Forte de Milfontes / Castelo de Milfontes / Forte de São Clemente

IPA.00000744
Portugal, Beja, Odemira, Vila Nova de Milfontes
 
Arquitectura militar, maneirista, romântica. Antes das alterações a fortaleza, mostrava planta poligonal, com muralha em talude, rematado por canhoneiras, 2 baluartes triangulares salientes nos cantos NO. e SO., a que correspondiam 2 plataformas em níveis diferentes, separadas por casamatas, casas do governador, armazéns e capela. Os panos N. e E. eram rodeados por fosso, defendido por 2 terraços com revelins triangulares salientes. Fortaleza maneirista de tipo abaluartado adaptada a residência; ambiente romântico criado pela construção de um cubelo medieval ameado na cobertura e pelo revestimento a hera das fachadas N. e E.. A fortaleza estava integrada no plano de defesa da costa a S. do Sado. O projecto do forte do Pessegueiro, do mesmo arquitecto, não chegou a ser concluído, subsistindo os problemas de protecção da costa e das embarcações.
Número IPA Antigo: PT040211110002
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Militar  Forte    

Descrição

Planta poligonal irregular. Cobertura em terraço e em telhado; guarita cilíndrica no ângulo NE., cubelo ameado assente no terraço do lado N.. Muralha em talude, rematada a N. e E. por canhoneiras, rodeada do mesmo lado por fosso, cruzado por ponte levadiça que conduz à porta de acesso, em arco redondo, com pedra de armas, no pano E.. Os panos O. e S. são rasgados por vãos de verga redonda. No interior os alçados do edifício de habitação, de 2 pisos, abrem para o pátio que deita sobre o rio.

Acessos

Junto ao estuário do Mira, a cerca de 1,5 Km da barra.

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 95/78, DR, 1.ª série, n.º 210 de 12 setembro 1978

Enquadramento

Urbano, outeiro, borda d'água, na margem direita do rio Mira. Inserido na povoação, está implantado na vertente sul de pequeno outeiro, a pique sobre o rio Mira.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Militar: forte

Utilização Actual

Comercial e turística: casa de turismo de habitação

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 17 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Alexandre Massay (documentada)

Cronologia

1598 - Alexandre Massay é encarregado pelo Conselho de Guerra do reconhecimento da foz do Mira e do estudo da sua defesa contra os ataques constantes de que era alvo pelos corsários magrebinos; 1599 / 1602 - construção do forte; 1621 - o forte necessitava de reparação; estava artilhado com 5 peças de artilharia, arcabuzes e mosquetes, mas sem munições nem guarnição; estava então entregue a Diogo Fernandes, um rico homem da vila; 1693 - conclusão das reparações. A praça tinha 2 companhias de soldados; 1906 - o forte é vendido em hasta pública; 1931 - a Junta de Freguesia delibera a expropriação e a demolição, que não acontece por falta de dinheiro; 1937 - novo pedido de demolição, contrariado pela DGEMN; 1939 - compra, seguida de restauro, por Luís Manuel de Castro e Almeida; 1998 - obras de renovação e adaptação a unidade de turismo de habitação; 2009, novembro - o imóvel encontra-se para venda; 2000, 25 agosto - incluído no PDM de Odemira, Resolução nº.114/2000, DR n.º 196; 2013, julho - colocado à venda por 4.000.000 Eur.

Dados Técnicos

Materiais

Cantaria, alvenaria de pedra e tijolo, telha cerâmica, tijoleira, madeira, vidro

Bibliografia

ALMEIDA, J., Roteiro Monumentos Militares Portugueses, vol. III, Lisboa, 1948; CALIXTO, Carlos Pereira, O Forte de S. Clemente de Vila Nova de Milfontes, in O Dia, 6 Setembro de 1979; QUARESMA, António Martins, Apontamentos Históricos sobre Vila Nova de Milfontes, Odemira, 1988; GUEDES, Lívio da Costa, Aspectos do Reino do Algarve nos séculos XVI e XVII - A "Descripção" de Alexandre Massaii (1621), in Boletim do Arquivo Histórico Militar, Lisboa, 1988.

Documentação Gráfica

DGPC: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

DGPC: DGEMN/DSID

Intervenção Realizada

Proprietário: 1939 / 1944 - efectuados restauros (obras fiscalizadas por Florindo Pereira Albuquerque e executadas pelo mestre João Damásio, segundo lápide em azulejo no interior do castelo); 1998 - obras de renovação e adaptação a Turismo de Habitação.

Observações

A adaptação a residência e posterior utilização como pousada pode ser considerada como uma iniciativa pioneira no campo do turismo de habitação.

Autor e Data

Isabel Mendonça 1994

Actualização

Rosário Gordalina 2018
 
 
 
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