Jardim Botânico da Ajuda
| IPA.00009867 |
Portugal, Lisboa, Lisboa, Ajuda |
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Espaço verde científico / Espaço verde de recreio. Jardim Botânico de caracterização estilística resultante da conjugação de vários estilos e épocas sobressaindo a linha renascentista italiana com influências barrocas, islâmicas e neoclássicas. Constituído por vegetação ornamental disposta no sentido de criar ambientes agradáveis e acompanha de elementos construídos, como bancos, canteiros, estátuas e peças de água. Permite a perceção dos limites exteriores na maior parte da sua extensão. Nele se estabeleceram coleções de plantas vivas originárias de várias regiões do mundo para estudo e adaptação sendo identificadas as plantas com o nome científico e outras características, através de etiquetagem. O tabuleiro inferior insere-se na linha francesa de influência italiana iniciada em França no séc. XVI com os jardins de Saint-Germain-en-Laye. O jardim enclausurado transparece a influência islâmica, utilizada em Espanha na mesma altura, como é o caso dos jardins do Alcazar de Sevilha. As componentes arquitetónicas como a fonte central são notoriamente barrocas. A atribuição da autoria de elementos construídos ao Arq. Caetano de Sousa é reforçada pela semelhança entre o traço destes e o traço dos que se encontram noutras obras da sua autoria. É o caso da escadaria central e a da Capela da Bemposta ou o da balaustrada entre tabuleiros e a da biblioteca do Convento de Mafra. O Jardim Botânico da Ajuda assume uma importância singular transversal a todas as suas formas de fruição. Associada à sua atual função recreativa, apresenta-se como um local de grande beleza, frescura e tranquilidade que ultrapassa a sua vivência intramuros através do cenário que oferece e que o complementa. A nível cultural é marcado por uma grande carga histórica estando enraizado na história da cidade, do país e além deste. Este foi o primeiro jardim botânico português e o décimo quinta da Europa. A nível científico, o Jardim Botânico da Ajuda assume um importante valor documental com informação reunida ao longo dos anos e promove a conservação e utilização sustentável do património genético exótico mas também de plantas endémicas em vias de extinção. |
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Número IPA Antigo: PT031106010611 |
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Registo visualizado 2783 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Espaço verde Jardim Jardim botânico
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Descrição
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Jardim de planta aproximadamente retangular, constituído por dois terraços retangulares cuja diferença de cotas (6.8m) é vencida por um muro de cantaria e balaustrada, limitado por muro rasgado por três portões, dois dos quias dão acesso ao jardim, um a E. e outro a O. Junto ao portão E., entrada principal do jardim, localizam-se dois LAGOS de estilo barroco em forma de concha com pequenas esculturas semelhantes a dragões, e um CHALÉ de pequenas dimensões e com grande simplicidade que serve de apoio ao visitante. O TERRAÇO SUPERIOR é constituído por um sistema de canteiros em lancil de calcário, que definem caminhos de saibro ao longo dos quais se dispõem bancos de pedra. Estes canteiros albergam a coleção botânica disposta no sentido E.- O. por oito áreas geográficas: África, Região Mediterrânica, Américas do Norte e Central, Ásia, Europa Central e Atlântica, Região Macaronésica, Austrália e Nova Zelândia e América do Sul. Pelo seu porte e antiguidade destacam-se ainda neste terraço um dragoeiro (Dracaena draco), um til (Octoa foetens), uma schotia (Schotia afra) e um ficus (Ficus macrophylla). Neste terraço existem três LAGOS, um centrado com a escadaria que acede ao terraço inferior e outros dois próximos dos limites E. e O., equidistantes do primeiro. O LAGO CENTRAL é constituído por tanque de planta elipsoidal recortada, boleado no exterior, com corpo central composto por base, quatro balaústres e quatro figuras animalistas. Ocupa uma área de 128,61m2 e é construído em calcário, lioz. Os LAGOS LATERAIS são constituídos por tanque de planta circular com paredes boleadas no exterior e corpo central com peça ornamental. Cada um ocupa uma área de 26,42m2 sendo construídos também em lioz. Junto ao limite N. deste terraço estão alinhadas quatro ESTUFAS, de O. para E., a dos Pássaros, a das Orquídeas, a de D. Luís e a das Avencas. A Estufa dos Pássaros, é denominada Estufa Real desde a sua transformação em restaurante / bar / esplanada. Desenvolve-se em dois pisos, um superior de serviço com acesso direto a partir da Calçada do Galvão e outro inferior de acesso ao restaurante. A O. da estufa real existe um ANFITEATRO de traçado contemporâneo que articula o restaurante e o jardim tendo como palco a esplanada do restaurante. O eixo principal deste anfiteatro é marcado por cascata que tem início, no seu topo, em pequeno jato de água que borbulha a partir de uma superfície de pedra convexa e culmina em mesa elipsoidal de pedra existente na esplanada. De cada lado do anfiteatro existe uma bela-sombra (Phytolacca dioica) cujo tronco tem quase dois metros de diâmetro. A balaustrada que separa os terraços é interrompida ao centro por ESCADARIA em cinco lances que acede ao TERRAÇO INFERIOR. Este é delimitado por dois caminhos laterais em calçada de calcário, a E. e O., onde se encontram outras duas escadarias, uma junto à entrada E. do jardim e outra que dá aceso ao bosquete, a O. sendo cada uma constituída por treze degraus subdivididos por um patamar. O TERRAÇO INFERIOR é estruturado por dois eixos centrais, um eixo N. - S. enquadrado pela escadaria principal e um eixo E. - O. que liga as duas escadarias laterais. O seu centro é marcado pela FONTE DAS 40 BICAS, um lago constituído por tanque de planta elipsoidal recortada, boleado no exterior, com um corpo central de grandes dimensões decorado com diversas figuras animalistas, ocupando 146,24m2. No seu interior encontram diversas plantas aquáticas como sombrinhas (Cyperus alternifolius), tábua-estreita (Typha angustifolia) e lírios (Iris sp.). Esta é enquadrada a N. e S. por quatro canteiros de buxo topiado em forma trapezoidal, centrados por um quinto de forma circular. O jardim desenvolve-se simetricamente em relaçao eixo N. - S., em duas áreas de forma quadrangular divididas pelas diagonais e perpendiculares. Dentro destas e igualmente divididos, insere-se um losango que por sua vez tem no seu interior um círculo, cujo centro é marcado por um LAGO de planta circular com paredes boleadas e corpo central com peça ornamentada, ocupando 67,17m2. Estas configurações geométricas definem as formas do buxo topiado e os caminhos em saibro que são pontuados por bancos de pedra. Entre os canteiros de buxo destacam-se exemplares de figueira-da-índia (Ficus benjamina), araucária-da-baía-de-Moreton (Araucaria cunninghamii) e araucária-da-Queenslândia (Araucaria bidwillii). No muro que o limita a S., encontra-se um portão constituído por pilastras, entablamento e frontão curvo que suporta dois bustos sobre dois pedestais. A O. do patamar inferior situa-se o BOSQUETE com espécies como a alfarrobeira (Ceratonia síliqua), cipreste-do-Buçaco (Cupressus lusitanica), espinheiro-da-Virgínia (Gleditsia triacanthus), eucalipto (Eucaliptus sp.) e freixo (Fraxinus angustifólia), em mau estado de conservação, onde se encontra um lago simples de forma circular e uma fonte com tanque semicircular e bica em forma de cabeça de peixe. O lago mede 12.85m2 e o tanque, 4.37m2. Na extremidade S. do caminho O. encontra-se o VIVEIRO DAS NAUS. A N. do chalé encontra-se o JARDIM DOS AROMAS, em patamar rebaixado acessível por escadas a E., constituído por três canteiros sobrelevados, separados por caminhos, dois centrais e um periférico, onde as plantas são identificadas por placas metálicas com a sua designação também em braile, o que o alarga o seu âmbito didático a visitantes invisuais. Aqui encontram-se exemplares de alfazema (Lavandula dentata e Lavandula angustifolia), alfazema-de-folha-recortada (Lavandula multifida), chá-de-Principe (Cymbopogon citratus), carvalhinha (Teucrium Chamaedrys), hortelã-comum (Mentha x rotundifólia), hortelã-verde-dos-Açores (Mentha spicata), lúcia-lima (Aloysia citrodora), mentastro (Mentha suaveolens), oregão-vulgar (Origanum vulgae), salva-das-farmácias (Salvia officinalis), santolina-verde (Santolina virens), tomilho-vulgar (Thymus vulgaris), violeta-de-cheiro (Viola odorata) e trepadeiras como o jasmineiro-do-Cabo (Tecoma capensis), jasmineiro-do-monte (Jasminum fruticans), madressilva (Lonocera periclymenum) entre outras. |
Acessos
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Calçada da Ajuda; Calçada do Galvão |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 33 587, DG, 1.ª série, n.º 63 de 27 março 1944 / ZEP, Portaria, DG, 2.ª série, n.º 253 de 29 outubro 1959 *1 |
Enquadramento
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Situado na encosta S. da Serra de Monsanto, assente em formações geológicas do cretácico, do complexo vulcânico de Lisboa, assente sobre as formações de alcântara, substrato calcário cristalizado. Esta zona de contacto basalto - calcário proporciona, para além de solos férteis e profundos, a abundância de água que aflora em múltiplas nascentes. O solo é argiloso e muito fértil. Zona com declives dos 8 aos 15% entre a cota 70 e 85. Tem a E. a Calçada da Ajuda, a S. a Rua do Jardim Botânico O. a Calçada do Galvão. A N. é adossado ao Paço Velho (v. IPA.00023333) que o abriga dos ventos dominantes. O jardim botânico da Ajuda relaciona-se com a presença da realeza nesta zona da cidade principalmente com a residência real no Palácio Nacional da Ajuda (v. IPA.00004722) e com a Tapada da Ajuda (v.IPA.00023337). O Palácio Nacional da Ajuda apresenta o traçado da sua fachada na continuidade da linha do jardim "por forma a conciliar as duas intervenções e, em breve, criar a unidade palácio/jardim exigida a um palácio real." (in CASTEL-BRANCO, 1999). Exposição a S. com vista para o estuário do Tejo e a outra margem*2. Para O. a vista é limitada pelas construções a S. do cemitério da Ajuda. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Científica: jardim botânico |
Utilização Actual
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Científica: jardim botânico / Recreativa: jardim |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Instituto Superior de Agronomia |
Época Construção
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Séc. 18 / 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETO: Manuel Caetano de Sousa; António Cordeiro. ARQUITETOS PAISAGISTAS: Francisco Caldeira Cabral (1941); Cristina Castel-Branco (1994). JARDINEIRO PAISAGISTA: Domingos Vandelli (1768); Julio Mattiaze (1768). |
Cronologia
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1768 - Miguel Franzini, professor dos netos de D. José I é nomeado para cuidar da implantação de um jardim botânico na antiga Quinta de Cima; Franzini convida Domingos Vandelli para delinear o jardim; Vandelli traz consigo de Pádua, Julio Mattiaze para o ajudar e encomenda plantas e sementes de outros jardins botânicos da Europa; Manuel Caetano de Sousa (atrb. modelação do terreno, projeto da escadarias, muro de suporte e balaustrada; Vandelli assume o cargo de primeiro diretor do Jardim Botânico da Ajuda; 1811 - Félix de Avelar Brotero é nomeado diretor do Jardim; 1828 cerca - são construídas duas estufas para plantas exóticas que foram patenteadas ao público em todas as quintas-feiras que não fossem dia santo; 1834 - é nomeado diretor Dr. José de Sá Ferreira e Santos do Valle, por decreto de D. Pedro IV; 1836 - a administração do jardim botânico passa para a Academia das Ciências; 1838 - o jardim botânico é incorporado na Escola Politécnica; 1840 - é aprovado diretor efetivo do jardim botânico da Ajuda Dr. José Maria Grande, em consequência de ter sido eleito lente da cadeira de Botânica e Princípios de Agricultura, da escola politécnica; o Duque de Palmela, primeiro-ministro, a convite de D. Fernando II, confia o lugar de diretor do jardim botânico a Friedrich Welwittsh, botânico austríaco, que enriquece o jardim com muitas espécies novas; 1848 - Dr. José Maria Grande conclui a identificação das plantas do jardim; 1873 - o jardim botânico passa novamente para o cargo da Casa Real, após a organização do jardim botânico da Faculdade de Ciências; 1874 - o jardim é entregue à administração da Casa Real iniciando um período de declínio; 1910 - o jardim é entregue à tutela do Instituto de Agronomia que se responsabiliza pela sua manutenção; 1915 - o jardim é encerrado devido ao vandalismo de que é alvo; 1918 - reconstituição do terraço inferior pelo Prof. Joaquim Rasteiro; 1934 - o jardim está sob a direção do Prof. André Navarro sendo aplicadas significativas medidas de beneficiação. 1941 - o ciclone afeta toda a parte de investigação botânica do jardim; em consequência o Prof. Francisco Caldeira Cabral recupera o jardim e estabelece o traçado dos canteiros do terraço superior; 1974 - são roubados buxos, estátuas e desapareceram os canteiros onde crescia a Coleção de Botânica; 1975 a 1976 - o jardim é dirigido por uma comissão de gestão constituída por um elemento do Gabinete de Botânica, outro da Secção de Arquitetura Paisagista e outro da Secção de Construções Rurais; 1993 - é apresentada pelo Conselho Diretivo do Instituto Superior de Agronomia a candidatura ao projeto de restauro subsidiado pela União Europeia tendo sido selecionado; 1994 - início das obras de restauro, conforme projeto da arquiteta Cristina Castel-Branco; transformação da estufa real por António Cordeiro; 1995 - estabelece-se um protocolo ao abrigo do Projeto Piloto de Valorização Cultural e Turística dos Jardins Históricos e o Fundo de Turismo atribui ao Instituto Superior de Agronomia um capital para prosseguir o restauro; 1997 - abertura do Jardim Botânico da Ajuda ao público após a realização do projeto de recuperação, sob a coordenação da Professora Cristina Castel-Branco; 1999, Abril - elaboração da Carta de Risco de alguns imóveis pela DGEMN. |
Dados Técnicos
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Entre o acesso da Calçada do Galvão e o acesso à Estufa Real existe uma diferença altimétrica de 2m, aproveitada para construção da zona de serviço. No compartimento central da estufa manteve-se a existente parede de tijolo burro que limitava uma câmara de passagem do ar quente que se produzia em caldeiras subterrâneas para aumentar a temperatura da estufa; A rega é feita por um sistema automático de aspersão e gotejamento, consoante a necessidade da área a regar. Nos canteiros de buxo os aspersores estão escamoteados à superfície tendo um sistema de pressão que os eleva 30 cm acima da superfície durante os tempos de rega. A água utilizada para rega e ornamentação provém de uma mina com entrada no terraço inferior e acumulada em reservatório, 264 m3/dia. Quando esta água não é suficiente recorre-se à água da companhia. A água superficial é recolhida pelo antigo sistema de drenagem que foi recuperado. |
Materiais
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INERTES: pavimento em saibro e calçada de calcário; balaustradas e elementos decorativos em calcário - lioz; bancos em pedra; candeeiros metálicos; papeleiras em madeira; sinalética em PVC e metal. VEGETAIS: árvores - acácia-do-Japão (Sophora japónica), ameixeira-africana (Dovyalis caffra), ameixoeira-de-jardim (Prunus cerasifera pissardii), alfarrobeira (Ceratonia síliqua), araucária-da-baía-de-Moreton (Araucaria cunninghamii), araucária-da-Queenslândia (Araucaria bidwillii), barrileiro (Corynocarpus laevigata), bela-sombra (Phytolacca dioica), castanheiro-da-índia-vermelho (Aesculus x carnea), cica (Cycas revoluta), cipreste-comum (Cupressus sempervirens horizontalis), cipreste-do-Buçaco (Cupressus lusitanica), dombeia (Dombeya x cayeuxii), dragoeiro (Dracena dracco), espinheiro-da-Virgínia (Gleditsia triacanthus), eucalipto (Eucaliptus sp.), ficus (Ficus macrophylla), figueira-da-índia (Ficus benjamina), flor-de-coral (Erythnina coraloides), freixo (Fraxinus angustifólia), ginkgo (Ginkgo biloba), grevilea (Grevillea robusta), jacarandá (Jancaranda mimosifolia), limoeiro (Citrus limon), magnólia (Magnolia grandiflora), mimosa (Albizia julibrissin), olaia (Cercis siliquastrum), palmeira-das-canárias (Phoenix canariensis), palmeira-das-vassouras (Chamaerops humilis), pata-de-elefante (Nolina recurvata), perna-de-moça (Brachychiton populneus), paineira-branca (Chorisia speciosa), pata-de-vaca (Bauhinia variegata), pinheiro-da-terra (Podocarpus mannii), plátano (Platanus sp.), sabina (Tetraclinis articulata), schotia (Schotia afra), teixo (Taxus baccata), til (Ocotea foetens), zelkova (Zelkova serrata); arbustos - agave (Agave americana marginata e Agave atrovirens), agave (Agave striata, Agave attenuata), almofada-de-alfinete (Leucospermum cuneiforme), arália (Fatsia japonica), árvore de Jade (Portulacaria afra), bambú-preto (Phyllostachys nigra), bérberis (Berberis darwinii), brincos-de-princesa (Fuchsia sp.), bruxa-azul-da-noite (Solanum umbelliferum), cerejeira-do-mato (Eugenia involucrata), coriária (Coriaria myrtifolia), dasilírio (Dasilirium serratifolium), encefalartos (Encephalartos ferox, Encephalartos horridus e Encephalartos transvenosus), eufórbia (Euphorbia neriifolia), folhado (Viburnum tinus), háquea (Hakea laurina), hibisco (Hibiscus rosa-sinensis), hortênsia (Hydrangea macrophylla), iocroma (Iochroma coccínea, Iochroma cyaneum), lava-garrafas (Callistemon laevis), loendro (Nerium oleander), lúcia-lima (Aloysia citrodora), malmequer-arbóreo (Montanoa bipinnatifida), mato-branco (Teucrium fruticans), pilriteiro (Crataegus monogyna), pitósporo (Pittosporum tobira), roseira (Rosa sp.), sabugueiro (Sambucus Nigra), salva-das-farmácias (Salvia officinalis), santolina-verde (Santolina virens), yuca-pendula (Yucca gloriosa), zimbro (Juniperus turbinata e Juniperus x media); herbáceas - acanto (Acanthus mollis), agapanto (Agapanthus africanus), aloé (Aloe saponaria, Aloe mitriformis e Aloe arborescens), bromélia-zebrada (Billbergia zebrina), cana-da-Índia (Canna indica), carvalhinha (Teucrium Chamaedrys), conteira (Hedychium gardnerianum), erva saponeira (Saponaria officinalis), erva-cidreira (Melissa officinalis), escorodónia (Teucrium scorodonia), espargo (Asparagus asparagoides, Asparagus densiflorus e Asparagus setaceus), estrelícia (Strelitzia juncea e Strelitzia reginae), festuca (Festuca brigantina), lírio-roxo (Iris germanica), maravilhas (Calendula officinalis), pelargónio (Pelargonium graveolens), ruélia (Ruellia squarrosa), sombrinhas (Cyperus alternifolius), tábua-estreita (Typha angustifolia), tintureira (Phytolacca americana); trepadeiras - buganvília (Bougainvillea sp.), capela-de-são-João (Clematis flammula), costela-de-adão (Monstera deliciosa), hera (Hedera helix). |
Bibliografia
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ALMEIDA, Rui Solano de, A arte de Vandelli, In Arquitectura e Vida, Setembro 2000; CAIXINHAS, L., História dos Jardins Botânicos em Portugal, in Caixinhas, L., (Ed.), Botânica, vol. 2, Círculo de Leitores, Lisboa 1991; CARITA, Helder, CARDOSO, António Homem, Tratado da Grandeza dos Jardins em Portugal, s.l., 1990; CASTEL-BRANCO, Cristina et al, Jardim Botânico da Ajuda, Cristina Castel-Branco, Lisboa, 1999; CHAMBEL, Teresa e SOARES, Ana Luísa, Jardim Botânico da Ajuda, Relatório de Fim de Curso de Arquitetura Paisagista, Instituto Superior de Agronomia, Lisboa. 1994; COUTINHO, A., O Jardim Botânico da Ajuda, Relatório de Fim de Curso de Arquitetura Paisagista, Lisboa, 1948; Guia de recursos educativos de Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 2000; MENDANHA, Victor, Jardim Botânico da Ajuda - Um oásis na cidade, In Correio da Manhã, 15 julho 2001; RESINA, F. D., Jardim Botânico da Ajuda, O comércio da Ajuda, Lisboa, 1932; Salvaguarda do Património Arquitetónico Europeu. Jardins de Valor Histórico. 1993, Atenas, 1994. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; Instituto Superior de Agronomia |
Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA, DGEMN/DSID, Carta de Risco |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco; Instituto Superior de Agronomia |
Intervenção Realizada
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ISA: 1995 / 1996 / 1997 - recuperação do Jardim Botânico: construção de rampas entre os terraços, construção do Jardim dos Aromas, transformação da Estufa Real em restaurante, construção de um anfiteatro em relva, recuperação da coleção botânica no terraço superior em 1100 canteiros de cercadura de pedra com rega automática, restauro do sistema de águas para rega recuperando-se a antiga rede com dois eixos de tanques e fontes, recuperação de pavimentos e reativação das estufas. |
Observações
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*1 - DOF: "Zona circundante do Palácio Nacional da Ajuda a saber: 1) o Jardim das Damas, com o seu mirante e outras obras arquitetónicas, único recinto ao ar livre que terá acesso direto do andar nobre do Palácio; 2) Sala de Física, pavilhão independente, do séc. 18, com obra de pintura, estuques, talha, etc.; 3) torre sineira, do séc. 18; 4) o chamado Paço Velho, ao N. do Jardim Botânico e com a frontaria para a Calçada da Ajuda. Contém quatro interessantes tetos, ricamente decorados, com pinturas e dourados que precisam de restauro; 5) o Jardim Botânico da Ajuda, com casas anexas ao S. (onde morou Brotero) e outra no ângulo SE." *2 - "A situação deste jardim é encantadora; oferece uma linda vista do rio e do mar, e do mesmo modo que o de Paris domina uma parte da cidade (...) é muito interessante para os botânicos, os quais podem fazer ali alguns descobrimentos; porque tudo o que recebem é plantado, e à natureza se deixa o cuidado do posterior desenvolvimento." (LINK, 1798 in COUTINHO, 1948); "No plano superior estão duas grandes estufas que não primam pela elegância de construção, nem pelas belezas de arquitetura. Encerram alguns bons exemplares de árvores dos trópicos; (...) O Plano inferior é cortado de ruas, ensombradas por vasto arvoredo, que também obriga e abriga muitos espaços de terreno, onde se cultivam variadas plantas económicas (...)." (BARBOSA, 1862 in COUTINHO, 1948). |
Autor e Data
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Marta Calçada 2001 / Pereira de Lima 2005 / Mafalda Jácome 2014 (no âmbito da parceria do IHRU / APAP) |
Actualização
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