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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Mosteiro feminino Ordem de São Domingos - Dominicanas
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Descrição
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Do convento resta parte da estrutura murária integrada no actual edifício da P.S.P. e elementos decorados em cantaria e painéis historiados de azulejo, hoje no Museu de Alporão *1. |
Acessos
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Avenida Sá da Bandeira, Avenida do Brasil e Largo Cândido dos Reis; Museu da Igreja de São João de Alporão |
Protecção
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Enquadramento
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Urbano, situado em planalto. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: mosteiro feminino |
Utilização Actual
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Segurança: quartel da Polícia de Segurança Pública (PSP) |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 13 / 17 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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1240 - fundação do convento de freiras crúzias por D. Elvira Duroa, em casas que lhe pertenciam, no local onde viria a surgir o convento; 1287 - transferência do convento para junto da porta de São Manços, instalando-se então a comunidade em terrenos da ordem de São Domingos; 1298 - as freiras tomam o hábito de S. Domingos; 1305 - confirmação da integração da comunidade na ordem de São Domingos pelo Papa Clemente V; 1345, 13 novembro - morte de D. Constança, mulher de D. Pedro I, sepultado no Convento; séc. 16, finais / séc. 17, inícios - obras na capela-mor da igreja patrocinadas por Manuel Telles de Menezes; 1605 - falecimento de Pedro Correia de Andrade, sepultado numa Capela por ele instituída na igreja; séc. 17, meados - as obras continuam; 1651 - falecimento de Fernão Teles de Meneses, Conde de Unhão, sepultado na capela-mor; 1748 - incêndio no Mosteiro; 1833, 29 outubro - saída das religiosas do edifício, por ordem de D. Miguel; 1834, 14 Junho - D. Maria II concede o edifício ao Hospital de Jesus Cristo; 1857 - Possidónio da Silva propõe a instalação de um museu lapidar no edifício conventual, que não chega a efetivar-se; 1865 - medição do edifício pelo Cónego Joaquim Maria Duarte Dias, referindo que o corpo da igreja tem 15,36m de comprimento e 8,50m de largura; o cruzeiro tem 7,12m de largura e 17,10 de comprimento; a capela-mor tem 8,90m de comprimento e 5,50m de largura; 1874, 06 novembro - a Misericórdia de Santarém requer a doação do Mosteiro, para instalar os asilos que tem a seu cargo; 1891 - instalação da Associação Protectora dos Menores Pobres no local, sob a supervisão das freiras; 1894 - demolição de parte do Convento; 1895, 27 agosto - após a morte da última freira, o edifício e cerca são concedidos a um Colégio de Instrução e Educação para Meninas Pobres; 1896, junho - um incêndio atinge violentamente o edifício; 1901, 30 janeiro - pede-se o edifício para instalação de aquartelamento militar e escolas primárias; 1902 - instala-se no Convento o Batalhão de Caçadores Seis; 1903 - é descoberta a cripta dos condes de Unhão; 1918 - no convento está instalado o quartel de Infantaria 16; 1925 - na antiga cerca é construído o Bairro Trigoso; 1925 - 1926 - instalação do Refeitório de Indigentes no local; 1927 - instalação do Batalhão de Ciclistas 2; 1938 - extinção do Batalhão de Ciclistas 2, que abandona o edifício; 1943 - serve de aquartelamento ao Grupo Independente de Artilharia Seis, posteriormente transformado em Regimento de Artilharia Seis; séc. 20, década 60 - o Refeitório de Indigentes muda de local, indo para a Travessa de São Brás; 1947 - demolição do que restava da zona regral; 1960 - extinção do Regimento de Artilharia Seis, instalado no local; 1975 - instalam-se no local o Comando Distrital e Esquadra de Santarém, PSP e a Delegação da Manutenção Militar. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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AA.VV., D. Frei Gil de Santarém e a sua época, Santarém, 1997; Cidadãos contra demolição do Convento das Donas?, n "O Mirante", 27 Janeiro 2009; BRAZ, José Campos, Santarém raízes e memórias - páginas da minha agenda, Santarém, Santa Casa da Misericórdia de Santarém, 2000; CUSTÓDIO, Jorge, «Igreja e convento das Donas», in Património Monumental de Santarém, Inventário. Estudos Descritivos, Santarém, 1997; MARIA, Padre D. Nicolau de Santa, Chronica da Ordem dos Conegos Regrantes do Patriarcha S. Agostinho, 2ª parte, Lisboa, 1668; SARMENTO, Zeferino, História e Monumentos de Santarém, Santarém, 1993; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Santarém, Vol. III, Lisboa, 1949; SILVA, Possidónio da, «Os claustros dos conventos», in Archivo de Architectura Civil, nº 3, Lisboa, Janeiro de 1866. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - Descrição dos elementos existentes no Museu de Alporão e que fizeram parte do Convento das Donas: fragmento de um sarcófago (Nº de Inv. MMS-000450/ME); frente de um sarcófago (MMS-000477/TU); brasão com motivos heráldicos religiosos (MMS-001676/ME); pia para água benta (MMS-001674/EA); brasão da ordem de São Domigos (MMS-000715/HE); pedra de armas dos Telles de Menezes; lápide sepulcral de Fernão Telles de Menezes e da sua família (MMS-000616/TU); lápide sepulcral de Martim Afonso de Castro e de sua família (MMS-001581/EP); lápide sepulcral de Fernão Telles da Silveira, 1º conde de Unhão e de sua mulher (MMS-000207/EP); pedra de armas de Pedro Correa de Andrade (MMS-001561/HE); lápide comemorativa da instituição da capela de Pedro Correa de Andrade (MMS-001580/EP); monumento comemorativo da sepultura de Martim Afonso de Castro (MMS-000208/TU); monumento comemorativo da sepultura de Fernão Telles da Silveira, 1º conde de Unhão (MMS-000209/TU); painel de azulejos com a representação do nascimento da Virgem (MMS-001649/AZ); painel de azulejos com a representação do casamento da Virgem (MMS-001983/AZ); painel de azulejos com a representação da Anunciação e Assunção da Virgem (MMS-001982/AZ). Na capela-mor da igreja do convento guardavam-se os túmulos de Martim Afonso de Castro, vice-rei da Índia e de sua mulher D. Margarida de Távora e do primeiro conde de Unhão e de sua mulher, D. Francisca de Castro. O antigo convento situava-se no espaço hoje ocupado pelo quartel da P.S.P., correspondente a um quarteirão na longa avenida que cruza a zona de expansão oitocentista da cidade, outrora fora do circuito muralhado, nas imediações da porta de São Manços. |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 1999 |
Actualização
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