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Edifício e estrutura Estrutura Judicial Pelourinho Jurisdição eclesiástica Tipo bloco
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Descrição
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Estrutura em cantaria de calcário, composta por plinto cúbico, com as faces ornadas por losangos almofadados, inscritos em molduras. A base é encimada por anel e fuste cilíndrico composto por coluna dórica, sobre o qual surge um tabuleiro que sustenta o remate em bloco prismático de dois registos, o superior em ressalto, encimado por tronco de pirâmide galbado. Igualmente armazenados, silhares de cantaria do antigo soco. |
Acessos
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Largo Moisés do Carmo, no Pátio da Junta de Freguesia WGS84 (graus decimais) lat.: 38.925132; long.: -9.010578 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933 |
Enquadramento
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Urbano. Os elementos que constituem o Pelourinho estão armazenados num pátio pertencente à Junta de Freguesia. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Judicial: pelourinho |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Autarquia local, Artº 3, Dec. nº 23122, 11 Outubro 1933. |
Época Construção
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Séc. 17 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1203, Abril - foral concedido à vila de Alhandra por D. Soeiro Gomes, Bispo de Lisboa, que a mandou povoar, denominando-se até então Torre Negra, não havendo notícias da renovação do mesmo; séc. 17 - hipotética construção do monumento, apesar de alguns autores colocarem a sua construção ainda no reinado de D. João III; 1712 - é da Comarca de Torres Vedras, com 650 vizinhos e pertence ao Arcebispo de Lisboa, onde entra o seu ouvidor; tem vereadores, escrivão da câmara, procurador, juiz dos órfãos com o respectivo escrivão e demais oficiais; 1855 - extinção do Concelho de Alhandra; 1893 - segundo proposta do Vereador Sr. Câncio, a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira aprovou a demolição do Pelourinho de Alhandra, oferecendo-se o sr. Abel Botto e Souza, farmacêutico, para custear a despesa desde que o pudesse levar para a sua propriedade, a Quinta dos Bichos, em São João dos Montes, onde permaneceu, com o fuste incompleto e desprovido de degraus, circundado por pequeno canteiro; gravuras e fotografias anteriores à demolição mostram-no defronte da Casa da Câmara sobre um soco de quatro degraus quadrangulares e rematado por grimpa com esferas; 1904, 18 Agosto - no local onde se erguera o Pelourinho foi erigida uma estátua do Dr. Sousa Martins; 1905, Dezembro - a Real Associação dos Arquitectos Civis e Arqueólogos Portugueses, sendo seu membro o alhandrense Cónego Joaquim Maria Pereira Botto, fez um ofício à CMVFX, informando que a família Botto e Souza desejava ceder o Pelourinho para ser reimplantado na vila de Alhandra, mas levantava-se o problema do local; 1930, década - intervenção do Vereador Abel Botto e Souza, apoiada pelo historiador alhandrense Francisco Câncio, a favor da recolocação do monumento; 1938 - o Vereador Tenente- Coronel Febo Vergas de Matos volta a abordar a questão, mas o processo não chega a ir por diante; 1972 - a mesma individualidade, agora Presidente da C.MVFX, visto manter-se a disponibilidade do então proprietário da Quinta dos Bichos, Sr. João Luís, em devolver à autarquia o seu monumento, solicita à DGEMN apoio técnico para reconstrução dos elementos em falta (soco de degraus e metade superior do fuste), montagem e recolocação na vila; 1974 - conclusão da execução dos elementos que faltavam, que foram guardados num armazém da Junta de Freguesia, aguardando designação do local para reimplantação; 1990 - no âmbito do projecto de renovação urbanística da Praça Sete de Março, a CMVFX estabelece contactos com a DGEMN e com o proprietário da Quinta dos Bichos, Sr. Kalid Malik afim de ser retomado o processo; 1997 - a Junta de Freguesia de Alhandra reinicia os trabalhos de reordenamento da Praça Sete de Março; 1999 - reunem-se as condições para reimplantar o monumento, mas a DGEMN não concordou com a localização prevista no projecto, no Largo Angélico Marques, devendo ser colocado na Praça Sete de Março, entre a Rua Duque da Terceira e a Sede da Junta de Freguesia (antiga Casa da Câmara); 2000/2001 - o projecto foi refeito mas quando se procedeu à marcação do terreno verificou-se que o Pelourinho ía ficar muito próximo de um edifício e que a Praça não comportava, pelas suas domensões, a existência de dois monumentos; os trabalhos foram suspensos e aguarda-se novo estudo, tendo as peças originais do Pelourinho, entretanto removido da Quinta dos Bichos, sido armazenadas junto com as novas, que o irão completar *1. |
Dados Técnicos
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Sistema estruturala utónomo. |
Materiais
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Estrutura em calcário branco, rosa e vermelho. |
Bibliografia
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CHAVES, Luis, Os Pelourinhos Portugueses, Gaia, 1930; CHAVES, Luís, Os Pelourinhos no actual Concelho de Vila Franca de Xira na Província da Estremadura e Distrito de Lisboa in Boletim Comemorativo do 25º Aniversário da Biblioteca - Museu Municipal Dr. Vidal Batista, Vila Franca de Xira, 1972, p. 155 - 170; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza…, vol. III, Lisboa, Officina Real Deslandesiana, 1712; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; O Ocidente, vol.16, nº 509, Lisboa, 11 Fev. 1893, pp. 36 e 40; Os Pelourinhos do Concelho de Vila Franca de Xira, Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, 1988; PEDRO, Raul da Conceição, Pelourinho de Alhandra, notas dactilografadas, Junta de Freguesia de Alhandra, 2001; Vida Ribatejana, 3 Junho 1993, p. 4, 8 Julho 1993, p. 5, 19 Setembro 2001, p. 16. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; Museu de Alhandra |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; Museu de Alhandra |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID; CMVFX: Actas das Vereações da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira (1893 - 2001) |
Intervenção Realizada
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CMVFX: 2001 - limpeza e restauro dos elementos originais (base, metade inferior do fuste, nó, capitel e remate) |
Observações
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*1 - a sugestão da Junta de Freguesia é a transferência da estátua do Dr. Sousa Martins para defronte da respectiva Casa-Museu, ficando o Pelourinho no seu lugar, já que esta era a localização original. |
Autor e Data
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Lina Marques 2001 |
Actualização
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