Convento de Santo António da Lourinhã / Igreja do Convento de Santo António da Lourinhã / Igreja Paroquial da Lourinhã / Igreja de Nossa Senhora da Anunciação

IPA.00006321
Portugal, Lisboa, Lourinhã, União das freguesias de Lourinhã e Atalaia
 
Arquitectura religiosa, maneirista, barroca, rococó e neoclássica. Convento, igreja e dependências. Igreja conventual de planta longitudinal composta, coberta por abóbada de berço. Coonvento e dependências conventuais nas quais se incluem o claustro de 2 pisos com cobertura em madeira e igreja com tem coro-alto aos pés da nave, púlpito e baptistério do lado do Evangelho e duas capelas do lado da Epístola. A decoração é de inspiração barroca, à excepção dos retábulos neoclássicos, dos azulejos da capela-mor rococós e do altar de mármores embutidos. Do estilo maneirista conserva, entre outros, a estrutura do arco triunfal com motivo paladiano e o túmulo na capela-mor com típica organização em essas. Do lado do Evangelho baptistério com pia baptismal que se diz da Igreja Matriz e do lado da Epístola, junto à entrada e do guarda-vento, capela com retábulo de frontão recortado com mármores embutidos e capela com altar neo-gótico. Os numerosos painéis e telas de «Primitivos Portugueses» e de Josefa de Óbidos.
Número IPA Antigo: PT031108010001
 
Registo visualizado 993 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Convento / Mosteiro  Convento masculino  Ordem de São Francisco - Franciscanos (Província dos Algarves)

Descrição

Complexo arquitectónico constituído por igreja e dependências conventuais (das quais se reconhecem a sacristia e o claustro). O espaço da totalidade dos edifícios desenvolve-se na relação com a igreja às quais se adossam 2 capelas a S. e uma a N. As restantes dependências agrupam-se em torno de um claustro a S. De planta longitudinal composta, o complexo apresenta volumetria escalonada, e cobertura efectuada por telhados diferenciados a 2 e 4 águas. O edifício é delimitado por cunhais de cantaria e as fachadas são marcadas no piso térreo pela abertura de janelas de peito de verga recta com emolduramento simples de cantaria que no piso 1 variam: na fachada E. rasgam-se janelas de peito mais pequenas, na fachada S. as mesmas janelas alternam com janelas de sacada e na fachada O. as janelas são iguais às do piso térreo; todas elas são de verga recta com emolduramento simples de cantaria. INTERIOR: 2 pisos, claustro composto por galeria circundante com cobertura em madeira e muros cobertos até meia altura por azulejos de meninos com canastras de fruta (piso térreo) e albarradas floridas (piso superior) com cercaduras de elementos vegetalistas. Em ambos os pisos destacam-se arcadas de colunas toscanas e molduras em cantaria de portas que dão acesso a outras dependências, os antigod dormitórios e uma pequena enfermaria. No piso térreo, ao centro, nota-se uma cisterna quadrada e canteiros e do lado S. o acesso à escadaria que comunica com o 2º piso do claustro e a porta que conduz à igreja. IGREJA: de planta longitudinal simples reforçada por contrafortes, apresenta volumetria paralelepipédica, sendo a cobertura efectuada por telhados a 2 águas. Na fachada principal, a E., delimitada por cunhais de cantaria sobrepujados por cornija e goteiras e articulada por empena triangular rematada por cruz em cantaria, destaca-se um portal a eixo de frontão triangular sobre pilastras encimado por cruz em cantaria (com acesso através de escadaria descendente), encimado por óculo de emolduramento simples de cantaria. Articulada à fachada a S. sobressai torre sineira quadrada com relógio, rematada por pináculos, recuada em relação ao frontespício. INTERIOR: de nave única de cobertura em abóbada de berço, apresenta muros com silhar de azulejos de albarradas, 14 quadros com os Passos da Vida de Cristo e 2 altares colaterais em talha, o do lado do Evangelho dedicado a Nossa Senhora da Conceição e o do lado da Epístola à Sagrada Família de Nazaré com a imagem de Jesus *1. Observam-se nos muros: do lado do Evangelho, baptistério gradeado (com lambrim de azulejos de albarradas e parede fundeira com vitral do «Baptismo de Cristo no Jordão»); porta de acesso à escadaria que comunica com o 2º piso do claustro; 2 confessionários e púlpito quadrangular, do lado da Epístola, junto à entrada e do guarda-vento, capela profunda gradeada com azulejos alusivos à lenda e milagres de Santo António, retábulo de mármores embutidos com imagem do mesmo, frontal dos mesmos azulejos e lápide com datação da fundação da capela; 2 frestas; porta e capela profunda abobadada com teia de madeira entalhada e pintada, azulejos iguais aos da nave e altar em pedra, e ao pé da nave coro-alto com guarda de madeira (*4) e sub-coro abobadado com azulejos avulsos (*5). Na capela-mor rectangular precedida de arco triunfal, assente em duplas pilastras toscanas com molduras em cantaria que se prolongam pela cimalha e cantos da nave, e com cobertura em abóbada de berço são visíveis: o lambril de azulejos que cobre os muros com um calvário e cenas da vida de Santo António; no lado do Evangelho, porta, arcossólio de frontão angular interrompido com o túmulo de D. Brás Henriques (com pedra de armas e remate em cruz) (*6) e 1 fresta; no lado da Epístola 1 fresta; e, na parede de topo, um retábulo de talha azul e ouro com colunas estriadas, 2 imagens laterais e, ao centro, Cristo.

Acessos

Largo D. Lourenço Vicente. WGS84 (graus decimais) lat.: 39,242471; long.: -9,313067

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG, 1.ª série, n.º 136 de 23 junho 1910 / ZEP, Portaria, DG, 2.ª série, n.º 211 de 10 setembro 1946

Enquadramento

Urbano. Localizado no largo do centro histórico da Lourinhã, frente ao Palácio da Justiça, é circundada por passeios e jardim com monumento a D. Lourenço Vicente. Integra a frente urbana E. de uma artéria que liga ao largo da Igreja Matriz (antiga) a O. (v. PT031108010002).

Descrição Complementar

AZULEJARIA: claustro, piso térreo (sécs. 18 e 20) e piso superior (séc. 20); igreja: sub-coro, nave e pequena capela, lado da Epístola (séc. 18); capela-mor (séc. 18, 3º quartel); TALHA: retábulo do altar-mor, altares colaterais e púlpito (séc. 18, 2ª metade); PINTURA: alguns painéis de «Primitivos Portugueses», bem como telas de Josefa de Óbidos. No retrato das «Duas Santas Cistercienses» é patente a expressão mística, adoptado ao retrato idealizado, onde faz valer através da pincelada as cambiantes dos panejamentos brancos expostos à luz; «Anunciação» (séc. 16), altar colateral, lado do Evangelho; «Adoração dos Reis Magos», altar colateral, lado da Epístola (séc. 17); «Assunção de Nossa Senhora», capela-mor, lado da Epístola (séc. 16, meados); 2 «Adorações do Menino»; EPIGRAFIA: igreja, na 1ª capela do lado da Epístola: "ESTA CAPELA MANDOV / FAZER IOAM NVNES FRANCO / BDO NA IGREJA MATRIZ DESTA / VA COMMISSO DOS OFFO O FO, E SINDICO / DOS RELIGIOSOS DESTE CONVTO OS / QVAIS LHE DERÃO ESTE SITIO PA / SEV IAZIGO NO ANNO / DE 1714". Na capela-mor, no túmulo inserido em arcossólio mandado construir por Brites Brandoa para seu marido: "DONA BRITIS . BRANDOA . FA . Ð . ERGO . SERRÃO . S / CTRODO . COÐ . SMGEDE . Ð . DA . MB / RÑA . M . E . ESTA . CA . E . SA PAIA3O . Ð . D . BRAS . HERIQES . SEV MARIDO . IO . Ð . D . IORGE . / HERIQES . E ÐD . ISABEL . Ð . MIRANDA . ÐCEÐTE . DO S REIS . Ð PORTVC / AL . PADROEIROS . DESTE . MOSTEIRO . FALECEO . A . 30 . ÐNODE . I . 601 . E . D ."; na primeira campa da coxia, junto ao arco da capela-mor: «Aqui jaz Lourenço de Mariz da Costa, cavaleiro fidalgo da Casa de Sua Magestade, irmão da Ordem do seráfico Pe. S. Francisco e de seus religiosos a quem eles, por sua muita devoção, deram este lugar para sua sepultura e de seus herdeiros. Faleceu a 18 de Fevereiro de 1621»; e ao lado desta: «Sepultura de Leonor do Valle e de seus herdeiros, a qual mandou fazer Álvaro Luís do Valle no ano de 1632».

Utilização Inicial

Religiosa: convento masculino

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial / Educativa: jardim de infância / creche / Educativa: escola básica / Cultural e recreativa: associação recreativa / Comunicações: edifício de produção e emissão de jornais

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Corporação encarregue do culto

Época Construção

Séc. 16 / 17 / 18 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: João Nunes Tinoco (1661); Pedro Nunes Tinoco (mausoléu maneirista de D. Brás Henriques, capela-mor e claustro).

Cronologia

1598 - fundação do Convento de Santo António da Lourinhã de frades capuchos da recoleição (Província dos Algarves) da ordem franciscana, ao qual pertencia a igreja. O pedido foi feito por frei André de Oliva, guardião do convento do Bom Jesus de Peniche. A construção deveu-se aos seus padroeiros D. Jorge Henriques e D. Isabel de Miranda, descendentes dos reis de Portugal e à ajuda de povos vizinhos; séc. 17 - projecto do novo arco triunfal da igreja, do claustro e do retábulo-mor por João Nunes Tinoco; 1601 - com grande solenidade e na presença do corregedor da comarca de Alenquer, Lic. Francisco Gomes Loureiro, do juiz ordinário da Lourinhã, Cristóvão Machado Pedreira, dos vereadores, do procurador do concelho e representantes das mais importantes famílias da vila e de frei André de Oliva, representante do recente fundado convento de Santo António da Lourinhã, obteve-se a autorização para a construção de um novo mosteiro; 1619 - provável data de conclusão do arcossólio onde se encontra o túmulo de D. Brás Henriques; 1661 - risco do retábulo-mor pelo arquiteto João Nunes Tinoco (COUTINHO: 294); 1714 - o beneficiado João Nunes Franco fundou uma pequena capela que se encontra à entrada (lado da Epístola), onde está sepultado; 1732 - Maria Inês de Morais Amada ofereceu as imagens para os dois altares colaterais; 1734 - o convento possuía uma relíquia do Santo Lenho obtida por frei João de Santo Estevão; 1780 - foi concedida a mercê de leccionar uma cadeira de Gramática Latina; 1782, antes - existia uma pequena porta que dava acesso à escada da sacristia e que ficava por detrás do arcossólio; servia para a colocação de caixões ou cadáveres; 1782 - foi feita uma «situação e descrição» do convento e igreja, onde se refere a existência de 16 cadeiras no coro-alto e algumas imagens de valor *2; 1834 - após a extinção das ordens religiosas a igreja foi cedida à Paróquia de Nossa Senhora da Anunciação da Lourinhã, sendo o pároco o desembargador Pe. Joaquim José Tomás; 1835 - após a extinção das ordens religiosas foi requisitada uma parte do edifício pela Câmara Municipal da Lourinhã para Tribunal de Direito em Portaria da Fazenda Pública; 1837 - o edifício foi pedido pela CML para audiências dos jurados e cadeia pública. A igreja passou a funcionar como matriz paroquial com o título de Nossa Senhora da Anunciação, substituindo a Igreja Matriz que estava a entrar em ruína; 1838 - a Consulta da Junta do Crédito Público indeferiu o pedido de 1835; 1841 - o edifício e as cercas foram concedidos à CML para estabelecimento dos paços do concelho, casa de audiências, cadeia municipal, residência do carcereiro e sua família, quartel de destacamento militar, quartel de bombeiros e posto da GNR. Vieram do mosteiro de Vale Benfeito 3 quadros atribuídos a Josefa de Ayala que serviriam para adornar a igreja: São Jerónimo, Santa Paula e Santa Eustáquia; 1844 - fez-se o baptistério, onde foi colocada a pia baptismal que havia pertencido à então antiga Igreja Matriz; 1845/1846 - obras de ampliação na igreja que primitivamente era de galilé sob coro: foi recuada a parede principal, incluindo o adro na nave da mesma, e o arco da galilé foi utilizado na capela que então se abriu no corpo da igreja; 1846 - iniciaram-se as obras da capela destinadas às imagens que haviam pertencido à Igreja Matriz: de Senhor Jesus do Cruzeiro e de Nossa Senhora das Dores; 1847 - conclusão das obras e celebração da primeira missa no dia 26 de Março; 1877 - a Câmara Municipal da Lourinhã autorizou a colocação da cerca e um passeio público, onde se realiza dia 21 de Setembro a feira anual de São Mateus; 1895 - restauro da igreja; 1927 - a cadeia comarcã e a GNR ficavam situadas nas instalações do antigo convento; o quadro «Assunção de Nossa Senhora» encontrava-se no coro; 1946 - a planta da zona de protecção foi publicada no Diário do Governo n.º 211 (II Série) de 10 de Setembro; 1953 - o Pe. Tobias Gomes Duarte reconstituiu e inaugurou a igreja paroquial; 1963 - o mesmo quadro da «Assunção de Nossa Senhora» encontrava-se na nave (lado do Evangelho); séc. 20, anos 70/80 - os párocos Pe. Tobias Gomes Duarte e António Pereira Escudeiro, em alturas diferentes tentaram junto da CML obter a cedência de todo o edifício para a Acção Pastoral da Paróquia. O 1º conseguiu a cedência de uma parcela do mesmo por cima da sacristia, que em tempos teria sido residência dos párocos, o 2º obteve aprovação em sessão camarária da entrega total do edifício com algumas condições que foram respeitadas (após a venda do Externato D. Lourenço); 1981 - surgiu a ideia de se criar um Centro Paroquial. O Jornal «Alvorada» publicou o projecto global das obras a realizar no velho edifício, praticamente em ruínas; 1983 - o novo pároco Pe. Félix Correia Tavares deu os primeiros passos para o início da obra, ao sentir necessidade de um espaço razoável para a actuação Pastoral. Foram feitos novos projectos e contactaram-se os respectivos departamentos oficiais no sentido de a obra ser comparticipada pelo Estado. As telhas, ripas e barrotes apodrecidos pela chuva foram retirados; 1988 - a GNR passou para as dependências do Palácio da Justiça e todo o convento para a posse da Fábrica da Igreja de Nossa Senhora da Anunciação, embora em estado de ruína interna e externa. Em Março começou a «Campanha pró Restauro do Convento de Santo António» com Ofertório Solene na Missa Paroquial do 1º Domingo de cada mês; 1989 - o Pe. Félix Correia Tavares foi transferido de paróquia e seriam os Pe. Joaquim Luís Batalha (pároco) e Joaquim Martins (coadjutor) que iriam apoiar incondicionalmente o projecto do Centro Paroquial; início do restauro da igreja e convento, orçados em cerca de 200 mil euros; 1990 - foi feito um grandioso cortejo de oferendas organizado pelo «Grupo 31» com a intenção de juntar dinheiro para a continuação das obras de restauro. O cortejo rendeu cerca de 40 mil euros; 1991 - terminou o estatuto de igreja matriz da vila, que passou para a actual Igreja Matriz; 1993 - conclusão das obras de restauro.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes rebocada e cantaria.

Materiais

Alvenaria mista, cantaria de calcário, mármore, azulejo tradicional, talha dourada e vitral. Pavimento de madeira e pedra e cobertura de madeira e telha.

Bibliografia

AAVV, Lourinhã in Guia de Portugal, vol. 2, Lisboa, 1927; ALMEIDA, José António Ferreira de, (coord. de), Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976; AZEVEDO, Carlos de, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano de, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. 4, Lisboa, 1963; AZEVEDO, Carlos Moreira, Franciscanos in Dicionário de História Religiosa de Portugal, vol. C-I, Lisboa, 2000; BASTOS, Fernando Pereira, Apontamentos sobre o Manuelino no Distrito de Lisboa, Lisboa, 1991; CIPRIANO, Rui Marques e SOUSA, Teresa Maria Farto Faria de, Património Religioso Edificado do Concelho da Lourinhã, Lourinhã, 2001; COUTINHO, Maria João Fontes Pereira, A produção portuguesa de obras de embutidos de pedraria policroma (1670-1720). Lisboa, Dissertação de Doutoramento em História da Arte apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa, 2010, 3 vols.; Igreja Matriz da Lourinhã, Lisboa, DGEMN, Boletim nº 16; LIMA, Baptista, Terras Portuguesas, Póvoa da Varzim, 1935; LOPES, Flávio (coord. de), Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, vol. II, Lisboa, 1993; MECO, José, Azulejaria Portuguesa, Porto, 1989; PERDIGÃO, Frei Henrique, Subsídios para a História da Ribeira de Palheiros, Braga, 1992; PEREIRA, Esteves, RODRIGUES, Guilherme, Lourinhã in Portugal. Diccionario Historico, Chorographico, Biographico, Bibliographico, Heraldico, Numismatico e Artistico, vol. 4, Lisboa, 1909; PEREIRA, Mário Baptista, Lourinhã. Contribuições para a sua História, Lourinhã, 1986; PEREIRA, Mário Baptista, Lourinhã. Subsídios para uma Monografia, Lourinhã, 1988; SERRÃO, Vítor, História da Arte em Portugal - o Barroco, Barcarena, Editorial Presença, 2003; VARELLA, José de Sousa, Notas sobre Lourinhã e seu Concelho, Torres Vedras, 1937.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID; IGESPAR: IPPAR

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID; IGESPAR: IPPAR

Documentação Administrativa

DGA/TT: Chancelaria de Filipe II, Livro 38, fl. 165, Chancelaria D. João V, Livro 52, fl. 284, Chancelaria de D. Maria II, Livro 41, fl. 59, Chancelaria de D. Luís, Livro 2, fl. 265 v., Livro 29, fl. 262, Livro 37, fl. 188 v., Chancelaria de D. Carlos I, Livro 1, fl. 231 v., Livro 4, fl. 71 v., Livro 13, fl. 122, Chancelarias Antigas da Ordem de Cristo, Livro 3, fl. 62, Livro 13, fl. 198, Livro 21, fl. 241 v., Colegiadas de Nossa Senhora da Anunciação da Lourinhã, Sala E, Estante 8, Caixa 55, n.o 23, Registo Geral das Mercês. Ordens Militares, Livro 1, fls. 70 e 327 v., Livro 2, fls. 220 e 103, Desembargo do Paço - Estremadura e Ilhas, Maço 1591, Doc. 8, Conventos Diversos Santo António dos Capuchos, Maço 10, Livro 6, Maço 25-49, Maço 25-2/21, Maço 25-22/49; BNP: Secção de Reservados, Cod. 25, Res. MSS 3 n.º 25

Intervenção Realizada

1845/1846 - obras de ampliação na igreja: é recuada a parede principal, incluindo o adro na nave da mesma e o arco da galilé é utilizado na capela que então se abre no corpo da igreja; 1846 - iniciaram-se as obras da capela; 1847 - conclusão das obras; 1895 - restauro da igreja; Comunidade Paroquial e CML: 1989/1993 - restauro da igreja e convento.

Observações

*1 - antigamente esteve colocada a imagem de São Domingos. *2 - um códice encontrado na BNL, na secção de Reservados «Documentos sobre a fundação do Convento de Santo António da Lourinhã» refere e existência, do lado do Evangelho, de azulejos alusivos a Nossa Senhora do Carmo com 2 santos e inscrição inferior «Salve Rainha» e, do lado da Epístola, azulejos alusivos a Nossa Senhora do Rosário, ladeada à direita por S. Domingos e à esquerda por uma santa com a incrição «Ave Maria»; por cima da porta de entrada estavam representados São Pascoal Bailão e São Salvador Doria; "O convento em si é pequeno (...). O claustro tem as meias paredes azulejadas, com seu poço no meio (...) mais dois poços (...) um no pomar e outro no quintal chamado dos 3os que se julga ser o sítio onde foi o primeiro conventinho e igreja ainda que disto não haja vestígio algum. Por baixo do alpendre tem uma apertadinha capelinha dedicada a Santo António que mandou fazer um síndico para seu jazigo, que tem à porta dela. Tem dois dormitórios; o maior tem 8 celas, o mais pequeno tem cinco. Uma capelinha junto à porta do coro com a imagem de N. Pe. S. Francisco, suas varandas cobertas, com duas janelas de cada em cada lado e em um deles fica suas varandas cobertas, com duas janelas de cada em cada lado e em um deles fica a porta da antiga enfermaria, com dois leitos e uma boa varanda que diz para a cerca (...). Tem o convento uma boa e alta torre que aformoseia o edifício e faz ser útil à vila o relógio que está nela por não haver outro na povoação".

Autor e Data

Paula Noé 1991 / Sara Andrade 2002

Actualização

 
 
 
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