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Edifício e estrutura Edifício Educativo Colégio religioso Colégio religioso Companhia de Jesus - Jesuítas
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Descrição
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Planta composta por igreja de planta longitudinal, de nave única, para onde abrem 7 capelas à face, com transepto inscrito e capela-mor mais estreita, envolvida por corredor e sacristia a E. e N., e por edifício do seminário, adossado a S., de planta irregular, constituído por vários corpos adossados; o corpo principal é rectangular, com claustro e pátio interior, interligado com outro rectangular alongado, disposto transversalmente, a E., e outro paralelamente a N., e pequenos corpos de ligação, envolvendo pátios e jardim. Volumes articulados e escalonados, de dominante horizontal, sendo capela-mor mais baixa do que a nave, com coberturas diferenciadas em telhados de uma, duas, três e quatro águas, com mansardas nos corpos E. e N. do seminário. IGREJA com fachadas em cantaria de granito aparente, com aparelho isódomo, à excepção da lateral S. e capela-mor, rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento saliente e rematadas por cornija e beiral, com cunhais apilastrados toscanos. Fachada principal orientada, de dois registos separados por friso, com três panos, definidos por dupla ordem de pilastras toscanas, sendo as dos extremos agrupadas em par; as pilastras do segundo registo, rematadas por pináculos piramidais com bola, suportam entablamento, interrompido ao centro por óculo, formando frontão triangular no remate, com cruz latina no vértice. O registo inferior possui, no pano central, portal em arco de volta perfeita, enquadrado por pilastras toscanas, emolduradas, rematado por entablamento, encimado por frontão triangular, com acesso por quatro degraus; o superior possui, nos panos laterais, janelas rectangulares assentes no friso de separação. As fachadas laterais são semelhantes, rasgadas, junto ao remate, por janelas rectangulares em capialço; na do lado N., porta de verga recta. INTERIOR com nave de paredes rebocadas e pintadas de branco, de dois registos marcados por friso de pedra, com cobertura em tecto plano de madeira, pintado de branco, decorado com caixotões octogonais marcados a castanho, assente em cornija de pedra, e com pavimento em lajes de granito. Coro-alto assente em dois pares de pilares, com o bordo boleado e decorado com grotescos pintados, tendo guarda de madeira torneada, possuindo, ao centro, órgão de tubos. Sub-coro com cobertura parcial de caixotões de talha dourada e guarda-vento de madeira, com portas almofadadas, rematado por espaldar também almofadado, ladeado por aletas vazadas e encimado por motivo rendilhado, coroado por coroa real fechada; a ladear o guarda-vento, pias de água benta com embutidos de mámore em branco e rosa, de taça gomada, de bordo arredondado, com espaldar formando edícula, com concha no centro, ladeado por aletas e remate em frontão de volutas coroado por cruz. Paredes laterais com dois vãos em arco pleno, confrontantes, sendo o do lado do Evangelho vazado por porta rectangular de acesso ao exterior. No primeiro registo, surgem capelas à face, inscritas em sete arcos de volta perfeita, de cada lado, em continuação com os do sub-coro, intercalados por pilastras toscanas emolduradas; as três primeiras capelas do lado do Evangelho não se encontram ao culto, existindo, apenas na primeira, um confessionário, o mesmo se verificando nas duas primeiras do lado oposto. As restantes encontram-se integralmente revestidas a talha dourada e policroma, dedicadas a Maria Santíssima, São José *2, São João Baptista, e São Francisco Xavier, no lado do Evangelho, surgindo, no lado oposto, as dedicadas a Nossa Senhora de Fátima *3, Nossa Senhora dos Prazeres, Nossa Senhora das Dores, Santas Nove Virgens Bracarenses e Santo Inácio de Loyola. Ainda deste lado, entre a terceira e quarta capela retabular, eleva-se, sobre coluna, de fuste estriado e capitel decorado com óvulos, púlpito de base quadrangular, de bordo boleado, com guarda vazada de balaustrada torneada de pau-preto, encimado por baldaquino piramidal. Os topos do transepto estão revestidos de talha policroma, integrando janelas termais; o retábulo do lado do Evangelho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus e o do lado oposto a Nossa Senhora da Luz. Arco triunfal de volta perfeita, ostentando, na pedra de fecho, as insígnias da Companhia de Jesus inscrito em parede integralmente em cantaria de granito, ladeado por par de pilastras jónicas que suportam entablamento, possuindo entre elas, portas, sendo a do lado da Evangelho de acesso a corredor que comunica com a sacristia, encimadas por nicho com trono, decorados com acantos em pinturas murais, e janelas, correspondentes às tribunas. A ladear o arco, a nível superior, duas pedras de armas, entre quarteirões, com inscrição latina na base, a do lado do Evangelho, correspondendo às insígnias do Cardeal D. Henrique *1, e do lado oposto às insígnias do Arcebispo de Braga, Frei Bartolomeu dos Mártires. Capela-mor alteada por quatro degraus, coberta por abóbada de caixotões de granito, decorada por florões e motivos vegetalistas, assente em cornija, suportada por mísulas equidistantes, com decoração vegetalista e dentículos, tendo pavimento lajeado. Paredes de dois registos, possuindo, no primeiro, painel de azulejos figurativos, monócromos de azul sobre fundo branco, representando cenas de género e alegorias, integrando dois arcosólios de volta perfeita, e, no segundo, revestimento a talha dourada, de decoração vegetalista, integrando janelas em arco de volta perfeita e com bandeira. Retábulo-mor de talha dourada, com alguma decoração policroma a rosa e azul, de planta côncava e um eixo, definido por quatro colunas torsas, ornadas por pâmpanos, assentes em plintos paralelepipédicos, que ostentam nas faces acantos e anjos encarnados, as quais se prolongam em duas arquivoltas planas, com cartela no fecho, constituindo o ático; ao centro, tribuna em arco de volta perfeita, tendo o fundo pintado e ornado por resplendor e motivos vegetalistas, que enquadram o trono encimado por maquineta com imagem, ladeada por par de colunas salomónicas, com decoração vegetalista; na base deste, surge o sacrário embutido, em forma de templete; sotobanco em granito, com altar paralelepipédico, possuindo frontal com decoração de embutidos em pedra branca e preta. Sacristia de paredes rebocadas e pintadas de branco, com tecto liso de estuque e pavimento em lajes de pedra; apresenta lavabo de granito de taça gomada, com espaldar recto e bicas em forma de querubins, encimadas por concha, enquadrado por pilastras toscanas molduradas, rematado por frontão de volutas, interrompido por cruz; possui contador embutido e arcaz de castanho com ferragens vazadas de latão. SEMINÁRIO com fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento em cantaria e pintado, flanqueadas por cunhais apilastrados e rematadass em cornija de pedra, sob beiral. Fachada principal, voltada a S., de dois registos e três panos murários, o central enquadrado por pilastras colossais, com mísula volutada a preceder os capitéis toscanos, com gárgulas de canhão, coroadas por pináculos decorados com acantos. É rematado por espaldar, ritmado por grinaldas e mísulas volutadas na base, vazado por óculo oval, emoldurado por enrolamentos, ladeado por querubins e composição vegetalista com frutos, grinaldas e par de pilastras coríntias, e enquadrado por aletas com pináculos; a coroar o espaldar frontão de volutas, ritmado por pináculos, interrompido por cartela com as insígnias jesuítas encimadas por querubim e cruz latina emoldurada, com remates piramidais nos braços. Primeiro registo com portal principal de verga recta, ladeado por janelas rectangulares e emoldurado por pilastras coríntias, encimado por frontão triangular de base denticulada e cartela oval no tímpano; no segundo, três janelas rectangulares, sendo a central de grandes dimensões. Os restantes panos são ritmados por janelas rectangulares idênticas, apresentando-se aos do primeiro registo gradeadas. Nos extremos existem dois grandes vãos enquadrados por pilastras, o do lado esquerdo correspondente ao arco de passagem para o Largo de São Paulo, e o oposto entaipado. Junto a este encontra-se o corpo do Museu Pio XII, aberto regularmente por fenestração rectangular. Fachada O., voltado ao Largo de São Paulo, de dois registos, com quatro janelas rectangulares gradeadas e um nicho com arco pleno, albergando a imagem de pedra de Santiago, no primeiro registo, e, no segundo, três janelas de peito rectangulares ladeadas por duas janelas de sacada, com guarda vazada de ferro. Fachada N., voltada à Rua D. Afonso Henriques, com cinco registos separado por friso, e seis panos enquadrados por pilastras toscanas colossais, rasgados regularmente por vãos em arco abatido, correspondendo a portas e janelas, no primeiro registo, e nos restantes a janelas de peito e de sacada. Fachadas viradas ao terreiro do campo de jogos, de três registos, rasgada regularmente por vãos rectangulares, correspondendo a portas, janelas de peito e de varandim. Fachadas voltadas ao pátio interior ritmadas regularmente por fenestração, com arcaria plena, na parede S.. CLAUSTRO de dois registos, o primeiro ritmado por arcos de volta perfeita, assentes em colunas toscanas, sendo as alas revestidas por silhares de azulejo de padrão industrial; o registo superior é rasgado por janelas rectangulares de guilhotina. No centro do claustro encontram-se as ruínas de um peristilo. INTERIOR tem, no corpo N., espaçoso vestíbulo por onde se acede ao auditório, bar, salas de estar e gabinetes, situados no primeiro piso, e aos quartos, gabinetes e capela, distribuídos pelos restantes. A comunicação por corredor envidraçado, com a ala E., onde se situam, no primeiro piso, as cozinhas, lavandarias, refeitórios, bar e salas de jogos, e, nos restantes pisos, quartos, gabinetes de trabalho, salas de música e capelas. No Corpo S., situam-se os compartimentos reservados aos museus, possuindo numa das salas, um tecto de caixotões pintados alusivos à vida de Santo Inácio de Loyola. Acede-se ao piso superior por escadarias de pedra, sendo uma delas abobadada, com arranques e remates em espiral e colunas. |
Acessos
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Largo de São Paulo; Rua D. Gonçalo Pereira; Largo de Santiago; Rua do Anjo; Rua D. Afonso Henriques. |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, em pleno centro histórico de Braga (v. PT010303070088), integrado parcialmente num quarteirão, definido pelos Largos de São Paulo, a O., e de Santiago, a S., e pela Rua D. Afonso Henriques, a E.. Encontra-se adossado a prédios de habitação a N. e a E., e a O. à Torre de Santiago (v. PT010303070060), pertencente à antiga muralha. Uma pequena parte do edifício do seminário, a S., pertence à Freguesia de São João do Souto. A fachada principal da igreja abre-se para o Largo de São Paulo, calcetado, situando-se a N. a Igreja Paroquial de Santiago da Cividade (v. PT010303070125). A fachada principal do Seminário abre-se para o Largo de Santiago, empedrado, e arborizado com plátanos, organizado com bancos de pedra e chafariz central seiscentista. Fronteiro encontra-se o Palácio dos Falcões (v. PT010303070190), actual Governo Civil de Braga. A E. encontra-se amplo terreiro, delimitado por alguns troços da antiga muralha e prédios de habitação, ocupado por campo de jogos e parque de estacionamento subterrâneo. |
Descrição Complementar
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As capelas laterais são idênticas, com acesso em arco de volta perfeita revestido a talha, constituída por duas colunas torsas, ornadas por pâmpanos e assente em consolas e plintos com anjos atlantes, e por duas pilastras, que se prolongam em duas arquivoltas, a exterior torsa, encimada por espaldar recortado decorado com motivos fitomórficos e querubins; todas possuem retábulo de talha, cuja decoração se prolonga pelas ilhargas das capelas e coberturas e altares paralelepipédicos, com frontal pintado a imitar tecido. No lado do Evangelho, surge a CAPELA de Maria Santíssima possui retábulo de planta recta e um eixo definido por dois cartelões, integrando anjos atlantes, assentes em plintos paralelepipédicos ornados por elementos fitomórficos, que se prolongam numa arquivolta com anjos em relevo, constituindo o ático; ao centro, apainelado em arco de volta perfeita, contendo figuras em relevo, representando uma Árvore de Jessé, com a Virgem ao centro, encimada pelo Menino, rodeado por resplendor e anjos; a cobertura da capela divide-se em caixotões, decorados por rosetões, havendo apainelados nas ilhargas, contendo mísulas com anjos-tocheiros. A CAPELA de São José possui retábulo de talha dourada e planta recta, com um eixo definido por duas colunas torsas, ornadas por pâmpanos e assentes em consolas, que se prolongam numa arquivolta, constituindo o ático e formando pequeno frontão semicircular, decorado por acantos, anjos e cartela; ao centro, o módulo repete-se, sendo as colunas substituídas por duas pilastras, a enquadrar pequeno nicho em arco de volta perfeita, contendo a mísula com a imagem do orago; sob este, cartela ladeada por vários "putti" e amplamente ornada por acantos. A cobertura divide-se em quatro caixotões de acantos e, nas ilhargas, apainelados de acantos, enquadrando mísulas com imaginária. As CAPELAS de São João Baptista e Santo António são semelhantes à anterior, sendo o nicho de perfil semicircular e cobertura em semicúpula; na última, as mísulas das ilhargas são substituídas por anjos e querubins em alto-relevo, que centram os apainelados. No lado da Epístola, a CAPELA de Nossa Senhora de Fátima, com retábulo de planta recta e um eixo definido por dois cartelões, que se prolongam em arquivolta decorada por querubins, surgindo, ao centro, painel semicircular, com o fundo pintado a imitar brocados, envolvido por moldura de acantos, contendo plinto galbado com a imagem do orago; possui cobertura em caixotões decorados por rosetões e, nas ilhargas, surgem, de cada lado, três nichos envidraçados, envolvidos por talha, que conteriam relicários. A CAPELA de Nossa Senhora dos Prazeres possui retábulo de talha dourada e planta recta, de um eixo definido por duas colunas torsas, ornadas por pâmpanos e por duas pilastras, as primeiras formando arquivolta pontuada por acantos; ao centro, painel com a imagem do orago em alto-relevo, com a figura sobre glória, envolvida por anjos, que a coroam; na base, ampla maquineta com imagem; a cobertura é formada por caixotões de acantos, que se repetem, de forma profusa, nas ilhargas. CAPELA de Nossa Senhora das Dores, com retábulo com corpo de planta côncava e um eixo, definido por duas colunas torsas, assentes em consolas, que se prolongam em arquivolta, formando um pequeno tímpano decorado por querubins pintados, constituindo o ático; ao centro, nicho em arco abatido, flanqueado por pilastras toscanas, decoradas por acantos, onde se inscreve a imagem do orago, contra tela pintada com cena de paisagem; no espaldar do remate da Capela, surge a representação do Sudário de Verónica e escudo com a representação das Cinco Chagas de Cristo. CAPELA das Virgens Bracarenses com retábulo de planta recta e um eixo definido por duas colunas torsas, ornadas por pâmpanos e assentes em consolas, que se prolongam em arquivolta, formando o ático; ao centro, amplo painel com a representação de uma árvore, que emerge de uma figura mitrada, um bispo, onde se integram as imagens das 9 Virgens; a cobertura da capela divide-se em caixotões ornados por rosetões e, nas ilhargas, apainelados de acantos. CAPELA de Santo Inácio de Loyola possui retábulo, cobertura e ilhargas ornadas de forma semelhante à dedicada a Santo António. O topo do transepto, do lado do Evangelho, possui o arco revestido a talha pintada de branco e dourado, formando pilastras ricamente decoradas, possuindo, na base, grandes peanhas galbadas, com estátuas de madeira dos Evangelistas, São Mateus e São Marcos, e no capitel rostos de figuras femininas; é rematada por arco, com decoração fitomórfica e concheados. O retábulo é de planta recta e um eixo definido por três ordens de elementos arquitectónicos, o inferior constituído por duas colunas salomónicas e por três outras de fuste liso, com o terço inferior espiralado, assentes em plintos paralelepipédicos, o intermédio com dois cartelões e anjos atlantes e por duas colunas espiraladas, e o superior, por dois cartelões e duas pilastras; ao centro, amplo nicho de volta perfeita, envolvido por molduras de acantos, com o fundo pintado a imitar brocados e contendo grupo escultórico, surgindo, na base, sacrário embutido, em forma de templete, com cruz e elementos eucarísticos a ornar a porta; a estrutura remata em frontão interrompido por espaldar contracurvado, com representação relevada de Deus Pai sobre resplendor, possuindo nos extremos, esferas e anjos; o remate prolonga-se sobre cornija curva, constituindo amplo tímpano, que envolve a janela termal, decorado por apainelados, enrolamentos e concheados. A Capela do topo do transepto, do lado da Epístola, possui amplo arco revestido a talha policroma, com marmoreados a vermelho, preto e cinzento, com decoração marcada a dourado, rematando em cornija, tendo, na base, mísulas que suportam as estátuas de madeira dos Evangelistas, São João e São Lucas; possui retábulo de talha policroma semelhante ao arco, de planta convexa e um eixo definido por colunas de fuste liso e capitéis coríntios, assentes em duas ordens de plintos paralelepipédicos, com as faces decoradas por rosetões; ao centro, nicho em arco de volta perfeita, rodeado por talha pintada de branco e elementos dourados, rematando em cornija contracurvada, encimada por acantos vazados e fragmento de cornija, contendo grupo escultórico; banco decorado por apainelados assimétricos, que flanqueiam sacrário embutido, rematado por querubim; remate em frontão interrompido, encimado por anjos de vulto, enquadrando espaldar curvo com enorme resplendor, por seu turno, rematado por cornija interrompida pela janela termal, flanqueada por apainelados de talha. HERÁLDICA: As pedras de armas que ladeiam o arco triunfal pertencem a dignidades eclesiásticas. No lado do Evangelho, as armas do Cardeal D. Henrique sobre cartela, com coroa real, cruz dupla posta em pala atrás do escudo e passando por dentro da coroa, e chapéu cardinalício ladeado por cordões de seis borlas; no lado da Epístola o Brasão do Arcebispo D. Frei Bartolomeu dos Mártires (1559 - 1582), ovalado e contendo os símbolos da Ordem de São Domingos, sobre cartela, tendo atrás cruz dupla posta em pala, com chapéu cardinalício ladeado por cordões de seis borlas; INSCRIÇÕES: inscrição existente junto ao arco triunfal, por baixo das duas pedras de armas, gravada no granito, com os sulcos pintados de preto; sem moldura nem decoração; tipo de letra: capital quadrada; leitura: VIRGA TUA, ET / BACULUS TUUS.; tradução: Vara tua, e báculo teu; refere-se ao poder temporal do Cardeal-Rei e ao poder espiritual do Arcebispo D. Frei Bartolomeu dos Mártires, ambos beneméritos da Companhia de Jesus. ÓRGÃO: Grande órgão, de três castelos, o central mais baixo, de modo a enquadrar o óculo, ladeado por dois nichos, com tubos dispostos convexamente e rematados por coruchéus rendilhados, ladeado por pináculos, possuindo nos laterais pequena platibanda vazada. |
Utilização Inicial
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Educativa: colégio religioso |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja / Educativa: seminário / Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Braga) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 / 17 / 18 / 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARMADOR: João Baptista Ribeiro (1899). ARQUITECTOS: Padre Silvestre Jorge (1567); Gonçalo Dias (1586-87). BATE-FOLHA: Jerónimo Luís (1710). DESENHADOR: André Soares (1754). CANTEIRO: Pascoal Fernandes (1715). ENSAMBLADORES: Ambrósio Pereira (1629); Agostinho Marques (1700-09). ENTALHADORES: Domingos da Costa (1656); Domingos Martins Peixoto (1658); António Pacheco (1664); Luís Vieira da Cruz (1709); Pedro Monteiro de Sousa (1726); Francisco Ferreira (1730); Marceliano de Araújo (1754); José Álvares de Araújo (1756). ESCULTOR: Gonçalo Rodrigues (1602); António Pinto de Araújo (1754); João Evangelista Vieira (1898). FUNDIDOR: Gonçalo de Aguiar (1587). IMAGINÁRIO: João da Rocha (1710). OLEIROS: Jácome Afonso, Manuel Luís e Domingos Luís (1587). PEDREIROS: Francisco Gonçalves e Diogo Jorge (1588); João Gonçalves (1667); Bento Correia e Manuel Ribeiro (1693). ORGANEIRO: Augusto Joaquim Claro (1898). PINTORES: José Pita Malheiro Ortigueira (1728); Pedro Pereira (1733). PINTORES - DOURADORES: Jerónimo de Oliveira (1660); Tomé de Sousa e Manuel de Azevedo (1691). RELOJOEIRO: Fernão Gonçalves (1580). |
Cronologia
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Séc. 02 - construção de um edifício romano com peristilo, no local; 1505 / 1532 - surge o edifício dos Estudos Públicos de São Paulo, fundado pelo Arcebispo D. Diogo de Sousa; 1533 - o Arcebispo D. Henrique, futuro Cardeal-Rei, dota o Colégio de mestres insignes; 1537 - D. Henrique continuou a obra do Colégio, em Braga, mandando vir mestres do estrangeiro, o primeiro o mestre Clenardo (1537-1538); 1560 - o Arcebispo D. Frei Bartolomeu dos Mártires doou o estabelecimento escolar com todas as rendas anexas, aos Padres da Companhia de Jesus, que consistiam nas igrejas de Santa Maria do Vimieiro e de São Salvador de Mazedo *4; 1561 - a necessidade de fazer obras sobre a muralha da cidade e numa torre que lhe era contígua, de maneira a facilitar o acesso directo às escolas, motivou o pedido do reitor e padres do Colégio de São Paulo ao rei D. Sebastião, o qual autorizou "edificar e fazer a obra que lhes for necessaria para o dito colégio"; escritura de obrigação entre os padres da Companhia de Jesus e a Câmara Municipal de Braga em que aqueles se comprometiam "a sua custa e despesa despejarem e desocuparem o dito muro e torre e edificarem qualquer obra que nele tiverem feita em qualquer tempo que disso ouver necessidade"; 16 Julho - autorização régia para as obras; 1562, 10 Abril - doadas as igrejas de Ferreiros e a sua anexa de Santa Maria da Portela; 1563 - o Papa Pio IV, pela Bula "Superni dispositione" aprovou e confirmou o contrato de doação do Colégio de São Paulo, Estudos e Igreja à Companhia de Jesus; conclusão das obras que o colégio fez na muralha e torre de Santiago "por riba do muro um passadiço e coberto pelo qual nos servimos agora para a igreja e pátio das classes (...) e um encaixamento com suas colunas e remate muito bem feito no qual está uma imagem de Nossa Senhora que dantes estava em outro lugar na mesma porta porque se solhou e cobriu a torre em que esta porta está para nos servirmos também e poder edificar nela"; encontra-se completo o programa de estudos, com cursos de Filosofia, Teologia Moral e aulas de ensinar a ler e escrever; 21 Janeiro - feitura de um sacrário por flamengo desconhecido; 1564 - é obtido consentimento para instituição de "uma lição de santa teologia além das mais de latim, artes e filosophia e casos de consciência"; para garantir o funcionamento do colégio, agora com maiores despesas, o Arcebispo D. Frei Bartolomeu dos Mártires uniu "in solidum" e incorporou "in perpetuum" a Igreja de São Salvador de Pereira e as suas anexas de Santa Maria de Remelhe e São Tiago de Moldes e mais a ermida de Nossa Senhora da Franqueira; 1564, 30 Abril - feitura de um relógio por um padre franciscano; 13 Outubro - construção de um auditório para o curso de Filosofia, que importou em 100$000, pagos pelos arcebispo; construção de dois andares na torre, para colocação de dois sinos e do relógio; 1566 - preparativos para o início da construção da igreja; fornecimento de madeiras e ferragens por Martim Gonçalves e António Martins; 1567, 26 Junho - o Visitador, Padre Torres propôs algumas alterações às obras, nomeadamente o estabelecimento de novas medidas, com a igreja mais larga e com 8 confessionários, e encarrega o Irmão Silvestre Jorge de dirigir os trabalhos; 31 Outubro - início da construção da igreja; 1569, 8 Janeiro - o Arcebispo D. Frei Bartolomeu dos Mártires reforça o capital para as obras da igreja com uma doação de 50$000 réis; 24 Março - obras na zona conventual; 9 Dezembro - interromperam-se as obras da igreja para continuar, apenas, com os aposentos do colégio e convento; 1570 - foram anexados ao Colégio, os Mosteiros de Rendufe e Carvoeiro; 16 Julho - os Padres solicitam ao arcebispo ajuda monetária, no valor de 160$000; 10 Setembro - obra no primeiro claustro; 1571, 26 Julho - feitura de dois corredores; 1572, 6 Outubro - os padres passam para os seus novos aposentos; 1573, 31 Dezembro - as obras do edifício do colégio continuam a avançar enquanto as da igreja se mantêm paradas; 1575, 2 Outubro - troca de casas por uma horta para a construção do Colégio; 1579 - após interrupção, recomeçaram as obras na igreja; 15 Março - pondera-se a mudança do Colégio para outro local; 1 Setembro - volta-se a ponderar a hipótese de mudança de local; alteração da traça do refeitório; 1580, 13 Fevereiro - Fernão Gonçalves, relojoeiro de Braga, fez um relógio - despertador, por 10 cruzados; 1584, 11 Janeiro - uma carta do Padre Lourenço Fernandes ao Geral, dá conta de que a igreja cresce em bom ritmo; 1585, 20 Setembro - proposta de aquisição da horta contígua ao Colégio; 1586 - 1587 - as obras eram dirigidas pelo Padre Gonçalo Dias; 1587, 28 Junho - assinatura de contrato entre o Procurador do colégio, Padre Sebastião Cordeiro e Jácome Afonso, lavrador de São Paio de Merelim, obrigando-se este a fazer 20.000 telhas para a cobertura da igreja; Manuel Luís e Domingos Luís, moradores em São Paio de Merelim, obrigam-se a entregar 10.000 telhas a Jácome Afonso; 1 Agosto - compra de 15 carros de cal a Pedro Gonçalves, a 2 cruzados cada; 25 Setembro - contrato com Gonçalo de Aguiar, para a fundição de um sino, por 18$000; 1588, 16 Fevereiro - trasladação do Santíssimo para a Igreja, constatando-se que esta era de pequenas dimensões; 29 Julho - Diogo Jorge e Francisco Gonçalves, pedreiros bracarenses, obrigam-se a lajear a igreja nova do colégio, com pedra vinda de Montariol e a fazer os alicerces das colunas do coro e a levantar sobre eles os dois pedestais das mesmas colunas, pelo preço de 100$000 reis e 20 almudes de vinho; 1590, 22 Abril - o arcebispo Frei Agostinho de Jesus pede um empréstimo de 500 cruzados para a obra do cano da água; 28 Outubro - contrato para desentulhar toda a igreja; 1592, 1 Janeiro - pedido de jubileu plenário para as festas de São Pedro, São Paulo e das Onze Mil Virgens; 1594 - num mapa da cidade de Braga, da autoria de Georg Bräun, aparece representada a igreja e o colégio de S. Paulo "Collegium Societatis Iesu", com a porta de Santiago e a muralha a cerrar a S. o conjunto; 1595, 24 Outubro - procuram-se meios para as obras do refeitório e dos aposentos dos Padres; séc. 17 - Maria de Azevedo instituiu a Capela de Santa Úrsula; 1602, 7 Janeiro - contrato com Gonçalo Rodrigues para a execução da imagem do Ecce Homo, por 20$000; 1626 - manifesta-se a necessidade de executar um relicário de Santo Inácio, em prata; referência à Confraria da Anunciada, tendo painel apoiado em 4 colunas; 1628 - 1630 - processo de abastecimento do colégio com água das fontes da cidade; D. Rodrigo da Cunha consegue que os regedores concedam meio anel de água; 1629 - o Dr. João Rodrigues Moguo institui a capela de Nossa Senhora dos Prazeres; o ensamblador Ambrósio Pereira intervém no retábulo-mor; 1635 - a população ofereceu 400 cruzados para dourar o retábulo-mor; 1637 - execução da lâmpada de prata; António de Magalhães de Barros e a esposa, Joana Maciel, deixaram um almude azeite para a sua manutenção; 1648 - realização da obra de pintura da portaria do colégio, com iconografia baseada nos livros de espiritualidade; 1656 - Domingos da Costa entalha o retábulo da confraria de Nossa Senhora dos Prazeres; 1658 - António Ferreira e sua mulher instituem a capela de Nossa Senhora da Conceição; 11 Maio - contrato entre o Reitor do Colégio e Domingos Martins Peixoto para a feitura de um retábulo para a Capela anexa á de Santa Úrsula; 1659 - Isabel de Abreu institui a capela de Nossa Senhora da Piedade; 1660 - notícia da existência da Confraria de Santo Inácio; 18 Julho - contrato com Jerónimo de Oliveira, pintor de Guimarães, para dourar e pintar o retábulo da Confraria de Nossa Senhora dos Prazeres, por 180$000; 1661, 12 Novembro - o Reitor obriga-se a dar 20$000 reis à Confraria de Nossa Senhora da Luz para o respectivo retábulo; 1664 - contrato com António Pacheco, de Braga, para a feitura de um retábulo para o Santuário das Relíquias, com 2 pisos, o primeiro com uma ordem de colunas e o segundo com quarteirões; a obra importou em 22$000; 1667, 16 Agosto - contrato com João Gonçalves, mestre de pedraria, para obras no refeitório e corredores, onde se entaipavam duas janelas e se abria uma nova, feitura de 3 portas, derrube da obra de pedra e barro, e substituir por pedra e cal, fazer os 2 arcos de pedra que dividem as 3 casas do refeitório e feitura de um lavatório, encimado por uma fresta; a obra importou em 28$000; 1678 / 1696 - execução das obras do refeitório e cozinha; execução de um tanque para a horta; 1682, 3 Novembro - ordem do Geral para que se continuem as obras da igreja; 1689 - 1693 - instituição das Confrarias de Nossa Senhora da Boa Morte e de São Francisco Xavier; construção da edícula para a imagem de Nossa Senhora da Torre; 1691, 27 Maio - contrato com Tomé de Sousa, de São João de Nespereira, e Manuel de Azevedo, de Barcelos, para o douramento do retábulo da Confraria de São Francisco Xavier, pelo preço de 80$000 reis; 1693 - execução de obra de pedraria pelo mestre Bento Correia e Manuel Ribeiro; 1700 - Agostinho Marques executa as grades da comunhão, em pau-preto; 1700 / 1710 - construção da biblioteca, com pavimento de mármore e cobertura sobre seis arcos, decorada com painéis; conclusão da cobertura da igreja e do pavimento com lajeado; colocação de grades nas capelas; 1701 - o mesmo ensamblador realiza o arcaz da sacristia; 1703 - 1722 - obra na torre; 1709 - nova encomenda a Agostinho Marques, desta vez o guarda-roupa da sacristia; 1709, 6 Abril - Luís Vieira da Cruz, mestre entalhador, morador na cidade de Braga, assina documento em que se obriga a fazer o retábulo-mor, conforme o seu próprio risco, reaproveitando as 4 colunas do retábulo primitivo; a obra importou em 240$000; 1710, 27 Julho - ajuste do respaldo do retábulo de Nossa Senhora da Boa Morte com Luís Vieira da Cruz, desenhado por João da Rocha; 28 Julho - contrato com Jerónimo Luís, bate-folha, morador no Campo da Vinha, para dourar o retábulo e tribuna e ilhargas da capela-mor, sendo cada milheiro de ouro 7$400; 1715, 17 Maio - contrato com Pascoal Fernandes, mestre de cantaria, para realizar "dois lavatórios, completos, e acavados", bem como uma retrete; 10 Julho - Gabriel Rodrigues, mestre entalhador, anulou uma obra que ajustara no Colégio; 1720 - colocação dos azulejos historiados na capela-mor; 1726 - realização do retábulo da capela de Santa Úrsula, pelo entalhador Pedro Monteiro de Sousa, semelhante ao de São João Baptista, no mesmo templo; 1728 - José Pita Malheiro Ortigueira pinta o tecto; 1729 - ajuste com Luís Vieira da Cruz para a feitura do retábulo de São Francisco Xavier, que não se concretizou; 1730 - Francisco Ferreira executa o retábulo de São Francisco Xavier; 1731 - Inês Ferreira institui a capela de São João Baptista; Maria Nogueira institui a de Nossa Senhora da Luz; 1733, 3 Maio - contrato com Pintor Pedro Pereira, para fazer o douramento dos retábulos de Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora da Piedade, por 220$000; 1740 - melhoramentos na botica do colégio; 1754 - a Confraria de Nossa Senhora dos Prazeres, pretendendo reformar o seu retábulo, comprou o que André Soares riscara e Marceliano de Araújo executara para a capela do Paço Arquiepiscopal que havia sido rejeitado pelo arcebispo; contrato com o escultor António Pinto de Araújo, para realizar as imagens dos quatro Evangelistas; 1756, 14 Abril - José Álvares de Araújo executa o forro do arco da capela de Nossa Senhora dos Prazeres; 1759, 23 Junho - alvará extinguindo as classes e as escolas jesuíticas; após a expulsão dos jesuítas, passa a ser residência de clérigos, por ordem do Arcebispo D. Gaspar de Bragança; 1769, 12 Fevereiro - mapa da prata do Colégio que por ordem do rei o Desembargador Matias de Carvalho Coutinho de Vasconcelos remeteu para a Corte *5; o antigo colégio acolhe as religiosas franciscanas dos extintos conventos de Valença e Monção, com o nome de Convento de Santa Isabel; 1774, 4 Julho - provisão de D. José incorporando todos os bens da extinta Companhia de Jesus no património da Universidade de Coimbra, que assumiu a sua administração; 1785 - o edifício é transformado em colégio para educação de meninas, sob orientação das religiosas Ursulinas; 1878 - após a transferência da última religiosa para o Convento do Salvador, a pedido de D. João Crisóstomo de Amorim Pessoa, o imóvel passou para a posse da Diocese; 1880 - após grandes obras de adaptação e restauro, começou a funcionar, no edifício, o Seminário Conciliar de São Pedro e São Paulo; 1896 - reforma do retábulo do Sagrado Coração de Jesus, por iniciativa do vice-reitor do Seminário e graças à devoção e generosidade de D. Maria Emília Fernandes de Azevedo; 1898 - o Arcebispo António José de Freitas Honorato benzeu a nova imagem do Sagrado Coração de Jesus, obra do escultor João Evangelista Vieira; 1898, Janeiro - colocação no coro da igreja do novo órgão, obra de Augusto Joaquim Claro; 1899, Janeiro - o armador João Baptista Ribeiro ornamentou a igreja para as exéquias de D. António Honorato, Arcebispo resignatário; 1910 - o edifício é utilizado como quartel do Regimento de Cavalaria nº 29; 1919, Janeiro - após um período de obras, a igreja foi reaberta ao culto; 1948 - o edifício é devolvido à Igreja, passando lá a funcionar o Curso Filosófico dos Seminários Arquidiocesanos; 1957 - o reitor do Seminário, Cónego Dr. Luciano dos Santos, fundou o Museu Pio XII, dedicado à recolha, preservação e estudo de valores arqueológicos, históricos e culturais da Arquidiocese; 1968 - antecipando a realização de obras, o Cónego Luciano dos Santos realizou sondagens arqueológicas no claustro do Seminário, descobrindo estruturas de um edifício romano; 1975 - o edifício é ocupado pelos retornados das ex-colónias, na sequência do processo de descolonização; 1984 - é inaugurado o Museu Medina, com óleos e desenhos do pintor Henrique Medina; 1985 - o edifício é libertado da ocupação pelos retornados; 1989 - iniciaram-se as obras de recuperação; 1992 - funcionamento da Casa Sacerdotal; 1997 - conclusão das obras de recuperação e restauro do edifício. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante. |
Materiais
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Estrutura, elementos decorativos, pavimentos, colunas de sustentação do coro-alto, abóbada da capela-mor, base do púlpito, lavabo da sacristia, escadarias e abobadas do seminário, em granito; pias de água benta em mármore, de diferentes cores; tijolo nas abóbadas do seminário; portas, janelas, cobertura da nave, balaustrada do coro-alto e púlpito, guarda-vento, retábulos e arcaz em madeira; estuque e tectos falsos no seminário; guardas das varandas e da escadaria do seminário em ferro; cobertura exterior em telha de canudo; mansardas revestidas a telha marselha. |
Bibliografia
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GOMES, João Baptista Vieira, Memórias de Braga, Braga, 1834, pp. 111 - 144; FERREIRA, José Augusto, Fastos Episcopaes da Igreja Primacial de Braga (séc. III - séc. XX), Braga, 1932; FERREIRA, José Augusto, História Abreviada do Seminário Conciliar de Braga e das Escolas Eclesiásticas precedentes, séc. VI - séc. XX, Braga, 1937; COSTA, Padre Avelino de Jesus da, Estatutos do Colégio da Purificação, de Évora, IV Centenário da Universidade de Évora (1559-1959), Coimbra, 1967, pp. 3-74; Documentos para a História da Arte em Portugal, Arquivo do Tribunal de Contas, vol. 3, Lisboa, MCMLXIX; NÓBREGA, Artur Vaz Osório da, Pedras de Armas e Armas Tumulares do distrito de Braga. Cidade e Concelho de Braga, vol. I, tomo II, Braga, 1970, pp. 680 - 685, 691 - 696; DOMINGUES, Ernesto, Braga de 1560 a 1565 vista do Colégio de São Paulo, in Bracara Augusta, Braga, 1971-1972; SMITH, Robert, Frei José de Santo António Ferreira Vilaça, Lisboa, 1972; SMITH, Robert, Agostinho Marques, Ensamblador da Cónega, Lisboa, 1974; Vv.Aa., Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976, p. 149; RODRIGUES, Manuel Augusto, D. Frei Bartolomeu dos Mártires e o Colégio de São Paulo de Braga, in Separata de Lvsitânia Sacra, Lisboa, 1978; ROLO, Raul Almeida, O Colégio de São Paulo na Prelacia de D. Frei Bartolomeu dos Mártires, in Bracara Augusta, Braga, 1982; FERREIRA-ALVES, Joaquim Jaime, Pascoal Fernandes, mestre pedreiro de arquitectura - alguns elementos para o estudo da sua actividade, in Actas do Congresso Internacional: IV Centenário da Dedicação da Sé de Braga, Braga, 1990; ROCHA, Manuel Joaquim Moreira da, Arquitectura Civil e Religiosa de Braga nos séculos XVII e XVIII. Os Homens e as Obras, Braga, 1994, p. 78; MARTINS, Fausto Sanches, A Arquitectura dos Primeiros Colégios Jesuítas de Portugal: 1542 - 1759. Cronologia, Artistas, Espaços, vol. 1, Porto, 1994, pp. 491 - 588; (Dissertação de doutoramento - Policopiada); OLIVEIRA, Eduardo Pires de, O edifício do Convento do Salvador - De mosteiro de freiras ao Lar Conde de Agrolongo, Braga, 1994; PASSOS, José Manuel da Silva, O Bilhete Postal Ilustrado e a História Urbana de Braga, Lisboa, 1996, p. 42, 44, 45; OLIVEIRA, Eduardo Pires de, Arte Religiosa e Artistas em Braga e sua Região (1870 - 1920), Braga, 1999, pp. 145 - 147; OLIVEIRA, Eduardo Pires de, Braga. Percursos e Memórias de Granito e Oiro, Porto, 1999, pp. 135 - 140, 197, 198, 279; PEREIRA, Ana Maria Magalhães de Sousa, Da Casa Grande da Rua dos Pelames à Casa Nova da Rua de Dom Gualdim, Braga, séculos XVII - XVIII, Braga, 2000; LAMEIRA, Francico, O Retábulo da Companhia de Jesus em Portugal: 1619 - 1759, Faro, Departamento de História, Arquelogia e Património do Algarve, 2006. |
Documentação Gráfica
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DGEMN: DSID |
Documentação Fotográfica
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DGEMN: DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Seminário Conciliar de São Pedro e São Paulo: 1880 - obras de remodelação do edifício do seminário; 1896 - restauro do retábulo do Sagrado Coração de Jesus; 1918 - obras de recuperação da igreja; 1968 - escavações arqueológicas no claustro; 1989 / 1990 / 1991 / 1992 / 1993 / 1994 / 1995 / 1996 / 1997 - obras de recuperação do seminário; 2000 - obras de recuperação da igreja. |
Observações
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*1 - esta pedra de armas terá sido mandada colocar pelo Arcebispo D. Frei Bartolomeu dos Mártires em reconhecimento e recordação do muito que D. Henrique fizera pelos Estudos públicos de Braga, quando Arcebispo (1533 - 1540) (NÓBREGA, 693). *2 - o retábulo era primitivamente dedicado a Santa Úrsula. *3 - o retábulo é recente, procurando imitar os restantes. *4 - além destes bens, foram sendo doadas várias igrejas, fazendo parte do padroado do Colégio as seguintes: Santa Maria da Portela, Igreja de Aborim, Ermida de Nossa Senhora da Franqueira, São Salvador de Pereira, Santa Marinha de Remelhe, Santa Maria de Ferreiros, Santa Ana do Vimieiro, São Pedro de Avioso, Igreja de Roriz, Santa Maria de Negrelos, São Mamede de Vila Chã, Santa Maria de Vilar, Divino Salvador de Mazedo, Divino Salvador de Navió, Mosteiro do Carvoeiro e Divino Salvador de Portela Susã. *5 - do Mapa da prata do Colégio constavam as seguintes alfaias: dois vasos do sacrário, dourados, um lavrado e outro liso; catorze castiçais, desiguais, antigos e outros quatro de bojos lisos e pequenos; uma sacra do Evangelho e lavabo lavrados; uma estante e um missal guarnecidos de chapa lavrada sobre veludo carmesim; dois vasos lisos do Lavatório da Comunhão; um prato com gomil com filetes dourados; um purificador com tampa e pires, lisos; duas galhetas lavradas com prato e outras duas compridas, sem prato; uma custódia antiga lavrada com vidros ovalados; uma lâmpada grande e outras cinco, ficando uma que havia sido doada, seis varas de palio em 48 canudos; duas lanternas com hastes de canudos; uma cruz com crucifixo sem haste; uma caldeirinha e hisope; uma cruz com a relíquia do Santo Lenho; duas custódias antigas com as imagens de Santa Madalena e Santo Inácio; uma lâmpada pequena. |
Autor e Data
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António Dinis e Ana Pereira 1999 / 2001 / Joaquim Gonçalves 2004 |
Actualização
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