Igreja Paroquial de Vale da Mula / Igreja de Nossa Senhora da Assunção
| IPA.00007253 |
| Portugal, Guarda, Almeida, Vale da Mula |
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| Arquitectura religiosa, medieval e setecentista. Igreja paroquial de primitiva edificação medieval e reedificação setecentista de expressão chã e morfologia erudita. Tem planta longitudinal composta por nave única, capela-mor mais estreita, sacristia e torre sineira no flanco da fachada principal. A fachada principal rasga-se com portal principal e janelão rectangular sobre o eixo. Fachada lateral S. divide-se em três panos entre contrafortes de esbarro oblíquo. Na fachada lateral N., a volumetria dos diferentes corpos é acusada. O interior é constituído por nave de três tramos separados por arcos diafragma de volta perfeita de ponto muito aberto, com cobertura em forro de madeira com travejamento à vista, assente directamente sobre as paredes. No primeiro tramo e nos tramos médios do lado do Evangelho e do lado da Epístola abrem-se arcos de volta perfeita com capelas e altares, encerrando imagens de fabrico contemporâneo. Sacristia adossada ao lado N. da capela-mor. |
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| Número IPA Antigo: PT020902270064 |
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| Registo visualizado 94 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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| Construção de planta longitudinal composta por nave única e capela-mor, sacristia e torre sineira adossadas. Forma um conjunto de volumes escalonados, sendo o da capela-mor mais elevado, com coberturas diferenciadas, ambas em telhados de duas águas, assentes sobre cornija na capela-mor, e directamente sobre o paramento mural na nave e sacristia. A fachada principal, orientada a O., de remate em empena com cornija, mostra 2 registos e 2 panos, pois integra a torre sineira do lado direito e o portal principal em arco de volta perfeita, este encimado por janelão rectangular aberto sobre o eixo. Porta protegida por beiral estendido entre os contrafortes. A torre tem dois andares, um primeiro andar alto, de paramento cego, e o segundo, dividido por cornija saliente, vazado com quatro sineiras em arcos de volta perfeita, coroado por coruchéu encimado por pináculos nos ângulos e cruz latina ao centro. A fachada lateral S. divide-se em três panos entre contrafortes de esbarro oblíquo, com porta e uma janela rectangular de molduras rectas e intradorso biselado. Na capela-mor, mais estreita do que a nave, rasgam-se duas janelas do lado S., semelhante às da nave. A parede testeira é cega, demarcada por pilastras angulares, encimadas por pináculos. Tem remate em empena com cruz no vértice, assente sobre cornija saliente e banda lisa. A fachada lateral N. divide-se em quatro corpos: o pano curto da capela-mor, o corpo saliente da sacristia, também demarcada por cunhais de granito e rasgada pelos vãos de quatro janelas rectangulares de ombreiras com os intradorsos biselados, o corpo cego da nave e o corpo lateral da torre sineira, saliente do paramento principal. O INTERIOR é nivelado, pavimentado com lajes de granito, constituído por nave de três tramos separados por arcos diafragma de volta perfeita de ponto muito aberto, com cobertura em forro de madeira com travejamento à vista, assente directamente sobre as paredes. No primeiro tramo, do lado da Epístola abre-se a capela baptismal sob arco de volta perfeita, decorada com registo de azulejo azul e branco, representando o Baptismo de Cristo e o segundo tramo do mesmo lado mostra dois arcos de volta perfeita geminados com capela aberta no primeiro e altar embebido no segundo, repetindo-se o mesmo sistema do lado do Evangelho. O terceiro tramo é ocupado pelo púlpito de granito, do lado da Epístola, e rasga-se com janela do lado do Evangelho. A capela-mor, separada por arco triunfal de volta perfeita de ponto mais fechado que os divisores dos tramos da nave, é mais estreita, sendo iluminada por duas janelas voltadas a S.. Apresenta a testeira cega, com nicho contemporânea relevado ao centro e tem acesso à sacristia aberto do lado N.. A cobertura da capela-mor é em abóbada de berço construída em forro de madeira. |
Acessos
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| Largo da Igreja |
Protecção
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| Inexistente |
Enquadramento
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| Urbano. Edificada no largo a que deu o topónimo, plano e calcetado com paralelos de granito, centra-se entre arruamentos. A fachada principal é sombreada por árvore de folha caduca de grande porte. |
Descrição Complementar
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| Conserva a pia baptismal primitiva, em forma de taça gomada assente sobre colunelo de base sextavada. O paramento mural da nave é rebocado a partir de lambril deixado em alvenaria de granito com as juntas cimentadas. |
Utilização Inicial
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| Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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| Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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| Privada: Igreja Católica (Diocese da Guarda) |
Afectação
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| Sem afectação |
Época Construção
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| Séc. 13 / 14 (conjectural) / 18 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| Desconhecido. |
Cronologia
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| Séc. 13 / 14 - provável edificação da primitiva igreja; 1320, 23 maio - bula do Papa João XXII concedendo a D. Dinis, por três anos, para subsídio de guerra contra os mouros, a décima de todas as rendas eclesiásticas do reino, sendo a igreja taxada em 15 libras; interga o termo de Almeida e o bispado de Ciudad Rodrigo; 1515 - o bacharel Pedro Nunes, corregedor régio, recebe de D. Manuel I o direito de tomar posse das rendas e frutos da igreja de Almeida - e da sua anexa de Vale de la Mula - no montante de 90 cruzados, para serem apartados e aplicados na Ordem e Cavalaria do Mestrado de Cristo, em cumprimento de bula de Leão X de 1514 (VILHENA, 1972, pp. 234-235); 1661 - a freguesia foi tomada pelas tropas espanholas comandadas pelo Duque de Ossuna; séc. 18 - renovação da primitiva igreja (conjectural); 1758 - descrita como igreja de nave única, com cinco altares, um deles administrado por Sancho Lopes de Castilho, morador em Almeida; tinha irmandade do Santo Cristo e as confraria do Rosário, das Almas e do Manso Cordeiro; séc. 20 - obras de conservação geral, execução de obras de arte, limpeza e manutenção do adro. |
Dados Técnicos
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| Paredes autoportantes. |
Materiais
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| Cantaria de granito; cantaria de granito rebocada e pintada; alvenaria de granito; telha de canudo; pavimento em lajes de granito; cobertura interior em forro de madeira. |
Bibliografia
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| ANTT, Vale de la Mula, Dicionário Geográfico, vol. 38, n.º 45, p. 243-245; COSTA, António Carvalho da, Corografia Portugueza, e Descripçam Topografica do famoso Reyno de Portugal, tomo II, Lisboa, 1708; CASTRO, José Osório da Gama e, Diocese e Distrito da Guarda, Porto, 1902; BIGOTTE, José Quelhas, O Culto de Nossa Senhora na Diocese da Guarda, Lisboa, 1948; CARVALHO, José Vilhena de, Almeida Subsídios para a sua História, s.l., 1973; GOMES, J. Pinharanda, História da Diocese da Guarda, Braga, 1981. |
Documentação Gráfica
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| IHRU: DGEMN/DSID; CMAlmeida |
Documentação Fotográfica
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| IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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| CMAlmeida |
Intervenção Realizada
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| PROPRIETÁRIO: séc. 20 - várias obras de conservação geral, execução de obras de arte, limpeza e manutenção do adro. |
Observações
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Autor e Data
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| João Vilhena e Joana Vilhena 2000 |
Actualização
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