Casa da Praça / Casa da Capela das Malheiras
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Portugal, Viana do Castelo, Viana do Castelo, União das freguesias de Viana do Castelo (Santa Maria Maior e Monserrate) e Meadela |
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Casa nobre rococó, de planta rectangular irregular, composta por corpo residencial, capela disposta perpendicularmente no extremo direito e corpo da cozinha no oposto. Fachada principal da casa com embasamento de cantaria, pilastras nos cunhais, dois pisos separados por friso, e terminada em duplo friso, cornija e beirado, sendo rasgada regularmente por eixos de vãos sobrepostos, compostos por portais e janelas de peitoril ou apenas janelas, estas com pano de peitoril em cantaria e moldura recortada; o eixo central possui planta convexa, com portal de verga abatida recortada, moldura côncava, sobreposto por espaldar moldurado terminado em cornija contracurvada, e janela de ângulos cortados, moldura recortada, encimada por friso e falso frontão triangular sem retorno, coroado por vasos e brasão, e com pano de peitoril em cantaria de almofadas sobrepostas. Os portais dos extremos possuem modinatura semelhante ao central, as janelas do piso térreo têm verga recta encimada por espaldar côncavo e cornija angular e as do segundo são encimadas por espaldar semicircular e cornija curva. Capela com contrapilastras almofadadas nos cunhais, capitéis de inspiração coríntia e decoração estilizada de conchas invertidas, coroados por fogaréus decorados, assentes em dupla ordem de plintos galbados, concheados, terminada em empena recortada com cornija contracurvada, de inspiração borromínica, coroada por cruz latina. Possui portal de planta côncava, com vão de verga recortada, moldurada, encimado por tabela terminada em cornija, enquadrado por quarteirões, com capitéis convexos, suportando cornija contracurvada, tudo profusamente decorado por concheados. Encima-o amplo janelão, de linhas recortadas e moldura côncava, com exuberantes concheados, elementos fitomórficos e orelhas, terminada em cornija contracurvada encimada por concheado, e cartela inscrita. No interior, a casa apresenta vestíbulo no extremo, escada de tiro de acesso ao segundo piso e salão nobre ao centro deste; a capela, de planta longitudinal e interiormente iluminada pelos vãos laterais e axial e coberta por falsa abóbada de berço, possui retábulo-mor em talha policroma, de planta côncava e um eixo, também rococó. Constitui uma das maiores casas nobres da cidade e, segundo João Vieira Caldas, também uma das mais interessantes devido à sua complexidade e ao modo como a sua concepção arquitectónica se adequa ao urbanismo barroco, de que ela própria é agente. O corpo residencial correspondente à fachada principal constitui apenas uma faixa com a profundidade de um compartimento, o qual foi acrescentado à frente de um outro pré-existente, de maiores dimensões, mais antigo, e articulada com o mesmo por monumental escada de tiro, de dois lanços, paralela à nova fachada. Interiormente, apresenta estrutura espacial complexa, característica do barroco, não perceptível nem reveladora a partir da fachada principal e do seu esquema de fenestração e respectiva decoração. O vestíbulo não surge ao centro da casa, sob o salão principal, bastante amplo, como é mais usual, mas num dos extremos da casa, o esquerdo. A cozinha, no segundo piso de um corpo de dois pisos, foi concebida como um edifício separado, formando um ângulo muito agudo com o corpo residencial mais antigo. A fachada principal da capela segue as características do estilo de André Soares, apresentando grande exuberância decorativa, onde contrastam o recorte e curvas caprichosas dos vãos e brasão e a plasticidade dos ornatos graníticos concheados fantasiosos, vistos também no Santuário da Falperra (v. PT010303280222 ) ou em outras obras de André Soares, com as fachadas pintadas de branco. O retábulo em talha policroma e dourada segue as características da escola de André Soares, sobretudo das últimas produções, nomeadamente nos falsos braços que arrancam dos plintos. Segundo Robert Smith o retábulo apresenta as características dos retábulos rococós do Alto Minho, possuindo ornatos plásticos de Ohrmuschelstil, tiradas de gravuras augsburguianas da época 1740-1770, e mostra a união do altar propriamente dito com a tribuna superior. A janela da sacristia, de cornija contracurvada sobreposta ao entablamento revela ainda a perícia do tratadista e a guarda da sacada em ferro batido, com volutas auriculares curtas ou alongadas intercaladas de folhas pontiagudas, tem desenho único em Viana; 2017, 08 maio - assinatura de protocolo de colaboração entre a Câmara Municipal de Viana do Castelo e os proprietários da Casa das Malheiras, para apoio à reabilitação da capela, e financiamento de cerca de 36 mil euros, sendo a restante recuperação, no valor total de 50 mil euros, assegurada pelos proprietários; as obras serão acompanhadas pelo departamento de arqueologia da autarquia, supervisionadas pela Direção Regional de Cultura do Norte. |
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Número IPA Antigo: PT011609310122 |
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Registo visualizado 2090 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre Tipo planta retangular
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Descrição
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Planta rectangular irregular, composta por dois corpos residenciais rectangulares, paralelos entre si, apela, no topo S., longitudinal disposta perpendicularmente, com sacristia de permeio, e corpo da cozinha a N., tendo adossado a esta e à fachada lateral esquerda corpo rectangular com terraço sobrelevado. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de quatro águas na casa e de duas na capela. Fachadas rebocadas e pintadas de branco. Fachada principal virada a O., com ala residencial percorrida por embasamento de cantaria, com pilastras toscanas nos cunhais, coroados por pináculos escalonados, adelgaçados sobre plintos paralelepipédicos, de dois pisos separados por friso e terminada em duplo friso, o superior ritmado por argolas de ferro em florões, e cornija, sobreposta por beirado simples; é rasgada por 9 eixos de vãos sobrepostos, o central e os dos extremos compostos por portais e janelas e os intermédios apenas por janelas de peitoril; os portais, o central de planta convexa, possuem verga abatida ligeiramente recortada, com moldura côncava igualmente recortada, inserido em pano de cantaria, sobreposto por espaldar moldurado terminado em cornija contracurvada; a janela central ao nível do segundo piso, de planta convexa possui verga recta de ângulos cortados, moldura recortada, encimada por friso e falso frontão triangular sem retorno, coroado por vasos com elementos recortados e brasão de família envolto em ampla cartela de concheados com coronel; pano de peitoril em cantaria com almofadas sobrepostas. As janelas do piso térreo possuem verga recta e moldura côncava superiormente recortada, encimada por espaldar côncavo e cornija angular, e ainda pano de peitoril de cantaria; as do segundo piso têm planta convexa e moldura igual à central, mas são encimadas por espaldar semicircular, côncavo e cornija curva. Fachada da sacristia, mais baixa, definida por pilastras de capitéis de inspiração coríntia, mas com decoração estilizada de conchas invertidas, percorrida por embasamento e terminada em cornija, friso e cornija, sobreposta por beirado. Tem igualmente dois pisos, abrindo-se no, primeiro, janela de verga abatida e dupla moldura formando pequenos brincos rectos, encimada por cornija com o mesmo perfil muito avançada; no segundo, rasga-se janela de sacada, de verga abatida e moldura recortada, encimada por cornija angular sobreposta à cornija da fachada, tendo guarda em ferro forjado com motivos vegetalistas estilizados, assentando em larga mísula com jogo de formas côncavas e convexas. Capela com contrapilastras nos cunhais, de fuste almofadado, com topos formando recorte côncavo e convexo, e de capitéis de inspiração coríntia, mas com decoração estilizada de conchas invertidas, coroados por fogaréus decorados, assentes em dupla ordem de plintos galbados, igualmente decorados com cartelas e concheados. Termina em empena recortada delimitada por cornija com ramificações fitomórficas e termina em cornija contracurvada, bastante avançada, coroada por alta cruz latina, de braços terminados em flor-de-lis, sobre acrotério. Portal de planta côncava, composto por vão de verga recortada, moldurado, encimado por tabela ornada interior e exteriormente de concheados e terminada em cornija também encimada por concheados, enquadrado por quarteirões, sobrepujados por concheados, com capitéis convexos, suportando cornija contracurvada, sobrepujada, no alinhamento dos quarteirões e ao centro, com volumosos concheados recortados. Porta de duas folhas e bandeira, com almofadas recortadas. Encima o portal amplo janelão, de linhas recortadas e moldura côncava com decoração exterior de concheados e elementos fitomórficos exuberantes, formando orelhas, terminada em cornija contracurvada encimada por concheado; o janelão é sobrepujado por cartela em concha, inscrita com CHARITAS, envolvida por elementos volutados, concheados e vegetalistas. Fachada lateral direita da capela percorrida por embasamento de cantaria e terminada em duplo friso e cornija sobreposto por beirado simples; é rasgada por duas janelas recortadas, com moldura acompanhando o seu perfil e com fragmentos de cornija acentuando o recorte. No seu alinhamento, dispõe-se a fachada posterior do corpo residencial, de cunhais apilastrados e terminada apenas em beirado simples, sendo rasgada por portal de verga recta simples, ladeada por janelas rectangulares jacentes, molduradas, e, ao nível do segundo piso por quatro janelas iguais. Segue-se corpo em alvenaria de pedra aparente, com porta larga, de verga recta e portão de madeira, de acesso ao logradouro. INTERIOR: Vestíbulo rectangular disposto no extremo esquerdo da casa e acedido directamente a partir do exterior. A interligação entre os pisos é feita através de grande escada de tiro, de dois lanços. No andar nobre, o salão principal surge ao centro da casa. A ala residencial mais antiga possui quatro pisos, mais baixos. CAPELA com paredes rebocadas e pintadas de branco, pavimento em lajes de cantaria e tecto em falsa abóbada de berço, sobre cornija pintada a marmoreados fingidos; lateralmente abrem-se portas e duas janelas, com capialço em marmoreados fingidos, e encimadas por sanefas em talha igualmente a marmoreados fingidos. Ladeando o portal axial e o de acesso à sacristia, surgem pias de água benta, ricamente lavradas. Sobre o supedâneo, de degraus recortados, assenta o retábulo-mor, de planta côncava e um eixo, em talha policroma com marmoreados fingidos a rosa, azul, branco, e dourado, de um eixo, definido por duas colunas, de fuste decorado com concheados e elementos fitomórficos, e duas pilastras, às quais se adossam mísulas com imaginária protegida por baldaquino, assentes em altos plintos galbados, comuns, com a mesma decoração; ao centro, abre-se grande tribuna, em arco abatido, com boca e moldura recortada, interiormente albergando trono expositivo, de três degraus, decorados com festões, encimado por resplendor e imagem; ático em espaldar recortado, terminado em cornija e decorado com concheados, cartelas e motivos fitomórficos. Altar tipo urna, com frontal decorado por cartela e elementos vegetalistas. |
Acessos
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Santa Maria Maior, Gaveto da Rua de Gago Coutinho; Rua do Espírito Santo. WGS84: 41º41'37.80''N., 8º49'37.94''O. |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 5/2002, DR, 1.ª série-B, n.º 42 de 19 fevereiro 2002 |
Enquadramento
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Urbano, em pleno centro histórico, no limite exterior N. do casco medieval e exterior às muralhas, numa praça que constituía um novo centro cívico. Integrado num quarteirão de planta bastante irregular, adaptado ao declive do terreno, implanta-se de gaveto, possuindo construções adossadas à fachada lateral esquerda. Nas imediações erguem-se os antigos Paços Municipais (v. PT011609310003), a Misericórdia (v. PT011609310005), o Chafariz da Praça (v. PT011609310006) e a Casa dos Sá Sotomaior (v.PT01 1609310069). |
Descrição Complementar
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À fachada lateral esquerda adossa-se corpo rectangular, com fachada principal rebocada e pintada de branco, percorrida por embasamento de cantaria e terminada em cornija e entablamento pleno de cantaria, coroado por dois vasos de cantaria: Tem dois panos, o mais largo, disposto à direita, tem um piso, rasgado por duas portas de verga recta molduradas, encimadas por baldaquino com lambrequim, e, ao centro, janela rectangular jacente, igualmente moldurada, tendo inferiormente inscrição, em ferro, relevada, a dizer "restaurante"; o pano esquerdo possui dois pisos, rasgados por dois portais de verga recta, o da esquerda transformado em montra, envidraçada, encimados por duas janelas de peitoril, todos moldurados. Sobre este corpo, desenvolve-se mirante ajardinado. Na fachada principal, sobre o eixo de vãos central, surge brasão de campo partido, tendo no I as armas de Malheiro e no II as de Reimão, esquartelado, encimado por coronel de nobreza. As armas de Malheiro são: de vermelho, com uma ponte de três arcos, assente sobre um rio de sua cor em ponta, rematada por duas torres de prata, firmadas nos flancos do escudo, e de uma palmeira de sua cor entre elas; o timbre é a palmeira do escudo. As armas de Reimão são esquarteladas, tendo o primeiro e o quarto de azul, com uma flor-de-lis de prata, o segundo e o terceiro de prata, com uma árvore verde; no timbre um reimão de prata com um ramo de árvore na boca. |
Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Residencial: casa |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1739 - Ventura Malheiro Reimão celebrou as bodas de ouro do seu casamento com D. Páscoa Pereira Ferraz e da qual teve 14 filhos; 1753 / 1757, entre - Gaspar Malheiro Reimão, Mestre de Campo de Infantaria Auxiliar, comprou 7 "moradas de casas" junto às suas que possuía no Eirado da "Praça das Couves", entre as Ruas do Espírito Santo e das Padeiras; inicia-se a construção do palácio; 1758, finais - início da construção da capela, visto que só então a Câmara deu licença para demolir o paredão da Praça das Couves e da Erva, erguendo-a então nesse local e nas casas que adquirira a D. Teresa Josefa de Mesquita e açougues e da Rua do Espírito Santo; a capela foi mandada construir por D. António Malheiro, enquanto bispo do Rio de Janeiro, o qual encarregou o seu irmão Baltasar Malheiro, D. Prior de Barcelos, de dirigir a construção, e foi dedicada a São Francisco de Paula e ao Espírito Santo; o Bispo mandava do Brasil ricos objectos de culto, paramentos e imagens para a capela; Novembro - na frota desse mês enviou a imagem de São Francisco de Paula com resplendor e báculo de prata e nas contas que o D. Prior lhe apresentava aparecem os pagamentos de 2:760$190 rs pela obra de pedreiro, 804$750 rs pela obra de carpinteiro e 200$510 pela obra de ferreiro; o custo total da construção da capela foi de 5.112$900 rs; 1823 - ampliação da casa, com construção do mirante e terraço, ladeando a fachada principal, dirigindo a obra o último comendador de Malta, Frei António Taveira Pimentel de Carvalho, de Lamego; 1864, 6 Março - morreu em Viana Frei António Taveira Pimentel de Carvalho; 1887, 31 Maio - realizava-se na capela "o mês de Maria", pelas 16H30; distribuía-se pela assistência pequenas estampas com gravura religiosa e bordo artisticamente rendilhado, tendo, no verso, oração escrita em espanhol, sob a qual se lia "souvenir du mois de Marie - Charitas Viana 1887"; 1888 - realização do chamado "mês de Maria"; 1889, 22 Dezembro - realização na capela de uma grande festa religiosa, em que participou o barítono D. Francisco Coutinho, da Companhia de Ópera do Teatro de Príncipe Real, do Porto; cantou os trechos Evocação "de Hebré","Canto Religioso", de Pirani e "Tantum Ergum", de Minier; 1903, 31 Setembro - D. Carlos I, quando se deslocou ao Norte para assistir a manobras militares em Barcelos, visitou Viana e ficou hospedado na Casa da Praça; ali moravam então D. Maria Máxima Malheiro Reimão e seu marido, o capitão António Leite Cardoso Pereira de Melo e o seu recheio estava tão empobrecido, que várias famílias emprestaram móveis, tapetes, espelhos e quadros para embelezar a casa; lanças, cristais, talheres, criados e cozinheiras vieram de Lisboa, da pastelaria Ferrari na R. Nova do Almada; durante o jantar tocou na rua, em frente do Paço, a banda do Regimento de Infantaria 19, tendo também assistido o então Ministro de Guerra Pimentel Pinto, o conselheiro Malheiro Reimão político influente, o Governador Civil Dr. Queiróz Veloso, etc; esteve na casa também o infante D. Afonso, irmão de D. Carlos, com um dos seus ajudantes, o capitão José Vicente da Silva Sena, organizando-se um concurso de tiro no velódromo do Campo do Castelo; 1961 - considera-se a hipótese da Câmara de Viana adquirir 13 prédios para posterior demolição, de modo a desafogar o palácio e capela e a ampliar a praceta; 6 Fevereiro - carta do Director de Serviços dos Monumentos Nacionais referindo que o arquitecto chefe da Secção achava que não se devia proceder às expropriações, uma vez que elas iam alterar a escala do local, criando um espaço que diminuiria profundamente o valor dos monumentos na proximidade, sobretudo os antigos Paços Municipais. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Estrutura rebocada e pintada de branco; pilastras, embasamento, frisos, cornijas, pináculos, molduras dos vãos em cantaria de granito; retábulo de talha policroma e dourada; pavimento em lajes de granito e em soalho; vidros simples; grades e guardas em ferro forjado; portas e caixilharia de madeira pintada; algerozes metálicos; cobertura de telha. |
Bibliografia
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BORGES, Nelson Correia - «Do Barroco ao rococó». In A Arquitectura, História da Arte em Portugal. Lisboa: Publicações Alfa, 1986, vol. 9; CALDAS, João Vieira - «Casas nobres de Viana». In Monumentos. Lisboa: 2005, n.º 22, pp. 172-181; FERNANDES, Francisco José Carneiro - Viana Monumental e Artística. Espaço Urbano e Património de Viana do Castelo. Viana do Castelo: 1990; «Investimento de 50 mil euros recupera capela das Malheiras». In Diário do Minho. 09 maio 2017, p. 16; SMITH, Robert C. - A Talha em Portugal. Lisboa: 1962; VASCONCELOS, Maria Emília Sena de - «Mestres, Alunos e Aulas em Viana do Castelo». In Cadernos Vianenses. Viana do Castelo: 1984, vol. 8, p. 57 e seguintes. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DREMN, DGEMN:DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Proprietário: séc. 20 - restauro da casa. |
Observações
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*1 - O proprietário não permite o acesso ao interior. *2 - D. António do Desterro exigiu que a capela fosse dedicada ao protector da infância e dos pobres, São Francisco de Paula., cuja divisa era Charitas, gravada na cartela da frontaria da capela. *3 - Quando os franceses estiveram em Viana, os seus oficiais ficaram na casa. |
Autor e Data
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Paula Noé 2008 |
Actualização
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