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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Convento masculino Ordem dos Irmãos de Nossa Senhora do Monte do Carmo - Carmelitas
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Descrição
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Planta longitudinal, composta; massas articuladas com coberturas diferenciadas em telhado. Fachada principal virada a SE. de 3 panos separados por pilastras, sobre o central empena triangular, sobre os laterais remates contracurvados; pináculos encimam cunhais e pilastras, uma cruz o bico da empena; no eixo do corpo central portal moldurado de verga recta, com a data de 1689 inscrita, a que se sobrepõe janela de sacada em ferro,com a data de 1864, e um óculo oval sob a empena; nos panos laterais rasgam-se portas rectangulares sob as aduelas de falsos arcos em asa de cesto. Fachada posterior de empena triangular. Nas fachadas laterais os volumes adossados das capelas, entre contrafortes unidos ao corpo da nave por muros de remate contracurvado; pequena sineira incorporada numa das fachadas laterais. Interior: nave única, 2 capelas laterais de cada lado, antecedidas por arcos redondos sobre pilastras toscanas, abóbada de berço com caixotões em estuque sobre a nave e nas capelas laterais, coro alto em madeira sobre colunas de madeira marmoreada e guarda-vento, púlpito em madeira com guarda-voz; na primeira capela lateral, do lado da Epístola, um retábulo em estuque com ornatos rococó e o emblema da ordem do Carmo, do lado do Evangelho retábulo em madeira com um grande presépio na zona da tribuna; na capela do Senhor dos Aflitos, junto ao arco triunfal do lado da Epístola, um retábulo em madeira com a imagem de Cristo na Cruz e um painel redondo representando Cristo Ressuscitado inscrito no tímpano; na capela do lado oposto uma maquineta com a figuração de Nossa Senhora da Nazaré e a imagem de vulto de São Francisco; a capela do Senhor dos Aflitos e a parede acima do arco triunfal são revestidas a azulejos de padrão seiscentista (P-91, P-85 e B-1), (SIMÕES, 1991); arco triunfal ladeado por pilastras compósitas, rematado por frontão interrompido, centrado pela pedra de armas dos Almeidas e Novais; capela-mor profunda com abóbada de caixotões pintada com ornatos de ferronerie dourados, com as armas do Carmo ao centro, retábulo em estuque marmoreado, com ornatos rococó, tribuna central com tela recente representando Nossa Senhora do Carmo, as imagens barrocas de Nossa Senhora do Carmo e de São José entre as colunas compósitas que ladeiam a tribuna; nas paredes laterais, dentro de arcos com pilastras laterais e frontões interrompidos, inscrevem-se os túmulos em mármore dos padroeiros da igreja, João Rodrigues de Novais do lado do Evangelho e sua mulher D. Maria de Almeida, do lado da Epístola, encimados pelas pedras de armas dos tumulados; painéis em estuque cobrem as paredes da capela-mor. |
Acessos
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Rua das Forças Armadas |
Protecção
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Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 740-CZ/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 de 24 dezembro 2012 |
Enquadramento
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Urbano, meia-encosta, adossado. Implantada sobre uma plataforma com adro empedrado, rodeado por murete com banco corrido envolvente, com acesso por escada estreita de vários lanços; abaixo do adro, o edifício recente das casas mortuárias; à esquerda, a E., o antigo edifício do Convento do Carmo, hoje Hospital. Na parede junto ao portão de entrada da escada as armas dos carmelitas. |
Descrição Complementar
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No pavimento da nave está o túmulo de João Frois de Brito, antepassado dos Mogo de Melo Carvalho. Embutida na parede, junto a uma das capelas laterais do lado da Epístola a lápide tumular de Diogo de Sigeu, de Toledo, que foi mestre da infanta D. Catarina, filha de D. Duarte, pai das ilustres irmãs Sigeia, Ângela e Luísa, esta encarregue da educação da infanta D. Maria. No coro alto a pintura sobre tábua seiscentista representando a Fuga para o Egipto. |
Utilização Inicial
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Religiosa: convento masculino |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja / Saúde: hospital |
Propriedade
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Privada: Misericórdia |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 16 / 17 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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1558 - o convento e a igreja são fundados por D. Jaime de Lencastre, mais tarde bispo de Ceuta e consagrados a São Gregório Magno; 1624 - João Rodrigues de Novais e sua mulher D. Maria de Almeida adquirem, dotam e ornam a capela-mor, segundo indicação no epitáfio; 1689 - conclusão das obras, segundo data inscrita no portal; 1834 - com a dissolução das ordens religiosas a igreja e o convento passam para a Misericórdia local, sendo então feitas obras de adaptação a Hospital da parte conventual; 1864 - inclusão da janela sobre o portal, com esta data assinalada no ferro da sacada; 1974 - o Hospital passa para a administração do Estado, continuando na posse da Misericórdia; 1993, 01 abril - Despachod e abertura do processo de classificação; 2008, 09 dezembro - proposta da CMTorres Novas de alargamento da classificação à área do Convento; 2009, 07 agosto - proposta de definição de Zona Especial de Proteção da DRCLVTejo; 26 agosto - parecer favorável do Conselho Consultivo do IGESPAR; 03 setembro - Despacho do diretor do IGESPAR de alargamento do âmbito da Classificação; 2012, 12 março - proposta da DRCLVTejo de definição de Zona Especial de Proteção e alterando a designação para "Igreja e vestígios do Convento do Carmo"; 21 setembro - publicação do projeto de decisão de classificação do edifício como Monumento de Interesse Público e fixação da respetiva Zona Especial de Proteção, em Anúncio n.º 13448/2012, Dr, 2.ª série, n.º 184. |
Dados Técnicos
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Estruturas autoportantes |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de pedra rebocada e caiada; molduras em cantaria, cobertura em telha cerâmica, pavimento em madeira e pedra, azulejo em revestimentos, madeira em caixilhos e portas, sacada em ferro. |
Bibliografia
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SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Santarém, vol. 5, Lisboa, 1949; SIMÕES, J.M. dos Santos, Azulejaria portuguesa do séc. XVII, Lisboa, 1991; ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976; MAMEDE, Eduardo Proença, Uma pedra de armas que não é de armas, O Almonda, 14 Novembro de 1997; O panteão de João de Novais (Carmo), O Almonda, 28 de Novembro de 1997. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN / DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN / DSID |
Documentação Administrativa
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IAN/TT, Memórias Paroquiais, vol. 37, fl. 681, Lisboa, 1758. |
Intervenção Realizada
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Observações
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Em 1758 (Memórias Paroquiais) guardava-se na igreja uma relíquia da cabeça de São Gregório Magno. |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 1997 |
Actualização
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