Igreja Paroquial de Castro Laboreiro / Igreja de Santa Maria da Visitação

IPA.00006853
Portugal, Viana do Castelo, Melgaço, União das freguesias de Castro Laboreiro e Lamas de Mouro
 
Igreja paroquial de construção medieval, reformada possivelmente no séc. 16, período de que deve datar a divisão da nave em tramos, marcados, exteriormente, por contrafortes e, interiormente, por arcos diafragma, denotando influência galega e como é comum surgir em zonas da fronteira portuguesa. Apresenta planta retangular composta por nave única dividida em seis tramos, separados por cinco arcos diafragma em arco de volta perfeita e marcados exteriormente por contrafortes de esbarro, e capela-mor mais estreita, interiormente com tetos de madeira, de duas águas na nave e de perfil curvo na capela-mor, e iluminada axial e lateralmente. Tem fachada principal terminada em empena com cornija, rasgada por portal de verga reta, enquadrado por pilastras e encimado por cornija, óculo e nicho. A fachada lateral é rasgada por porta travessa de verga reta e janelas de capialço. No interior tem coro-alto, tendo no lado do Evangelho, pia batismal quinhentista, decorada com alto friso de flores-de-lis interligadas e, inferiormente, gomada, e púlpito de bacia retangular sobre mísula, com guarda plena de madeira e acesso por porta. Arco triunfal de volta perfeita, almofadado, sobre pilastras e retábulo-mor em talha policroma e dourada, neoclássico, de corpo reto e três eixos, conservando ainda alguns elementos de transição barrocos, nomeadamente na estrutura do trono e nas colunas definidores do eixo, com terço inferior estriado e o restante liso. Da reforma do séc. 17 deverão ser as pilastras dos cunhais coroados por pináculos, o remate das fachadas em friso e cornija e o púlpito, e do séc. 18, a construção da sacristia, a abertura das janelas na nave e capela-mor, e o portal lateral sul., de moldura recortada. Este é uma cópia tosca do portal norte da Igreja Paroquial de Santa Maria la Real de Entrimo, em território galego, mas muito próxima de Castro Laboreiro, que poderá ter inspirado mais profundamente a reforma moderna da igreja de Castro Laboreiro.
Número IPA Antigo: PT011603020019
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal composta por nave única e capela-mor rectangular, mais estreita, tendo adossado à fachada lateral N. torre sineira quadrada, flanqueando a frontaria, e corpo que se prolonga ao longo da nave e capela-mor. Volume homogéneo na igreja, com cobertura indiferenciada em telhado de duas águas, e de uma, mais baixa, no corpo adossado e no prolongamento da primeira. Fachadas em cantaria aparente, de aparelho regular, tendo várias cruzes de via sacra relevadas, com cunhais apilastrados, coroados por pináculos piramidais com bola, e os ângulos das empenas rematados por cruzes latinas de cantaria, a da fachada principal com chanfro, sobre acrotério. Fachada principal orientada, terminada em empena, com friso e cornija, e rasgada por portal de verga recta, de falsas aduelas dispostas em cunha, sobrepostas na chave por ornato polilobado inscrito num círculo, ladeado por pilastras toscanas, pouco relevadas. Encima o portal cornija recta, pequeno óculo quadrilobado e um nicho, em arco de volta perfeita, sobre pilastras, assentes em mísula de perfil contracurvado e formando pingente, interiormente concheado e desnudo e, superiormente, rematado por pinha. Junto à pilastra esquerda existe gárgula de canhão. Sensivelmente recuada à frontaria, surge a torre sineira, com duas ordens de pilastras toscanas sobrepostas nos cunhais, coroados por pináculos piramidais com bola, e com dois registos, marcados por friso e cornija, rasgando-se no primeiro, virada a O., porta de verga recta, moldurada, e, no segundo, em cada uma das faces, sineira em arco de volta perfeita, envolvida por moldura, albergando sino; termina em friso e cornija, encimada a O. por falso frontão sem retorno para conter o relógio, circular. Cobertura em coruchéu facetado, encimado por cata-vento de ferro. Fachadas laterais terminadas em friso e cornija, sobreposta por beirada simples, as da nave reforçadas por cinco contrafortes, quadrangulares e superiormente inclinados, os da fachada N. encobertos pelo anexo adossado, no qual se rasgam duas pequenas janelas rectangulares de capialço. Fachada lateral S. rasgada, junto ao friso, por duas janelas rectangulares de capilaço no primeiro, quinto e sexto panos da nave e por outras duas janelas, mais pequenas, na capela-mor, no meio das quais surge cartela ovalada inscrita com a data de 1775 encimada por cruz relevada; todas as janelas são gradeadas; no terceiro pano abre-se portal de verga recta, com moldura recortada nos ângulos superiores, tendo a chave sobreposta por ornato concheado. Junto à pilastra do cunhal SO. da igreja surge relógio de sol circular, virado ao meio-dia, encimado por concheado. Fachada posterior com capela-mor cega terminada em empena, abrindo-se na sacristia janela. INTERIOR com nave de paredes em cantaria aparente, de seis tramos marcados por cinco arcos diafragmas de volta perfeita, assentes em pilares circulares, com pavimento de madeira assinalando antigas sepulturas com as guias de granito, na zona central, e em lajes de granito, no restante, e tecto de madeira, de duas águas entre os arcos diafragmas. Coro-alto de madeira sobre dois pilares de cantaria, com guarda em balaústres de madeira e acesso por escada disposta no lado da Epístola; no sub-coro, entre os pilares, tem guarda-vento de madeira envidraçada, no lado da Epístola ampla pia de água benta gomada, encimada por nicho em arco de volta perfeita, interiormente concheada, e, no Evangelho, pia baptismal cilíndrica, com decoração em flores-de-lis estilizadas e relevadas, inferiormente formando gomos, sobre pé cilíndrico. Lateralmente, sensivelmente a meio da nave, surge, do lado do Evangelho, púlpito de bacia rectangular, sobre mísula, com guarda plena de madeira e acesso por porta de verga recta moldurada, e, no lado da Epístola, a porta travessa, com arco abatido encimado por arco de descarga, ladeada por duas pias de água benta gomadas encimadas por nicho em arco de volta perfeita. No lado do Evangelho, tem, no último tramo, porta de verga recta para o anexo, onde existem sanitários, com pavimento cerâmico, e, no lado oposto, no quinto tramo, capela em arco de volta perfeita sobre pilastras toscanas. Arco triunfal de volta perfeita, almofadado no intradorso, sobre pilastras toscanas, ladeadas por mísulas com imaginária e cerrado por teia de madeira. Capela-mor com paredes rebocadas e pintadas de branco, tendo no lado do Evangelho porta de acesso à sacristia e, no lado oposto, entre as janelas, pequeno nicho de alfaias. Retábulo-mor em talha policroma a branco, beje, azul e dourado, de planta recta e três eixos, definidos por duas pilastras caneladas exteriores e duas colunas de terço inferior canelado e de capitéis coríntios, assentes em dupla ordem de plintos paralelepipédicos, frontalmente ornados de motivos fitomórficos; ao centro, abre-se tribuna de perfil curvo, com moldura fitomórfica dourada, de fecho saliente, albergando trono expositivo, de cinco degraus rectangulares, com chanfro canelado nos ângulos, ornados de elementos vegetalistas, ladeados por jarras com flores, e tendo o fundo pintado com glória de querubins e a inscrição IHS; nos eixos laterais surgem apainelados, definidos por molduras de perfil abatido com acantos relevados no fecho e inferiormente, enquadrando mísulas com imaginária; sobre o entablamento, com friso contendo florões, desenvolve-se o ático, adaptado ao perfil da cobertura, tendo ao centro espaldar com frisos e cartela de onde pendem festões, terminada em cornija rematada por acantos relevados; o espaldar é ladeado por urnas sobre as colunas e apainelados com motivos fitomórficos enrolados; sotobanco com portas de acesso à tribuna, de perfil curvo, molduradas e com motivos vegetalistas dourados, encadeados na vertical. Altar paralelepipédico sobre o qual existe sacrário tipo templete, com colunas nos ângulos e cúpula. Pavimento de granito e tecto em madeira, de perfil curvo. A sacristia é de pequenas dimensões e iluminada por um vão, tendo lavabo de espaldar rectangular.

Acessos

Castro Laboreiro, Largo da Igreja

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 45/93, DR, 1.ª série-B, n.º 280 de 30 novembro 1993 / Incluído no Parque Nacional da Peneda do Gerês

Enquadramento

Urbano, isolado, adaptado ao declive do terreno, com pendor para nascente, o que levou à criação de um embasamento mais desenvolvido na capela-mor. Ergue-se a NE. do principal largo da vila, no interior de um adro, vedado por muro, capeado a cantaria, acedido por pequeno portão de ferro frontal; o adro tem pavimento de terra, junto à fachada principal e lateral S., passeio de lajes e é pontuado de árvores; à fachada principal, do lado direito do portal, e à lateral direita, entre os contrafortes, encostam-se, bancos de pedra. Enquadram o largo casas de arquitectura vernácula, de silhares graníticos, na sua maioria de dois registos, datáveis da centúria de oitocentos e primeiras décadas do século 20. A E. da igreja corre o rio Laboreiro cujas margens se aproveitam em lameiros onde os gados ainda pastam. Para lá do curso de água, ao longo da estrada, dispõe-se o casario de construção mais recente e, em fundo, o relevo suave do planalto, limite oriental da Serra da Peneda e raia seca.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Viana do Castelo)

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 14 / 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

FIRMA DE CONSTRUÇÃO CIVIL: António Alfredo Rodrigues Carvalhido (1950 / 1990); LUSOCOL-Sociedade Lusa de Construções (1992 / 1993).

Cronologia

Séc. 09 - D. Afonso III, o Magno, doou, a título hereditário, a Hermenegildo Mendo, Conde do Porto e Tui, a maior parte da Limia, a região do Bubal e os Montes de Laboreiro, como recompensa por ter submetido o rebelde Guicia; séc. 10, final - segundo a lenda, teria sido nesta época que São Rosendo de Celanova terá fundado a vila e a sua igreja; 1241, 28 fevereiro - acordo entre D. Sancho II e o abade e Convento de Celanova, pelo qual o rei recebeu a igreja e Castelo de Castro Laboreiro, com todos os seus direitos e pertences, ficando o mosteiro com a igreja de Monte de Córdova, no bispado do Porto, também com todos os seus direitos e pertences; 1258 - referência à igreja paroquial de Santa Maria em Castro Laboreiro nas Inquirições de D. Afonso III; era pároco João Pais, o primeiro de que se tem conhecimento; deste edifício deverão provir alguns silhares siglados que integram actualmente construção fronteira à igreja; 1271, 15 janeiro - na carta de foro de Padrão de Sistelo nos Montes de Laboreiro, o Conde de Bolonha impôs aos seus moradores que pagassem os dízimos à sua Igreja de Santa Maria de Castro Laboreiro; 1275, 29 agosto - D. Afonso III manda que se cumpra a carta de composição, assinada em Zamora, entre D. Sancho II e o abade e convento de Celanova; 1279, 14 maio / 1280, 01 janeiro - apresentação régia de Romano Pedro como pároco, por carta de D. Dinis; 1297, 23 setembro - D. João Fernandes de Soutomayor, bispo de Tui, recebe de D. Dinis o padroado das Igrejas de Santa Maria de Castro de Laboreiro e de Viana; 1319 - foi integrada na Comenda da Ordem de Cristo da Casa de Bragança, cujos Reitores eram de apresentação régia aos arcebispos de Braga; 1307, 22 maio - D. Dinis revogou a doação anteriormente feita, alegando ter sido induzido em erro pelo bispo de Tui; 1308, 1 Janeiro - bispo D. João devolve ao rei de Portugal o direito de padroado da Igreja de Castro de Laboreiro, juntamente com o de Santa Maria de Monção, mas reservando para o episcopado os direitos de padroado de várias igrejas de entre Lima e Minho; 1320 / 1321 - referência à Igreja de Santa Maria de Castro Laboreiro no Catálogo de todas as Igrejas... ( ALMEIDA, 1971: 116 ) integrando as Igrejas da Terra de Valadares sendo neste contexto taxada num valor só superado pelos mosteiros de Fiães e Paderne; 1330, 03 setembro - confirmação do escambo por D. Afonso IV; o monarca queixa-se do não cumprimento pontual do contrato, segundo o qual o bispo se comprometera a restaurar a igreja de Monção em duzentas libras anuais; 1359, 18 julho - apresentação de Vasco Afonso como pároco por D. Pedro I; 1379, 18 junho - apresentação de Estêvão Pires por D. Fernando; 1481, 23 fevereiro - D. Afonso V concedeu o direito de padroado da igreja ao 3º Duque de Bragança, D. Fernando, solicitando ao prelado do arcebispo de Braga que lhe confirmasse o pároco que por ele fosse apresentada na igreja; 1483 - tendo o Duque de Bragança sido acusado de traição régia e executado, o direito de padroado da igreja passou para a Coroa; séc. 16, início - apesar de a casa de Bragança ter sido restaurada durante o reinado de D. Manuel, o padroado de Castro Laboreiro não lhe foi restituído, continuando na Coroa; data do desenho de Duarte D'Armas do Castelo de Castro Laboreiro figurando a vila na qual se ergue a igreja com nave, capela-mor diferenciada e campanário de dupla sineira disposto lateralmente; séc. 16 - a Igreja passou para a comenda da Ordem de Cristo, tendo sido seu primeiro comendador Álvaro Rodrigues Correia, que também foi abade da igreja; D. Manuel recomenda ao então Arcebispo de Braga que não pusesse qualquer entrave à nomeação do Reitor que ele havia apresentado; 1546 - na avaliação efectuada no tempo do arcebispo D. Manuel de Sousa, a igreja foi avaliada em 60$000 e figurava na terra da vila de Melgaço; 1565, janeiro - durante o mandato do 2º comendador, Francisco Nobre, elaborou-se o Tombo da comenda de Santa Maria de Castro Laboreiro e seu limite; 1612, 18 agosto - carta da administração desta comenda a D. Francisco de Lima, visconde de Vila Nova de Cerveira e alcaide-mor de Ponte de Lima; 1616, 26 março - carta de nomeação de Rui Barreto, visto D. Francisco ter renunciado ao cargo a favor do rei; 1641 - a igreja é incendiada pelos espanhóis, sendo rapidamente reconstruída; 1641 / 1642 - durante a Restauração, o comendador da igreja Diogo Soares, tomou partido por Castela, pelo que a comenda ficou vaga; 1642, 20 março - mercê da comenda a D. António da Cunha, sobrinho de D. Rodrigo da Cunha, arcebispo de Lisboa; 1644 - a igreja e os paços do concelho eram os únicos imóveis na vila com telha; séc. 17, última década - era referida como "formosa igreja que foi vigairaria anexa à Matriz de Ponte de Lima, passou a abadia dos bispos de Tui...e hoje é Comenda da Ordem de Cristo e reitoria" ( COSTA, 1868: 300); 1758, 11 maio - pertencia à comarca de Valença, arcebispado de Valença, sendo terra do rei; a freguesia tinha 402 vizinhos, 291 fogos inteiros e 201 meios fogos; era vigararia que apresentava um conde de Espanha; a igreja, com invocação da Visitação de Santa Isabel e festividade a 2 de Julho, tinha três altares: o altar-mor, com a Visitação de Santa Isabel, Santa Maria e o Menino, e dois colaterais, o do lado do Evangelho com a imagem de Nossa Senhora do Rosário, São José e Santa Bárbara, e o do lado da Epístola com as imagens do Mártir São Sebastião e Santo António; tinha a Irmandade das Almas e duas Confrarias, a do Santíssimo Sacramento e a de Nossa Senhora do Rosário; era reitoria com apresentação da Casa de Bragança e a renda dos dízimos era de 655$000, recebendo anualmente de côngrua o reitor 40$000 pagos em dois quartéis, 20$000 pelo Natal e o restante pelo São João e o mais em pé de altar, que rendia cerca de 160$000; 1775 - reconstrução da capela-mor, com data inscrita em cartela na fachada S. da mesma; 1777, 18 junho - mandou-se reformar todo o corpo da Igreja; 1779, 29 outubro - manda-se coagir todos os moradores para contribuírem para as obras de reforma e acréscimo da igreja; 1812, 03 setembro - alvará nomeando o último comendador conhecido, Marino Miguel Franzine; 1816 - o Reitor de Castro Laboreiro, tendo apenas de congrua 10$000 e 20 alqueires de centeio, solicita a D. João VI a concessão de um subsídio de 50$000 reis para o Reitor da freguesia, para poder pagar esta quantia, em dinheiro, ao seu Coadjutor, em virtude de muitos e custosos trabalhos para bem paroquiar a freguesia; 1836 - em termos administrativos, pertencia ao concelho de Ponte de Lima; 1853 - Castro Laboreiro era sede de concelho; 1855, 24 outubro - extinção do concelho de Castro Laboreiro; 1878 - passou a fazer parte do julgado de Fiães e, posteriormente, do concelho de Melgaço; 1910 / 1911, cerca - incêndio na sacristia e capela-mor; séc. 20, meados - feitura do frontão sem retorno na torre sineira para colocar o relógio; 1977, 03 novembro - passou a pertencer à diocese de Viana do Castelo.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito aparente ou rebocada e pintada; pináculos, cruzes das empenas, relógio de sol, bacia do púlpito, pias de água-benta, pia baptismal, lavabo da sacristia, guias do pavimento, colunas e arcos diafragmas e outros elementos em cantaria de granito; portas e caixilharia de madeira pintada; coro-alto, guarda-vento e guarda do púlpito de madeira; retábulo de talha policroma e dourada; pavimento de madeira de kambala, lajes de granito e cerâmico; tectos de madeira; grades de ferro; cobertura de telha.

Bibliografia

ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de - Alto Minho. Lisboa: Bertrand, 1987; ALMEIDA, Fortunato de - História da Igreja em Portugal. Barcelos: 1971, vol. 4; ALMEIDA, João de - Reprodução anotada do Livro das Fortalezas de Duarte Darmas. 1943; CORTESÃO, Armando e MOTA, Avelino Teixeira da - Duarte Darmas. Portugaliae Monumenta Cartografica. Lisboa: 1987; COSTA, P.e António Carvalho da - Corografia Portuguesa e Descripçam Topografica do Famoso Reyno de Portugal. Lisboa: 1868, vol. 1; LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho - Portugal Antigo e Moderno. Lisboa: 1874, vol. 2; DOMINGUES, José - «O Direito do Padroado da Igreja de Castro Laboreiro na Idade Média. In Boletim Cultural de Melgaço. S.l.: 2002, n.º 1, pp. 217-250.

Documentação Gráfica

DGPC: DGEMN:DSID, DGEMN:DREMN

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DSID, DGEMN:DREMN, SIPA

Documentação Administrativa

DGPC: DGEMN:DSID, DGEMN:DREMN; IAN/TT: Dicionário Geográfico de Portugal, vol. 12, nº 457, pp. 3157 a 3182

Intervenção Realizada

1747, 01 novembro - restauro do tecto, que ameaçava ruir; 1750, 18 junho - reforma das paredes do adro, para evitar a entrada de animais; 1751, 23 setembro - lajeamento do corpo da igreja; 1754, 26 maio - abertura de uma fresta junto ao altar de São Sebastião; 5 Julho - ladrilhamento do pavimento da capela-mor, por estar mais baixo do que o da igreja; construção de uma sacristia adossada à Igreja e com comunicação interior com a mesma; 06 setembro - "dealbar" a capela-mor e feitura de novo forro na sacristia; 1760, 04 janeiro - conserto dos telhados da capela-mor e sacristia; abertura de uma fresta na capela-mor, com seis palmos de altura e dois e meio de largura; 1761, 12 Setembro - abertura de uma fresta na fachada principal da igreja; 1767, 11 setembro - reforma da capela-mor, que ameaçava ruir; DGEMN: 1950 - conservação da cobertura; 1989 - reconstrução dos telhados, com substituição das faces viradas a N. e recuperação da telha nas viradas a S., e consolidação da estrutura de madeira da cobertura, com substituição do pau de fileira e das madres, pela firma António Alfredo Rodrigues Carvalhido, por 2 775 744$00; 1990 - picagem e demolição dos rebocos interiores da nave, tratamento dos rebocos da capela-mor e sacristia, feitura da porta exterior S. e reparação de outras, pela firma António Alfredo Rodrigues Carvalhido, por 1 932 192$00; desmonte de dois altares e seu arrumo no anexo e limpeza; consolidação e fixação da guarda do coro; reconstrução do forro do tecto apodrecido; colocação de pavimento em tijoleira no anexo e construção de dois sanitários; tecto de madeira na sacristia e reconstrução do arcaz; instalação eléctrica e de som; 1992 - beneficiações interiores: execução de faixa central em taburnos de madeira sobre guias de cantaria, reassentamento da calçada de lajedo à entrada e colocação de lajedo no restante pavimento da nave, caixilharia de madeira nos vãos da capela-mor e sacristia pela firma LUSOCOL-Sociedade Lusa de Construções, por 3 290 740$00; 1993 - trabalhos de valorização interior, nomeadamente no pavimento da nave, pela firma LUSOCOL-Sociedade Lusa de Construções; 1994 - trabalhos de conservação dos telhados e tectos: levantamento da cobertura, do forro de madeira e respectivos elementos estruturais, e feitura de novo tecto; protecção térmica de poliestileno, rufos de zinco no encontro com áreas de granito, colocação de tela asfáltica sobre superfícies de protecção; 1997 - limpeza dos paramentos exteriores, incluindo os da torre, refechamento das juntas, tratamento de vãos, arranjos exteriores, com feitura junto à fachada principal e lateral S. de pavimento em lajeado de granito, limpeza geral dos muros do adro; revisão da instalação eléctrica e sonora.

Observações

*1 - Fotografias datadas de 1948 mostram que o adro da igreja era vedado por muro alto, com portão frontal flanqueado por dois pilares coroados por pináculos piramidais com bola e, junto ao do lado esquerdo, inseria-se espaldar semicircular, sobre friso e cornija, possivelmente pertencente ao espaldar de antiga fonte; a S. possuía outro portão de acesso e no largo em frente da igreja erguia-se cruzeiro, composto por soco quadrangular de quatro degraus, plinto tosco paralelepipédico e cruz de braços quadrangulares, simples e na zona do encontro partida; a torre sineira ainda não tinha o frontão com o relógio e na fachada lateral S. existia porta de acesso ao coro-alto, precedida por escadas de pedra; interiormente era rebocada e pintada, o púlpito tinha guarda plena de talha com cantos apilastrados e frontalmente decorado por cartela polilobada relevada, sob o qual surgia altar tipo urna, em talha, ornado de cartelas; lateralmente tinha um retábulo do lado do Evangelho e enquadrando o arco triunfal, dois retábulos colaterais, de estrutura semelhante, em talha policroma, de planta recta e um eixo definido por duas pilastras ou, no lateral, duas colunas sobre plintos paralelepipédicos, coroadas por urnas; ao centro, abria-se nicho de perfil curvo ou, nos colaterais, recortado, envolvido por moldura, interiormente albergando imaginária, sendo ladeados por mísulas com imagens; todos eles possuíam ático em espaldar recortado, decorado com elementos fitomórficos, terminado em cornija sobreposta por acantos vazados; tinham altar tipo urna com frontal ornado de motivos vegetalistas; grade de ferro com volutas estilizadas fechava a capela-mor, a qual tinha tecto curvo, de madeira, pintado ao centro com cartela contendo motivo. *2 - Recentemente foi colocada uma placa de sinalização junto à igreja.

Autor e Data

Paulo Amaral e Alexandra Cerveira 1999 / Paula Noé 2008

Actualização

 
 
 
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