em História da Arte apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa, 2009, 3 vols.; MACHADO, José Alberto Gomes, André Gonçalves - pintura do Barroco português, Lisboa, Editorial Estampa, 1995; MECO, José, Azulejaria Portuguesa, Lisboa, 1985; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1956, Lisboa, 1957; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos anos de 1957 e 1958, 1º Volume, Lisboa, 1959; Monumentos, n.º 13, Lisboa, DGEMN, 2000; Notícia da Fundação do Convento Madre Deus..., 1639; PAIS, Alexandre Manuel Nobre da Silva, Presépios Portugueses Monumentais do século XVIII em Terracota [dissertação de Mestrado na Universidade Nova de Lisboa], Lisboa, 1998; PEREIRA, Luiz Gonzaga, Monumentos Sacros de Lisboa em 1833, Lisboa, 1927; SANTANA, Francisco, SUCENA, Eduardo, Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994; SANTIAGO, Frei Rodrigo de, Memorial da Santa Província dos Algarves da ordem Seráfica, tomo 1, 1616; SERRÃO, Vítor, História da Arte em Portugal - o Barroco, Barcarena, Editorial Presença, 2003; SILVA, Ana Paula Noé da, O Retábulo de Santa Auta (Dissertação do Curso de Especialização e Museologia e Património) Lisboa, 1990; SMITH, Robert C., A talha em Portugal, Lisboa, 1963; TELLES, Liberato, Mosteiro e Igreja da Madre de Deus, Lisboa, 1899; VITERBO, Sousa, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portuguezes ou a serviço de Portugal, Lisboa, Imprensa Nacional, 1904, vol. III. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRMLisboa; AHMOP (plantas, alçados e cortes por José Maria Nepomuceno, 1871) |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRMLisboa |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRMLisboa, DGEMN/DSARH; DGA/TT: Corpo Cronológico, Parte I, maço 10, doc. 116; maço 13, doc. 22; maço 87, doc. 37, Cartas missivas, maço 2, doc. 323. |
Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: 1693 - conserto dos telhados; 1771 - conserto das credencias da capela-mor e respectivo douramento; 1760 - estofado das imagens de São João Evangelista e São João Baptista; 1782 - arranjo da porta de acesso ao trono; 1788 - encarnar a Senhora e o Menino dos Santos Reis; 1790 - consertar e encarnar a imagem de São Miguel; 1797 - pratear o degrau da banqueta do altar dos Reis; 1871 - 1899 - restauro das pinturas, umas no local outras transferidas; restauro da talha, pelo entalhador Guilherme Marques e douramento por João Cardoso; DGEMN: 1930 / 1931 - tratamento de caixilhos, com pintura e colocação de vidros em falta; colocação de vidros belgas no zimbório da capela-mor; restauro do coro-alto, com o conserto do parquet, colocação de vigas de ferro, conserto da talha dourada e de um relicário do coro, conserto e enceramento do cadeiral; douramento dos relicários; descolar, restaurar e recolocar as telas das paredes e do tecto do coro; conservação das coberturas e dos elementos de drenagem das águas pluviais; 1934 / 1935 - diversos trabalhos de restauro na igreja, nomeadamente da talha da nave e altar-mor; restauro do pavimento do coro e capela de acesso; restauro dos vãos da escada que vai para o claustro superior e dos da sacristia; limpeza das paredes e tratamento das cimalhas do mesmo espaço; tratamento das caixilharias; 1942 - restauro da talha da nave e capela-mor; restauro do pavimento em lajeado, na sacristia, capela, sala de D. Manuel e claustro de D. João III; construção de abobadilha de tijolo e ferro no claustro; reparação de caixilharias e portas, com as respectivas ferragens; 1943 - reparação dos telhados com substituição de rufos e caleiras; substituição dos lanternins por telhas de vidro; arranjo das janelas deterioradas; 1944 - obras na casa do reitor, com execução de umas instalações sanitárias e condução de água para as mesmas, e assentamento de um lavatório; 1945 - remoção das grades da portaria e tratamento dos degraus; restauro das paredes e coberturas de algumas salas; apeamento de gradeamentos e pilares de cantaria da porta principal; reparação geral da talha; cobertura do 2.º piso do claustro D. João III com abóbada de tijolo; colocação de tijolo no terraço a construir no claustro; obras na igreja e Capela de Santo António, com levantamento e substituição do pavimento, feito em cantaria e restauro da talha; restauro de painéis de azulejo; restauro da talha do coro-alto e capela-mor; substituição de caixilharias e portas e respectiva pintura; 1946 - intervenção no coro-baixo, com reconstrução da parede de tijolo, incluindo vigas e reposição do azulejo, construção do pavimento em tijolo de Alcobaça, com guia de cantaria, colocação de três vigas no tecto e restauro da respectiva pintura, por Armando Soares; assentamento de bancos com pés de cantaria e tampo de madeira; abertura de um vão para armário, com prateleiras de pinho; abertura de uma porta de passagem do museu para a Capela de Santo António; abertura de uma porta de passagem do claustro para a residência do Reitor; obras de conservação numa ala do claustro; 1947 - obra na igreja, com colocação de mosaico hidráulico no pavimento e de azulejo branco; adaptação de uma zona a casa do prior, com conclusão da feitura da escada e respectivo corrimão, feitura de pavimento em soalho e tectos de estafe; separação da zona do convento do asilo da Casa Pia; 1950 - tratamento de caixilhos e colocação de vidros e redes na igreja; reparação da instalação eléctrica; 1951 - obras na residência do reitor, com reboco e caiação de paredes, colocação de uma porta envidraçada, reparação de caixilhos e vãos e colocação de portas; remodelação da instalação eléctrica; restauro da torre sineira; 1952 - obras na residência do Reitor da Igreja, com instalação eléctrica, verificação das canalizações, tratamento de rebocos, reparação de caixilhos e portas; conserto dos pavimentos e reparações na torre sineira, para proteger os sinos das águas pluviais; 1953 - obras na igreja e claustro manuelino, com conservação de telhados e sistemas de drenagem, tratamento de rebocos e pintura de caixilharias; consolidação da platibanda; reparação da balaustrada e reparação da talha; reparação do pavimento de betonilha; alteração dos degraus da escada exterior; completar painéis de azulejo decorativo; restauro da sacristia; 1954 - arranjo do claustro de D. João III, com tratamento de caixilharias, portas e ferragens, tratamento de rebocos, demolição e reconstrução da platibanda; assentamento de um portão de ferro; beneficiação da instalação eléctrica; reconstrução de uma sala destinada a Museu, onde se colocaram tábuas pintadas do séc. 16; arranjo da talha dourada da igreja; 1954 / 1955 - obras de recuperação da igreja; levantamento do pavimento de mosaico e colocação de lajeado na sacristia; reparação do chafariz do claustro; avivamento da inscrição na lápide sepulcral da entrada do claustro; arranjo da talha dourada da igreja; 1956 - restauro e douramento do altar da sacristia e instalação eléctrica na mesma; execução de uma credencia segundo modelo a fornecer; execução de escada de madeira para a tribuna; assentamento de plintos de mármore na igreja, para sustentar imaginária; execução de gárgulas de cantaria para os arcos do claustro; pintura de portas e caixilhos; colocação de vidros, incluindo no lanternim; reparação de telhados e da porta na torre S., junto aos sinos; 1957 - consolidação da mesa da sacristia; reparação da instalação eléctrica; remoção do azulejo das paredes do claustro e respectivo encaixotamento, para permitir a reconstrução de uma ala da Casa Pia; projecto para cobrir o segundo piso do claustro; 1957 / 1958 - obras no claustro de D. Leonor, com reparação dos telhados e pavimentos, arranjo de molduras de talha e substituição de azulejos em mau estado; ajardinamento do claustro, com colocação de um quadrado em calçada à portuguesa, colocação de saibro e feitura de quatro canteiros de buxo, arbustos e roseiras *9; fornecimento de ramal de água; restauro das pinturas; 1958 / 1959 - remoção dos fios telefónicos que atravessavam o claustro; reparação geral das fachadas; arranjo do Claustro de D. João III, com feitura de forros de madeira e respectiva pintura, construção de canal em betão armado para as águas pluviais, canalização de água, tratamento de rebocos e pinturas, caixilharias e portas, colocação de pavimento em ladrilho cerâmico e em lajeado nas escadas; instalação de bocas de rega no claustro e construção de valetas; fornecimento de lanternas para os claustros; restauro dos azulejos do claustrim com fornecimento de painéis para os vãos a tapar; arranjo da igreja, com restauro e consolidação de talha dourada, com colocação de elementos em falta, fornecimento de caixilhos e vidro, pintura de paredes, tectos (incluindo abóbadas) e portas e enceramento de pavimentos na tribuna e Capela de Santo António; pintura artística de tectos, tomando como modelo a Capela anterior; restauro dos azulejos do claustro, da igreja, da Sala de D. Manuel e da Capela de D. Leonor pela Fábrica Sant'Ana; fornecimento de bancos para a igreja, com projecto de alteração dos existentes e de genuflexórios; limpeza da torre e do azulejo que reveste a agulha; modificação da escada do coro-baixo para a igreja e remoção da grade; colocação de padieira na janela da sacristia; modificação do vão que dá para o claustro, no coro-baixo, com remoção do azulejo; arranjo da fachada nascente, com picagem e tratamento de rebocos, de caixilhos, de colocação de alvenaria e pilastras de cantaria; reparação do portão existente; restauro da talha dourada da Capela de Santo António; fornecer e assentar lajeado de cantaria; substituição de portas envidraçadas por pinázios almofadados; arranjo da escada de acesso ao trono; reparação da instalação eléctrica; 1959 - restauro da talha dourada na sacristia, no coro e sala anexa, com reparação do parquet; restauro do cadeiral; restauro da pintura da sacristia, mesa e portas; instalação eléctrica e iluminação da igreja; assentamento de ladrilhos de cantaria na escada principal; assentamento de cantaria em molduras, ombreiras e pavimentos; tratamento de caixilhos, portas e colocação de vidros na ala N.; assentar tectos e abóbada de fasquiado nos anexos da igreja; arranjo de uma agulha em cantaria na sacristia; desmontagem da clarabóia em zinco existente na escada da entrada de serviço; obras no claustro de D. João III, com desmontagem da rosácea e colocação de cantaria no vão; desmontagem de gárgulas no fecho dos arcos e colocação nos gigantes laterais, demolição e construção em betão armado de cortina em volta do claustro; 1960 - reparação de bocas de incêndio; fornecimento de taipais de ferro para as portas; reparação geral das instalações sanitárias e ligação à rede de esgotos; alteração dos óculos existentes; colocação de painéis de azulejo nas paredes; pintura das grades dos portões; fornecimento de genuflexório e bancos para a igreja; assentamento de molas no guarda-vento; consolidação dos pavimentos de madeira na sala de catequese; tratamento de rebocos e pinturas no corredor da sacristia e sala mudéjar; reparação geral de telhados; adaptação de uma dependência junto à tribuna para casa forte; douramento da talha da tribuna, sacristia e igreja; beneficiação da drenagem das águas pluviais no claustro; 1961 - reparação de circuitos de iluminação e tomadas; 1962 - diversas obras interiores e reparação dos telhados, com arranjo do escoamento das águas pluviais; aquisição de bancos para a igreja; assentamento de cofres metálicos para esmolas; assentamento de azulejos artísticos; picagem e colocação de estuque nos tectos das salas da Confraria; consolidação da balaustrada E.; colocação de torneira no lavabo da sacristia; 1962 / 1963 - reparação da instalação eléctrica; 1963 - arranjo de uma sala no terceiro piso, anexa ao claustro, com rebocos e caiações; fornecimento e assentamento de portas de madeira exótica, de cantarias em ombreiras, soleiras e vergas; demolição de alvenarias para abrir uma porta exterior; reparação do colector, com levantamento do jardim do claustro e reposição dos canteiros; abertura de roços para escoamento de águas pluviais no claustro pequeno; fornecimento de soalho de madeira; obras na casa do Reitor e instalação da Casa Mortuária; 1964 - levantamento de pavimento em tijoleira, para colocar azulejo antigo; reparação de rebocos nos corredores e claustros; fornecimento e assentamento de porta de madeira exótica no exterior; arranjo das instalações sanitárias, instalação eléctrica; assentamento de vigas no pavimento da sala anexa ao sub-coro; libertação da Sala de D. Manuel para o Museu, com feitura de acesso directo a partir da via pública; reparação da instalação eléctrica; 1965 - arranjo do pavimento de uma sala no terceiro pavimento, anexo ao claustro; 1969 - reforma das cantarias dos pináculos em mau estado; limpeza de algerozes e gárgulas; consolidação e reparação das coberturas; 1970 - colocação de um contador de água; arranjo e substituição das bocas de incêndio; 1971 - instalação de contadores de energia eléctrica; 1972 - obras na casa do guarda, situada sob a sacristia; iluminação do interior da igreja; 1975 - construção de novas coberturas em material incombustível; conservação da instalação eléctrica e criação de sistema de aquecimento na casa mortuária; 1975 / 1976 - colocação de sistema automático de detecção e alarme de incêndios; 1976 - reparação da instalação eléctrica; 1976 / 1977 / 1978 - conservação da cobertura sobre a capela-mor, com colocação de isolamento em lã de vidro de basalto, forrada a alumínio; colocação de grades nas janelas e assentamento de uma porta metálica; 1979 / 1980 - tratamento de rebocos e pinturas exteriores e de algumas salas interiores, devido a infiltrações, ocasionadas pelos alunos do asilo que trepavam para os telhados, levando à colocação de uma estrutura que o impedisse; restauro das coberturas e dos elementos de queda das águas pluviais; pintura das redes metálicas; limpeza e pintura das portas de madeira; reparação de caixilharias; consolidação da platibanda; reparação do pavimento da igreja; beneficiação da instalação eléctrica; fornecimento de manilhas para ligar à rede de esgoto geral; construção de um dreno no claustro pequeno, para evitar infiltrações na Capela de D. Leonor; 1980 / 1981 / 1982 - ampliação das instalações do Museu do Azulejo para O., numa área cedida pela Casa Pia, nos 2.º e 3.º pisos, com construção de escadas no topo da Capela de Santo António e telhados no anexo; demolição do pavimento e cobertura da sala do presépio; apeamento da rosácea na ala O. do claustro *10; reparação da instalação eléctrica; obra no reboco da sacristia com arcos de reforço em tijolo nas paredes, revelando outro tipo de vãos, também na capela-mor; 1982 - fornecimento de painéis móveis para exposição de azulejos, de duas portas e de bancadas de trabalho; instalação de uma estufa de secagem; 1983 - feitura de uma chaminé na residência do reitor; fornecimento de lanternas de metal; instalação de um bar - cafetaria; - beneficiação da central de ar condicionado; EDP: 1984 - instalação de média tensão no edifício, paga pela Comissão da XVII Exposição de Arte Ciência e Cultura; DGEMN: 1985 - beneficiação da central do ar condicionado; obras de beneficiação no depósito de azulejos; beneficiação da instalação eléctrica, passando pelos tectos falsos e alteração da iluminação; assentamento de um guarda-vento e porta para a entrada do Museu; demolição e reconstrução da parede que envolve o ascensor e construção de estrutura em alvenaria no 3.º piso para casa das máquinas; construção de parede no auditório do primeiro piso; DGEMN / IPPC: 1986 - remodelação da instalação eléctrica; DGEMN: 1986 - obras diversas de construção civil, com fornecimento de vidros e portas, reboco das platibandas; reconstrução dos telhados do claustrim; demolição da trapeira; 1987 - instalação de tratamento de ar na zona de serviços e do bar; instalação de sistema de incêndios e anti-intrusão; remodelação da instalação eléctrica no Museu; 1988 - beneficiação da instalação eléctrica - trabalhos complementares; IPM / IPCR: 1999 / 2000 / 2001 - restauro total da igreja com o arranjo das coberturas e tratamento das caleiras; substituição de caixilhos dos vãos e colocação de telas de enrolamento; reforma da iluminação da igreja; restauro das pinturas com fixação da camada cromática, limpeza e preenchimento de lacunas; restauro da talha da capela-mor e da nave, com limpeza de poeiras e sujidades, fixação da folha de ouro e integrações pontuais; douramento de alguns frisos; fixação de elementos; desinfestação; restauro da escultura; restauro do azulejo com o levantamento de alguns, cujas argamassas estavam fragilizadas; processo de dessalinização; limpeza dos azulejos; execução de fragmentos para preenchimento de lacunas; preenchimento de falhas de vidrado. MNA: 2002 - restauro de 48 peças pertencentes ao antigo presépio da Madre de Deus, com o objectivo de o remontar, sendo a Sagrada Família restaurada no MNAA, ao qual pertence, financiado pelo grupo EDIFER; 2003 - projecto de Andreia Galvão para expor o presépio. |
Observações
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*1 - o portal tinha as escadas protegidas por grades metálicas, com dois pilares oitavados em cantaria, rematados por friso boleado, onde assenta esfera armilar, tendo portão central; em fotografias de 1953 já não existe. *2 - o espaço era fechado por uma teia com balaústres de embutidos de calcário, ornados por elementos vegetalistas e capitel jónico, e madeira torneada com marchetados, certamente de pau-santo. *3 - esta taça era a parte superior do chafariz que centra o claustro principal e à qual falta o remate em pináculo ornado por elementos torsos. *4 - o retábulo-mor teria várias pinturas, representando as Sete Dores da Virgem, composto por uma grande tela de Nossa Senhora das Dores e sete painéis mais pequenos, cinco no Museu Nacional de Arte Antiga e dois em museus estrangeiros (Worcester Art Museum e Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro). * 5 - era um conjunto de oito pinturas, duas de grandes dimensões e com temática franciscana e mariana, os quais estavam no coro-alto antes de darem entrada no Museu Nacional de Arte Antiga. *6 - a colecção é proveniente de vários locais, de Lisboa: sendo o azulejo do clustrim vem do convento de Santa Ana, Convento das Albertas, Convento de Nossa Senhora da Esperança, Convento de Santo António da Convalescença, Convento de São Bento, Igreja de Santo André, Paço da Alcáçova, Palácio da Rua dos Corvos, Palácio da Praia, em Belém, Palácio dos Condes de Tentúgal, Palácio Galvão Mexia, Palácio Melo, Palácio dos Marqueses de Nisa, Padaria Independente; dos arredores de Lisboa, do Palácio da Vila de Sintra, Convento de Odivelas, Quinta do Chapeleiro, na Póvoa de Santo Adrião, Quinta de Santo António da Cadriceira, em Torres Vedras e Palácio da Bacalhoa; de Beja, do Antigo Palácio dos Infantes, do Convento da Conceição; de Évora, do Convento de Santa Clara; do Paço Ducal de Vila Viçosa e do Convento de Santa Mónica, em Goa; surgem, ainda, várias doações particulares, de autor, de fábricas e depósito de peças do Museu de Arqueologia. *7 - Um desenho do séc. 18, embora simplificado, mostra-nos a fachada principal, com o pano da nave rasgado por portal em arco de volta perfeita, flanqueado por colunas, que sustentam arquitrave e tabela horizontal; possui três janelas. No coro-alto, duas janelas e, na capela-mor um janelão e uma luneta. Sacristia com janela quadrangular, encimada por janela de sacada, mostrando uma estrutura maneirista. *8 - O percurso museológico iniciava-se pela igreja, com a visita da mesma, sacristia e coro-baixo, passando-se ao Claustro de D. João III, visitando-se a Capela de D. Leonor, prosseguindo pela ala nascente até umas escadas, com azulejo, que leva ao segundo piso do claustro, com a visita em sentido contrário ao do primeiro, ingressando-se na Sala de Santo António e coro-alto, a parte superior do claustro de D. Leonor, saindo-se pelas escadas. *9 - várias fotografias das décadas de 30 e 40 mostram que o claustro tinha vários canteiros sinuosos e duas palmeiras. *10 - a rosácea apeada do claustro tinha uma cruz de Cristo, de feitura oitocentista ou do início do séc. 20. |
Autor e Data
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Paula Noé 1990 / 1996 |
Actualização
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