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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre Tipo planta em L
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Descrição
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Planta em L, constituída por dois rectângulos justapostos, encontrando-se a planta da capela ligeiramente avançada face à frontaria do solar. Volumes articulados e coberturas em telhados de 4 águas na casa e de duas na capela. Acesso por portal monumental arquitravado que emoldura o pátio fronteiro, ficando a capela num eixo exterior à zona habitacional. A fachada nobre de dois pisos, com escadaria central com patamar e guardas laterais e organização de vãos em dois registos - inferiormente, de cada lado da escadaria suportada por uma estrutura em arco, um portal rectangular e um janelão gradeado quadrangular, e superiormente, com a abertura de sete vãos com cimalhas abauladas organizadas simetricamente: janela de guilhotina rectangular com avental e frontão triangular interrompido com motivo concheado central, janela de guilhotina rectangular com avental e remate curvado de dupla-voluta e motivo concheado central circular e vão quadrangular com sacada assente em mísulas caneladas e remate superior contracurvado simples, para além do portal nobre que alinha frontão triangular interrompido. A fachada da igreja organiza-se em majestoso portal central de verga cortada em traçado mistilíneo e frontão interrompido com pequena fresta, dois janelões rectangulares laterais com aventais recortados e cimalhas angulares, ordem arquitectónica marcada nos cunhais, entablamento corrido, mas com curva central, e coroamento superior redundante com fogaréus laterais e cruz de hastes trevadas no topo. Face à fachada lateral simples que se prolonga no eixo da capela e com quem partilha de um único entablamento toscano que circunda todo o edifício com a ordem arquitectónica marcada nos cunhais, a capela apresenta uma única fresta lateral gradeada que ilumina o interior. Este tem paredes em estuque imitando marmoreados, coro-alto sobre a entrada assente em arco abatido, pia baptismal concheada, entablamentos laterais e tecto de caixotões de 4 por 6 fiadas; na parede fundeira retábulo de talha dourada e polícroma. Ao nível do pavimento duas sepulturas, uma delas com emblema heráldico. |
Acessos
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Rua Dr. Egas Moniz, n.º 83 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 28/82, DR, 1ª Série, nº 47, de 26 fevereiro 1982 |
Enquadramento
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Urbano. Isolada no centro da vila, com entrada monumental para pátio murado e gradeamento lateral, em local de destaque junto a bifurcação de caminhos. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Residencial: casa |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Séc. 19, inícios - concessão do Brasão dos Morgados do Outeiro; o Dr. Manuel Lourenço de Sá Pereira Melo Valente (falecido 1810) deve ter sido o responsável pelo início da edificação, obra prosseguida pelo sobrinho, João de Resende Valente de Sá Abreu Freire 1º Morgado do Outeiro; 1810 - A capela funerária privada ainda não tinha sido concluída, pois Melo Valente é sepultado na igreja matriz, contrariamente aos 2º e 3º Morgados. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Alvenaria com reboco, cantaria (capela, cunhais e molduras dos vãos), revestimentos de tijolo e madeira (pavimentos). |
Bibliografia
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GONÇALVES, Nogueira, Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Aveiro, Vol. X, 1981, pp. 23 - 24; FREIRE, Maria Esmeralda, Património Artístico de Estarreja; CARDOSO, Carlos, Subsídios para uma monografia histórica e descritiva da freguesia de Avanca, Coimbra, 1961; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74893 [consultado em 14 outubro 2016]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGEMN: DSID |
Documentação Administrativa
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DGEMN: DREMC |
Intervenção Realizada
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Os actuais proprietários realizam, periodicamente, reparos gerais no imóvel, sem alteração da estrutura primária. No entanto, a capela encontra-se abandonada e carece de restauros diversos. |
Observações
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*1 - A capela privativa tem como patrono São José. Os dois brasões que se forjam no portal da entrada pertencem aos Morgados do Outeiro e aos Baçar. Com o falecimento do Dr. José Maria Abreu Freire em 1935, dá-se a ruína da Casa do Outeiro e do Viscondado de Baçar, ao qual estavam ligados familiarmente. O seu espólio foi vendido em hasta pública. |
Autor e Data
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Margarida Alçada 1983 / Carlos Ruão 1996 |
Actualização
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