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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja de peregrinação
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Descrição
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Igreja de planta longitudinal composta constituída por uma nave de planta octagonal seguido da capela-mor rectangular, envolvida por dois corredores que dão acesso à sacristia, situada no enfiamento dos restantes corpos e também rectangular. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de 2, 3 e 8 águas. A fachada principal orientada a O. mostra um portal rematado por frontão interrompido que enquadra as armas de D. Gaspar de Bragança, encimado por um óculo de forma recortada, terminando num frontão de linhas ondulantes. Os ângulos, e a empena do telhado da capela-mor, mostram fogaréus. No interior destacam-se os três retábulos de talha, conservando-se no da capela-mor uma imagem de Cristo Crucificado que pertencia ao primitivo cruzeiro, o coro com grade de madeira e o púlpito de talha sobre mísula de granito. O tecto da capela-mor é pintado com os 4 evangelistas e Cristo em medalhões. Na sacristia existe um outro pequeno retábulo e um lavabo em granito. A torre sineira é independente das outras construções. Tem planta poligonal e apresenta dois corpos sendo o superior destinado aos sinos e apresentando no inferior, do lado virado à igreja, uma fonte na base a que se sobrepõe uma cartela com uma inscrição e no topo um relógio emoldurado por uma grinalda. A Casa dos Milagres apresenta um único corpo de planta rectangular, com dois pavimentos, mostrando na fachada virada à torre sineira uma varanda com arcarias e acesso por escadaria. Numa divisão do rés-do-chão conserva-se um conjunto de 94 tábuas votivas de óleo sobre madeira. A partir da Casa dos Milagres uma calçada que sobe a encosta permite o acesso à Capela do Senhor dos Milagres que é uma pequena construção de planta poligonal e cobertura em cúpula. No interior alberga um conjunto de imagens representando a crucificação de Cristo. Junto existe uma fonte de perfis rectilíneos com cornija liza inflectindo ao centro para definir um frontão triangular encimado por uma cruz. No pano central mostra uma cartela com inscrição latina. Imediatamente abaixo da capela localiza-se o calvário constituído por cinco cruzeiros de forma simples. |
Acessos
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IP 4 (Vila Real - Alijó), EM para Perafita |
Protecção
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Categoria: CIP - Conjunto de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 171/2013, DR, 2.ª série, n.º 67 de 05 abril 2013 |
Enquadramento
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Peri-urbano, rural, com as diversas construções que constituem o santuário localizadas na aldeia (a igreja rodeada por adro murado, a torre sineira e a Casa dos Milagres anexas) junto do casario, enquanto a capela, a fonte e o Calvário estão a meia encosta, sobranceiros à aldeia, tendo acesso a partir desta por uma calçada. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja de peregrinação |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja de peregrinação |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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CANTEIRO: Francisco Correia de Matos (1774). CARPINTEIRO: António de Mesquita Pais (1775). ENTALHADOR: Francisco Dias de Araújo (1777 / 1778). |
Cronologia
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Séc. 17, finais - Segundo a lenda, data do primeiro milagre da Fonte Santa; 1758 - na aldeia de Perafita apenas existia uma capela dedicada a Santo António de Pádua e um cruzeiro diante desta; 1767 / 1773, entre - é iniciada e concluída a obra da capela-mor da igreja; 1774 - contrato para a obra de pedraria do corpo da igreja; 1775 - contrato para a obra de carpintaria; 1777 / 1778 - contrato para a obra de talha; 1795 - data gravada no fecho de um dos arcos da Casa dos Milagres; 1896 - tábua votiva datada mais recente; 2003, 07 fevereiro - proposta de classificação de imóvel por um grupo de estudantes da Escola Superior de Educação de Lamego; 28 julho - proposta de abertura do processo de classificação da DRPorto; 18 agosto - despacho de abertura do processo de classificação da Vice-Presidente do IPPAR; 2007, 15 fevereiro - proposta de definição de Zona Especial de Proteção da Câmara Municipal de Alijó; 2009, 28 outubro - proposta da DRCNorte para a classificação como Conjunto de Interesse Público e definição de Zona Especial de Proteção; 2010, 11 fevereiro - despacho do Diretor do IGESPAR, I.P., para devolução da proposta de definição da Zona Especial de Proteção, para aplicação do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, n.º 206 de 23-10-2009; 11 maio - nova proposta de definição de Zona Especial de Proteção da DRCNorte; 2011, 31 janeiro - nova proposta de classificação e definição de Zona Especial de Proteção da DRCNorte; 23 fevereiro - parecer favorável à nova proposta de classificação da SPAA do Conselho Nacional de Cultura; 2012, 11 outubro - publicação do projeto de decisão de classificar o imóvel como Conjunto de Interesse Público e fixação da respetiva Zona Especial de Proteção, em DR, 2.º série, n.º 197, anúncio n.º 13543/2012. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista (nave da igreja e capela do Senhor dos Milagres); paredes autoportantes (capela-mor da igreja e Casa dos Milagres). |
Materiais
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Granito, cantaria; madeira, talha e tábuas votivas. |
Bibliografia
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ALVES, Natália Marinho Ferreira, O Santuário do Senhor de Perafita. Aspectos da mentalidade religiosa popular na segunda metade do século XVIII, Vila Real, 1987; CORDEIRO, Olga Telo - Um milhão e meio de euros para recuperar património do Vale do Tua. Jornal Nordeste. 03 fevereiro 2015; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/5751866 [consultado em 8 agosto 2016]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Comissão Fabriqueira: 1994 - Obras de conservação de vulto; 2015 - previstas obras de recuperação da igreja, no âmbito das medidas compensatórias do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz do Tua (AHFT), numa parceria da Direção Regional de Cultura do Norte e da Agência de Desenvolvimento Regional da Vale do Tua (ADRVT), com o financiamento da EDP. |
Observações
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As obras da 2ª metade do séc. 18 foram realizadas devido à protecção do Arcebispo Primaz de Braga D. Gaspar de Bragança. |
Autor e Data
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Ricardo Teixeira e Paulo Dordio 1996 |
Actualização
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