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Edifício e estrutura Estrutura Hidráulica de contenção Barragem Barragem romana
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Descrição
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As ruínas da antiga barragem mantêm de pé apenas uma parte central com cerca de 15,5 m. de comprimento, tendo a maior altura de 8 m. e a maior espessura de 7 m. A muralha, na parede virada a jusante é reforçada por 3 contrafortes. Estendia-se pelo local hoje ocupado pela estrada e deveria ir até ao morro, onde desse lado ficava a muralha. A outra parte ia firmar-se a "penedia", no outro lado do vale, onde grande parte da muralha foi também destruída. A albufeira que a muralha criava poderia armazenar cerca de 125 m3 cúbicos de água. |
Acessos
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EN 250, ao Km 16,423 (Caneças - Queluz ou Belas). WGS84 (graus decimais) lat: 38,801969; long.: -9,243193 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 735/74, DG, 1.ª série, n.º 297 de 21 dezembro 1974 *1 |
Enquadramento
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Rural. Implanta-se junto e por baixo da actual estrada, tendo a nascente a ribeira de Carenque, e sendo parcialmente encoberta por arvoredo e vegetação. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Hidráulica: barragem |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Companhia das Águas de Lisboa (administração) |
Época Construção
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Séc. 03 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Séc. 03 - construção; desconhece-se a época em que deixou de ser utilizada; 1571 - Francisco de Olanda in "Da Fábrica que falece a citada de Lisboa" desenha a barragem e chafarizes a construir em Lisboa, instando para que se reaproveitasse o aqueduto romano para trazer a água à cidade; 1573 - D. Sebastião recomenda por carta régia para que se concluísse o necessário para trazer água a Lisboa, mas nada foi feito; 1619 - D. Filipe II visita a barragem e o aqueduto com intenção de promover a sua reconstrução, encarregando para tal Leonardo Turriano; 1620 - carta de Madrid com relatório e 4 projectos para a água livre ser novamente trazida a Lisboa concluíndo que o melhor aqueduto era o romano; estabelecem-se taxas para custeamento das obras; 1623 - alvará régio determina que os impostos destinados à obra socorram a Índia; 1728 - Inicia-se construção de novo aqueduto que arrasou parte do romano na zona da "penedia", pois a barragem foi tida como desnecessária, dada a abundância de nascentes possíveis de captar na bacia; Ergueram-se ali várias construções (ventiladores "castella") que a companhia das Águas ainda mantém; séc. 20 - a construção da estrada de Caneças - Belas, destrói e soterrou outra parte da muralha. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Estrutura em "opus incertum" com pedras ligadas por argamassa feita com cal parda, areia bastante fina e pedaços de cerâmica encarnada. Revestimento com pedra local e com "opus quadratum pseudoisodomón". |
Bibliografia
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ALMEIDA, D. Fernando de, Sobre a barragem romana de "Olisipo" e seu aqueduto in O Arqueólogo Português, série III, vol. 3, Lisboa, 1969, pp. 179 - 190; ALARCÃO, Jorge, Portugal Romano, Lisboa, 1974; IPPC, Roteiros da Arqueologia Portuguesa, 1 - Lisboa e arredores, s.l. 1986; QUINTELA, António de Carvalho, CARDOSO, João Luís, MASCARENHAS, José Manuel, Aproveitamentos Hidráulicos Romanos a Sul do Tejo, s.l., 1987. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - Ruínas da antiga barragem romana donde partia um aqueduto para Olisipo. |
Autor e Data
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Paula Noé 1991 |
Actualização
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