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Conjunto arquitetónico Edifício e estrutura Político e administrativo / Cultural e recreativo Sede de organização não governamental / Monumento e museu Sede de fundação / Museu
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Descrição
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Conjunto de edifícios integrados num espaço murado, delimitado pela Avenida de Berna (N.), Avenida António Augusto de Aguiar (O.), Rua Marquês de Sá da Bandeira (E.) e pelo Centro de Arte Moderna (S.), adaptado à modelação natural do terreno em que se inscreve e delimitado por uma cortina arbórea que o protege. |
Acessos
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Avenida de Berna; Rua Dr. Nicolau Bettencourt |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional / ZEP, Decreto nº 18/2010, DR, 1.ª série, n.º 250 de 28 dezembro 2010 |
Enquadramento
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Urbano., destacado, isolado. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Política e administrativa: sede de fundação / Cultural e recreativa: museu |
Utilização Actual
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Política e administrativa: sede de fundação / Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
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Privada: |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETOS: Alberto Pessoa (1959); Artur Rosa (1962); Pedro Cid (1959); Ruy Jervis d'Athouguia (1959); John Leslie Martin, Sommer Ribeiro, Ivor Richards e Nunes de Oliveira (1983-1985). |
Cronologia
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1956, novembro - início do estudo e inventariação da coleção; 1957, abril - data de aquisição a Vasco Maria Eugénio de Almeida, de parte do Parque de Santa Gertrudes, para construção dos edifícios necessários à instalação da Fundação Calouste Gulbenkian e reconstrução na parte sobrante de um parque para uso próprio e público, agosto - conclusão do estudo da coleção que permitirá organizar a exposição do futuro museu; 1958 - visita a Paris à nova sede da UNESCO e conhecer os projetos do Museu do Havre e do Museu de Artes e Tradições Populares de Paris, consulta no ICOM dos estudos atuais da museologia, final do ano - conclusão da construção e adaptação de pavilhões pré-existentes da Feira Popular às instalações provisórias da Fundação, concluído igualmente a limpeza e recuperação dos jardins do Parque da Quinta de Santa Gertrudes pertença da Fundação (70 mil m2); concluídas as obras de recuperação, conservação e adaptação do Palácio Marquês de Pombal em Oeiras para receber e armazenar a coleção até ser integrada no futuro museu da Fundação; foram remetidas para este Palácio, por via férrea em duas remessas a maioria do espólio da Fundação presente em Paris. Ficou programado para o ano seguinte a remessa do recheio do Palácio d`Iena em Paris (adquirido por Calouste Gulbenkian em 1922 com o fito de aí fazer a sua residência); 1959 - lançamento do concurso para o projecto da Sede e Museu da Fundação Calouste Gulbernkian, que viria a ser ganho pela equipa Alberto J. Pessoa, Pedro Cid e Ruy Jervis d'Athouguia (1917-2006), participando como consultores da equipa os arquitectos paisagistas António Viana Barreto e Gonçalo Ribeiro Telles, para a concepção de um parque que envolvesse o edifício; surgiu, ainda, como consultor Francisco Caetano Keil do Amaral; Frederico Henrique George integrou uma equipa que planeou um projecto para o edifício; 1960 - preparação do envio da 4.ª remessa de Paris, relativa a obras retiradas inicialmente pelo governo francês; escolha do anteprojeto de arquitetura após avaliação dos três apresentados ao Conselho de Administração; elaboração dos projetos de adaptação do Palácio d`Iena em Paris a Centro Cultural Franco-português; criação da Revista Colóquio;1961, Dezembro - anteprojecto do parque; 1962 - início das obras com a adjudicação das terraplanagens e muros de suporte; colocação no edifício sede de um painel escultórico da autoria do arquitecto Artur Rosa, criação da Orquestra, originalmente designada por Orquestra de Câmara da Gulbenkian, com doze elementos; 1964 - criação do coro Gulbenkian; 1965 - criação da companhia de ballet Gulbenkian; 1967 - começaram a ser adjudicadas as empreitadas de acabamento de interiores; 1968 - conclusão da obra; 1969, 2 outubro - inauguração dos edifícios e jardins; 1970, setembro - 12º Congresso da Federação Internacional dos Arquitectos Paisagistas nas instalações da Fundação Gulbenkian; 1975 - o imóvel é distinguido com o Prémio Valmor; 1983 - construção do Centro de Arte Moderna, conforme projecto do arquitecto John Leslie Martin; 1984, 7 de maio - criação do ACARTE (Animação, Criação Artística e Educação pela Arte) por iniciativa de Madalena de Azeredo Perdigão, regressada à Fundação; criação do CAI (Centro Artístico Infantil), funcionará até 2002; 1985 - construção de um pavilhão para crianças pelos arquitectos John Leslie Martin e Yvor Richards; 2002, 22 abril - despacho do Vice-Presidente do IPPAR determinando a abertura do procedimento administativo relativo à eventual classificação do conjunto do Parque, edifício-sede, Museu, Centro de Arte Moderna e jardins da Fundação; 2003 - início das obras de remodelação do Parque por Gonçalo Ribeiro Telles; 2006, 07 junho - Despacho de classificação do edifício pelo Ministro da Cultura, A fundação compra mais uma parte da propriedade a Maria Teresa Eugénio de Almeida (1921-2017), viúva de Vasco Maria Eugénio de Almeida, Conde de Vilalva (1913 - 1975) que vai possibilitar uma nova entrada para o parque e para o edifício do Museu Calouste Gulbenkian-Coleção Moderna; 2008, 23 setembro - após obras de melhoria da qualidade do ar interior e de optimização de utilização de energia, o edifício foi considerado "Edifício Saudável"; 2010, 28 de dezembro - Publicação no DR. do decreto nº 18, da classificação como Monumento Nacional; 2011, 28 de janeiro - Publicação no DR. da Portaria nº 260, da ZEP; 2024, 20 Setembro - reabertura do CAM inaugurando as novas instalações, um projeto arquitetónico de adaptação ao edifício pré-existente, de Kengo Kuma, e projeto de arquitetura paisagística para o novo jardim de Vladimir Djurovic. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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CORREIA, Graça - Ruy D'Athouguia. Aveleda: Verso da História, 2013; Guia de Arquitectura. Lisboa 94. Lisboa: 1994; LEITE, Ana Cristina (coord.) - Arquitectura Premiada em Lisboa. Prémio Valmor - Prémio Municipal de Arquitectura. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 1988; PEDREIRINHO, José Manuel - Dicionário de arquitectos activos em Portugal do Séc. I à actualidade. Porto: Edições Afrontamento, 1994; PDM - Plano Director Municipal. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 1995; Relatório da Actividade do Ministério no Ano de 1961. Lisboa: Ministério das Obras Públicas, 1962, 2.º vol.; «Sede da Fundação Gulbenkian declarada Edifício Saudável». Newsletter. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, Novembro-Dezembro 2008, n.º 98; TOSTÕES, Ana - Os Verdes Anos na Arquitectura Portuguesa dos Anos 50. Lisboa: Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, 1997; Tostões, Ana, "Em direcção a uma nova monumentalidade. A Obra da Sede e Museu da Fundação Calouste Gulbenkian" in Revista de História da Arte, N.2 (2006), pp. 190-206; Visita Guiada, 20 maio 2019, RTP https://www.rtp.pt/play/p5656/e408030/visita-guiada |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSPI/CAM, DGEMN/DRELisboa/DRC, DGEMN/Arquivo Daciano da Costa, DGEMN/Arquivo António Viana Barreto, DGEMN/Arquivo Gonçalo Ribeiro Telles |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/Arquivo Gonçalo Ribeiro Telles |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/Arquivo António Viana Barreto; PT FCG FCG:SPO-S003/02/03-D01201 / PT FCG FCG:SPO-S003/02/03-D01200 / PT FCG FCG:SPO-S003/02/03-D01203. |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1961 - estudo da penetração solar através dos envidraçados do museu e galeria de exposição temporário, pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil; PROPRIETÁRIO: 2007 / 2008 - substituição dos materiais dos pavimentos dos gabinetes, sala de congressos e outros espaços; remodelação das instalações eléctricas, de segurnaça, ar condicionado e revestimentos; substituição de lâmpadas incadescentes por fluorescentes, instalação de detectores de movimento para accionar a iluminação |
Observações
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Autor e Data
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Filomena Bandeira 1998 |
Actualização
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