Mosteiro de Santa Maria de Belém / Mosteiro dos Jerónimos / Igreja Paroquial de Belém / Igreja de Santa Maria

IPA.00006543
Portugal, Lisboa, Lisboa, Belém
 
Arquitectura religiosa, manuelina (igreja, claustro, sacristia, refeitório), maneirista (capela-mor e forro do transepto), revivalista (remate da torre, antigo dormitório, sala do capítulo) e modernista (ala E do anexo e Biblioteca da Marinha). Convento hieronimita com igreja-salão manuelina (onde se incluem as igrejas matrizes de Arronches e de Freixo de Espada-à-Cinta), de planta longitudinal em cruz latina, de três naves à mesma altura cobertas por abóbada única, rebaixada, polinervada com combados, apoiada em pilares oitavados. Braços do transepto escalonados em altura relativamente ao cruzeiro, coberto com abóbada de berço polinervada. Retábulos em barroco nacional e rococós. Ábside maneirista retangular no exterior e de topo semi-circular no interior coberta por berço de caixotões de mármore. Externamente, o corpo da igreja apresenta uma volumetria horizontalizante, rectangular, de aspecto unitário, coberto com um telhado de duas águas. Claustro de planta quadrangular com octógono inscrito, com dois pisos de arcadas maineladas e galerias abobadadas com polinervuras. Sacristia retangular de abóbada única rebaixada, tornejante. A torre e o corpo do antigo dormitório foram profundamente alterados por intervenções revivalistas neo-manuelinas que introduziram elementos decorativos de temática marinha, rendilhados e arco-botantes, igualmente aplicados nas alas norte e poente do anexo, mas abandonados na ala nascente, onde se evidencia a presença do betão armado, expressando total ruptura com a tendência anterior. O Mosteiro de Santa Maria de Belém é um complexo arquitectónico e funcional, articulando as componentes de serviço público aos mareantes, cenóbio, mausoléu e palácio. É a única igreja do séc. 16 europeu onde se atinge a plena isotropia, constituindo o exemplo tecnicamente mais avançado do programa estrutural-espacial das igrejas-salão. Externamente apresenta massa horizontalista, paralelepipédica, de registo único com cobertura unificadora de telhado a duas águas, refletindo a espacialidade interna unificada, visível e ampla com três naves que se elevam identicamente sob uma única abóbada de perfil muito rebaixado, que se apoia em raros pilares octogonais esculpidos com bandas verticais de grutescos, delimitadas por finos colunelos, colocados equidistantemente em comprimento e largura, anulando eixos direccionais com o concurso da luz que entra directamente e uniformemente por grandes janelas rasgadas nos muros de cinta. A abóbada é de intradorso planificado, provido de uma complexa rede de nervuras retilíneas (liernes e terceletes) e curvas (combados), onde confluem três técnicas construtivas distintas: a polinervura gótica-final, os combados isabelinos e platerescos e a abóbada-à-vela do Renascimento, e onde, superando as mesmas, foram suprimidos os arcos torais e formeiros, definidores de tramos, solução que conduz à total fusão do espaço e eficaz distribuição do empuxo, maioritariamente vertical dado o perfil rebaixado, e sua descarga nos pilares e em mísulas embebidas na caixa murária. Na intersecção com o cruzeiro os pilares são mais grossos, tetralobados, a fim de suportarem também a cobertura daquele, em abóbada de berço dotada de rede de nervuras onde se incluem arcos torais e formeiros. O claustro não foi erguido ao mesmo tempo que a igreja, existindo dois muros mestres em cujo espaço foi lançada escadaria sob a qual se abrem os denominados "confessionários", dotados de paredes divisórias transversais que realizam o travamento dos dois muros. Os pilares da ala norte e o primeiro da ala oeste são diferentes dos restantes na esculturação e temática. A decoração arquitetónica do claustro é predominantemente profana, exceptuando as esculturas dos nichos do varandim e os medalhões com símbolos da Paixão de Cristo e relevos alusivos a São Jerónimo nos pilares das galerias, o que, aliado à sua planta e estrutura produz um ambiente palaciano e cénico adequado à existência de Hospedarias Reais no segundo piso.
Número IPA Antigo: PT031106320005
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Convento / Mosteiro  Mosteiro masculino  

Descrição

Complexo de planta composta, constituída por dois rectângulos, abarcando duas quadras, a menor contendo o claustro, circundado pela portaria, pelo refeitório, pela sacristia, pela Sala do Capítulo e pela igreja, e a maior por um vasto edifício que inclui o antigo dormitório, adossado a três alas de dois pisos envolvendo pátio rectangular. Volumes articulados de massa horizontal. Coberturas diferenciadas de telhados, terraços e zimbórios. IGREJA: planta longitudinal em cruz latina, composta por corpo da igreja, de três naves, transepto de topos rectilíneos e ábside rectangular. Fachada principal orientada, semi-oculta pela ligação ao corpo sul do anexo através de passagem abobadada em berço sob terraço. Portal em arco polilobado com brasão de armas real pendente do fecho e encimado por três nichos separados por pilastras com Natividade, Anunciação e Reis Magos *2; ladeiam a porta dois nichos com estátuas de vulto de D. Maria de Aragão e Castela e São João Baptista (à direita) e D. Manuel I e São Jerónimo (à esquerda) enquadradas por pilastras rematadas por ânforas e contendo nichos que albergam figuras de Apóstolos. A sul avança corpo quadrangular de dois registos, rasgado por janelas de arco pleno e rematado por torre sineira amparada por arcobotantes e coberta por zimbório poligonal. Fachada sul rematada em platibanda; apresenta cinco tramos definidos por contrafortes; dois janelões altos em arco pleno com colunelos de decoração torsa ladeiam grande pórtico de dois lumes decorado com motivos vegetalistas e grutescos, encimado por tímpano historiado; preenchem-no nichos com imagens dos Apostolos, de Profetas e Virgens Mártires, dos quatro Doutores da Igreja, da Virgem dos Reis e de São Miguel. Fachada este, ábside com janelas rectangulares; remate em platibanda com dois cupulins. INTERIOR: três naves antecedidas por coro assente em abóbada polinervada rebaixada, sustentada por arcos tudor que abrem para as naves, a norte, capela do Senhor dos Passos revestida de talha dourada com quatro pinturas da Paixão de Cristo, a sul, capela baptismal, seguindo-se as arcas tumulares de Luís de Camões e Vasco da Gama. As três naves são à mesma altura, cobertas de abóbada única rebaixada, polinervada com combados, assente em oito pilares octogonais esculpidos com grutescos e em mísulas embebidas na caixa murária. A norte rasgam-se dez nichos sobre pequenas portas. O cruzeiro é um espaço unitário coberto por abóbada de berço polinervada com combados, provida de arcos torais e formeiros, apoiada em mísulas e nos dois grandes pilares que rematam o corpo da igreja. Transepto revestido por arcossólios com túmulos; nos topos os de D. Sebastião e do cardeal-rei D. Henrique e altares de alabastro com frontais em relevo alusivos a São Jerónimo. Arco triunfal ladeado por dois púlpitos de pedra, octogonais, com decoração de grutescos. Capela-mor coberta por abóbada de berço de caixotões de mármore, possuindo lateralmente, as arcas tumulares de D. Manuel I, D. Maria de Aragão e Castela, D. João III e D. Catarina da Áustria, sobre elefantes de mármore. A parede testeira é semi-circular, apresentando grande sacrário de prata em forma de templete e revestimento com painéis pintados da Paixão de Cristo e Adoração dos Magos. Uma escadaria entre muros ascende ao coro-alto, com balaustarda de pedra e grande cadeiral de talha maneirista decorado com temática sacra e grutescos e pinturas dos Apóstolos. SACRISTIA: a norte do transepto, com acesso por corredor a partir do cruzeiro e pelo claustro. Planta rectangular, dois janelões a este, cobertura em abóbada tornejante, rebaixada, polinervada com combados, apoiada em mísulas e coluna central decorada com grutescos de onde arranca feixe de nervuras. CLAUSTRO: a norte da igreja, estabelecendo ligação com as dependências monacais; planta quadrada de dois pisos definidos por arcadas profusamente decoradas, de perfil abatido no primeiro registo e a pleno centro no segundo, subdivididas em arcos menores por mainéis; os vértices são cortados em chanfra na fachada interna, formando octógono. Remate em paltibanta decorada com medalhões e bustos maneiristas; cobertura exterior em terraço. As galerias são cobertas por abóbadas polinervadas sobre mísulas, com bocetes decorados. Nas quatro alas abrem-se portas em arcos polilobados para a sacristia e Sala do Capítulo (a este), Casa Pia (a norte), refeitório e portaria (a poente), "confessionários" e escadaria entre-muros (a sul.). O segundo piso apresenta um varandim decorado com grutescos e heráldica onde se inscrevem vinte e quatro nichos com esculturas em relevo de santas, santos e virtudes. CASA DO CAPÍTULO: A nascente, portal duplo, mainelado decorado com grutescos e imagens de vulto; planta rectangular com o topo norte facetado; abobadada; tribuna a sul, com dois janelões com vitrais a nascente e altar a norte. Ao centro arca tumular de Alexandre Herculano. REFEITÓRIO: Ala poente, planta rectangular; coberta com abóbada única, polinervada, rebaixada, assente em mísulas embebidas na caixa murária sobre friso torso; revestimento parietal com painéis de azulejo polícromos, compondo silhar. A sul, moldura de pedra a enquadrar pintura. A poente, cinco janelas decoradas, de perfis diferenciados. ANEXO (antigo Dormitório): Corpo longitudinal rectangular, voltado a sul, composto por vinte e quatr tramos de dois pisos divididos por contrafortes rematados por pináculos, o primeiro com arcos quebrados mainelados, envidraçados, e o segundo com janelas em arco pleno com cogulhos. A meio, corpo elevado com portal inscrito em vão de asa-de-cesto encimado por varanda com janelão trigeminado e duas janelas laterais, rematado por platibanda; nos extremos nascente e poente, duas torres octogonais rematadas por coruchéus poligonais. A norte, pátio rodeado por três alas: as norte e poente têm fachadas idênticas às da ala sul, exceptuando o topo poente da ala norte, com pano murário rebocado e cego no segundo registo. Remate em cimalha. Ala nascente com corpo destacado e rebaixado com porta envidraçada e acentuado contraforte não estrutural; fachadas de betão, sem decoração, divididas em panos idênticos por pilastras providas de gárgulas; nos dois registos pequenas janelas de rampa.

Acessos

Praça do Império; Rua dos Jerónimos

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 10-01-1907, DG n.º 14 de 17 janeiro 1907, Decreto de 16-06-1910, DG, 1.ª série, n.º 136 de 23 junho 1910 / ZEP, Portaria, DG, 2.ª série, n.º 63 de 16 março 1960 / Património Mundial - UNESCO, 1983

Enquadramento

Urbano, próximo da margem do rio Tejo, implantado no sítio da antiga praia e ancoradouro do Restelo. Isolado, em quarteirão delimitado a sul pela ajardinada Praça do Império e a sudoeste pelo Centro Cultural de Belém (v. IPA.00000055) e Padrão dos Descobrimentos (v. IPA.00009750. Articula-se a norte, com edifícios da Casa Pia de Lisboa / Colégio Pina Manique (v. IPA.00010466) e a este com o Museu de Marinha / Planetário Calouste Gulbenkian (v. IPA.00011186). Circundado a oeste, sul e este por um amplo passeio, zonas relvadas e arruamentos.

Descrição Complementar

Portal principal: em arco polilobado enquadrado por duas pilastras decoradas com grutescos que não são os limites do pórtico e contêm imagens em relevo de seis apóstolos (São Paulo, Sao Pedro, Santo André e outros três sem atributo). Na moldura dos pés-direitos da porta, sobre mísulas decoradas, dois grupos escultóricos representam D. Maria de Aragão e Castela com São João Baptista (à direita) e D. Manuel I com São Jerónimo (à esquerda), justificando-se a inclusão do par real por o templo ter sido destinado a seu mausoléu. Portal sul: Tem um carácter monumental, rasgando-se entre dois contrafortes e formado por grande arco de volta perfeita sob o qual se abrem dois vãos abatidos com mainel onde se inscreve uma estátua identificada como sendo a do infante D. Henrique, trajando cota-de-armas. Superiormente o arco contracurva-se em conopial, albergando no intradorso estreita abóbada de nervuras com duas esferas armilares. Sobre o arco rasga-se janelão em arco pleno que serve de fundo à imagem de vulto da Virgem com o Menino. Nas ombreiras, contrafortes e panos de muro laterais com doze nichos decorados com motivos vegetalistas, zoomórficos, heráldicos e antropomórficos, habitados pelos Apóstolos. Sobre a dupla porta, decorada com grutescos, o tímpano possuí dois painéis em relevo representando passagens da vida de São Jerónimo, com deficiências na conjugação dos blocos pétreos. Nos contrafortes, um segundo registo escultórico com os quatro Profetas Maiores, encimados pelos quatro Doutores da Igreja, e, a ladear a janela, quatro Santas Mártires e pequenos anjos músicos. A composição é encimada pela estátua de São Miguel sob grande baldaquino. Sacristia: A cobertura é feita por abóbada polinervada de combados muito rebaixada, aplicando a tecnologia de abóbada-à-vela apoiada numa única coluna central provida de quatro saídas de água (antigo lavabo). Desta partem quatro nervuras que dividem o campo em quatro tramos (quadrícula), descarregando em mísulas colocadas a meio de cada parede; em cada tramo desenham-se dois arcos diagonais, abatidos, cruzados (nervuras primárias), de cuja chave partem os liernes, em cruz grega, unidos em estrela pelos terceletes, cujas pontas convergem para quatro vértices do tramo e mísulas cantonais; àquelas nervuras juntam-se combados (nervuras curvas), formando quatro pétalas em chaveta; um arcaz quinhentista, um armário do séc. 17 e pinturas de Avelar Rebelo, Simão Rodrigues e Campelo, constituem o recheio decorativo. Claustro: Quadrangular com os vértices chanfrados na fachada interna, produzindo um octógono que se projecta nos dois registos. O acesso ao terreiro é feito pelas chanfras, criando eixos diagonais. Em cada ala os quatro arcos, os pilares em que se apoiam, os mainéis que os subdividem, as bandeiras e as enjuntas são totalmente preenchidos com decoração em relevo, em que se aliam os motivos vegetalistas, heráldicos, sacros e grutescos (bebidos em gravuras), acentuando a estrutura, a forma e a função dos elementos arquitectónicos, e dotando este espaço de um carácter fortemente cenarial e palaciano.

Utilização Inicial

Religiosa: mosteiro masculino

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial / Cultural e recreativa: monumento / Cultural e recreativa: biblioteca

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

DGPC, Decreto-Lei n.º 115/2012, DR, 1.ª série, n.º 102 de 25 maio 2012

Época Construção

Séc. 16 / 17 / 18 / 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

APARELHADOR: Fernando de la Fermosa (1517); Francisco de Benavente (1517); Gonçalo de Castilho (1517); João Gonçalves (1517 - 1523); Pêro de la Rota (1517); Pêro Guterres (1517); Rodrigo de Pontezilha (1517). APONTADOR: Jerónimo Gonçalves (1572). ARQUITECTOS: Aquiles Rambois (1867 - 1878); Arnaldo Redondo Adães Bermudes (1896); Baltasar da Silva Castro (1942); Diogo de Castilho (1517); Diogo de Torralva (1519 - 1523); Domingos Parente da Silva (1896); Eduardo Augusto da Silva (1884 - 1888); Frederico Henrique George (1983); Giuseppe Cinatti (1867 - 1878); Jerónimo de Ruão (1571); João Antunes (1711); João de Castilho (1517, 1522 - 1523); José A. de Oliveira (1956); Manuel do Couto (1711); Mateus do Couto (1682); Rafael da Silva Castro (1860); Samuel Bennet (1863 - 1865); Rafael de Castro (1879); Rosendo Garcia de Araújo Carvalheira (séc. 19); Teodósio de Frias (1625 - 1631); Valentim José Correia (1863-1865). CANTEIROS: Nicolau Chanterenne (1517). ENGENHEIRO: Raimundo Valadas (1879, 1884). ENTALHADORES: António Rodrigues (1713); Diogo de Sarça (séc. 17); Francisco Lopes Ramalho (1703); José Rodrigues Ramalho (1695, 1698). ESCULTORES: António Augusto da Costa Mota (1880); Filipe de Brias (séc. 17); Giovanni Maria Mosca (séc. 16); José Teixeira Lopes (séc. 19); Oficina dos Della Robbia (séc. 16). MESTRE-DE-OBRAS: Boitaca (1514, 1516); Diogo Rodrigues (1514 - 1516); Francisco de Arruda (1514 - 1516). OFICIAL: Pêro de Trilho (1517). ORGANEIROS: António Xavier Machado e Cerveira (1781, 1789); Manuel Machado (1781). OURIVES: João de Sousa (séc. 17). PEDREIROS: António Correia (1571); Diogo Vaz (1625 - 1631); Domingos Guerra (1516); Filipe Henriques (1517); João Gonçalves (1517); Leonardo Vaz (1517); Rodrigo Afonso (1514 - 1523). PINTORES: Abel Manta (séc. 20); Cristóvão Lopes (séc. 17); Lino António (séc. 20); Lourenço de Salzedo (1577).

Cronologia

1459, 14 outubro - Bula de Pio II a confirmar e instituir em Paróquia a Ermida de Santa Maria de Belém (ou do Infante) no Restelo, fundada pelo infante D. Henrique; 1460 - a ermida é doada à Ordem de Cristo; 1496, 23 junho - é fundado canonicamente, pela Bula de Alexandre VI, a pedido de D. Manuel I, o Mosteiro de Santa Maria de Belém na Ermida; 1498, 22 dezembro - D. Manuel I doa a Ermida à Ordem de São Jerónimo; 1499, 17 janeiro - tomada de posse material do lugar de Santa Maria de Belém pelos Hieronomitas, com a doação da vintena; 1500, 21 abril - Bula de Alexandre VI dando posse canónica e jurídica do Mosteiro à Ordem; 1500 - 1508 - verbas doadas pela Coroa para mantimento, governo e despesas com obras caritativas e da Casa; constitui-se a "mesa dos contos", os dinheiros para obras e outras despesas são controlados por um provedor, Gonçalo Álvares, um almoxarife, Diogo Rodrigues e um escrivão, João Leitão; séc. 16 - execução da escultura de São Jerónimo nas oficinas dos Della Robbia; 1513 - 1514 - D. Manuel I adquire terras e casas para a cerca do mosteiro; 1514, 20 março - início da primeira campanha construtiva do novo mosteiro (transporte de pedraria e montagem do estaleiro), sendo mestre-de-obras Boitaca, substituído periodicamente; 1514, 20 novembro - são feitos cinco tramos do dormitório; 1516 - Boitaca volta a dirigir as obras, erguendo as paredes da nova igreja; é empreiteiro das cinco capelas do coro Domingos Guerra; 1517 - segunda campanha de obras com nova orgânica administrativa e construtiva ordenada pelo rei, em regime de empreitadas, dirigidas maioritariamente por João de Castilho; trabalha nas obras Filipe Henriques, acompanhado de cinquenta e cinco oficiais, com 68$000 de pagamento e o oficial Pêro de Trilho; Rodrigo de Pontezilha é aparelhador da porta da Sala do Capítulo; é empreiteiro de três capelas Rodrigo Afonso, com quem trabalhavam doze oficiais; são aparelhadores da sacristia e claustro Francisco de Benavente e Fernando de Fermosa; é empreiteiro do claustro João de Castilho, com quem trabalha Diogo de Castilho e os aparelhadores Pêro Guterres, este a trabalhar no Capítulo, Pêro de La Rota e Gonçalo de Castilho; trabalha na obra do refeitório o empreiteiro Leonardo Vaz, com quinze oficiais, recebendo 17$000 mensais; obra do portal por Nicolau Chanterenne; trabalha nas três capelas do coro João Gonçalves; bula papal elevando o novo Mosteiro de Belém a cabeça da Ordem; D. Manuel I ordena em testamento fazer-se sepultar na capela-mor; 1519 - concluído o piso térreo do claustro e duas alas do segundo piso; 1521 - morte de D. Manuel I, sepultado na ermida por a igreja não estar concluída; 1522 - João de Castilho dirige as empreitadas das abóbadas e pilares do cruzeiro e da igreja, pelo que recebe mil cruzados; 1540 - 1551 - remate do claustro e arranjos na capela-mor; 1550 - feitura do cadeiral do coro-alto; séc. 16, 2.ª metade - feitura das 4 placas de alabastro por Giovanni Maria Mosca, de Pádua ou pela sua escola; 1565 - feitura do novo retábulo-mor por Lourenço de Salzeda, conforme traça de Jerónimo de Ruão; 1551 - tomada de posse pelos hieronimitas do novo complexo monacal; trasladação das ossadas de D. Manuel I, D. Maria de Aragão e Castela e infantes para o cruzeiro da nova igreja; 1557 - D. Catarina da Áustria ordena a demolição da capela-mor manuelina e a sua reedificação; 1567 - 1570 - construção de lago monumental no claustro a mando do cardeal D. Henrique; 1569 - o Conselho de Estado ordena a cessação de obras de vulto em Belém; 1571, 07 março - é mestre das obras da capela-mor Jerónimo de Ruão, que recebe, da rainha D. Catarina da Áustria, 54.000 reais; 04 maio - o arquiteto recebe 83.000 reais da mesma obra; 31 março - pagamento de 200 cruzados a Jerónimo de Ruão pela obra da capela; 25 junho - vinda de pedra de Vila Viçosa para a capela-mor, transportada por António Correia e que importou em 224.960 reais; 1572 - trasladação das ossadas de D. Manuel I, D. Maria de Aragão e Castela e D. João III para novas sepulturas na capela-mor; 24 dezembro - é apontador da obra Jerónimo Gonçalves, que recebe 20 cruzados; 1577 - Lourenço de Salzedo executa os cinco painéis para a nova capela-mor; 1587 - 1591 - revestimento do transepto com mármores e calcários coloridos, a mando de Filipe I; 1604 - Filipe II proíbe enterramentos na igreja e claustro alheios à Família Real; 1606 - levantamento da proibição relativa ao claustro; 1619 - Filipe II reside nas hospedarias reais, no segundo piso do claustro; 1625 -1631 - construção da portaria e escadaria de acesso à Sala dos Reis, conforme traça do arquiteto Teodósio de Frias e o mestre pedreiro Diogo Vaz; transferência de portal dos dormitórios para a nova portaria; 1682 - D. Pedro II manda executar as sepulturas de D. Sebastião e D. Henrique, conforme projeto de Mateus do Couto; 1684 - incêndio nos armazéns sob o dormitório, arruinando-os parcialmente; 1695, 20 maio - José Rodrigues Ramalho é contratado para a feitura do retábulo da Capela do Senhor dos Passos (FERREIRA, vol. II, p. 528); 1696 - 1699 - execução de retábulos para o cruzeiro, sub-coro e transepto; 1698, 06 julho - José Rodrigues Ramalho executa obras nas portas da igreja (FERREIRA, vol. II, p. 530); 1700 - 1704 - conclusão da escadaria, pintura a fresco dos tetos da mesma e Sala dos Reis; 1703 - pagamento de 35$000 a Francisco Lopes Ramalho pela feitura de seis castiçais, seis águias, uma sacra e caixilhos de rendas para a boca da tribuna, banquetas dos nichos para a Capela do Senhor dos Passos (FERREIRA, vol. II, p. 508); 1707 - D. João V manda fazer acomodações militares nas arcadas do dormitório, entaipando alguns arcos; 1713 - redecoração da sacristia; o mestre-entalhador António Rodrigues é pago pela execução de oito jarras e seis pequenas e pelo conserto de vinte e seis jarras pequenas, pertencentes à Irmandade do Senhor dos Passos (FERREIRA, 2009, p. 485); 1720 - os retratos régios são transferidos para a livraria; 1721 - construção da Capela do Senhor do Vencimento no dormitório; 1723 - 1763 - a Tanoaria Real e a Alfândega de Lisboa ocupam a arcada sob os Dormitórios; 1730 - referência a dois órgãos, um com vinte e quatro registos e outro com doze, surgindo dois mais pequenos com seis; 1755, 01 novembro - o sismo não destruíu o edifício, mas abalou as estruturas; 1756, 20 janeiro - na sequência do abalo sofrido no ano anterior, cai parte da abóbada sobre o coro-alto, reconstruída de imediato; séc. 18, final - revestimento do refeitório com azulejos; execução do presépio; execução de quatro novos retábulos para o cruzeiro; 1781 - 1789 - colocação de dois órgãos no coro-alto, executados pelos organeiros Manuel Machado e António Xavier Machado e Cerveira, o da Epístola pago por Frei Diogo de Jesus Jordão, bispo de Pernambuco; 1808- 1813 - instalação das tropas de Wellington e do Hospital Militar Britânico no Mosteiro, entaipando-se as arcadas superiores do claustro; 1817 - os monges reivindicam a posse das arcadas do dormitório; 1833 - secularização do Mosteiro com todos os seus bens, prédios rústicos e urbanos; instalação da Casa Pia; 1834 - refundação da Paróquia de Santa Maria de Belém com sede na igreja; obras de adaptação das dependências conventuais às novas funções: demolição das celas dos frades para instalação de dormitório feminino, aproveitamento das galerias do claustro para dormitório masculino e construção de dois anexos a norte; séc. 19, segunda metade - obras de restauro pelo arquiteto Rosendo Garcia de Araújo Carvalheira; feitura do túmulo de Almeida Garrett por José Teixeira Lopes; 1859 - aterro que fez recuar o Tejo defronte da fachada sul do Mosteiro; o provedor da Casa Pia, José Maria Eugénio de Almeida, manda demolir casebres na antiga cerca, desentaipar as arcadas do claustro, desmontar o lago henriquino e adaptar as Hospedarias Reais e a Casa do Capítulo a salas de aula; 1860 - a pedido do mesmo, o Ministério das Obras Públicas contrata o engenheiro Colson para projetar a remodelação do corpo sul, cujo levantamento foi feito pelo arquiteto Rafael da Silva Castro; 1860 - 1863 - Colson executa três projetos, chumbados pelo provedor; 1863 - decreto de D. Luís para instalação do Museu de Marinha nos antigos dormitórios; 1863 - 1865 - risco das janelas do segundo piso dos dormitórios, apeando-se uma das originais *3; obras projetadas por Valentim José Correia (1822 - 1900); projeto de remodelação do mosteiro por Samuel Bennet; 1865 - 1868 - construção dos portais e torreões extremos no corpo sul; 1867 - 1868 - elaboração de projetos por Rambois e Cinatti, que dirigem obras de remodelação e demolições: Sala dos Reis *4, passadiço para o dormitório, altares do Senhor do Vencimento e dos Navegantes, mercearias de D. Luís I; um projeto de restauro de Joaquim Possidónio da Silva é apresentado na Exposição Universal de Paris; 1874 - Rambois e Cinatti dirigem todas as obras da Casa Pia e restauro das fachadas do Mosteiro; 1877 - projeto de remodelação e ampliação de Domingos Parente da Silva, prevendo construção de anexo junto ao corpo do antigo Dormitório; 1877 - 1878 - abertura de rosácea no coro-alto, construção da cúpula mitrada sobre a torre da igreja, alteamento do nicho sobre o portal sul, levantamento do corpo central de Rambois e Cinatti, com três pisos coroados por grande coruchéu; 1878 - derrocada do corpo central em construção, provocando a morte de dez operários; 1878 - 1879 - elaborado relatório sobre o acidente; o engenheiro Raimundo Valadas (diretor da Casa Pia) e o arquiteto Rafael de Castro são nomeados para projetarem e dirigirem as obras; 1880 - os mesmos apresentam doze projetos para colmatar a brecha provocada pela queda do corpo central; nomeada comissão para averiguar o aproveitamento das ruínas, deliberando sobre a sua demolição; comemorações do tricentenário de Camões com trasladação das ossadas deste e de Vasco da Gama para a igreja *5, colocados num túmulo esculpido por António Augusto da Costa Mota; 1880 - 1888 - construção do primeiro piso da ala norte do anexo e das arcadas maineladas no primeiro piso do dormitório; 1884 - a arruinada Sala do Capítulo foi cedida à Comissão Executiva do Monumento a Alexandre Herculano, cabendo a sua reconstrução neo-manuelina atribuída Raimundo Valadas; 1886 - restauro do segundo piso do claustro, sob projeto de Valadas: remates dos nichos, arcobotantes, gárgulas, saiméis e colunas a dividir os arcos; 1887 - 1888 - o Ministro das Obras Públicas, António Augusto de Aguiar, decide instalar um Museu Industrial no antigo dormitório, de onde é desalojada a Casa Pia; 1888 - trasladação dos restos mortais de Alexandre Herculano para o novo mausoléu na Sala do Capítulo, feito segundo projeto de Eduardo Augusto da Silva; 1893 - inauguração da Exposição Industrial Portuguesa no corpo do dormitório; projeto de restauro dos órgãos por Adolph J. Mellert; 1894 - a Repartição da Conservação dos Edifícios Públicos, dirigida por Pedro Romano Folque, alerta para a necessidade de concluir as obras para as comemorações do quarto centenário da Índia, propõe abertura de concurso e sugere à Direção de Obras Públicas o projeto de Domingos Parente da Silva; 1895 - Pedro Romano Folque remete ao Conselho Superior de Obras Públicas um projeto relativo ao corpo central; a Comissão dos Monumentos Nacionais prescinde do corpo central, mas impõe uma entrada integrada em estrutura arquitetónica; 1896 - aberto concurso pelo MOP para conclusão do anexo, destinado a museu, sendo vencedor Domingos Parente da Silva; remate da obra pelo arquitecto Arnaldo Redondo Adães Bermudes; 1897 - suspensão das obras projectadas por Domingos Parente por intervenção de Romano Folque que quer executar o seu próprio projeto, tendo a seu favor o parecer da Comissão Nacional dos Monumentos Nacionais, que declara faltar valor artístico-arquitetónico ao corpo sul; 1898 - em detrimento de um projeto de Miguel Ventura Terra, a Comissão dos Monumentos Nacionais volta a aprovar o projeto de Domingos Parente; 1901 - um dos órgãos da Patriarcal da Ajuda é colocado no mosteiro; 1902 - transferência do Museu Etnográfico para o primeiro piso do corpo sul, onde já estava instalado desde 1894 o Museu Escolar da Casa Pia; 1903 - 1904 - conclusão do corpo sul; 1913 - demolição do jardim do claustro por ordem do diretor da Casa Pia, A. Aurélio da Costa Ferreira; 1925 - plano urbanístico da encosta da Ajuda, abrangendo parte da antiga cerca do Mosteiro, ocupada pela Casa Pia; 1934 - transferência provisória do Museu de Marinha para o anexo do Mosteiro; 1936 - o claustro é desocupado pelos alunos da Casa Pia; 1939 - 1940 - demolição de construções na área envolvente do mosteiro para instalação dos pavilhões da Exposição do Mundo Português e construção da Praça do Império; intervenção revivalista no corpo sul; a Casa Pia abandona definitivamente o mosteiro e o Museu Escolar passa para a antiga cozinha do colégio; 1942 - apeamento e modificação do remate do corpo central por Baltasar da Silva Castro; saída da Estação Agronómica Nacional do antigo dormitório; 1947 - o Laboratório Químico Agrícola instala-se no anexo; 1951 - 1957 - construção da ala poente do anexo, com abobadilha no piso superior; fundações para a ala nascente; 1954 - 1955 - Ministérios da Marinha e das Obras Públicas prevêem a instalação definitiva do Museu de Marinha no anexo poente, sendo criada uma comissão para o efeito; 1956 - estudo da valorização do conjunto da zona do mosteiro e construção do pavilhão da Galeotas, conforme projeto de José A. de Oliveira; 1959 - Ministérios da Marinha, Educação Nacional e Obras Públicas aprovam plano para ocupação simultânea do anexo pelos Museus da Marinha e Etnológico, com independência de acessos; continuação da construção da ala poente e primeiro piso da ala norte; 1962 - inauguração do Museu de Marinha; 1965 - inauguração do Planetário Calouste Gulbenkian; 1969 - pequenos danos causados pelo sismo; 1976 - o Decreto-Lei n.º 14/76, prevê a ocupação de todas as áreas do mosteiro não afetas ao culto pelo Museu de Marinha; 1979 - plano global de reestruturação do mesmo museu; 1981 - transferência da Biblioteca Central da Marinha para o anexo norte; 1983 - arranjo do imóvel para integrar a XVII Exposição de Arte Ciência e Cultura, por Frederico Henrique George; consagrado Património da Humanidade; 1985 - trasladação das ossadas de Fernando Pessoa para a ala norte do claustro; 1992, 01 junho - o imóvel é afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126; 1999 - projeto de remodelação do Museu Nacional de Arqueologia no corpo ul; 2007, 07 julho - é nomeado como uma das Sete Maravilhas de Portugal; 2007, 29 março - o imóvel é afeto ao IGESPAR, pelo Decreto-lei nº 96/2007, DR, 1.ª série, n.º 63; 2016, 15 janeiro - é assinado um protocolo de colaboração entre a DGPC e World Monuments Fund tendo em vista a conservação e o restauro das abóbadas da igreja.

Dados Técnicos

Estrutura mista.

Materiais

Pedra calcária lioz da região de Lisboa e Sintra; mármore de Estremoz (capela-mor); mármore de Pero Pinheiro (restauros); madeira de castanho, brasileira e de casquinha; tijolo; telha românica e portuguesa; betão armado; vidro.

Bibliografia

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Lisboa, 2010, 3 vols., dissertação de Doutoramento em História da Arte apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa, texto policopiado; DIAS, Pedro - Os Portais Manuelinos do Mosteiro dos Jerónimos. Coimbra, 1993; FERREIRA, Sílvia Maria Cabrita Nogueira Amaral da Silva - A Talha Barroca de Lisboa (1670-1720). Os Artistas e as Obras. Lisboa, 2009, 3 vols., dissertação de Doutoramento em História da Arte apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa, texto policopiado; FLOR, Pedro - “Esculturas Della Robbia em Portugal. O brilho da fé no tempo do Renascimento”. Invenire - Revista dos Bens Culturais da Igreja. Lisboa: Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja, janeiro-junho 2012, n.º 4, pp. 6-9; FRANCO, Anísio - “António de Oliveira Bernardes e a Unidade Decorativa do Espaço Barroco”. Jerónimos. 4 Séculos de Pintura. Lisboa: IPPAR, 1993, vol. II, pp. 206-217, nota 1; FRANCO, Luiz Farinha, MONTEIRO, Ana Isabel Líbano, Jerónimos - Memórias de Cinco Séculos 1501 - 2001. 1.º ed. Lisboa IPPAR, 2001; FREITAS, Eduardo, CALADO, Maria, CORREIA, Vítor - Lisboa. Freguesia de Belém. Lisboa, 1993; GORDALINA, Maria do Rosário - “As Obras Revivalistas do Século XIX, no Mosteiro de Santa Maria de Belém”. Romantismo, da Mentalidade à Criação Artística. Sintra, 1986, pp. 247 - 291; MARQUES, Lina M. Oliveira - “O Claustro do Mosteiro de Santa Maria de Belém”. Cadernos de História de Arte. Lisboa, 1991, vol. I, pp. 37 - 78; MARQUES, Lina M. Oliveira - “Estruturas e Espaço das Igrejas-Salão Manuelinas”. III Cursos Internacionais de Verão de Cascais. Cascais: CMC, 1996, livro de atas; MOREIRA, Rafael - Jerónimos. Lisboa: Verbo, 1987; MUCHAGATO, Jorge, NICOLAS, Sapieha - Jerónimos, Memória e Lugar do Real Mosteiro. Lisboa, 1997; PAIS, Alexandre Manuel Nobre da Silva - Presépios Portugueses Monumentais do século XVIII em Terracota. Lisboa: s. n., 1998, dissertação de Mestrado na Universidade Nova de Lisboa; PATRIMÓNIO Arquitectónico e Arqueológico Classificado. Lisboa: IPPAR, 1993; PEDREIRINHO, José Manuel - Dicionário de Arquitectos Activos em Portugal do Séc. I à Actualidade. Porto: Edições Afrontamento, 1994; PEREIRA, Paulo - “O Estaleiro de Santa Maria de Belém”. História da Arte Portuguesa. Lisboa: Círculo dos Leitores, 1995, vol. II; PEREIRA, Paulo - Mosteiro dos Jerónimos. Lisboa: IPPAR, Scala, 2002; PINTO-COELHO, Maria João - Património Mundial - Portugal. Lisboa, 1997; RAMOS, Graça - Portugal - Património da Humanidade. Lisboa, 1996; RELATÓRIO da Actividade do Ministério nos anos de 1957 e 1958. Lisboa: Ministério das Obras Públicas, 1959, vol. I; RELATÓRIO da Actividade do Ministério no Ano de 1959. Lisboa: Ministério das Obras Públicas, 1960, vol. I; RELATÓRIO da Actividade do Ministério no Ano de 1961. Lisboa: Ministério das Obras Públicas, 1962, vol. I; SANTANA, Francisco, SUCENA, Eduardo (dir.) - Dicionário da História de Lisboa. Lisboa, 1994; SANTOS, Reynaldo dos - “Mosteiro dos Jerónimos”. Guia de Portugal. Lisboa, 1924, vol. 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Lisboa: Imprensa Nacional, 1904, 3 vols; Mosteiro dos Jerónimos, Visita Guiada, RTP, 3 junho de 2024, https://www.rtp.pt/play/p13200/e773851/visita-guiada

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRML, DGEMN/DREL/DIE/DRC, DGEMN/Arquivo Pessoal de Frederico George; DGARQ/TT; AHMOP

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRML, DGEMN/DSEP/DNISP, DGEMN/Arquivo Pessoal de Frederico George

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRML, DGEMN/DSARH

Intervenção Realizada

1711 - obras gerais de reparação por Manuel do Couto e João Antunes; 1834 - apeamento de 2 púlpitos de madeira; 1881 / 1884 - desaterro, nivelação do terreno e ajardinamento; colocação de caixilhos de ferro nas janelas e de gradeamento defronte da fachada S; 1883 - Substitução da balaustrada do coro-alto e colocação de teia de bronze na cap.-mor; abertura de 2 portas no cruzeiro: para o Claustro e corredor da Sacristia *5, e de 1 porta deste para o exterior; feitura de acesso ao púlpito do lado do Evangelho através do altar de S. Jerónimo; assoalhamento da Sacristia, Casa-forte e Cartórios; reparação dos arcazes e quadros da Sacristia; substituição de balaústres quebrados na cap. do Santíssimo; construção de pia baptismal; 1919 / 1924 - conservação e restauro do tecto da sala de música; restauro da talha do coro; pavimentação do Claustro e do pátio das Malvas; substituição dos capitéis do anexo e colocação de 10 peças molduradas e florões nos arcos; beneficiações dos telhados e abóbadas da igreja, impermeabilização do terraço do Claustro; 1927 - reparação dos telhados e abóbadas da igreja; 1928 - Pavimentação do terraço do Claustro; DGEMN: 1930 / 1932 - reparação dos telhados e abóbadas da Igreja e Claustro; reparações e obras no corpo S. (Museu Etnológico Dr. Leite de Vasconcelos); 1934 / 1935 - beneficiação e conservação das fachadas O. e S. da Igreja, reparação de vitrais, torre, sinos, coberturas, pintura de grades das janelas da fachada S., limpeza do terraço do Claustro; 1936 - desobstrução das capelas do coro, demolição e arrecadação dos foles dos órgãos; 1937 - Conservação e beneficiações diversas na Igreja; 1938 - colocação de vitrais nas janelas do lado S. da Igreja, fecho do acesso que ligava a ala N. do Claustro à Casa Pia; demolição de órgãos, corte e recuo do cadeiral, apeamento de 2 portais de cantaria substuindo-os por nichos; 1939 / 1942 - conservação e beneficiações diversas na Igreja, Claustro e corpo S.: assentamento de abóbadas, substituição de pedras mutiladas nos arcos divisórios, simplificação geral da fachada do corpo S (varanda, pináculos e corpo central); construção da ligação entre a Igreja e este; lageamento do adro; substituição de telhados; reconstrução de porta e pia do Claustro; desmonte do túmulo de Alexandre Herculano e execução de nova base; 1940 - ajardinamento da pç. fronteira ao Mosteiro para a Exposição do Mundo Português; desmontagem de gradeamentos; beneficiação de pavimentos, canalização do claustro; 1941 / 1943 - reconstrução de telhados, abóbadas e paredes do anexo, demolições de construções no pátio N.; 1944 - remoção de um altar para capela nas Caldas da Rainha; 1945 / 1947 - restauro dos vitrais; construção de tecto mudéjar na sala central do anexo e reparação do telhado; arranque de azulejos e seu encaixotamento; lageamento do terraço do Claustro; reparação de coberturas da Igreja; assentamento de pinha de cantaria sobre o terraço do vestíbulo da fachada O; 1948 / 1849 - Ajardinamento do Claustro; 1951 - reparação geral da Sacristia e arcazes; restauro de telas; reparação de vitrais; remoção de inscrições no túmulo de Luís de Camões e reparação do de Alexandre Herculano; 1953 - obras de restauro na Igreja: coberturas da Sala do Capítulo, nave central e capelas do transepto; reparação de vitrais, construção de altares de cantaria na Sacristia e transepto e de rosetas de mármore neste; 1955 / 1957 - Restauros diversos no Claustro, pinturas do cadeiral, azulejos do Refeitório e arcazes; remoção de um órgão do coro; 1958 / 1959 - terraplanagens a N. do Mosteiro; revestimento do extradorso da parede N. do Claustro; 1960 / 1962 - continuação dos trabalhos de construção e adaptação do anexo a Museu de Marinha; trabalhos diversos na ala S. (Museu Etnológico); cobertura de pintura do Refeitório por quadro de S. Jerónimo *6; 1961 - parecer n.º 3089 do pelo Conselho Superior das Obras Públicas, relativo ao novo edifício do museu ( Museu Etnológico); 1963 / 1965 - obras em várias dependências do anexo (Museu de Marinha); 1969 - Ala E.: reparações diversas em virtude dos danos causados pelo sismo; !970 - Obras de conservação na Igreja e outras dependência; 1978 - Arranjo do acesso à ala E. do anexo (Biblioteca da Marinha); 1979 - limpeza geral do Claustro e fachada O. da Igreja, com reparação da cimalha; 1982 - restauro dos azulejos do Refeitório; 1985 / 1986 - restauro do lago do Claustro; obras de conservação no corpo S (Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia); 1987 - restauro de vitrais e pinturas; instalação de redes de água para o serviço de incêndios; trabalhos laboratoriais no âmbito do programa de cooperação entre o Laboratório de Mineralogia e Petrologia do IST e a DGEMN, estudando-se as condições ambientais e fenómenos de alteração em vários pontos do monumento; 1988 - Instalação de pára-raios e obras de beneficiação nas cobertural e ramais de água do corpo S; 1989 - Beneficiação da instalação eléctrica; CASA PIA; IPPAR: 1992 - adjudicação à empresa Slecon-Seth da obra de limpeza e restauro dos portais O. e S. da igreja; 1996 / 2000 - Obras de recuperação e restauro da Capela-Mor: restauro das tábuas maneiristas do retábulo e mármores; beneficiação das coberturas; restauro dos janelões da igreja; restauro do arcaz da sacristia; trabalhos de conservação e restauro do altar da Capela do Senhor dos Passos; 1999 / 2000 / 2001 - estudo histórico-artístico e técnico (patologias das pedras) do Claustro por equipa técnico-científica, de parceria com a World Monuments Fund, seguindo-se a limpeza e conservação pétrea do mesmo; remodelação da instalação eléctrica da Igreja e do Claustro; recuperação dos jardins; 2015 - 2016 - decorrem obras de conservação e restauro das abóbadas da igreja co-financiadas pela World Monuments Fund Portugal.

Observações

*1 - Classificado como "Mosteiro de Santa Maria de Belém / Mosteiro dos Jerónimos e Túmulos de D. Manuel I, de D. João III, de D. Sebastião e do Cardeal D. Henrique"; *2 - Todos denotam reaproveitamentos e apresentam molduras de gramática estranha ao Manuelino; *3 - Actualmente no Museu Arqueológico do Carmo; *4 - O tecto foi transferido para o Palácio Foz e em seguida para o Palácio das Necessidades; *5 - Simão José Luz Soriano forneceu os meios para construir os túmulos; *6 - Anteriormente os vãos eram 2 capelas; *7 - Quadro da autoria de Avelar Rebelo.

Autor e Data

Lina Marques 1992 / Joaquim Gonçalves, Mónica Figueiredo e Lina Marques 2001

Actualização

Helena Rodrigues 2004
 
 
 
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