Convento do Pópulo
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Portugal, Braga, Braga, União das freguesias de Braga (São José de São Lázaro e São João do Souto) |
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Arquitectura religiosa, maneirista, barroca, rococó e neoclássica. Convento composto por igreja de planta longitudinal, com estreito endonártex, nave única, capelas laterais profundas, capela-mor rectangular e torre sineira quadrangular adossada em eixo, duas torres sineiras quadrangulares, a ladear a fachada principal da igreja, e dependências conventuais de planta irregular, com claustro, desenvolvidas lateralmente à igreja. Fachadas da igreja e convento conjugando elementos barrocos e neoclássicos. Torre sineira adossada à fachada posterior da igreja, à semelhança do que se verifica em diversas igrejas da região de Braga. Interior da igreja de estrutura maneirista, com coberturas em abóbada de berço com caixotões de pedra. Decoração barroca, com o recurso ao revestimento integral de painéis de azulejos figurativos joaninos, retábulos laterais em barroco nacional e retábulo de Nossa Senhora das Dores tardo-barroco, conjugando elementos neoclássicos com barrocos, procurando simetria com os restantes retábulos laterais, nomeadamente através do recurso ao remate em arquivolta. O coro-alto apresenta guarda em talha, com baldaquino semelhante ao da Igreja de São Jerónimo de Real (v. PT010303370061). Retábulo do sub-coro neoclássico. Retábulo-mor misturando elementos rococós com neoclássicos. Alguns elementos decorativos, tais como os púlpitos e as guardas das capelas laterais são ainda maneiristas. Sacristia com lavabo barroco, ricamente decorado e retábulo relicário em barroco joanino, com moldura rococó. Interior do convento, com escadaria ricamente decorada com silhar de azulejos figurativos joaninos. Claustro maneirista, com arcaria de volta inteira, intercalada por pilastras coroadas por altos pináculos. A simplicidade da decoração exterior do convento, contrasta com a imponência da decoração interior, nomeadamente o constante recurso a painéis de azulejos figurativos joaninos e ao uso da talha dourada, ambos de excelente qualidade. Existência de pequeno endonártex na igreja, para acesso às torres sineiras da frontaria. Na capela-mor encontram-se dois arcossólios com os restos mortais de dois Arcebispos Bracarences, ambos armoriados e com cartela com inscrição. Todos os retábulos laterais são em barroco nacional, à excepção de um mais tardio, mas que procura usar elementos idênticos aos restantes, para manter a simetria. Alguns desses retábulos incorporam na sua estrutura as janelas da nave. Retábulo relicário da sacristia com moldura rocócó bastante exuberante, contrastando com o interior do nicho, com decoração barroca. |
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Número IPA Antigo: PT010303410031 |
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Registo visualizado 4136 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Convento masculino Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho - Gracianos
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Descrição
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Convento composto por igreja de planta longitudinal, com estreito endonártex, nave única, capelas laterais profundas, capela-mor rectangular e torre sineira quadrangular adossada em eixo, duas torres sineiras quadrangulares, a ladear a fachada principal da igreja, diversos anexos irregulares adossados lateralmente e posteriormente e dependências conventuais de planta irregular, com claustro e pátio interior quadrangulares, desenvolvidas a N. da igreja. Volumes escalonados de dominante horizontal, quebrada pelo verticalismo das três torres sineiras. Coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na nave e capela-mor, uma água sobre as capelas laterais, quatro águas nas dependências conventuais e torre sineira da fachada posterior e cúpula bolbosa com cruz patriarcal sobre esfera armilar de ferro, nas torres sineiras da fachada principal. Dependências conventuais com clarabóia e laternim quadrangular, rasgado por janelas de arco de volta inteira. IGREJA com fachada principal orientada, em cantaria de granito, de dois registos, com embasamento, delimitada por duplas pilastras sobrepostas sobrepujadas por urnas com fogaréus e rematada por frontão triangular, com cruz patriarcal de braços trevados sobre acrotério, decorado no tímpano pelas insígnias dos Agostinhos com grinaldas. Portal principal em arco de volta inteira enquadrada por duas colunas dóricas com entablamento onde assenta o balcão do segundo registo, com balaustrada de granito e vão em arco de volta inteira entre conjuntos de coluna e pilastra jónica, que suportam outro entablamento. Torres sineiras com acesso interior, de três registos. Nos dois registos inferiores óculo oval moldurado com motivo floral. No superior quatro sineiras com ventanas em arco de volta inteira, com pilastras nos cunhais, e relógio de pedra, sob as sineiras da fachada principal. Remate em cornija quebrada com quatro urnas com fogaréus, nos ângulos. Fachada lateral S., rebocada e pintada de branco, com corpo da nave rasgado por janelões em capialço, entre seis contrafortes, coroados por plintos com bola, que assentam no corpo destacado e corrido das capelas laterais, rasgado inferiormente por portal de verga recta rematado por frontão triangular e superiormente por janelas semicirculares. Corpo da capela-mor aberto por quatro janelões. Corpo da sacristia, prolongando-se para a fachada posterior, contornando-a, de dois registos, no primeiro portas de verga recta e no segundo janelas semicirculares e rectangulares. Fachada posterior a E., marcada por torre sineira enquadrada por cunhais apilastrados toscanos, de dois registos, separados por cornija, não coincidentes com os pisos interiores. O primeiro registo é rebocado e pintado de branco, com pequenas frestas dispostas irregularmente e o segundo aberto por ventanas em arco de volta inteira, rematado por cornija, com gárculas de canhão e pináculos, nos ângulos. INTERIOR com paredes integralmente revestidas a painéis de azulejos monócromos a azul cobalto, com cenas da vida dos Santos. Endonártex com acessos laterais às torres sineiras e ao centro através de guarda vento de madeira, ao subcoro. Coro-alto assente em arcos abatidos sobre pilastras, recortado, com guarda em balaustrada de talha dourada e policromada a branco, com marmoreados de verde, com mascarão central, e lateralmente suportada por atlantes. A centro, baldaquino semicircular, de talha dourada e policromada, com as mesmas cores da balaustrada, assente em colunas coríntias e com decoração de motivos vegetalistas. Do lado da Evangelho, grande órgão de tubos, em talha dourada e policromada. Subcoro, com duas pias de água-benta, nos ângulos, de taça circular assentes em coluna bojuda. Dois vãos em arco abatido, assentes em pilastras toscanas, o do lado do Evangelho, de acesso ao exterior e o do lado oposto, de acesso a capela retabular de invocação do Senhor da Agonia. Nave coberta por abóbada de berço rebocada e pintada de branco com caixotões de pedra, assente em cornija também de pedra. Pavimento em taburnos de madeira. As paredes são ritmadas por pilastras, apresentando dois níveis separados por friso, no primeiro seis capelas laterais profundas, três de cada lado, intercomunicantes, com acesso por vãos em arco de volta inteira, com a pedra de fecho unida ao friso, assentes em pilastras toscanas, e o segundo por janelões com sanefa de talha e sacada com guarda de ferro, estando os do lado da Epístola entaipados. Capelas laterais com cobertura em abóbada de berço, com caixotões de pedra e pinturas de motivos vegetalistas, fechadas por guardas de madeira em balustrada de bolachas e torneados. Paredes testeiras com retábulos de talha dourada, do lado do Evangelho, de invocação de Santa Mónica, Santa Apolónia e Santíssima Trindade, e do lado da Epístola, Nossa Senhora da Penha, Santa Rita e Nossa Senhora das Dores. A capela da Santíssima Trindade apresenta na parede lateral inscrição e pedra de armas dos MAGALHÃES MACHADO MORAIS, assente em cartela decorativa. Dois púlpitos confrontantes, de base rectangular, em granito, sobre mísula com águia bicéfala, guardas vazadas de madeira, com balaustrada de torneados e bolachas, com apliques de latão, porta de acesso de verga recta, rematada por cornija, com baldaquino plano de madeira. Arco triunfal, de volta inteira sobre pilastras toscanas. Capela-mor sobreelevada a que se acede por dois degraus de pedra, semicerrada por balaustrada de pedra. Cobertura igual à da nave, com paredes laterais de três registos. No primeiro, portas de acesso às sacristias e dois arcossólios, com arcas tumulares de madeira assentes em três leões que seguram com as patas dianteiras, cada um, um brasão, sendo o do lado do Evangelho, do Arcebispo D. Frei Agostinho de Jesus, e o do lado da Epístola de D. Frei Aleixo de Meneses. Ambas as arcas possuiem cartela com inscrição e são encimadas pelas armas Arquiepiscopais esculpidas em relevo policromado. No segundo registo janelão com varandim em granito sobre mísulas, e no último, janelões iguais aos da nave. Parede testeira totalmente preenchida pelo retábulo-mor, em talha dourada e policromada com marmoreados a verde e rosa. Possui planta convexa, um só eixo, rematado por cornija, que se eleva ao centro em arco de volta inteira, coroada por cúpula bolbosa, rodeada por anjos, com óculo ao centro e encimada por urna com fogaréu. A tribuna, em arco de volta inteira, apresenta trono de faces convexas e peanha com imagem de Nossa Senhora do Pópulo, ladeada por três colunas de cada lado, de ordem coríntia, demarcadas no terço inferior por estrias, possuindo a do meio, peanha com imaginária. Banco ricamente decorado, com sacrário ao centro. Altar recto. SACRISTIAS: A lado do Evangelho, possui arcaz em madeira exótica, com aplicações em latão. Junto à porta de acesso ao exterior, em plano mais baixo do que o pavimento, um lavabo com taça oval assente em coluna com o mesmo formato, espaldar recortado, rematado por frontão de lanços coroado por cruz de braços trevados. Bicas com motivos vegetalistas encimadas por taça semicircular. Possui ainda um guarda-roupa e um retábulo relicário, em talha dourada. Pavimento em mosaico de grés. A sacristia, do lado da Epístola, conserva um arcaz e uma mesa octogonal em mármore preto. Pavimento de madeira, com sepultura de pedra com inscrição. Comunica com arrecadações do piso superior através de escada de três lanços. DEPENDÊNCIAS CONVENTUAIS com fachadas rebocadas e pintadas de branco. Fachada principal virada a O., com embasamento proeminente em cantaria, enquadrada por cunhais apilastrados toscanos, rematada por largo friso e cornija, sob beiral saliente. Ao centro, pano em cantaria, de dois registos, enquadrado por pilastras colossais toscanas, com remate em frontão borronímico, com óculo circular entaipado, no tímpano. No primeiro registo, portal principal de verga recta ladeado por janelões rectangulares, e enquadrado por colunas que suportam a varanda do segundo registo, com balaustrada de granito e vão de verga recta encimado por pedra de armas e cornija contracurvada, ladeado por janelões rematados por frontão curvo. Panos laterais, de três registos, com friso de pedra a separar os dois primeiros. O primeiro registo apresenta, janelas de briscos de dois batentes e gradeadas, o segundo, janelas de brincos em guilhotina e o terceiro óculos, estando estes parcialmente sobrepostos no friso do remate. Restantes fachadas rebocadas e pintadas de branco, rasgadas regularmente por vãos de verga recta, rematadas por beiral. INTERIOR com portaria com silhar de azulejos estampilhados a azul e branco, porta frontal de verga recta, definida por pilastras toscanas, suportando entablamento e frontão triangular. É ladeada por duas edículas molduradas, com imagens de pedra de Santo Agostinho e São Tomás. Paredes laterais com duas portas de acesso às alas laterais. Acesso ao piso superior através de segundo vestíbulo, com dupla escadaria com amplo patamar, decorada com silhar de azulejos monócromos a azul cobalto, com cenas da vida de santos. Cobertura por tecto estucado a azul e branco com lanternim. Do patamar, irrompem dois lanços de escada opostos, com arranque em volutas, encimadas por urnas de granito, com guardas de metal, que terminam em corredor de acesso às alas laterais. Estas desenvolvem-se à volta de espaços quadrangulares, tendo a da direita CLAUSTRO, com fachadas de dois registos, no primeiro arcaria em cantaria, de volta inteira, assente em pilastras toscanas, possuindo entre os arcos pilastra toscana, moldurada, encimada por altos pináculos piramidais que se prolongam para o segundo registo. A arcaria é rematada por friso e cornija, onde assentam as mísulas das varandas das janelas do segundo registo. Estas são de verga recta e rematadas por cornija recta. Cobertura interior do primeiro piso em abóbada de aresta rebocada e pintada de branco e pavimento lajeado em granito. Pátio ajardinado, com desenhos geométricos de topiárias de buxo. A ala da esquerda apresenta, pátio interior, possuindo portas e janelas no primeiro registo e janelas de sacada no segundo, excepto do lado da igreja onde se rasgam janelos rectangulares em capialço. |
Acessos
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Praça do Conde de Agrolongo ou Campo da Vinha; Praça do Conselheiro Torres e Almeida; Rua de São Martinho |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 129/77, DR, 1ª Série, nº 226 de 29 setembro 1977 *1 |
Enquadramento
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Urbano, isolado, em pleno centro histórico de Braga (v. PT010303070088), no extremo O. de ampla praça ajardinada, conhecida por Campo da Vinha *2, ocupando um quarteirão. A fachada principal encontra-se virada à praça, tendo a NO., duas casas seicentistas (v. PT010303410108 e PT010303410036), a Casa dos Maciéis Aranhas (v. PT010303410026) e o Lar Conde de Agrolongo e a Capela do antigo Convento do Salvador (v. PT010303410020). Fronteiro à fachada principal, espaço lajeado e relvado, onde se encontra a estátua do Marechal Gomes da Costa. Adossada à fachada S. da igreja, encontra-se a Fonte do Pópulo (v. PT010303410137). |
Descrição Complementar
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INSCRIÇÕES: (capela da Santíssima Trindade) "ESTA CAPELA HE DE / SALVADOR DE MA / GALHÃES MACHADO / E SEVS ERDEIROS / COM OBRIGACÃO / DE DUAS MISSAS CO / TEDIANAS. 1647"; (arcossólio do lado do Evangelho) "D. FR. AGOSTINHO DE JESUS, / EREMITA DE S. AGOSTINHO, / ARCEBISPO PRIMAZ DE BRAGA, / FUMDADOR DESTE CONVENTO, / FALLECEO EM 25 DE NOVEMBRO / DE 1609"; (arcossólio do lado da Epístola) "D. FR. ALEIXO DE MENEZES, / EREMITA DE S. AGOSTINHO, / ARCEBISPO PRIMAZ DE GOA E DE / BRAGA / FALLECEO EM 3 DE MAIO / DE 1617"; (sepultura da sacristia) "AQVI JAZ D FREI ANTº / DOS STºs BISPO DE / NICOMEDE RELIGI / OZO DE STº AGº"; TALHA: Retábulo do Senhor da Agonia, em talha dourada e policromada a branco, de planta convexa, com três eixos, rematado por cornija. Eixo central elevado em arco de volta perfeita, enquadrado por colunas coríntias estriadas, com o Crucificado assente em altar recto. Eixos laterais com pintura de motivos vegetalistas. Nos extremos do retábulo, pilastras coríntias estriadas. Tanto estas como as colunas assentam em pedestais paralelepipédicos; Retábulo de Santa Mónica, de planta côncava, um só eixo, rematado por três arquivoltas, que emolduram janela semicircular. Nicho em arco de volta inteira, assente em colunas pseudosalomónicas, com peanha com imagem. É ladeada por três colunas coríntias pseudosalomónicas, apresentando a central peanha com imagem. Altar em forma de urna. Decoração de motivos vegetalistas e anjos; Retábulo de Santa Apolónia, de planta recta, três eixos, com remate idêntico ao de Santa Mónica. Eixo central com nicho em arco de volta inteira, assente em colunas pseudosalomónicas, com peanha com imagem, sobre outro pequeno nicho com imagem do orago. Eixos laterais com peanha com imaginária enquadrada por colunas pseudosalomónicas, com atlantes na base. Altar em forma de urna. Todo o retábulo é ricamente decorado com motivos vegetalistas e anjos; Retábulo da Santíssima Trindade idêntico ao de Santa Mónica, diferindo no nicho, de menores dimensões e no altar, que apresenta esquife com Santa Susana; Retábulo de Nossa Senhora da Penha de planta côncava, um só eixo, com remate em arquivoltas. Ao centro, nicho com baldaquino com outro pequeno nicho com imagem erncimado por peanha com imagem do orago. É ladeado por atlantes e conchas, e par de colunas pseudosalomónicas, com imaginária sob baldaquino entre estas. Altar em forma de urna. Decoração de motivos vegetalistas, anjos e atlantes; Retábulo de Santa Rita de planta recta, com três eixos, com remate em arquivoltas. Eixo central com dois nichos sobrepostos com imaginária, ladeado por par de colunas coríntias pseudosalomónicas com pâmpanos, suportadas por composição de anjos. Eixos laterais com peanhas sobrepostas com imaginária, apresentando nos extremos coluna coríntia pseudosalomónica suportada por anjos e pilastra coríntia ricamente decorada. Banco ricamente decorado por anjos. Altar em forma de urna. Decoração com elementos vegetalistas e querubins; Retábulo de Nossa Senhora das Dores, de planta côncava, um só eixo, com remate em arquivolta. Ao centro tribuna recortada, com imagem do orago, sobre esquife. É ladeada por par de colunas salomónicas, demarcadas no terço inferior, de ordem coríntia, contendo entre elas peanha com imaginária. As colunas dos extremos são suportadas por atlantes. Altar em forma de urna. Decoração vegetalista; Retábulo relicário da sacristia, de planta recta, um só eixo, com nicho profundo com relicários, possuindo as paredes interiores colunas pseudosalomónicas, que se prolongam em arquivolta. O nicho é emoldurado por composição de relicários, ricamente decorados por concheados, apresentando junto ao remate resplendor. Altar em forma de urna, com decoração idêntica à da moldura. |
Utilização Inicial
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Religiosa: convento masculino |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja / Política e administrativa: departamento municipal |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica / Pública: Municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 / 17 / 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Arquitecto: Carlos Amarante (atr. fachada principal da igreja); Carpinteiro: Manuel Ferreira; Ensamblador: Agostinho Marques (guardas do coro-alto e da nave e atr. dos púlpitos), Agostinho Marques (arcazes, armários e guarda-roupa da sacristia), Ambrósio Pereira; Entalhador: Bento de Abreu de Alvarenga Peixoto (retábulo relicário da sacristia), Damião da Costa Figueiredo; Pedreiros: João Alves, Bento Correia e Pedro Francisco (lageado da sacristia), Pascoal Fernandes e Manuel Fernandes da Silva (claustro), João da Costa; Pintor: Policarpo de Oliveira Bernardes (atr. azulejos capela de Santa Rita), João Lopes (douramento do retábulo relicário da sacristia); Latoeiro: Custódio Carvalho (obra de latão e dourado dos móveis da sacristia). |
Cronologia
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1595 - Doação e dote aos frades ermitas descalços de Santo Agostinho, para a construção do Convento do Pópulo, pelo Arcebispo D. Frei Agostinho de Jesus; 1596 - aceitação pela Província do novo Mosteiro e Colégio com suas obrigações; início da construção; 1597 - Provisão para a união da Igreja de São Paio de Pousada; 1601 - Provisão para a união da Igreja de São João de Semelhe; 1609, Novembro - falecimento do Arcebispo D. Frei Agostinho de Jesus, sepultado na igreja velha do Pópulo; 1621, meados - o corpo do Arcebispo D. Frei Aleixo de Menezes, provisoriamente sepultado no Convento de São Filipe, em Madrid, desde que aí falecera, em 1617, foi trasladado para a capela-mor da igreja do Pópulo; 1628 - conforme as disposições das suas últimas vontades, o corpo do arcebispo D. Frei Agostinho de Jesus foi trasladado para um túmulo de madeira mandado fazer pela cidade de Braga e colocado num arcossólio, na capela-mor da igreja nova do Pópulo; 1630 - execução do retábulo de São Nicolau, pelo ensamblador Ambrósio Pereira; 1647 - fundação da capela de Salvador de Magalhães Machado, no lado do Evangelho, correspondente à capela da Santíssima Trindade; 1682 - execução do retábulo da Irmandade dos Santos Passos pelo entalhador Damião da Costa Figueiredo; 1697 - contratado o ensamblador Cristóvão Rodrigues para fazer a grade do coro; 1701 - Frei José de Azevedo, reitor do Colégio de Nossa Senhora do Pópulo, contrata com Agostinho Marques para fazer grades de pau-preto de comunhão e substituir a grade do coro; 1706 - Pascoal Fernandes e Manuel Fernandes da Silva assumem com o reitor do Colégio de Nossa Senhora do Pópulo fazer um claustro junto aos dormitórios "na forma e tamanho que mostra a planta e perfil com seu petipe que de novo se fez maior que a antiga que havia"; 1708 - João Alves, Bento Correia e Pedro Francisco, mestres de pedraria da cidade de Braga, são contratados pelo Convento do Pópulo para fazerem o lajeado da sacristia; Julho - contrato para obras de carpintaria no claustro; 1709 - contrato com o entalhador bracarense Bento de Abreu de Alvarenga Peixoto para a construção de um retábulo para a sacristia; contrato com o pintor João Lopes, de Braga, para o douramento do retábulo da sacristia; contrato com Agostinho Marques para realizar os arcazes, armários e guarda-roupa da sacristia; contrato com o latoeiro Custódio Carvalho, de Braga, para fazer a obra de latão e dourado daqueles móveis; 1730 - a fachada principal da igreja foi remodelada; 1735, 15 Março - contrato para obras do claustro com o mestre pedreiro João da Costa; o fiador foi o pintor João Lopes da Maia; 1755 - principiaram-se a fazer os alicerces para a frontaria e portaria do convento do Pópulo; 1775 - execução do órgão; 1790 - contrato com o carpinteiro Jerónimo Fernandes para construção de um anteparo, segundo desenho de Carlos Amarante; 1834 - extinção das ordens religiosas; 1841 - passou a acolher o Regimento de Infantaria nº 8, levando à remodelação de diversas dependências do convento; 1844 - colocação da Fonte do Pópulo junto à fachada lateral S. da igreja; 1846 - as forças ali instaladas sofrem um ataque durante a Revolta de Maria da Fonte; 1926, Maio 26 - daqui parte o movimento de revolta chefiado por Gomes da Costa, que originou a ditadura do Estado Novo; 1966 - arranjo do terreiro fronteiro ao convento e colocação da estátua do Marechal Gomes da Costa; 1990 - instalação dos serviços camarários no convento; 1996 - Câmara Municipal de Braga assina protocolo com o Governo para recuperação do Convento do Pópulo; 2005, Dezembro - elaboração da Carta de Risco do imóvel pela DGEMN. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes e estrutura mista |
Materiais
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Estrutura, elementos decorativos, bases dos púlpitos, pias de água benta, taburnos do pavimento da nave, coberturas da igreja, lavabo da sacristia, pavimentos do primeiro piso e escadarias do convento e arcadas do claustro, em granito; portas e janelas, estrutura do telhado, taburnos da nave, retábulos, balaustradas, sanefas, baldaquino do coro-alto, órgão do coro-alto, arcas tumulares, arcazes, guarda-roupas, guarda-vento, e pavimentos do segundo piso do convento, em madeira; revestimento da igreja e capelas laterais, painéis do coro-alto e silhar da escadaria do convento em azulejos tradicionais; estuques em diversos tectos do convento; varandins dos janelões da nave, grades das janelas e corrimão da escadaria principal do convento, em ferro; cobertura exterior de telha de canudo. |
Bibliografia
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FEIO, Alberto, Uma Figura Nacional. Carlos Amarante, Insigne Arquitecto e Engenheiro, Braga, 1951; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos Anos de 1959, 1º Volume, Lisboa, 1960; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no Ano de 1961, 1º Vol., Lisboa, 1962; ROSÁRIO, Frei António do, Para a História do Convento do Pópulo de Braga, vol XXIII, fasc. 55 (67), Braga, 1969, pp. 101 - 131; SMITH, Robert C., Frei José de Santo António Vilaça, vol. 1, Braga, 1972, p. 332; SMITH, Robert C., Agostinho Marques enxambrador da Cónega, Braga, 1974, pp. 43 - 45; NÓBREGA, Artur Vaz Osório da, Pedras de Armas e Armas Tumulares do distrito de Braga. Cidade e Concelho de Braga, vol. I, tomo II, Braga, 1970, pp. 309 - 327; ROCHA, Manuel Joaquim Moreira da, Arquitectura Civil e Religiosa de Braga nos séculos XVII e XVIII. Os homens e as obras, Braga, 1994; Vv, Aa, A intervenção no Património, Práticas de conservação e reabilitação, FEUP e DGEMN, 2000, p. 132 - 182; OLIVEIRA, Eduardo Pires de, O edifício do Convento do Salvador - De mosteiro de freiras ao Lar Conde de Agrolongo, Braga, 1994; DGEMN, Monumentos, nº 17, Lisboa, Setembro 2002. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; CMB: DOMSU |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DREMN, Carta de Risco |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1959 - Obras de reparação dos telhados, pelos Serviços de Construção e Conservação; obras de consolidação do edifício pelos Serviços de Construção e de Conservação; 1985 - beneficiação do logradouro NE., com limpeza integral, arranque e queima de detritos; Celestial Ordem Terceira da Santíssima Trindade da Igreja do Pópulo: 1989 - beneficiação geral dos rebocos exteriores, excepto os da capela-mor e torre anexa; CMB: 1990, finais - início das obras de recuperação, sob a responsabilidade do Arquitecto Pedro Feio; 1995 - recuperação do edifício do séc. 19, na ala NE. do convento; DGEMN: 1998 - reparação do telhado, pintura exterior da igreja e recuperação da sacristia antiga e arrecadações contíguas; 1999 - tratamento de todo o património azulejar do interior da igreja: 2000 - reparação de rebocos dos tectos e paramentos, nomeadamente do coro-alto; reforço estrutural dos arcos laterais de sustentação do cor-alto; 2001 - obras de conservação de coberturas, 1ª fase - execução das coberturas da nave; 2002 - conservação das coberturas, 2ª fase - execução das coberturas das capelas laterais e torre; 2003 - obras de conservação na escada de acesso ao 1º piso - execução e reparação de rebocos, pintura e iluminação; 2004 - reforço estrutural da abóbada do coro-alto; reparação do pavimento do coro-alto. |
Observações
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*1 - DOF: "Igreja e Convento do Pópulo"; *2 - terreiro extra-muros, aberto no séc. 16 pelo Arcebispo D. Diogo de Sousa, fronteiro à antiga porta de São Francisco, já demolida. |
Autor e Data
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António Dinis e Ana Pereira 1999 / Joaquim Gonçalves 2004 |
Actualização
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