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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre Tipo planta retangular com pátio central
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Descrição
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Planta composta por 4 rectângulos adossados em redor de um pátio central, rectangular; coberturas em telhado de 4 águas. Fachada principal virada a E., delimitada por cunhais apilastrados, com rodapé em cantaria e cimalha pouco saliente, subindo em 2 pisos - o inferior é rasgado por portas e janelas de vão rectangular e por um portal vazado junto ao cunhal S., este de verga em arco segmentar, molduras em arco de círculo e frontão mistilíneo, com as iniciais "CL" (Companhia das Lezírias) no tímpano e no remate o escudo português coroado circundado por cartela barroca; o piso superior é rasgado por 9 portas-janelas de vão rectangular moldurado abrindo para balcões em cantaria com guardas de colunelos em ferro; as fachadas laterais e posterior mostram enquadramentos idênticos de cunhais, rodapés e cimalhas e 2 registos em altura; a fachada posterior é vazada por 3 portas-janelas e por 7 janelas de vão rectangular no piso superior, outras tantas portas e janelas rectangulares no térreo; as fachadas laterais, de menores dimensões, são simétricamente vazadas por 6 portas-janelas com balcões de colunelos no piso nobre, por 6 janelas e portas de vão rectangular moldurado, no eixo dos vãos superiores, no rés do chão. No interior, totalmente adulterado, restam ainda as paredes do registo inferior, com janelas gradeadas e uma porta de acesso a um saguão. |
Acessos
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Praça da República; Rua Cinco de Outubro; Rua Almirante Cândido dos Reis; Rua Dr. Manuel Santos Gonçalves |
Protecção
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Em vias de classificação (Homologado como IM - Interesse Municipal, Despacho de outubro 1982) (fachada) |
Enquadramento
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Urbano, planície, isolado. O palácio implanta-se no largo principal da povoação, em frente à Igreja Matriz (v. PT031405020002); para a rua que delimita a sua fachada posterior abre a fachada principal da Igreja da Misericórdia de Samora Correia; a fachada S. abre para um pequeno jardim cercado por muro alto, no qual ainda se pode ver um tanque oval, em cantaria. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: museu / Cultural e recreativa: biblioteca |
Propriedade
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Privada: pessoa colectiva / pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 17 (conjectural) / 18 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 17, 2ª metade - data provável de construção do palácio, pertencente à Casa do Infantado, instituída em 1654 por D. João IV para o seu segundo filho, o infante D. Pedro; 1758 - o palácio é referido nas Memórias Paroquiais como "paços onde assistiu o Infante D. Francisco"; 1834 - extinção da Casa do Infantado; séc. 18, 2ª metade - reconstrução do portal, com o seu frontão mistilíneo; aplicação de novas guardas nos balcões; construção de um mirante sobre o telhado, a NE.; 1836 - o palácio é integrado na Companhia das Lezírias do Tejo e Sado; 1975, 13 de Novembro - nacionalização da Companhia das Lezírias; 1976 - O edifício manteve até esta data as suas características iniciais, mas nesse ano foi devorado por um violento incêndio que arrasou todo o seu interior, reduzindo a cinzas importantes valores da história da região e do espólio da Companhia das Lezírias; 1997 - em curso obras de adaptação a biblioteca, auditório e museu, através de acordo entre a Companhia das Lezirias e a Câmara Municipal de Benavente; 1998 - conclusão das obras de recuperação e abertura ao público. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Alvenaria de pedra e de tijolo rebocada e pintada, betão; cantaria em cunhais e molduras; cobertura em telha cerâmica; pavimentos em tijoleira, mármore e madeira; portas e caixilharia em madeira. |
Bibliografia
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CÂNCIO, Francisco, Ribatejo Histórico e Monumental, vol. 3, Coimbra, 1939; MARTINS, Padre Camilo Neves, Samora Correia através dos tempos - sua história, seu passado, seu presente, seu futuro, Samora Correia, 1996. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; Câmara Municipal de Benavente (levantamento planimétrico do edifício) |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; Museu de Benavente (fotos anteriores ao incêndio) |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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1996, c. de - início das obras de adaptação ainda em curso a Biblioteca e Auditório no piso superior, Museu da Companhia das Lezírias no piso térreo; CMB: 2008 - Remodelação do Jardim do Palácio do Infantado, obra adjudicada por ajuste directo a Costa & Leandro, pelo valor de 10.639,46 € (DR.2ª série, nº 45 de 05 de Março 2009). |
Observações
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*2 - Desconhece-se como era organizado o espaço interno, restando apenas parte de um saguão, na zona central, onde hoje foi criado um pátio rectangular; fotografias do alçado principal, anteriores ao incêndio de 1975, mostram um mirante acima do telhado, sobre a fachada principal, em posição simétrica com o portal, além de um friso divisório dos andares e de uma pilastra delimitando o portal enquadrado à direita e à esquerda por uma janela de balcão. |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 1997 |
Actualização
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