Casa dos Aguilares e Capela

IPA.00007236
Portugal, Viseu, Castro Daire, Castro Daire
 
Arquitectura residencial, maneirista. Solar de nobreza rural, com a residência propriamente dita e zona agrícola, separada do exterior por muro. Organização do espaço, com zona residencial e dependências agrícolas, que internamente formando pátio (quintã) se separa da zona rural por muro e portão interiores. Construção de 2 pisos, sendo o superior mais nobre, servindo o térreo, como arrumos, e dependências agrícolas. Tendência horizontalista das massas. Por ser arquitectura erudita urbana, escadaria no interior da habitação. Maior riqueza decorativa da fachada principal em detrimento dos outros alçados. Janelas de guilhotina emolduradas sem decoração. Capela não inserida no alçado principal nem no seu enfiamento, de nave única, altar-mor e sacristia. Tecto de caixotões com apainelados de madeira. Altar mor de talha dourada com elementos decorativos classizantes. Revestimento, à semelhança do exterior, com azulejos de padrão. Frontão triangular, fogaréus e gárgulas de canhão. Entrada principal descentralizada a que se tem acesso por nártex, que por sua vez conduz à entrada propriamente dita. A planta em forma de polígono irregular, não tem a fachada principal toda no mesmo plano. Em cada um dos extremos do alçado principal e ao nível do piso superior, uma varanda alpendrada, estabelece ligação com os alçados laterais.
Número IPA Antigo: PT021803040016
 
Registo visualizado 131 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial senhorial  Casa nobre  Casa nobre  

Descrição

Planta longitudinal, composta e irregular, com coincidência do exterior e o interior, de volumes articulados e disposição horizontalista das massas. Coberturas de telhados diferenciados de 2, 3 e 4 águas, assentes em cornija. Embasamentos demarcados em algumas fachadas. Fachada principal orientada a E.: corpo principal de 2 pisos, que se prolonga nos seus extremos por nartexes, de acesso ao pórtico principal encimado por varanda alpendrada e sustentada por colunas toscanas e, no outro extremo por porta incaracterística, sobrepujada por varanda semelhante à atrás descrita. No corpo principal, portas diferenciadas no piso térreo. No superior, 4 janelas de guilhotina, emolduradas, ladeiam simetricamente brasão heráldico. Para o lado S., em plano mais recuado, construção de 2 pisos, que se adossa ao alçado lateral. Alçado S.: construção com portas no piso térreo e janelas de guilhotina, no superior, tendo em posição centralizada a entrada da capela, composta por arco a pleno centro ladeado por pilastras e encimado por frontão triangular curvo, decorado com fogaréus e cruz no vértice, sobre pedestal. Uma escadaria gradeada, formando nartex, totalmente revestido a azulejos padrão, dá acesso ao portal rectangular encimado por brasão de armas *1. Gárgula junto à entrada da capela. Continua o alçado por muro delimitador da propriedade na zona agrícola. Alçado tardoz: muro. Alçado N.: no seguimento da varanda alpendrada, situa-se a residência propriamente dita, rebocada, iluminada por 3 pequenas fenestrações no piso térreo e 4 janelas de guilhotina e 2 frestas, no superior. Segue-se construção semelhante a pequena torre, de maior pé direito, que fazendo esquina prolonga o alçado, com construções de uso agrícola, de volumetrias, portas, portões e fenestrações diferenciados. Esta zona apresenta aparelho rusticado. INTERIOR: pátio interior com escadaria de acesso ao piso superior. Neste, salão que comunica para ambos os lados a divisões da habitação, e para a varanda alpendrada exterior. Do interior da habitação, faz-se igualmente passagem para o pátio interior de onde, a nível térreo se acede às construções para fins agrícolas, para a capela e para a zona agrícola. Do lado N., um portão, através de escadaria, dá acesso a terraço e à varanda interior, da ala N. da residência. CAPELA: De nave única, altar mor e sacristia. Lado da entrada, com porta rectangular. Do lado da Epístola, pequeno corredor de acesso ao exterior, entendido como o interior da propriedade. Do lado do Evangelho, porta para a sacristia, que, por sua vez, comunica igualmente com o interior da propriedade. Retábulo-mor de talha dourada, com nicho em posição central. Tecto de madeira de caixotões. A capela é totalmente forrada a azulejos azuis e brancos de padrão 4x4, com moldura.

Acessos

Praça D. José de Aguilar, em Castro Daire

Protecção

Em estudo

Enquadramento

Urbano, insere-se em terreno desnivelado, isolado, destacado e separado por muro delimitador da propriedade agrícola, em zona nobre da parte mais antiga da vila.

Descrição Complementar

Na capela, retábulo do estilo nacional, composto por tribuna central proeminente, de arco de volta perfeita, com moldura rectilínea, dividida dos panos laterais por pares de colunas, decoradas com acantos e querubins. Nos panos laterias, integra-se pintura em péssimo estado de conservação, sendo difícil avaliar a sua temática. As zonas de varanda alpendrada são em aparelho isódomo, preenchido com argamassa branca.

Utilização Inicial

Residencial: casa nobre

Utilização Actual

Residencial: casa

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 17 / 18 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1815 - construção da fachada da capela (conjectural).

Dados Técnicos

Estruturas autónomas

Materiais

Granito, rebocos, madeiras, ferro e azulejos (na capela)

Bibliografia

COSTA, M. Gonçalves da, História do Bispado e Cidade de Lamego, vol. VI, Lamego, 1992; Alberto; ALVES, Alexandre; VAZ, João Inês, Castro Daire, Castro Daire, 1995; CORREIA, Alberto, Castro Daire - Roteiro Turístico, Castro Daire, 1995.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: séc. 20, finais dos anos 90 - recuperação geral da habitação.

Observações

*1 - brasão com escudo esquartelado, 1º de Carvalhos, 2º de Machados, 3º (?) e 4º dos Pintos. *2 - a capela é conhecida como a Capela do Ecce Homo ou, mais modernamente, como Capela Nova.

Autor e Data

João Carvalho 1999

Actualização

 
 
 
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