Liceu de Camões / Escola Secundária Luís de Camões
| IPA.00007763 |
Portugal, Lisboa, Lisboa, Arroios |
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Arquitectura educativa. Liceu que inaugura, entre a arquitectura escolar, um novo modelo, marcado pelo risco de Ventura Terra que, além deste, é também autor dos projectos dos liceus de Pedro Nunes e de Maria Amália Vaz de Carvalho. Dentro do panorama da arquitectura da época, distinguem-se pelas "propostas de expressão técnica e funcionalmente racionalistas" (Tostões, p. 513), numa linha decorativamente despojada e de volumetrias simples. Utilização de ferro e vidro na cobertura do ginásio. |
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Número IPA Antigo: PT031106440529 |
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Registo visualizado 1134 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Educativo Escola Liceu Tipo Monarquia
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Descrição
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Planta regular e simétrica, de dois pisos, de "esquema em tridente" (França, p. 149), composta pela fachada principal, dois corpos laterais, e um central, paralelo a estes, criando dois vastos espaços abertos, rectangulares, destinados a recreio. As salas de aula distribuem-se essencialmente pelos corpos laterais, no central localizam-se o ginásio e refeitório, enquanto que o corpo constituinte da frontaria alberga, entre outras, as instalações administrativas. Tem o busto de Camões. |
Acessos
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Praça José Fontana; Rua da Escola de Medicina Veterinária; Rua Almirante Barroso |
Protecção
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Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 740-N /2012, DR, 2.ª série, n.º 248 de 24 dezembro 2012 |
Enquadramento
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Urbano. Ocupa cerca de metade de um extenso quarteirão limitado pela Praça José Fontana, ruas Almirante Barroso, da Escola de Medicina Veterinária e Dona Estefânia. É para a Praça José Fontana, de configuração triangular e organizada em torno do Jardim de Henrique Lopes de Mendonça, que se volta a frontaria da escola, separada da artéria urbana por muro gradeado e espaço calcetado que acompanham toda a fachada. A S., em quarteirão vizinho, ergue-se um outro edifício escolar, também de grande impacto urbano: a Escola Superior de Medicina Veterinária (v. PT031106441078). A N., e quase "paredes meias" com o antigo Liceu, voltado à Rua Almirante Barroso, situa-se o edifício da primitiva Escola Industrial António Arroio (v. PT031106440245). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Educativa: liceu |
Utilização Actual
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Educativa: escola secundária |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Miguel Ventura Terra (1907); Falcão de Campos (2022). CONSTRUTOR: António Ribeiro (1908-1909). ESCULTOR: Fernando Fernandes (1970). |
Cronologia
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1907 - data do projecto, da autoria de Miguel Ventura Terra (1866-1919), para instalar um liceu, em terrenos do Estado, encomendado pelo Ministério do Reino - Direcção-Geral da Instrução Secundária Superior Especial; 1908, Janeiro - início da construção, estando as obras a cargo de António Ribeiro; 1909, 16 Outubro - inauguração; 1918 - Instalação de Hospital de Campanha durante a Gripe Espanhola; 1936 - Instalação da sede da Mocidade Portuguesa; 1939 - Realização do 1º Congresso da Mocidade Portuguesa; 1958, 18 de Maio, comício da campanha do General Humberto Delgado, no ginásio; 1970 - execução do busto de Camões, em bronze, por Fernando Fernandes, por iniciativa do estabelecimento de ensino; 1972 - inauguração do busto; 1972/1973 - Abertura do desdobramento para ensino feminino por motivos de lotação nos liceus femininos da cidade; 2006, 03 agosto - Despacho de abertura do processo de classificação pelo vice-presidente do IPPAR; 2011, 06 dezembro - proposta de classificação como Monumento de Interesse Público pela DRCLVTejo; 2022 - início da 1º fase de obras de requalificação e ampliação com projeto de 2009 de Falcão de Campos (programa de renovação do Parque Escolar); 2024, setembro - conclusão das obras de requalificação. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1954, Lisboa, 1955; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos anos de 1957 e 1958, 1º Volume, Lisboa, 1959; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos Anos de 1959, 1º Volume, Lisboa, 1960; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no Ano de 1961, 1º Vol., Lisboa, 1962; FERREIRA, Rafael Laborde, VIEIRA, Victor Manuel Lopes, Estatuária de Lisboa, Lisboa, Amigos do Livro, Lda., 1985; Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa, Lisboa, AAP, 1987; Plano Director Municipal, Lisboa, CML, 1995; FRANÇA, José-Augusto, A Arte em Portugal no Século XIX, Lisboa, Bertrand, 1990 (3ª ed.), vol.2; TOSTÕES, Ana, Arquitectura Portuguesa do Século XX, in História da Arte Portuguesa, ( dir. Paulo Pereira), Lisboa, Círculo dos Leitores, 1995; Portugal. Arquitectura do Século XX (Catálogo da Exposição Portugal-Frankfurt 97), Lisboa, 1997; Arquitecto Ventura Terra (1866-1919), Lisboa, Assembleia da República, 2009; http://arqpapel.fa.utl.pt/jumpbox/node/74?proj=Liceu+Cam%C3%B5es, 16 Setembro 2011; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/8832289 [consultado em 11 janeiro 2017]; https://www.dn.pt/portugal/gripe-espanhola-liceu-camoes-foi-transformado-em-hospital-9288813.html; https://www.youtube.com/watch?v=3m6Chy87cXo&t=4178s (apresentação dos trabalhos em História dos alunos do 12º ano 2021-2022); "Fernanda Fragateiro mudou o rosto do Liceu Camões – toques de Midas numa ópera universal", Público, 13 de setembro 2024. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DREL/DEM |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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DGEMN: 1954 - realização de obras de reparação e conservação periódica, pela Direcção dos Serviços de Construção e Conservação; 1957 - obras pelos Serviços de Construção e Conservação; 1959 - construção de 1 salas em pavilhão pré-fabricado, pelos Serviços de Construção e Conservação, em conjugação com a Junta de Construções para o Ensino Técnico e Secundário; 1961 - obras de conservação geral do interior, pelos Serviços de Construção e Conservação. |
Observações
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EM ESTUDO |
Autor e Data
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Filomena Bandeira 1998 |
Actualização
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