Convento de São Domingos de Benfica / Instituto Militar dos Pupilos do Exército / Igreja da Força Aérea Portuguesa / Igreja de Nossa Senhora do Rosário
| IPA.00006478 |
Portugal, Lisboa, Lisboa, São Domingos de Benfica |
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Arquitetura religiosa, maneirista e barroca. Convento dominicano de construção medieval, totalmente reconstruído no séc. 17, subsistindo do original apenas um anexo, a denominada Capela-relíquia. O conjunto muito truncado pelo desaparecimento da zona regral dos frades, mantendo-se apenas a área do noviciado, é de planta poligonal composta por igreja e zona regral adossada ao lado esquerdo, com um corpo perpendicular à estrutura, criando um terreiro, onde se implantavam a portaria. Igreja de planta em cruz latina, composta por nave central e capelas intercomunicantes, tendo transepto pouco saliente e capela-mor profunda, seccionada, dando origem a um retro-coro, com sacristia adossada ao lado esquerdo, antecedida pela Via Sacra. A zona regral desenvolvia-se em torno de dois claustros, o principal amplo, tendo, na ala perpendicular à capela-mor o refeitório, cozinha e dois pisos de dormitório. O claustro sobrevivente inclui a Casa do Capítulo e a capela particular dos Castro, o panteão desta família, com estrutura e decoração maneirista, destacando-se os túmulos em forma de essa, sustentados por elefantes, semelhantes aos do Mosteiro dos Jerónimos (v. IPA.00006543). A fachada principal mantém a sua simplicidade maneirista, rematada em empena, rasgada por portal flanqueado por pilastras e as armas da Ordem e por janelão. A igreja mantém a fenestração, a estrutura e as coberturas em caixotões pétreos seiscentistas, recebendo uma decoração da segunda metade do séc. 18, que cria apainelados de estuque e introduz novas pinturas. Nos topos do transepto e na capela-mor surgem estruturas retabulares maneiristas, o mor de dupla face, deixando antever o coro dos frades e, no topo, o órgão de tubos oitocentista, do tipo ibérico com um manual. Ao lado direito do edifício, adossam-se capelas particulares, uma delas utilizada, atualmente, como o Panteão da Casa Fronteira e Alorna, destacando-se, contudo, a Capela de São Gonçalo de Amarante, construída em embutidos de pedra e com rica estatuária de produção italiana. A primitiva zona regral foi amputada com a construção da Quinta Devisme e sofreu alterações com a instalação, em 1911, dos Pupilos do exército. |
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Número IPA Antigo: PT031106390046 |
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Registo visualizado 10335 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Convento masculino Ordem de São Domingos - Dominicanos
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Descrição
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Conjunto amplo composto por um edifício com vários corpos adossados, de planta poligonal irregular, desenvolvidos em torno de dois claustros quadrangulares, de volumetria articulada e escalonada com coberturas diferenciadas em telhados de duas, três e oito águas. A S., situa-se a igreja, prolongada por um corpo para NO., correspondente a zonas administrativas e que seria a antiga hospedaria, volumes articulados pelo claustro do Noviciado e respetivas dependências, a que se adossa a N., a Capela dos Castro, envolvida por construções. Para NE., prolonga-se uma ala retangular correspondente aos primitivos dormitórios e refeitório. A NE., surgem três corpos independentes, dispostos em U, que têm, a N., um campo de jogos e zona de estacionamento. IGREJA em cruz latina, composta por uma nave, transepto saliente e capela-mor com retro-coro. Fachadas em alvenaria, rebocadas e pintadas de branco, flanqueadas por cunhais em cantaria, firmados por pináculos, e rematadas em frisos e cornijas. A fachada principal, virada a NO., remata em empena com cruz latina sobre peanha no vértice, rasgada por portal de verga reta e moldura simples, enquadrado por pilastras e quarteirões, que sustentam um frontão interrompido por cruz latina; dá origem a uma sobre-porta com arco cego, de volta perfeita, contendo um escudo. Fachada lateral direita rasgada, no corpo da nave, por três janelas retilíneas, sendo marcada pelo braço do transepto, rematado em empena e com janelão retilíneo no topo, tendo adossado a sacristia nova e, a ambas as faces laterais, pequenos corpos, o do lado esquerdo correspondente à Capela de São Gonçalo de Amarante, rasgada por janela retilínea, e o direito rematado em lanternim, formando o Panteão dos Mascarenhas, antiga Capela do Senhor Morto e, adossada e ainda mais baixa, a denominada capela-relíquia. O corpo do retro-coro é iluminado por duas janelas retilíneas. Fachada posterior rematada em empena, rasgada por janela termal, tendo adossado corpo semicircular e o corpo das dependências conventuais. INTERIOR da nave marcado por seis capelas intercomunicantes, três de cada lado, dedicadas a São Domingos de Soriano, São Domingos a receber o rosário, Libertação das Almas dos Patriarcas (Evangelho) e Santos Auxiliadores, Entrega das chaves e São Bernardo (Epístola) *3. As paredes estão divididas em dois registos definidos por frisos de cantaria, rebocadas e pintadas de rosa, formando apainelados, tendo cobertura em abóbada de berço de caixotões almofadados, pintados de rosa e branco, e pavimento em lajeado axadrezado. Coro-alto em madeira e ferro, de perfil curvo, com guarda vazada e acessos por escadas laterais. O portal axial está protegido por guarda-vento de madeira e vidro, ladeado por duas pias de água benta em cantaria de calcário. As capelas colaterais possuem decoração em apainelados de estuque pintado de cinza e branco, possuindo painéis pintados, encimados por cartela recortada com símbolo alusivo ao orago. No último pilar da nave, surgem, confrontantes, dois púlpitos quadrangulares, com bacia em cantaria e guarda de madeira, encimados por guarda-voz em madeira exótica. O transepto tem cobertura e pavimento semelhantes aos da nave, com o cruzeiro coberto por cúpula cega. As paredes dos braços estão revestidas a azulejo figurativo, a azul e branco, representando três registos de cenas das vidas de São Domingos e São Francisco; nos topos, surgem as capelas retabulares dedicadas ao Crucificado (Evangelho) e Nossa Senhora do Rosário (Epístola), rodeadas por painéis de azulejo com a representação de anjos sustentando festões de flores. Junto a este último, uma pequena pia batismal em cantaria, composta por coluna e taça campaniforme e de bordo saliente. No braço N., surge uma porta de ligação ao corredor da sacristia e, no lado oposto, a porta de acesso à Capela de São Gonçalo de Amarante e à denominada Sacristia Nova. Os braços do transepto possuem azulejos figurativos a azul e branco, representando cenas das vidas de São Francisco e São Domingos, que se prolongam pela capela-mor. Esta é de pequenas dimensões com cobertura em caixotões de estuque pintados, contendo a mesa de altar e o retábulo-mor, de dupla face, de talha dourada e planta reta e três eixos definidos por seis colunas coríntias, sobre plintos paralelepipédicos. Ao centro, amplo vão de volta perfeita, que acolhe o sacrário em forma de templete. Cada um dos eixos laterais forma duas ordens de vãos retilíneos, o inferior, as portas de acesso ao retro-coro, e os superiores com peanhas para imaginária; Rematam em entablamento, sobre o qual evoluem dois nichos com imaginária, flanqueados por quarteirões e pelos seguintes do arco do eixo central. A estrutura remata em entablamento e tabela retangular horizontal, ladeada por quarteirões e aletas e encimada por concheado; a tabela possui pintura a representação da "Adoração dos Pastores". No intradorso das aberturas laterais, surgem São Paulo, São João Evangelista e São Marcos (Evangelho) e São Pedro, São Lucas e São Mateus (Epístola). Na face virada para o coro, a estrutura remata num simples arco com aduelas fingidas, possuindo painéis pintados a representar as "Ressurreição", "Visita ao túmulo", "Aparecimento aos discípulos na estrada de Emaús", "Ceia de Emaús", "Aparição aos discípulos no Lago Tiberíades" e "Refeição com os discípulos junto ao Lago Tiberíades". O retro-coro tem as paredes decoradas com estuque e cobertura em falsa abóbada de berço, de caixotões decorados com cartelas em estuque. Possui o cadeiral, o órgão de tubos e, no centro, o túmulo do Dr. João das Regras, realizado em mármore branco da região de Montelavar, assentando sobre quatro leões com cerca de trinta centímetros cada. Perpendicularmente à igreja e a NE., desenvolve-se a ZONA CONVENTUAL, de que apenas subsistem o corpo comprido da portaria e as dependências em torno, correspondentes ao antigo Noviciado. O corpo da portaria possui vários volumes, adossados posteriormente, desenvolvendo-se em três pisos, os inferiores rasgados por vãos retilíneos e o superior por vãos em arcos abatidos, formando janelas e portas de acesso. Possui adossado um corpo de piso único, rematado em platibanda plena. As demais dependências desenvolvem-se em torno de um claustro quadrangular, de dois pisos, o inferior marcado por arcadas de volta perfeita que descarregam em duplos pilares, criando um intercolúnio vazado, e o superior por terraço com guarda metálica. As alas têm as paredes rebocadas e pintadas de branco, percorridas por silhares de azulejo, com coberturas em abóbadas de aresta e pavimento em calçada à portuguesa, formando elementos geométricos. A quadra encontra-se ajardinada. Em torno do claustro, surge a denominada Sala de D. João de Castro, a Sala do Capítulo, tendo, a NE., a Capela dos Castro. Obliquamente a este claustro, desenvolve-se um corpo retangular, com cobertura homogénea em telhado de duas águas e evoluindo em três pisos, com as fachadas rasgadas regularmente por vãos retilíneos. No piso térreo, surge o antigo refeitório e, nos superiores, os dormitórios com amplos corredores centrais, para onde abrem as celas, os primeiros iluminados pela janela regral no topo NE. do corpo. A NO., surgem três edifícios, dispostos em U, de plantas retangulares simples, os perpendiculares entre si com coberturas em telhados de quatro águas e com as fachadas rematadas em platibandas plenas, sendo o de topo de duas águas. Evoluem em três pisos, os inferiores rasgados por vãos de verga reta e os superiores são de volta perfeita, alguns cegos. |
Acessos
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Largo de São Domingos de Benfica |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 22 734, DG, 1.ª série, n.º 140 de 24 junho 1933 *1 / ZEP, Portaria n.º 1094/94, DR, 1.ª série-B, n.º 283 de 09 dezembro 1994 *2 / Parcialmente incluído na de Zona de Proteção do Aqueduto das Águas Livres (v. IPA.00006811) / MN - Monumento Nacional, Decreto de 16 junho 1910, DG, n.º 136, de 23 junho 1910 (Capela dos Castros e túmulo do Dr. João das Regras). |
Enquadramento
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Urbano, isolado, implantado no sopé da Serra do Monsanto, entre esta e uma Ciclóvia, a Avenida General Correia Barreto e a linha de caminho-de-ferro de Sintra. Forma um enorme núcleo construído, composto pelo antigo Convento e os edifícios mais recentes do Instituto Militar dos Pupilos do Exército, tendo, a NE., a Quinta Devisme (v. IPA.00005078), a qual tem, num dos muros, o Chafariz Devisme (v. IPA.00004807), abastecido pelo sistema das Águas Livres (v. IPA.00006811). Nas imediações, a S., situa-se o Palácio Fronteira (v. IPA.00005598). |
Descrição Complementar
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Sobre o PORTAL AXIAL da igreja, surgem as armas dos dominicanos portugueses e, na verga, a data de "1632"; as armas são em escudo partido, "de prata, cinco escudetes de azul postos em cruz cada um carregado de cinco besantes do primeiro metal, bordadura de vermelho carregada de sete castelos de ouro; no segundo, gironado de prata e negro, uma cruz florenciada cantonada de quatro estrelas de seis pontas" (VALE, p. 75). Na parede exterior da SACRISTIA DA IRMANDADE DO ROSÁRIO, surge a inscrição: "ESTA SANCHRSTIA MAN/DAR AO FAZER OS IRMAOS / DE NOSSA SRA DO ROZARIO / A SVA CVSTA P^A AFABRICA / DA SVA IRM^DE EM MAIO DE 1680". Na segunda CAPELA LATERAL DO EVANGELHO, surge uma lápide com a inscrição: "ESTA CAPPELA INSTETOIO EN / RIQVE MENDES DE LA PENHA FIDAL / GO DE SOLAR CONHECIDO E A CÕ / PROV CÕ SEV CARNEIRO SVA FILHA D. / LEONOR ENRIQVES VIVVA DE LVIS PEREIRA / DE CARVALHO PERA SI E SEVS DESENDENTES / E NÃNDOV POR AQVI ESTA PEDRA / EN 30 DE ABRIL DE 663 TE MISSA COTE / DIANA E 2 MAIS CADA SOMANA / E 3 OFICIOS NO OITAVARIO DOS SANTOS". Está encimada pela pedra de armas da família, "de verde, com uma águia estendida de negro, armada e bicada de ouro, lampassada de vermelho e carregada no peito de um besante de ouro, com uma cruz florenciada de vermelho; a águia assente numa peanha da sua cor, em ponta; timbre: a águia do escudo, sainte" (VALE, p. 103). OS RETÁBULOS DOS TOPOS DO TRANSEPTO são semelhantes, de talha dourada, cada um deles de planta reta e um eixo definido por duas colunas coríntias, com o terço inferior marcado, tendo, nos intercolúnios, pilastras ornadas por folhagem. Está ladeado por friso contendo falsos drapeados. Ao centro, nicho de volta perfeita com a moldura ornadas por motivos vegetalistas, fecho saliente e seguintes com folhagem, contendo peanha com a imagem do orago. A estrutura remata em entablamento, com grande friso de acantos enrolados e frontão semicircular com o tímpano escavado e decorado por almofadados e tondos, surgindo, no do Evangelho, a representação de São Tomás de Aquino e, no lado oposto, a Nossa Senhora do Rosário, São Domingos e Santa Catarina de Siena. Altares paralelepipédicos, o do Evangelho do tipo expositivo; sobre o do lado da Epístola, surge um sacrário em forma de esfera, envolvido por resplendor. Nos braços do transepto, surgem várias lápides com inscrições. No lado N., várias INSCRIÇÕES: "ESTA CAPELLA DO SENHOR IEZUS E O CHAM DELLA AT / HE A SEGUNDA FAXA DE PEDRA HE DANTONIO DE FREI / TAS DA SILVA FIDALGO DA CAZA DE SVA MAGESTADE GOVERNADOR / QVE FOI DA PRASSA DE CASTELO DE VIDE E DARMADA / DESTE REINO QVE A CÕPROV AOS RELIGIOZOS DESTE CÕ / VENTO PERA SEV IAZIGO E DE SVA MOLHER DONA IERO / NIMA PAIZ DE AZEVEDO E DE SEVS DESCENDENTES / TEM OBRIGAÇÃO DE 2 MISSAS CÕTEDIANAS PERA SE / PRE PERA AS QVAIS DERÃO SEVS TESTAMENTEIROS AOS DI / TOS RELIGIOZOS 4 MIL CRVZADOS E SEM MIL REIS PERA / A FABRICA DA DITA CAPELLA CÕ AS MAIS OBRIGAÇÕIS QVE COSTÃO DA ESCRETVRA FEITA NAS NO / TAS DO TABALIÃO DOMINGOS DE BAIRROS EM 8 DE ABRIL DE 1677". Sobre esta, as armas do instituidor, com "escudo partido, no primeiro de Freitas de vermelho, com cinco estrelas de seis raios de ouro; no segundo de Silva de prata, com um leão de púrpura, armado e lampassado de vermelho. Por timbre, emergindo do elmo do paquife, um braço de homem de ouro em pala, segurando uma flecha de prata hasteada de vermelho" (VALE, p. 91). Ainda no mesmo lado, a inscrição: "AQVI IAZ FR(ei) VICENTE / DE SANTA MEMORIA DA / ORDEM DOS PREGADORES / FVNDADOR DESTE CON / VENTO MESTRE EM THE / OLOGIA INQVISIDOR QVE FOI / GERAL E PROVINCIAL / DE TODO ESPANHA CON / FESSOR E PREGADOR DEL / REI D. IOÃO O 1.º VARÃO / MUI EXCELLENTE EM / SCIENCIA E VIRTVDE / E AVTOR DE MVITOS LI / VROS ESCLARECEO EM / MILAGRES EM VIDA E DE / POIS DE MORTO FALEC / EO AOS 3 DE IANEIRO DE / 1401."; "AQVI IAZ FR(ei) DIOGVO / GONÇALVES BELLIAGOA / DA ORDEM DOS PREGADO / RES VARÃO APROVADO EM / SCIENCIA E COSTVMES / GRATO A DEOS E AOS HO / MENS FOI O PRIMEIRO / QVE POVOOU ESTE MOS / TEIRO E PERSEVEROV / NELLE ATE A MORTE EM / MUITA PENDENSA MA / CERAMENTO DA CARNE FALECEO AOS 31 DE AGOS / TO DE 1410.". No braço S. do transepto, as inscrições: "AQQVI IAZ FR(ei) ARNAO / DA ORDEM DOS PRE / GADORES VERDADEI / RO RELIGIOSO QVE / POR TODA ESTA TERRA / DEIXOV SINGVLAR / CHEIRO DE SANTIDA / DE FALECEO A 2 DE / MAYO DE 1302 ANNOS"; "AQUI JAZEM OS DESPOJOS MORTAES / DA POR GERAÇÃO E MERITO MUI ILLUSTRE / E EM AGRADO COMO POR GRADUAÇÃO MUITO / EXCELLENTE D. MARIA CONSTANÇA DA CAMARA / MARQUEZA DE FRONTEIRA E D'ALORNA DAMA / HONORARIO DO PAÇO E DA ORDEM DE SANTA / ISABEL. NASCEU A 14 DE JULHO DE 1801. CASOU / A 14 DE FEVEREIRO DE 1821 COM D. JOZE / TRAZIMUNDO MASCARENHAS BARRETO MAR / QUEZ DOS MESMOS TITULOS. MORREU PACI / DA E CRISTÃMENTE EM 11 DE SETEMBRO DE / 1860. MODELO DE VIRTUDES COMO FILHA / IRMAN, ESPOZA E MÃE A SUA CARIDADE / COM OS POBRES IGUALOU O AMOR / QUE TINHA Á FAMÍLIA. SEU SAUDOZO ESPO / ZO A QUEM CONSOLA A FÉ EM QUE ESTA DE / QUE A CARA CONSORTE CINGE A CO / ROA DOS JUSTOS NA ETERNA GLORIA / FEZ POR NA PEDRA, QUE JUNTO AO JAZIGO / DA CAZA QUE A ADOPTOU, ENCOBRE / SUAS CINZAS, ESTE EPITAPHIO / SINCERO QUE DESCOBRE SUA BELLA ALMA"; "DESCANCAM NESTA SEPULTURA AS CINZAS DO VALENTE, PROBO, LIBERAL EM TODA A EXTENÇÃO DA PALAVRA, E PIO / DOM CARLOS MASCARENHAS / SEGUNDO GENITO DOS 6.os MARQUEZES DE FRONTEIRA, DIGNO PAR DO REINO, GENTIL HOMEM DA REAL CAMARA / E AJUDANTE DE CAMPO D'El REI FIDELISSOMO DOM PEDRO 5.º / GRÃO CRUZ DAS ORDENS DE SÃO BENTO D'AVIZ, DE CARLOOS 3.º D'HESPANHA E DE ALBERTO O VALEROSO DE SAXONIA, / COMMENDADOR DA ORDEM DA TORRE E ESPADA, VALOR LEALDADE E MERITO / E POR DUAS VEZES DECORADO NO CAMPO DE BATALHA COM A MEDALHA DE CAVALLEIRO DA ORDEM MILITAR HESPANHOLA DE SÃO FERNANDO / ANTIGO AJUDANTE DE CAMPO DO BRAVO DUQUE DA TERCEIRA E OFFICIAL D'ORDENS DO IMMORTAL DUQUE DE BRAGANÇA DOM PEDRO / TENDO DEPOIS COMMANDADO A GUARDA MUNICIPAL DE LISBOA E O REGIMENTO DE CAVALLARIA DE LANCEIROS / NASCIDO NO 1.º DÁBRIL DE 1803 E FALECIDO EM 3 DE MAIO DE 1861 / O FRATERNAL AMOR DO MARQUEZ DE FRONTEIRA E D'ALORNA DOM JOZE TRAZIMUNDO MASCARENHAS / SEU INSEPARAVEL COMPANHEIRO NOS TRABALHOS COMO NOS GOSTOS DA VIDA / SENTE NÃO PODER MARCAR NO CURTO ESPAÇO D'ESTA INSCRIPÇÃO QUE FEZ ABRIR / OS RELEVANTES SERVIÇOS QUE SEU PRECLARO IRMÃO / NOS QUARENTA ANNOS QUE MILITOU, PRESTOU, Á CUSTA DE SOFRIMENTOS E ESFORÇOS Á CAUSA DA SOBERANIA LEGITIMA / E DAS INSTITUIÇÕES QUE RESTABELECERAM OS ANTIGOS FOROS E LIBERDADES DE PORTUGAL". No pavimento, as sepulturas truncadas de Gonçalo Veloso de Araújo, de 1605, Diogo Antunes, de 1662, joão Velho Travassos, Maria Coelha, Henrique Barreira; duas possuem o campo epigráfico completo: "S(epultur)a DO SARGENTO / MAJOR MANUEL DE CARRI / ÃO DE CASTANHEDA / CAVALEIRO PORFE / CO DA ORDEM DE / CRISTO O QVAL FA / LESEO A 22 DE DEZEM / BRO DE 1677 ANNOS E / DE SVA MVLHER DONA / SEBASTIANA DIAS FIALHA"; "AQVI IAZ A MARQUEZA / DE FRONTEIRA D. HELENA IOSEFA DE LENCASTRE Q(ue) / FALECEO AOS 14 DE MAR / CO DE 1763". A CAPELA DE SÃO GONÇALO DE AMARANTE tem acesso por porta que se abre no muro O. do braço direito do transepto, encimada por pedra de armas do fundador: "Trata-se de um escudo esquartelado ao 1.º e ao 4.º de Pereira (de vermelho com uma cruz de prata, florenciada e vazada de prata), ao 2.º e 3.º de Silva (de prata com um leão de púrpura, armado e lampassado de vermelho ou de azul). Em chefe é reconhecível um emblema dominicano: o cão com um archote na boca, encimado por uma estrela vermelha. Encima a pedra de armas o chapéu eclesiástico de bispo, com seis borlas de cada lado (...)" (VALE, p. 131, nota 18). A esta sucede-se um pequeno corredor de acesso com as paredes e tetos apainelados, que leva à capela, de planta quadrangular com os ângulos truncados e ladeados por pilastras toscanas, com as paredes revestidas a cantaria rosa, branca e negra, formando apainelados, e cobertura em cúpula. Nos ângulos, apresenta nichos com estatuária e, no lado da Epístola surge uma lápide com a inscrição: "D.O.M. / S. GVNDISALVO DE AMARANTE / LUSITANAE THAVMATVRGO / TVTELARI SVO SEMPER PROPITIO / DEVOTI GRATI QVE ANIMI ERGO / IMPAREM VOTO AEDICVLAM / SVVM QVE IBI CONDITIORVM / EPISCOPVS FR. EMMANVEL PEREIRA / HVIVS BENFICANI COENOBII FILIVS / CONDIT ET DICAT / ANNO DOMINI M.DC.LXXXV". Na parede fronteira ao acesso, possui nicho de volta perfeita que enquadra retábulo em cantaria, de planta reta e um eixo definido por duas colunas torsas, que se prolongam numa arquivolta, formando o remato e que enquadram nicho ornado por motivos geométricos em pedrarias, que enquadra a imagem do orago. Altar paralelepipédicos, com frontal dividido em dois apainelados almofadados. A SACRISTIA DA IRMANDADE DO ROSÁRIO é de planta retangular simples, com acesso pelo braço S. do transepto, com as paredes divididas em dois registos, o superior com apainelados de madeira, integrando painéis pintados. Os AZULEJOS DA CAPELA-MOR representam "São Francisco em meditação", "Êxtase de São Francisco" e São Boaventura (Evangelho); no lado oposto, "São Domingos em meditação", "Aparecimento da Virgem a São Domingos" e São Tomás de Aquino. O CADEIRAL apresenta duas ordens de cadeiras, em madeira, com assentos fixos e braços volutados. São enquadradas por espaldares compostos por painéis pintados, encimados por frisos recortados e ornados por acantos e volutas. Os painéis são de dois tipos, as de menores dimensões a representar os símbolos das litanias marianas, surgindo, nos maiores, as seguintes cenas: "Nascimento da Virgem", "Apresentação da Virgem no templo", "Esponsais da Virgem", Visitação, "Anunciação", "Natividade e Adoração dos Pastores", "Circuncisão", "Adoração dos Magos", "Apresentação do Menino do Templo", "Fuga para o Egito", "Assunção da Virgem" e "Coroação da Virgem". O ÓRGÃO de tubos com caixa de talha policroma, composto por um castelo e dois nichos, todos com os tubos dispostos em forma diatónica em teto; estão divididos por pilastras de fustes lisos e assentes em mísulas; possuem gelosias vazadas em forma de folhagem, a abrir em boca de cena. A caixa remata em cornijas em cortina, as laterais interrompidas, encimadas por fogaréus e, ao centro, pelo escudo e coroa portugueses. Tem consola em janela, ladeada pelos botões dos registos, tudo ladeado por apainelados. Assenta em coreto de talha com guarda de balaústres e assente em ampla mísula. O TÚMULO DE JOÃO DAS REGRAS é de mármore branco da região de Montelavar, composto por sarcófago paralelepipédico, assente sobre quatro leões, com as faces ornadas pela repetição das armas do sepultado (três nas faces maiores e dois nas menores) e uma inscrição, tendo a tampa encimada por jacente com lebreu aos pés. O escudo é "(...) de vermelho, com duas coticas de ouro passadas em aspa, acompanhadas de duas cruzes florenciadas e vazias do mesmo, uma em chefe e outra em ponta, e de duas serpes voantes em pala, também de ouro, uma em cada flanco, a da esquerda voltada. Têm por timbre uma serpe do escudo." (VALE, p. 97). Nas faces laterais da tampa é legível a seguinte inscrição: "Aqi / jaz / joan / daregas / caualeiro / doutor / em / leis / priuado / delrei / dom / joan / fundador / deste / moesteiro / finou / III / dias / de / maio / era / M / IIIC / XL / II / annos ". A jacente é representada com barrete e vestes de letrado, com uma gola larga segura por 3 botões. A mão direita, sobre o peito, segura um livro. Do lado esquerdo da figura encontra-se uma espada com um cinturão enrolado e o punho lavrado com minúcia. Igualmente o cinto é minuciosamente decorado, tendo bem definidas a fivela e a ponteira. As dimensões são: comprimento: 215 cm; largura: 90 cm; altura: 53 cm (arca) + 12 cm. (faixa). Os leões sobre os quais assenta o túmulo têm cerca de 30 cm. de altura. A SACRISTIA tem acesso pela Via Sacra, de planta retangular e onde surge uma lápide com a inscrição: "AQUI JAZ / FREI LUIS DE SOUSA 7 NASCEU EM 1553 7 MORREU EM 1632 / MANDOU COLOCAR / ESTA LÁPIDA / O PADRE JOAQUIM / PINTO DE / CAMPOS / NATURAL DE PERNAMBUCO / BRASIL / AOS 4 DE JUNHO DE 1878". A sacristia tem planta retangular com as paredes revestidas a estuque decorativo e cobertura em falsa abóbada de berço de caixotões de estuque, e pavimento em lajeado tendo um acesso ao carneiro da família Correia, com a pedra de armas da mesma, "(...) de vermelho, cruz de ouro, cantonada de quatro flores-de-lis do mesmo" (VALE, p. 133). Lateralmente, dois arcazes de madeira, encimados por espaldar de apainelados intercalados por espelhos. Ao centro, mesa em cantaria, com pé galbado. No topo, o altar enquadrado por estrutura em cantaria de calcário, composta por duas ordens de quatro pilastras de fustes almofadados, encimadas por entablamento, espaldar recortado, volutado e concheado, flanqueado por pináculos, que ladeiam duas pilastras que sustentam um arco de volta perfeita, onde se insere uma peanha e baldaquino de talha. Altar paralelepipédico com decoração apainelada. Está ladeado por duas portas, a do lado esquerdo de acesso à casa do lavabo. A denominada CAPELA - RELÍQUIA é de planta retangular simples, com acesso pelo coro; tem as paredes rebocadas e pintadas de branco e cobertura em abóbada de nervuras, assentes em quatro mísulas angulares, também rebocadas e pintadas. No local, surge a arca tumular de Vasco Martins de Albergaria, em calcário, composto por caixa com molduras salientes e tampa trapezoidal. Está ornada pelas armas do tumulado, "(...) de prata, com uma cruz florenciada e vazia de vermelhos; bordadura do primeiro, carregada de oito escudetes de azul, sobrecarregados, cada um, de cinco besantes do campo." (VALE, p. 115). Está ladeado por filacteras relevadas e com vestígios de policromia, onde se lê a divisa "p(ore)m vede bem". Na tampa e no topo da arca, surge a inscrição: "Aqui jaz Vasco Martins de Albergaria caualleiro fidalgo da casa do senhor ifante dom Anrique e seu camarei / ro moor filho de Affonso Lopes de Albergaria o qual passou da vida deste mundo das feridas que houve na toma / da e no descerco de cepta aos [...] dias do mez de Dezembro da era de Jesus Cristo de 1436 annos". Ao lado desta capela, surge o PANTEÃO DA CASA DE FRONTEIRA E ALORNA, a antiga Capela de Frei Lourenço de Castro, de planta retangular simples com cobertura em cúpula, sobre pendentes que descarregam em pilastras. No topo, possui um pequeno altar, pelo reaproveitamento de uma porta de verga reta, entaipada e onde se introduziu um altar em forma de urna. Possui quatro arcas tumulares sobrepostas, duas a duas, com inscrições, surgindo, no lado direito: "D. JOÃO MARIA MASCARENHAS / NASCEO EM 4 DE MARÇO DE 1852 / FALLECEO EM 20 DE AGOSTO DE 1862"; "D. CARLOS MASCARENHAS, AJUDANTE DE CAMPO / DE SUA MAGESTADE EL REI O SENHOR D. PEDRO V, PAR DO REINO, / BRIGADEIRO DO EXERCITO, GRAM CRUZ DAS ORDENS DE / S. BENTO D AVIZ, DE CARLOS TERCEIRO DE HESPANHA, / E DE ALBERTO O VALEROZO DE SAXONIA, COMMENDADOR DA ANTIGA / E MUITO NOBRE ORDEM DA TORRE E ESPADA DO VALOR LEALDADE / E MERITO DUAS VEZES CONDECORADO COM A ORDEM DE S. / FERNANDO D HESPANHA. NASCEU EM 10 DE ABRIL DE 1803 / MORREU EM 3 DE MAIO DE 1861 / REQUIESCAET IN PACE". No lado oposto, "D. CARLOS MARIA MASCARENHAS / NASCEU A 20 DE SETEMBRO DE 1848 / FALECEU A 26 DE JANEIRO DE 1874" e "D. MARIA CONSTANÇA DA CAMARA MARQUEZA DE FRONTEIRA E D ALORNA NASCEU A 14 DE JULHO DE 1801 MORREU / EM 11 DE SETEMBRO DE 1860". Na antiga PORTARIA, surge uma lápide latina, alusiva à fundação do convento, cuja tradução é: "Este mosteiro foi dado a nossa Ordem pelo muito invencível Senhor, el-Rei Dom João aos vinte dous dias do mez de Maio do anno do Senhor em 1399 a rogo dos Reverendos Padres o Senhor João das Regras Doutor em ambos os Direitos, e Frei Vicente esclarecido Mestre em letras, e virtudes, e foi aceitado polos Frades da Ordem, e a Deos consagrado aos 29 do mesmo mez, e anno da festa de Corpus Christi, correndo a era de Cesar em M.cccc.xxx.vij annos" (VALE, p. 15). A SALA D. JOÃO DE CASTRO é quadrangular com as paredes marcadas por silhares de azulejo de padrão. A CASA DO CAPÍTULO é um espaço centralizado coberto por cúpula com os lados gomados. A CAPELA DOS CASTRO integra-se numa das alas do Claustro do Noviciado, de planta retangular simples com cobertura homogénea em telhado de duas águas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, a principal virada a SO., rematada em empena com cruz latina no vértice, flanqueada por cunhais apilastrados e rasgada por portal de verga reta e remate em friso e cornija e por janela em arco abatido e pequeno postigo no topo. O portal está encimado pelas armas do instituidor, "De prata com seis arruelas de azul, postas 2, 2 e 2, tendo por timbre um leão de ouro, sainte, segurando (...) as rodas de navalhas de Santa Catarina, de sua cor, com as navalhas de prata (...)" (VALE, p. 158). As demais fachadas são cegas e rebocadas e pintadas de branco. INTERIOR composto por nave e presbitério, com as paredes revestidas a cantaria de calcário, marcadas por pilastras toscanas, tendo coberturas em abóbadas de caixotões de pedra. As paredes laterais possuem, confrontantes, nichos de volta perfeita com túmulos em forma de essa, assentes e elefantes e com inscrições latinas identificativas dos tumulados e os respetivos escudos. No túmulo de D. João de Castro: "D. IOANNES A CASTRO XX PRO RELIGIONE IN VTRAQVE MAVRITANIA STIPENDIJS FACTIS NAVATA STRENVE OPERA THVNETANO BELLO POELICIBVS GENDROSICO REGE, PERSIS, TVRCIS VNO PROELIO FVSIS SERVATO DIO IMO REIPVBLICOE REDDITO, DORMIT IN MAGNVM DIEM, NON SIBI, SED DEO TRIVMPHATOR PVBLICIS LACHRIMIS COMPOSITVS, PVBLICO SVMPTO PROE PAVPERATE FVNERATVS OBIJT VOO OD IVN AN D XLVIII AETATIS XLVIII". Tem as armas "(...) de prata com seis arruelas de azul, postas 2, 2 e 2, timbre: a coroa de louros e duas palmas (VALE, p. 166, nota 5). O túmulo de D. Leonor Coutinho: "D. HELEONORA COVTIGNIA LEONELLI COUTIGNI FILIA INDICI PROREGIS D. IOANNIS DE CASTRO VXOR CONIVGALIS PVNDICIAE PERFECTIS SIMVM COLVMEN MULTORVM LIBERCRVM FARENS OBIIT VII ID APRIL AN D. LXXVI". Tem as armas com "escudo partido, ao 1.º de Castro (de prata com seis arruelas de azul, postas 2, 2 e 2) e ao 2.º de Coutinho (de ouro com cinco estrelas de cinco [pontas[ de vermelho postas em sautor) em lisonja" (VALE, p. 166, nota 5). No túmulo de D. Álvaro de Castro, "D, ALVARIS DE CASTRO, MAGNI IOANNIS PRIMOGENITVS, CVI PENE AB INFANTIA DISCRIMINVM SOCIVS PVGNARVM CVRSOR, TRIVMPHO RVM CONSORS, EMVLVS FORTITVDINIS, HOERES VIRTVTVM, NON OPVM: REGVM PROSTATOR, ER RESTITVTOR IN SINAI VERTICE EQVES FOELICITER INAVGVRATVS: A REGE SEBASTIANO SVMMIS REGNI AVCTVS HONORIBVS: BIS ROMOE, SEMEL CASTELLOE, GALLIOE, SABAVDIOE, LEGATIONE PERFVNCTVS, OBIJT IV. ID. SEPTEMV. ANNO, M. D. LXXV: AETATIS SVAE L." Tem as armas "de prata com seis arruelas de azul, postas 2, 2 e 2, timbre: um leão sainte com a roda de Santa Catarina" (VALE, p. 166, nota 5). No túmulo de D. Ana de Ataíde: "A. ANNA ATTAYDIA D. ALOYSII DE CASTRO FILIA D. ALVARI DE CASTRO VXOR FOECVNDA LIBERIS VIRTVTIBVS FOECVNDIOR. OBIIT. VII. OCTOB. ANNO. M. D. LXXIV". Tem o "escudo partido, ao 1.º de Castro (de prata com seis arruelas de azul, postas 2, 2 e 2) e ao 2.º de Ataíde (de azul com quatro bandas de prata) em lisonja" (VALE, pp. 166-167, nota 5). O presbitério tem acesso por escadas centrais, com maciços laterais a ostentar inscrições laterais e o pilar encimado por urnas. Retábulo de talha, de planta reta e um eixo definido por seis colunas coríntias com o terço inferior marcado e ornado por brutesco, assentes em estrutura pétrea com duas inscrições. Os intercolúneos possuem apainelados ornados por folhagem, que abrem, deixando antever quatro nichos, e sustentam o remate em entablamento com alto friso ornado por cartelas. Ao centro, nicho de volta perfeita, contendo sacrário em forma de templete clássico, coberto por domo com tambos rasgado por vãos. A estrutura remata em tabela retangular vertical, ladeada por colunas semelhantes às do corpo do retábulo, por pequenas aletas e pináculos piramidais. A tabela possui painel pintado a representar a "Última Ceia" e remata em pequeno frontão semicircular. No lado direito do retábulo, a inscrição: "AD MAIOREM INEFFABILIS EUCHARISTIAE VENERATIONEM: PECULIAREM DEIPAROE VIRGINIS DE ROSARIO HONOREM: INDIUIDUAM PATRIARCHOE DOMINICI, MARTYRUM NAZARIJ, CELSI, VICTORIS, AC INNOCENTIJ CONFESSORIS MEMORIAM, OEDEM HANC IN PENETRALIBUS SACRATIOREM EREXIT, CONDICIT, DICAUIT, D. FRANCISCUS A CASTRO EPISCOPUS OLIM AEGITANIENSES, REGIS, AS STATUS CONSILIA ASDIDENS, RERUM FIDEI MODERATOR SUPREMUS ANNO DOMINI M DC CLVIII". No lado esquerdo, "INSTITUIT AD ALTARE TRIPLEX IUGE SACRIFICIUM ANNUAS PRO DEFUNCTIS VIGILIAS, IONIORUM COENOBITARUM ADSCUIT EXCUBIAS, HABITACULA COOEDIFICAUIT: SIBI RELIGIOSE ANTE DOMINUM SEPULTURA PROUISA: MAIORIBUS SUIS POSUIT MONUMENTA, MAGIS PIE, QUAM MAGNIFICE, QUORUM POSTERIS SUBTUS ARAM CONDITIORUM FECIT, LEGAUIT IN HOEC OPERA PIETATIS SEXCENTOS ANNUOS AUREOS". O REFEITÓRIO é um compartimento retangular integralmente coberto por abóbadas de tijolo descansando sobre colunas de calcário. |
Utilização Inicial
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Religiosa: convento masculino |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja / Educativa: academia / escola militar e paramilitar |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 17 / 18 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETO: Frei João de Vasconcelos (1624-1632); José Maria Nepomuceno (séc. 19-20); Marcos de Magalhães (1664). ESCULTOR: Ercole Ferrata (atr., 1670-1677); Manuel Jorge Barradas (1664); Manuel Pereira (1632-1637); ENTALHADOR: Jerónimo Correia (1624-1630). PEDREIRO: José Lopes (1685-1688). ORGANEIRO: Joaquim António Peres Fontanes, Filho (1805). PINTORES: André Gonçalves (atr., 1710); Bento Coelho da Silveira (atr., 1710); José da Costa Negreiros (séc. 18); Vincenzo Carducci (1630-1631). PINTORES DE AZULEJO: António Pereira Rovasco (1710); António de Oliveira Bernardes (1710). |
Cronologia
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1391, 09 janeiro - bula de Bonifácio IX recomendando a existência de um convento observante em cada província da ordem, pelo que se pensa na fundação do edifício de Benfica; 1399 - fundação do convento de São Domingos de Benfica, no Paço de Benfica, doado por D. João I, por ação do seu confessor Frei Vicente de Lisboa e de João das Regras; edificação da igreja sobre construções pré-existentes, resultando de dimensões modestas; 1401, 05 janeiro - Frei Vicente de Lisboa falece a caminho de Roma, tendo o corpo sido transportado para Lisboa e sepultado num túmulo de pedra fronteiro à Capela de São Sebastião, situada no lado da Epístola; 1404, 03 maio - morte de João das Regras sepultado num túmulo colocado no exterior da igreja; 1436 - o infante D. Pedro solicita indulgências ao papa Eugénio IV para o convento; 1487 - D. João II doa à comunidade uma propriedade próxima da Ericeira, denominada Quinta das Ilhas, constituindo uma importante fonte de rendimento para a comunidade; séc. 16 - D. Manuel institui a Capela dos Anjos; 1551 - no relato de Cristóvão Rodrigues de Oliveira, o convento é referido como estando situado a meia légua dos muros da cidade, tendo 33 frades professos e 6 servidores; tem cinco capelas com missas quotidianas, que rendem 2500 cruzados; 1577 - fundação da primeira capela da família Castro, por D. Álvaro, depois transformada em casa do Capítulo; o fundador doa uma quinta em Nossa Senhora da Luz para o efeito; séc. 17 - Frei João de Santo Estêvão doa muitos livros ao cenóbio; 1624, 29 junho - lançamento da primeira pedra da nova igreja pela ação do novo prior, o Padre Mestre Frei João de Vasconcelos (1590-1652), visto a anterior se encontrar em ruínas; 1624 - 1630 - feitura do retábulo-mor por Jerónimo Correia; o mesmo terá executado os retábulos do braço do transepto e, possivelmente, a parte inferior do cadeiral; 1630 - 1631 - encomenda de um ciclo pictórico da Vida de Cristo, a Vincenzo Carducci (1576 - 1638), por Frei João de Vasconcelos; feitura do órgão, encomendado na Alemanha; 1632 - bênção do novo templo, ficando o túmulo de João das Regras situado do lado do Evangelho; falecimento de Frei Luís de Sousa, escritor da hagiografia de São Domingos e cronista do reino, sepultado neste convento; 1632-1637 - execução de esculturas do Crucificado, Nossa Senhora do Rosário, São Domingos e São Pedro por Manuel Pereira, encomendadas por Frei João de Vasconcelos; 1634, 30 abril - colocação da lápide na capela instituída por Henrique Mendes da Penha, tendo o espaço sido adquirido pela sua filha D. Leonor Henriques, instituindo duas missas semanais por sufrágio; 1644 - instituição da Capela do Corpus Christi ou dos Castro pelo inquisidor geral, D. Francisco de Castro, que contrata com os religiosos a sua construção; como contrapartida, o inquisidor geral compromete-se a construir a casa do noviciado necessária ao convento e para a qual já não existia capital; D. Francisco de Castro leva ainda a cabo a edificação de um palácio destinado à sua pessoa e aos futuros inquisidores gerais - a capela de Corpus Christi integrava-se então num complexo arquitetónico (com a casa do noviciado e o palácio dos inquisidores) que se afigurava "um convento dentro do convento", na expressão do cronista dominicano Frei António da Encarnação; 1648, 28 julho - consagração da capela de Corpus Christi panteão familiar dos Castros; torna-se a sepultura do fundador, de D. João de Castro e sua esposa D. Leonor Coutinho, avós do fundador, de D. Álvaro de Castro e D. Ana de Ataíde, sua esposa, pais do fundador, de D. Violante de Castro e Frei Fernando da Cruz, ambos irmãos de D. Francisco de Castro; 1652 - o fundador redige o seu testamento, deixando ao cenóbio os ornatos da sua capela pessoal, um cálice dourado com a sua patena, uma sacra, uma caixa de hóstias em prata, uma estante de latão, dois ciriais de pau-santo e as tábuas do altar em pau-preto; 1653, 07 fevereiro - Diogo Velho, secretário de D. Francisco de Castro entrega ao convento os bens por ele deixados em testamento; 1664 - feitura da sacristia por Marcos de Magalhães; setembro - contrato para a construção da capela dos Castro, por ordem de D. Francisco de Castro, inquisidor-mor do reino; Manuel Jorge Barradas esculpe os túmulos da capela; 1670 - 1677 - provável compra da estatuária para a Capela de São Gonçalo de Amarante, durante a estadia do fundador em Roma, sendo possível que constituam obras de Ercole Ferrata; 1677, 08 abril - escritura da compra da capela do braço N. do transepto por D. António de Freitas da Silva, para sua sepultura e de sua mulher, Jerónima Pais de Azevedo, deixando 4 mil cruzados e 100$000 para a sua fábrica e para missas por sufrágio; séc. 17, final - construção de uma capela adossada ao braço do transepto, por D. Frei Lourenço de Castro *4; 1679 - primeira referência à Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, instituída em data desconhecida; 1680, maio - construção da Casa do Despacho e sacristia da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, adossada ao braço S. do transepto, após longa contenda entra a Irmandade e os frades, desejando a primeira situar a Casa junto à Capela de São Gonçalo de Amarante; 1685 - construção da Capela de São Gonçalo de Amarante, adossada ao transepto, por D. Frei Lourenço de Castro, e executada pelo pedreiro José Lopes; 06 julho - está em execução a paramentaria e a lâmpada de prata; 1687 - a Capela de São Gonçalo de Amarante está concluída; 1688, 06 janeiro - falecimento de D. Frei Lourenço de Castro, sepultada na sua capela dedicada a São Gonçalo; 1710 - revestimento azulejar do transepto, por António Oliveira Bernardes (c. 1660-1732) com a colaboração de António Pereira Rovasco; provável pintura dos tondos por retábulos dos braços do transepto por Bento Coelho da Silveira; provável reforma do cadeiral e pintura dos painéis para o espaldar por André Gonçalves; 1724, 19 novembro - uma tempestade destrói as antigas árvores da alameda do convento; séc. 18, meados - reforma da sacristia da Irmandade da Senhora do Rosário, com pintura de painéis, atribuíveis a José da Costa Negreiros; 1755, 01 novembro - o terramoto parece não atingir muito o convento dominicano de Benfica, segundo os autores cronologicamente mais próximos; 1758, 12 abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco João da Mata, é referido que o Convento não tem padroeiros; séc. 18, 2.ª metade - reforma da decoração no interior do templo, com introdução de estuques decorativos e algumas novas telas nas capelas laterais; 1805 - construção do órgão por Joaquim António Peres Fontanes, Filho; 1818 - um incêndio destrói a livraria do convento; 1834 - expulsão das ordens religiosas; a igreja continua a funcionar graças à ação da irmandade de Nossa Senhora do Rosário, apoiada pela infanta D. Isabel Maria (1801 - 1876), regente do reino, que compra o convento e a contígua quinta Devisme; 1840 - 1850 - obras realizadas por iniciativa do conde de Penamacor, António de Saldanha Albuquerque e Castro Ribafria (1815 - 1864), descendente de D. João de Castro e então padroeiro da capela; 1884 - no convento está instalado o colégio de São Vicente de Paula; séc. 19, final - 1904 - decorre o restauro da igreja sob a direção do arquiteto José Maria Nepomuceno, tendo sido construído um novo coro-alto; 1904, 03 abril - a igreja é inaugurada, após as obras de restauro; 1905 - o túmulo de João das Regras encontrava-se do lado da Epístola, tendo sido colocada a arca no meio do coro, com os pés do jacente virados para o órgão (E.); faltando a mão direita no jacente, Nepomuceno mandou fazê-la erguida segurando um rolo, quando primitivamente ela se unia à outra, em oração; terá sido também refeita a cauda do lebreu, verificando-se hoje uma notória falta de continuidade entre o que resta da cauda concebida pelo escultor medieval e a parte muito provavelmente efetuada no princípio deste século; a Capela dos Castro encontra-se a caminho da ruína, segundo testemunho de Gabriel Pereira que a visita nesse ano; 1910, 23 junho - classificação do túmulo de D. João das Regras e da Capela dos Castro como Monumento Nacional, pelo Decreto 16-06-1910, DG, 1.ª série, n.º 136; 1911 - instalação do Instituto Militar dos Pupilos do Exército no complexo arquitetónico; 1924 - a Capela dos Castro é utilizada como animatógrafo; séc. 20, meados - recuperação e restauro da Capela dos Castro; 1959 - a igreja passa a funcionar como paroquial de São Domingos de Benfica até à edificação de um novo templo; 1979 - com a construção da nova igreja paroquial, o templo é entregue ao Vicariato Castrense para templo da Força Aérea Portuguesa, cujo orago inicial de São Domingos foi substituído pelo de Nossa Senhora do Rosário; durante o restauro da igreja, efetuado por ação da Força Aérea Portuguesa, é invertida a posição do túmulo de João das Regras, virando os pés do jacente para o retábulo (O.). |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria, rebocada e pintada, parcialmente revestidas a estuque decorativo no interior de algumas dependências (sacristias, coro, capela-mor); modinaturas, pilastras, frisos, cornijas, pináculos, estruturas retabulares, pavimentos, escadas, pia batismal em cantaria de calcário; silhares de azulejo tradicional; retábulos, órgão em talha; arcazes, portas, mobiliário de madeira; coberturas exteriores em telha cerâmica; janelas com vidro simples. |
Bibliografia
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ANDRADE, Jacinto Freire de - Vida de D. João de Castro Quarto Viso-Rey da India. Lisboa: Typographia Rollandiana, 1651; BAIÃO, António - «Dois Testamentos Históricos: o do 1º Vice-Rei da India D. Francisco de Almeida e o do Inquisidor Geral D. Francisco de Castro» in Memórias da Academia de Ciências de Lisboa, Lisboa: 1956, vol. VI; BARBOSA, Inácio Vilhena - Monumentos de Portugal, Históricos, Artísticos e Arqueológicos. Lisboa: Castro & Irmão, 1886; CAEIRO, Baltazar Matos - Os Conventos de Lisboa. Sacavém: Distri, 1989; CARDOSO, Maria de Cabedo - «A Igreja de S. Domingos de Benfica» in Renascença. Lisboa: 1937, ano VII, n.º 156; CATURLA, Maria Luisa - «Sobre o Escultor Manuel Pereira». In XVI ème Congrès International d'Histoire de l'Art. Lisboa: 1951; CERQUEIRA, Cruz - «Quem Foi o Arquitecto de São Domingos de Benfica e do Sacramento de Alcântara» in A Voz. Lisboa: 1933, ano VII, n.º 2399; CERQUEIRA, Cruz - «As Imagens e os Painéis de São Domingos de Benfica» in Olisipo. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 1946, ano IX, n.º 35 e 36; FERREIRA, Jorge Rodrigues - São Domingos de Benfica. Roteiro. Lisboa: Junta de São Domingos de Benfica, 1991; «O Túmulo de D. João de Castro ao Contrário do que se Afirmou Não se Encontra de Nenhuma Forma Profanado» in O Século. Lisboa: 33.º ano, n.º 11311; PEDREIRINHO, José Manuel - Dicionário de arquitectos activos em Portugal do Séc. I à atualidade. Porto: Edições Afrontamento, 1994; PEREIRA, Gabriel - S. Domingos de Benfica. Lisboa: Officina Typographica, 1905; PEREIRA, Luis Gonzaga - Monumentos Sacros de Lisboa em 1833. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 1927; PROENÇA, Pe. Álvaro - Benfica Através dos Tempos. Lisboa: União Gráfica, 1964; SOROMENHO, Miguel - A Arquitectura do Ciclo Filipino. Vila Nova de Gaia: Fubu, 2009; SOUSA, Fr. Luis de, ENCARNAÇÃO, Fr. António da, SANTA CATARINA e, Fr. Lucas de - História de São Domingos. Porto: Lello, 1977; SERRÃO, Vítor - «António Pereira Ravasco, ou a influência francesa na arte do tempo de D. Pedro II». In A Cripto-História de Arte. Lisboa: Livros Horizonte, 2001, pp. 125-148; SERRÃO, Vítor - História da Arte em Portugal - o Barroco. Barcarena: Editorial Presença, 2003; VALDECEBRO, Andrés Ferrer de - Historia de la Vida del Venerable Padre Maestro Fr. Juan de Vasconcellos. Madrid: Officina de D. Maria Rey, 1668; VALE, Teresa Leonor M. - O Convento de São Domingos de Benfica. D. João de Castro e o Instituto Militar dos Pupilos do Exército. Lisboa: Edição IMPE, 1996; VALENÇA, Manuel - A Arte Organística em Portugal. Braga: Editorial Franciscana, 1990, vol. II. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DRMLisboa, DGEMN/DRELisboa/DIE, DGEMN/DRELisboa/DRC, DGEMN/DRELisboa/DEM |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRMLisboa, DGEMN/DSARH, SIPA |
Documentação Administrativa
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IHRU: PT DGEMN:DREL-3296/01, PT DGEMN:DSARH-006/125-0005/02, PT DGEMN:DSARH-006/125-0005/03, PT DGEMN:DSARH-006/125-0128/02, PT DGEMN:DSARH-006/125-0128/04, PT DGEMN:DSARH-006/125-0154/01, PT DGEMN:DSARH-006/125-0155/01, PT DGEMN:DSARH-006/125-0156/01, PT DGEMN:DSARH-010/125-0008/01, PT DGEMN:DSARH-010/125-0008/02, PT DGEMN:DSARH-010/125-0184/02, PT DGEMN:DSMN-0301/14, PT DGEMN:DSMN-0369/01, PT DGEMN:DSMN-0612/06, PT DGEMN:REE-0075/59, PT DGEMN:REE-0208/05 |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1934 - reparação da cobertura; 1948 - obras gerais de reparação do edifício, com o conserto das coberturas e restauro de mobiliário e obras de arte; 1957 - obras na Capela dos Castro, com a reparação geral dos telhados, substituição de rebocos e pinturas exteriores, reparação do teto do espaço do coro, então utilizado como sacristia; 1958 - reparações do pavimento da Capela dos Castro; 1966 - remodelação da instalação elétrica; 1968 - deslocação do altar (na sequência do Concílio Vaticano II); 1970 - restauro do órgão por Joaquim Rodrigues & Filho, de Gondizalves, Braga; 1979 - restauro do coro e rotação do túmulo de João das Regras em 180º relativamente ao posicionamento anterior; UTENTE: 1980 - restauro da igreja, substituição de reboco e pintura do interior, consolidação e lavagem dos azulejos, limpeza das telas do retábulo; 1984 - obras de reparação da estrutura da cobertura e telhado; 1986 - restauro do órgão por António Simões; 1991 - restauro de azulejos e ajardinamento do claustro do antigo noviciado, situado diante da capela; 1992 - remodelação da instalação elétrica da Capela dos Castro; 1993 - substituição integral da estrutura em madeira da cobertura da igreja por vigotas pré-esforçadas em betão armado, substituição de reboco e pintura exteriores, limpeza de cantarias. |
Observações
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*1- DOF: Igreja de São Domingos de Benfica, incluindo, além do túmulo de D. João das Regras, o grande retábulo da capela-mor, os 2 retábulos do transepto, as 4 pinturas que se vêm nos segundos e terceiros altares, de um e outro lado do corpo da Igreja, a contar da porta da entrada, e a arca quinhentista que contém os ossos de Vasco Martins de Albergaria. *2 - trata-se de uma Zona Especial de Proteção Conjunta do Palácio Fronteira (v. IPA.00005598) e do Convento de São Domingos (v. IPA.00006478). *3 - no séc. 17, as capelas eram dedicadas a São Domingos de Soriano, Nossa Senhora da Assunção, Libertação das Almas dos Patriarcas (Evangelho) e Santos Auxiliadores, Pentecostes e Transfiguração de Cristo; cada uma delas estava protegida por grades de pau-santo, entretanto desaparecidas. *4 - Capela de pequenas dimensões e bastante alta, com as paredes ornadas por silhares de azulejo e cobertura pintada de brutesco. |
Autor e Data
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Paula Figueiredo 2014 |
Actualização
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Bernardo Nunes (Contribuinte externo) 2014 |
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