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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta composta de nave única em cruz latina e torre sineira quadrangular adossada a S.. Volumes articulados horizontalmente com coberturas diferenciadas em telhados de duas e quatro águas. Torre sineira com cobertura de cúpula bolbosa. Embasamento ligeiramente proeminente. Fachada principal orientada a E. com portal de arco ligeiramente abatido, sobrepujado por uma almofada com moldura em volutas e janelão que, por seu turno, apresenta as armas papais sob um frontão triangular. A fachada, com pilastras nos cunhais, sobrepujados ao nível dos telhados por pináculos, é rematada em empena de lanços encimada por cruz patriarcal. A torre sineira possui pilastras nos cunhais, e é marcada em três registos por cornija e friso, apresentando no segundo relógio de sol circular, na fachada E., e no terceiro quatro vãos sineiros; coroamento em balaustrada e pináculos nos cunhais. As fachadas S. e N. são marcadas por aberturas de porta e janelões ao nível do piso do coro-alto. No INTERIOR lambril de azulejos de padrão recentes, coro-alto de perfil ondulado e balaustrada de madeira sobre vigas de betão e quatro capelas colaterais com retábulos de talha. Tecto em madeira de perfil curvo. Os braços do transepto apresentam um entrepiso. Capela-mor com janelas e tribunas colaterais, lambril de azulejos a toda a volta e retábulo pintado em fingimento de mármore, com colunas compósitas e três nichos. O nicho central é encimado por sanefa. |
Acessos
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EN 210, desvio para a variante de Celorico, seguir indicação Britelo |
Protecção
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Enquadramento
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Rural, em destaque, envolvido por jardim relvado que constitui simultaneamente o elemento separador da via de circulação a S. e a E.. Acede-se à porta da fachada principal através de uma escadaria de um só lanço composta por cinco degraus. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Braga) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 / 19 / 20 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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séc. 10, final - Britelo era Abadia de mitra, o topónimo aparece mencionado num documento como "Alla Villa de Britelo quos quit de Pelagio et Felicia"; 1045 - Referência à Igreja Paroquial de Britelo, constante num documento do Mosteiro de Arnóia (v. PT010305020011); era Senhor da Terra de Basto Gomes Échigues ou Échegues de Sousa, Governador, "Imperator", da comarca de Entre Douro e Minho, "Maiorino" de Portugal na corte de Fernando o Magno e fundador do Mosteiro de Pombeiro (v. PT011303150001); 1258 - segundo as Inquirições de D. Afonso III os padroeiros da igreja são os Senhores da freguesia, sendo nomeada D. Maria Gonçalves de Sousa que "... obrigará por força os herdadores a lhe cederem o voto..." (COUTINHO, s/d), residente na Honra e Paço de Freixieiro, filha de D. Gonçalo Mendes de Sousa, Senhor da Terra de Basto, Aguiar de Sousa, Aguiar da Pena, Panóias, Celorico da Beira, Casa de Sousa, mordomo-mor de D. Sancho I, D. Afonso II e D. Sancho II e Fronteiro-mor de Lisboa; 1309 - nas inquirições de D. Dinis, a igreja é referida como tendo seis casais no lugar de Crespos, em Britelo; 1520, 29 Março - é dado foral a Celorico de Basto, mencionando Rodrigo ou Rui de Moura como tendo dois casais em Crespos, da Igreja de Britelo; era Abade de Britelo Pedro de Moura Coutinho da Casa de Adoufe, em Gémeos; 1790 - os monge do Mosteiro de Arnóia apresentam Abade par a Igreja de Britelo, à revelia do Arcebispo de Braga, D. Frei Caetano Brandão; o Arcebispo opõem-se, tendo sido o último Abade de colocação ordinária Luís de Moraes, de Trás-os-Montes, por renúncia de seu tio João Borges; 1882 - data da pia baptismal; séc. 20 - são feitas grandes reformas decorativas. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Paredes exteriores em granito aparente e rebocado. Cobertura exterior em telha de barro. Pavimento em tijoleira vária. Altar-mor em granito e mármore. Tecto do transepto em masseira de madeira. Vidros coloridos. Lambril de azulejos. |
Bibliografia
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PIZARRO, José Augusto Sotto Mayor, Linhagens Medievais Portuguesas. Genealogias e Estratégias (1279 - 1325), Centro de Estudos de Genealogia, Heráldica e História da Família da Universidade Moderna, Porto, 1999, p. 213; GAMEIRO, Odília Filomena Alves, A Construção das Memórias Nobiliárquicas Medievais. O passado da linhagem dos senhores de Sousa, Sociedade Histórica da Independência de Portugal, Lisboa, 2000, pp. 28, 52, 54, 56, 65; FERREIRA, José Carlos, ASSIS, Francisco de, Barroco em Celorico de Basto, in Diário do Minho, 1 Março 207, p. 29. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGEMN: DSID |
Documentação Administrativa
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IAN/TT: Forais Novos d' Entre Douro e Minho (Foral Novo de Celorico de Basto); Arquivo Particular da Casa de Telhô: COUTINHO, D. José de Moura, Descripção dos dous concelhos de Celorico de Basto, e Cabeceiras de Basto, vol I, pp. 2 v., 4 v., 100, 101, 132 v., 134 v., 141v., s/d |
Intervenção Realizada
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1983 / 1985 - restauro e remodelação; arranjo exterior. |
Observações
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Autor e Data
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João Santos 1996 |
Actualização
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