Palácio da Graciosa
| IPA.00000785 |
Portugal, Aveiro, Anadia, União das freguesias de Arcos e Mogofores |
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Casa nobre barroca, inserta na tipologia definida por Carlos de Azevedo como casa comprida, tendo em conta o seu desenvolvimento horizontal. Encontra modelos parentes e contemporâneos na Casa de Amoreira de Gândara, Anadia, (com balaústres, fogaréus e escadaria idêntica, datada de 1778), Casa dos Viscondes de Maiorca (com janelões semelhantes), Casa Sotto Mayor (Condeixa) e Palácio Galvão Mexia (Lisboa). Destaca-se o reaproveitamento de material artístico românico e seiscentista no corpo neomanuelino. |
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Número IPA Antigo: PT020103030003 |
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Registo visualizado 965 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre
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Descrição
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Planta retangular composta por edifício principal e, ligada por um arco, a capela privativa, Volumes articulados e coberturas em telhados de quatro águas (palácio) e duas águas (capela). Fachada organizada em três panos verticais marcados por pilastras colossais toscanas. Corpo central emoldurado por escadaria com patamar central e dois patamares superiores de acesso a dupla entrada. A escadaria arranca de soco em degraus semicirculares levantando-se, a partir do patamar central, guardas com balaustrada com secções marcadas por pedestais com fogaréus. Ao nível térreo, por baixo da escadaria, quatro portadas de acesso ao edifício, com remates curvos. Enquadram-se ao nível do andar nobre, portada dupla com empena e remates curvos interrompidos e pendentes decorativos laterais e ao centro janelão com empena curva, moldura em orelha e remate superior curvilíneo incluindo pedra de armas. Lateralmente rasgam-se, simetricamente, seis vãos em cada andar, no piso térreo quatro janelões gradeados com empena curva e porta rectangular com cimalha curva com correspondência a seis janelões superiores, emoldurados por cantaria e frontão triangular abatido. As fachadas laterais e posterior têm vãos idênticos: à direita, acesso superior central por escadaria, porta rectangular central e dois janelões rectangulares e à esquerda, composição de um corpo avançado com triplas aberturas e janelão central com varanda abalaustrada curva. Nas traseiras e unida por arco, capela rectangular composta por nave única e capela-mor rebaixada. Fachada simples com porta axial com empena curva e óculo quadrilobado superior com coroamento triangular, fachada lateral com porta, dois janelões superiores e um outro, ao nível da capela-mor. Na fachada posterior, acima do soco que corre todo o templo, três nichos cegos de arco ogival e anexa-se pequeno campanário lateral. Todas as fachadas têm cunhais marcados por ordem arquitectónica colossal com pilastras toscanas lisas assentes em plintos, sendo os capitéis substituídos por elemento convexo, e coroados por fogaréus. |
Acessos
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Lugar de Arcos, Rua de Três Arcos, Rua da Carneira, Rua da Graciosa |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 67/97, DR, 1ª Série-B, n.º 301, de 31 dezembro 1997 |
Enquadramento
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Rural. Isolado, está envolvido por formoso parque com esculturas, numa vasta quinta murada, com terrenos agrícolas e floresta. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Residencial: casa |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Séc. 18, último terço - Supõe-se ter sido edificada por José de Melo Sampaio Pereira de Figueiredo, irmão do Bispo de Goa e Algarve, Frei Lourenço de Santa Maria; 1879 - conferido o título de Marquês da Graciosa; 1896, cerca - construção do corpo neomanuelino, anexo ao edifício, no qual se reaproveitaram colunas seiscentistas provenientes de demolições da cidade de Coimbra e capitéis românicos pertencentes à igreja de São Cristóvão, Coimbra; 1977, 29 setembro - o imóvel foi classificado como VC, pelo Decreto nº 129 / 77, DR, 1ª Série, nº 226 de 29 setembro de 1977. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Alvenaria, cantaria em calcário, coberturas em tijolo, madeira e estuque (tectos) |
Bibliografia
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GOMES, Marques, O Distrito de Aveiro, Coimbra 1877; GONÇALVES, Nogueira, Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Aveiro, VI, Lisboa, 1959, pp. 69 - 70; AZEVEDO, Carlos de, Solares Portugueses, Lisboa, 1969, pp. 88 - 89 e 146; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/72976 [consultado em 14 outubro 2016]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGEMN: DSID |
Documentação Administrativa
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DGEMN: DREMC |
Intervenção Realizada
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O proprietário realiza, periodicamente, obras de beneficiação. |
Observações
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O brasão da fachada é esquartelado de Figueiredos, Pereiras, Melos e Sampaios com timbre de água de duas cabeças. |
Autor e Data
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Margarida Alçada 1983 / Carlos Ruão 1996 |
Actualização
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