Igreja e Mosteiro de São Vicente de Fora / Igreja Paroquial de São Vicente de Fora / Igreja de São Vicente, São Tomé e Salvador / Paço Patriarcal de São Vicente
| IPA.00006529 |
Portugal, Lisboa, Lisboa, São Vicente |
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Arquitectura religiosa, maneirista e barroca. Mosteiro de Cónegos Regrantes de Santo Agostinho organizado no espaço à volta de dois claustros, desenvolvendo-se em três andares que constituíam as dependências conventuais: refeitórios, cozinhas, casa do capítulo, capelas, dormitórios, etc. Pinturas barrocas. Apesar das suas grandes proporções respeita uma gramática maneirista de simplicidade, simetria e equilíbrio, considerado um dos conjuntos arquitectónicos mais importantes e monumentais de Lisboa. O Convento com portal principal que de uma forma exuberante anuncia o barroco, correspondendo-lhe no seu interior a qualidade dos mármores e azulejaria utilizados na sua decoração. A pintura do tecto da Portaria do florentino Vincenzo Baccarelli, introdutor dos espaços ilusórios pintados entre nós, é uma das poucas que sobreviveram ao terramoto de 1755. |
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Número IPA Antigo: PT031106510059 |
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Registo visualizado 16273 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Mosteiro masculino Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho
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Descrição
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IGREJA: Planta longitudinal composta em cruz latina, de nave única com 6 capelas laterais intercomunicantes, transepto inscrito e capela-mor com retrocoro. Volumetria escalonada com coberturas em terraço acima das quais se eleva o volume da cúpula com cobertura piramidal. O alçado principal da igreja integralmente de cantaria, de um só corpo ladeado por 2 torres de secção quadrada encimadas por cúpula e lanternim, organiza-se em 2 níveis. No 1º rasgam-se 3 vãos em arco de volta inteira, de acesso à galilé, gradeados, separados por pilastras e encimados por 3 nichos com estátuas (da esquerda para a direita: São Vicente, Santo Agostinho e São Sebastião), os laterais coroados por frontão triangular e o central por frontão curvo. No nível superior abrem-se 3 janelões rectangulares sobrepujados de frontão curvo (os laterais) e triangular (o central). Acima da cornija eleva-se uma platibanda de balaústres e plintos com pináculos piramidais. As torres, de 3 níveis e delimitadas lateralmente por dupla pilastra, ostentam no 1º um nicho com estátua (na da esquerda Santo António, na da direita São Domingos), encimado por frontão curvo; no nível imediato, nicho com estátua (na da esquerda São Bruno, na da direita São Norberto), dotado de frontão triangular; no 3º nível abrem-se as ventanas sineiras em arco de volta perfeita.A nave e a capela-mor são cobertas por abóbadas de berço com marcação de caixotões, enquanto que sobre o cruzeiro se eleva uma cúpula. Três degraus e uma balaustrada de mármore operam a transição entre a nave e o transepto. O altar-mor, de dupla face, é coberto por um baldaquino assente em 4 colunas rematadas por dossel. O envolvimento das bases das colunas é feito por 8 estátuas de madeira de grandes dimensões, do lado do Evangelho: São José, Santo Agostinho, Santa Mónica e São Vicente; do lado da Epístola a Virgem, São Teotónio, São Frutuoso e São Sebastião. No coro dos cónegos destaca-se o órgão revestido a talha dourada da 1ª metade de setecentos e o cadeiral, de pau-santo, de 3 faces em 2 ordens. MOSTEIRO: Planta composta de volumes articulados e coberturas a 4 águas. No alçado principal O., de corpo único e um só andar, destaca-se o portal em arco de volta inteira, de feição seiscentista, ladeado por 2 pares de pilastras caneladas, que se terminam em acrotérios e assim se articulam com uma janela de sacada coroada por uma pedra de armas do reino. Outras 4 janelas, idênticas, sucedem-se para a direita do portal. À esquerda um nicho com a imagem de pedra de Santo Onofre, medalhões e capitéis decorados com a emblemática de São Sebastião e de São Vicente. É a partir deste portal que se pode ter acesso aos claustros e dependências conventuais, podendo igualmente fazer-se através da igreja. Transposto o portal acede-se à Sala da Portaria, compartimento quadrangular com tecto pintado, onde se pode ver a representação do Triunfo da Igreja contra os Manicheus, tendo como figura central Santo Agostinho, datada de 1710, altos silhares de azulejos joaninos figurando cenas históricas e relacionadas com a fundação e a construção do mosteiro e ainda a teia de embrechados polícromos com balaustrada torneada em pau santo. A partir da Portaria tem-se acesso à galeria de um dos 2 claustros (ambos de planta quadrada), os quais ocupam uma vasta área rectangular. Neles destacam-se os silhares de azulejos recortados que revestem os muros num conjunto de 81 painéis, datáveis da 1ª metade do séc. 18 e de temática variada: passos das fábulas de La Fontaine, paisagens campestres e marítimas, cenas galantes e pastoris. A Sacristia, situada entre os 2 claustros, sendo a acesso ao seu interior feito através de um portal e moldura por pilastras e frontão, apresentando as armas reais, é um compartimento rectangular, com revestimento de mármores polícromos de forte impacto decorativo e tecto ostentando uma composição pictórica de autor desconhecido. Outras dependências conventuais, com acesso a partir dos claustros, apresentam silhares de azulejos azuis e brancos do período joanino, sendo de realçar a composição dos alizares das escadarias que levam à torre e aos antigos Paços episcopais, bem como um painel de azulejos representando um cortejo episcopal, nos terraços do patamar dos claustros. D. Fernando de Saxe-Coburgo mandou instalar no antigo refeitório dos monges o Panteão da Casa de Bragança para onde foram transferidos os túmulos que se encontravam junto da capela-mor. |
Acessos
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Largo de São Vicente e Rua Voz do Operário |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG, 1.ª série, n.º 136 de 23 junho 1910 (igreja) / IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 33 587, DG, 1.ª série, n.º 63 de 27 março 1944 (Mosteiro *1) / Incluído na Zona de Proteção do Castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa (v. IPA.00003128) e na Zona Especial de Proteção do Edifício da Voz do Operário (v. IPA.00003037) |
Enquadramento
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Urbano, destaca-se pela implantação em terreno elevado e pela fachada monumental da igreja, à qual se encontra adossado. Situa-se entre a Calçada de São Vicente e o Campo de Santa Clara e na confluência dos bairros da Graça e Alfama. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: mosteiro masculino |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial / Residencial: paço eclesiástico / Funerária: panteão |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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DGPC, Decreto-Lei n.º 115/2012, DR, 1.ª série, n.º 102 de 25 maio 2012 (Igreja) / Patriarcado de Lisboa (Mosteiro) |
Época Construção
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Séc. 16 / 17 / 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETOS: Baltazar Álvares (séc. 16); Diogo Pais (1624); Filippo Terzi (c. 1520 - 1597); Francisco da Silva (séc. 17); João Frederico Ludovice (1720); João Nunes Tinoco (1641); José da Costa Sequeira (Panteão da Casa de Bragança) (séc. 19); José Maria Nepumoceno (séc. 19); Leonardo Turriano (sécs. 16-17); Luís Nunes Tinoco (1690); Mateus Vicente de Oliveira (séc. 18); José da Costa Sequeira (Panteão da Casa de Bragança) (séc. 19); Pedro Nunes Tinoco (1624); Teodósio de Frias (1608-1612). ARQUITETO PAISAGISTA: Gonçalo Ribeiro Telles (pátio das laranjeiras). ESCULTORES: Claude Laparde (escultor da sacristia) (séc. 17-18) e Alessandro Tanzi (sacristia); Manuel Vieira (1787). OURIVES: André Fernandes (1631). PEDREIRO: António Victorino de Freitas (1764). PINTORES: Vincenzo Baccarelli (séc. 18). |
Cronologia
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1147 - fundação do convento de São Vicente por D. Afonso Henriques, que foi entregue aos cónegos regrantes de Santo Agostinho, instituição da Igreja de São Vicente-de-Fora como sede de paróquia, esta paróquia fora de muros como os Mártires ou Santa Justa, recebeu a designação "Fora" por não estar sob jurisdição do bispo de Lisboa (SILVA, 1943); 1425 - foi recebido pelo mosteiro a dádiva régia de 3 relicários de prata, uma noz moscada encastoada em prata, uma cruz de prata, jaspe, arqueta de prata, cristal, azeviche, rédeas de cavalo e outros bens; 1551 - segundo Cristóvão Rodrigues de Oliveira, a igreja paroquial está sediada no altar de São Julião da Igreja dos Cónegos Regranrtes, com um cura e quatro capelães, pagos pelo Mosteiro; na paróquia estão sediadas as confrarias do Santíssimo, Nossa Senhora da Enfermaria, São Sebastião, Santa Margarida e dos Fiéis de Deus, que rendem de esmolas 35 cruzados; 1552 - o convento contava 60 frades e 10 criados e dispunha de uma renda de 3000 cruzados; 1569 - D. Sebastião ordena a fundação da igreja de São Sebastião no sítio da Mouraria, como voto gratulatório por ter salvo Lisboa da peste que grassara nesse ano; mais tarde, escolhe-se o Terreiro do Paço para o efeito; 1571, março - lançamento da primeira pedra, não sendo concluída a construção do templo, que tinha a traça de Afonso Álvares; as pedras são aproveitadas na construção de São Vicente de Fora; 1582 - demolição do primitivo edifício e início da edificação da nova igreja, segundo projeto de Filippo Terzi, que contou com a colaboração de Herrera, foi executado por Leonardo Torriano, Baltazar Alvares, Pedro Nunes Tinoco e João Nunes Tinoco; séc. 17 - trabalha na obra como arquiteto Francisco da Silva; 1608-1612 - obras de feitura do retábulo do coro e dos confessionários, conforme projeto do arquiteto Teodósio de Frias, que acompanhou as obras; 1624 - é nomeado arquiteto das obras do Mosteiro Diogo Pais, com o ordenado de 20$000; Pedro Nunes Tinoco substitui Baltazar Álvares como mestre principal; 1629, 28 agosto - celebrada na igreja a primeira missa; 1631 - feitura de um cofre-eucarístico pelo ourives André Fernandes; 1641, 08 fevereiro - nomeação de mestre do Mosteiro João Nunes Tinoco, em substituição de Pedro Nunes Tinoco, tendo sido reconduzido em 1650; 1690, 23 junho - é nomeado mestre das obras do Mosteiro Luís Nunes Tinoco; 1710 - pintura mural do tecto da portaria pelo italiano Vincenzo Baccarelli; 1716 - concluída a sacristia; 1720 - João Frederico Ludovice é nomeado mestre-de-obras do Mosteiro, por D. João V; 1755, 01 novembro - o terramoto causou vários danos, designadamente a destruição do zimbório; 1759, 06 agosto - nas Memórias Paroquiais, assinadas por Francisco José de Matos, é referido que a igreja tem o altar-mor, quatro capelas no cruzeiro, dedicadas a São Teotónio, Nossa Senhora da Conceição (Evangelho) e Santo António e Santo Agostinho (Epístola); na nave, as capelas de Santa Úrsula, Santa Catarina, São Tiago e Santa Bárbara, a do Santíssimo, onde está a imagem de Nossa Senhora das Necessidades, surgindo, no lado da Epístola, as de São Miguel, São José, Nossa Senhora do Pilar, Nossa Senhora da Pureza e Senhor Jesus; tem três irmandades, a do Santíssimo, com quatro capelães que recebem 45$000, a das Almas com 2 capelães, tendo 45$000 cada um, e a de Nossa Senhora das Necessidades, muito pobre; o pároco é o prior do Mosteiro, com 200$000 de renda; tem três capelães beneficiados, cada um com 40$000; o padroeiro do Mosteiro é o rei; 1764, 09 julho - o prior do Mosteiro pede ao mestre pedreiro António Victorino de Freitas que remova o entulho que ficara da obra do muro da clausura, que confina com a Travessa da Verónica; 20 julho - Mateus Vicente de Oliveira verifica se o muro ficou bem construído, conforme ordem do Senado, por se encontrar a cair para a Travessa; 1773 - 1792 - a Patriarcal é instalada em São Vicente de Fora devido às obras na Sé, onde se manteve 20 anos; os religiosos foram então para Mafra; séc. 18, final - execução do presépio por Joaquim José de Barros *2; 1787, cerca - feitura da escultura de São Sebastião para o baldaquino, por Manuel Vieira (SALDANHA, 2012, p. 29); 1796 - restauro das pinturas do tecto da portaria por Manuel da Costa; 1834 - na sequência da expulsão das ordens religiosas, a zona conventual é transformada em paço episcopal; séc. 19 - instalação do Panteão da Casa de Bragança no antigo refeitório dos monges, por ordem de D. Fernando de Saxe-Coburgo; obras de restauro por José Maria Nepomuceno; 1895 - obras de restauro (reconstrução do zimbório); 1903, 27 fevereiro - são transferidos para o edifício do Seminário Pequeno bancadas e quadros provenientes do Mosteiro de Santa Clara de Santarém (v. IPA. 00003392); séc. 20, década de 40 - o Liceu Gil Vicente ocupou parte das antigas dependências conventuais; 1947 - Incluída a planta do pavimento da igreja, claustos e mais oficinas do convento na Exposição 15 Anos de Obras Públicas; 1952 - adaptação da antiga sala do Capítulo a Panteão dos Patriarcas 1995 - projecto de arquitectura paisagista do pátio de entrada (das Laranjeiras) e posterior execução; 1992, 01 junho - o imóvel é afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126; 1999, 26 março - elaboração da Carta de Risco do imóvel pela DGEMN; 2006, 22 agosto - parecer da DRCLisboa para definição de Zona Especial de Proteção conjunta do castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa, Baixa Pombalina e imóveis classificados na sua área envolvente; 2007, 20 dezembro - o imóvel é afeto à Direção Regional da Cultura de Lisboa e Vale do Tejo, pela Portaria n.º 1130/2007, DR, 2.ª série, n.º 245; 2009, 24 agosto - o imóvel é afeto à Direção Regional da Cultura de Lisboa e Vale do Tejo, Portaria n.º 829/2009, DR, 2.ª série, n.º 163; 2011, 10 outubro - o Conselho Nacional de Cultura propõe o arquivamento de definição de Zona Especial de Proteção; 18 outubro - Despacho do diretor do IGESPAR a concordar com o parecer e a pedir novas definições de Zona Especial de Proteção. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista (igreja); Paredes autoportantes (Mosteiro) |
Materiais
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Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, mármore, azulejos, ferro forjado, madeira, estuque pintado. |
Bibliografia
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ABREU, Jorge Brito e, A Intervenção, Monumentos 2, DGEMN, Lisboa, 1995, pp.39-44; ABREU, Jorge Brito e, CÂMARA, Teresa da, A Recuperação dos Claustros, Monumentos 2, DGEMN, Lisboa, 1995, pp.45-46; ALMADA, Carmen O., FIGUEIRA, Luís Tovar, Conservação e Restauro do Mosteiro de São Vicente de Fora e Quadro da Portaria, Monumentos 2, DGEMN, Lisboa, 1995, pp.47-53; ALMEIDA, D. Fernando de, (coord. de), Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa - Tomo II, Lisboa, 1975; ARAÚJO, Norberto de, Inventário de Lisboa, Fasc. 1, Lisboa, 1944; ARRUDA, Luísa, O Retrato Azul e Branco de D. João V, Monumentos 2, DGEMN, Lisboa, 1995, pp.33-38; CAEIRO, Baltazar Matos, Os Conventos de Lisboa, Lisboa, 1989; CARAPINHA, Aurora e TEIXEIRA, J. Monterroso, A Utopia com os Pés na Terra. Gonçalo Ribeiro Telles, 2003, p. 273; CARVALHO, A. Ayres de, As Obras de Santa Engrácia, Lisboa, 1971; COUTINHO, Maria João Fontes Pereira, A produção portuguesa de obras de embutidos de pedraria policroma (1670-1720). Lisboa, Dissertação de Doutoramento em História da Arte apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa, 2010, 3 vols.; FERREIRA, Fernando Eduardo Rodrigues, O Cemitério dos Cruzados de São Vicente de Fora, Monumentos 2, DGEMN, Lisboa, 1995, pp. 8-13; GUEDES, Natália Correia, Reutilização Cultural do Mosteiro de São Vicente de Fora (1993-1994), Monumentos 2, DGEMN, Lisboa, 1995, pp.60-63; HAUPT, Albrecht, A Arquitectura do Renascimento em Portugal, Lisboa, 1986; MATOS, Alfredo, PORTUGAL, Fernando, Lisboa em 1758. Memórias Paroquiais de Lisboa, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 1974; Monumentos, n.º 7 e n.º 9 a n.º 13, n.º 16 a 17, n.º 19, n.º 23, Lisboa, DGEMN, 1997-2000, 2002-2003, 2005; OLIVEIRA, Carlos Sousa, PINTO, Artur Vieira, Comportamento Sísmico de Monumentos: Estudo da Portaria de São Vicente de Fora, Monumentos 2, DGEMN, Lisboa, 1995, pp.54-59; OLIVEIRA, Cristóvão Rodrigues de - Sumário em que brevemente se contém algumas coisas (assim eclesiásticas como seculares) que há na Cidade de Lisboa. 2.ª ed. Lisboa: Edições Biblion, 1938; PAIS, Alexandre Manuel Nobre da Silva, Presépios Portugueses Monumentais do século XVIII em Terracota [dissertação de Mestrado na Universidade Nova de Lisboa ], Lisboa, 1998; PEGON, P., PINTO, A. V., Seismic Vulnerability of the São Vicente de Fora Monastery in Lisbon - Definition of Experimental Model, European Commission, March 1996; PEREIRA, Esteves e RODRIGUES, Guilherme, Portugal Dicionário, Lisboa, 1909; PEREIRA, Luiz Gonzaga, Monumentos Sacros de Lisboa em 1833, Lisboa, 1927; QUEIRÓS, José, Os Azulejos de S. Vicente de Fora, Lisboa, 1913; REAL, Manuel Luís, O Convento Românico de São Vicente de Fora, Monumentos 2, DGEMN, Lisboa, 1995, pp.14-23; SALDANHA, Sandra - «Estatuária Barroca - o longo ciclo de Setecentos». in Invenire - Revista dos Bens Culturais da Igreja. Lisboa: Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja, julho-dezembro 2012, n.º 5, pp. 24-30; SANTANA, Francisco e SUCENA, Eduardo, (dir.) Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994, pp. 827-830; SEGURADO, Jorge, Da Obra Filipina de S. Vicente de Fora, Lisboa, 1976; SERRÃO, Vitor, O Projecto de Retábulo-Mor de Francisco Venegas para a Igreja do Mosteiro de São Vicente de Fora, Monumentos 2, DGEMN, Lisboa, 1995, pp. 27-32; SILVA, Jorge Henrique Pais da, Estudos Sobre o Maneirismo, Lisboa, 1986; SILVA, Augusto Vieira da - As freguesias de Lisboa, estudo histórico. Câmara Municipal de Lisboa, 1943; SOROMENHO, Miguel, Do Escorial a São Vicente de Fora, Monumentos 2, DGEMN, Lisboa, 1995, pp.24-26; VALENÇA, Manuel, A Arte Organística em Portugal, vol. I, Braga, 1990; VITERBO, Sousa, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portuguezes ou a serviço de Portugal, Lisboa, Imprensa Nacional, 1904, 3 vols;15 Anos de Obras Públicas (1931-1947), Lisboa, M.O.P, 2º volume Livro de Ouro; Saldanha, Sandra Costa, "Alessandro Tanzi: um escultor de Carrara na Lisboa de Setecentos", in Revista de História da Arte, n.º 11 (2014), pp. 352-359; GOMES, Paulo Varela, "Ordem Abreviada e molduras de faixas: contribuição para a discussão do conceito de "estilo Chão",(2001), in 14,5 Ensaios de História e Arquitetura, Almedina, Coimbra: 2007. |
Documentação Gráfica
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DGEMN: DRMLisboa, DSARH, DSEP, DREL/DEM, Arquivo pessoal de Gonçalo Ribeiro Telles. Arquivo Histórico do Ministério das Obras Públicas, Desenho Nº 105 A; ANBA: planta da igreja e anexos *3; BN: Secção de Iconografia, desenho nº D. 128A. |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco, DGEMN/DRMLisboa |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco, DGEMN/DSARH, DGEMN/DRMLisboa; DGARQ/TT: AHMF - Conventos extintos, Convento de Santa Clara de Santarém, caixa 2041 |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1932 / 1937 - completa remodelação do Panteão real; 1944 - reparação das coberturas da igreja; 1945 - construção e assentamento da caixilharia dos claustros. Reparação dos telhados da igreja, picagem de paredes; 1951 - trabalhos diversos de pintura e construção civil (igreja). Construção e assentamento de um túmulo em mármore no Panteão Real; 1952 / 1953 - obras diversas no convento, adaptação da antiga sala do Capítulo a Panteão dos Patriarcas; 1954 / 1955 - Igreja: substituição de vidros, limpeza da clarabóia, reparação da instalação eléctrica. Obras diversas no Panteão Real; 1955 - reparação dos telhados da sacristia; 1956 / 1957 - trabalhos de reparação no órgão por João Sampaio e Filhos; 1957 - reparação das fachadas da igreja; restauro do órgão pelo francês Jean Guillou; 1959 - reparação eléctrica da igreja (instalação provisória); 1960 - reparações diversas na cerca do convento; 1961 - reparação da instalação eléctrica da igreja; 1962 - reparação geral dos telhados; 1963 / 1964 - obras gerais de conservação; 1965 / 1967 - obras diversas de conservação interior e exterior; obras de conservação do Panteão da Dinastia de Bragança; 1966 - reparação da instalação eléctrica da igreja; 1967 - reparação da fachada s. da igreja; 1970 / 1971 / 1972 / 1973 - obras diversas de conservação e restauro; 1973 / 1978 - trabalhos de conservação geral: Sala do Capítulo, fachada principal, caixilhos, gradeamentos, rebocos exteriores, cantarias dos terraços, canalizações, protecção do órgão, construção de cintas de travamento em betão armado, coberturas, clarabóias, limpeza de cantarias, substituição da cobertura da cúpula da igreja; 1982 - reparação do órgão, revisão de coberturas e impermeabilização de terraços; 1983 - consolidação da estruturas e reparação da instalação eléctrica, desobstrução do ramal de esgotos e reposição de pavimento de betão betuminoso; 1984 - restauro da abóbada da portaria e beneficiações diversas; 1985 - trabalhos estruturais no 2º piso, beneficiação da instalação eléctrica, beneficiação da rede de águas, esgotos, algerozes e escoamento de águas pluviais, recuperação do corredor e salas dos 3º e 4º pisos; 1985 - trabalhos estruturais no 2º piso, beneficiação da instalação eléctrica, recuperação da pintura do tecto da portaria, beneficiação da rede de águas, esgotos, algerozes e escoamento de águas pluviais, recuperação do corredor e salas dos 3º e 4º pisos; IJF: recuperação da pintura do tecto da portaria; DGEMN: 1986 - obras de consolidação da balaustrada e corochéus, recuperação azulejar, instalação eléctrica na capela da Mãe de Santo António e nas escadas dos Patriarcados, Portarias Nobres, Salas de Biblioteca e obras de recuperação; 1988 / 1989 - recuperação de interiores no 1º pavimento, obras de beneficiação nas salas do 2º, 3º e 4º pisos; 1991 - beneficiação dos terraços, do claustro e da instalação eléctrica, construção de escadas de ligação do 1º ao 2º piso; 1992 - recuperação de interiores e instalação eléctrica da igreja; 1992 / 1993 / 1994 - obras de restauro das antigas dependências conventuais; recuperação de arcazes e armários da sacristia, teia da portaria e portas diversas; limpeza e assentamento de azulejos; recuperação de telas pintadas a óleo no tecto e retábulo da sacristia e portaria; IPPAR: 1995 / 1997 - impermeabilização do terraço da igreja e outras beneficiações; DGEMN: 1995 - reparação da cobertura do claustro, reconstrução do pavimento da sacristia, ampliação da casa do guarda, construção dos jardins S. e da entrada nascente e obras de recuperação; 1997 - conclusão da construção dos jardins e da casa do guarda; obras de beneficiação nos pisos 2 e 3; reabilitação do último piso da ala E., onde funcionou um liceu; 1998 - beneficiação dos muros; plantações de árvores e arbustos; recuperação parcial dos pisos 2 e 3; 1998 / 1999 / 2000 - recuperação dos pisos 1 e 4, obras de beneficiação no piso 2 e instalação eléctrica na Sacristia; ecuperação do claustro; 1999 / 2000 - beneficiação das fachadas e do piso 3; 2000 - fornecimento de vitrines para mostra do Espólio Arqueológico e Exposição " A Igreja Lisbonense e os Patriarcas "; 2001 / 2002 - remodelação das infraestruturas na ala E. do terceiro piso; melhoramento da acústica e iluminação do Salão Nobre; IPPAR: 2002 - conclusão da remodelação das áreas afectas ao Patriarcado de Lisboa, com trabalhos de construção civil e redes de infraestruturas na ala nascente do piso 3 e melhoramento da acústica e iluminação do Salão Nobre; DGEMN: 2003 - reforma da rede de drenagem das águas pluviais dos dois claustros; 2004 - Impermeabilização das caleiras dos claustros; 2005 - beneficiação das fachadas do mosteiro, com limpeza e consolidação dos elementos de cantaria e arranjo dos portões de ferro. |
Observações
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*1- DOF:..Paço de São Vicente / Mosteiro de São Vicente não abrangendo a cerca anexa. *2 - arrecadado no Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, possuindo, em primeiro plano, a representação da "Adoração dos Pastores". *3 - existe na Academia Nacional de Belas Artes uma planta da igreja e anexos datada de 1590, sem autor, e outra, réplica da 1ª, sem data, assinada por João Nunes Tinoco (Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, segundo tomo). |
Autor e Data
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Teresa Vale e Carlos Gomes 1994 / Cecília Matias 1999 |
Actualização
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Luisa Cortesão 2005 |
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