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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre
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Descrição
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Planta retangular virada a O. de leitura ilegível devido ao estado avançado de ruína, onde é perceptível o corpo da capela e a interligação de alguns espaços reservados à habitação. Volumes articulados, massas dispostas na horizontalidade. Uma ampla escadaria de dois lanços opostos converge para um patamar de acesso à capela; frontispício de pano único em empena angular aberto por portal de verga recta com moldura cinzelada circunscrevendo todo o vão, encimado por cornija onde assenta o brasão dos Figueiredo Carneiro de 1693, sobrepujado por óculo. A fachada O. prolonga-se por pano semi-arruinado aberto por portal e janelão no primeiro e segundos pisos. INTERIOR: articulação desnivelada. Espaços repletos de vegetação daninha. Destingue-se a cabeceira do templo e vestigios da cobertura da capela-mor em coruchéu quadrangular. De um vão N. da capela acede-se a um espaço de planta irregular (com ingreme lanço de escada para um inexistente piso superior), que tem passagem através de um arco em asa de cesto para outro espaço com dependências isoladas onde se destacam as largas cantarias das portas e janelas chanfradas. No fim do percurso possível pelo interior deparamo-nos com uma construção alta e de planta poligonal irregular, que fica no termo murado. |
Acessos
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Charneca do Alvorge. WGS84 (grau decimais): lat.: 39,982825; long.: -8,451626 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural, implanta-se numa planície, flanqueado por muro. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Em ruína |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 15 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1438 - Pertença de familias nobres, a quinta está já associada com a torre da Ladeia que remontava à época romana, quer pelo tipo de construção, quer pela inscrição alusiva ao Imperador Trajano que afirmavam aí existir; 1438 - 1481 - No tempo de D. Afonso V, é Senhor da Torre e quinta de Alvorge, Pedro Guerra, filho de Fernão da Guerra e neto de Dom Pedro da Guerra, filho do Infante Dom João, filho de Dom Pedro I e de Dona Inês de Castro; 1630 - Dona Luísa da Guerra casa com João Rodrigues de Figueiredo, de Condeixa-a-Nova, fidalgo do Duque de Bragança; 1658, 20 junho - instituição do vínculo dos Guerras na Torre e quinta da Ladeia; 1670, 20 janeiro o primogénito da familia casa com Dona Filipa Carneiro de Sottomayor: 1672, 11 janeiro - baptizado do primogénito, Belchior Carneiro Sottomayor de Figueiredo da Guerra; 1683 - Dona Filipa e seu marido erguem a capela dedicada a Nossa Senhora do Pilar, junto à torre da Ladeia, aquando da reedificação de todo o alcácer, fazendo demolir o terceiro andar do torreão, ficando este reduzido a dois, com tecto em cúpula piramidal, ficando toda a área habitacional com um pavimento único; 1698, Maio - Belchior Carneiro Sottomayor de Figueiredo da Guerra casa com Dona Francisca Luisa Pereira de Sampaio. É colocado no frontispício da Capela de Nossa Senhora do Pilar, por este concluída, bem como no portal da quinta o brasão de armas Carneiro Figueiredo; 1703, 18 abril - Dona Filipa dispõe em testamento ser sepultada na sua capela; 1707 - morte de Dona Filipa; 1748 - a Quinta de Alvorge passa para o genro de Belchior Carneiro, Pedro José de Salazar Jordão da Cunha de Eça; 1795, maio - com a extinção deste ramo, pela morte de Dona Maria Josefa de Salazar Jordão, a casa fica abandonada voltando os bens para José de Figueiredo de Guerra; 1857 - venda da propriedade ao Dr. Adriano Augusto Lopes Vieira, e a outros dois proprietários de Alvorge. Início da decadência da quinta; a imagem de Nossa Senhora do Pilar, padroeira da capela, recolhe à Quinta de São Tomé em Condeixa-a-Nova. |
Dados Técnicos
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Estruturas em paredes autoportantes e estrutura mista. |
Materiais
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Aparelho rusticado; alvenaria e cantaria. |
Bibliografia
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Alvorge - Património Arquitectónico e Cultural - Breve resumo Fotográfico, Jaime Tomás, 18 de Maio de 2000; COUTINHO, José Eduardo Reis, Perspectiva Global de Arqueologia, História e Arte da Vila e do Concelho, Coimbra, 1986. |
Documentação Gráfica
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CMAnsião: planta cartográfica nº 263.3/1.3 |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGENM/DSID |
Documentação Administrativa
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CMAnsião |
Intervenção Realizada
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Observações
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A transcrição das Memórias Paroquiais de 1758, é acompanhada de uma nota de Pedro de Azevedo em que diz ser "talvez dificil de provar a origem romana daquela torre, havendo todavia, algumas analogias e factos histórico-arqueológicos que permitiriam supor a existência de estruturas romanas, sendo notório nos terrenos vizinhos dispersão tegular (COUTINHO, 1986). |
Autor e Data
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Lurdes Perdigão 2000 |
Actualização
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