Capela de São Lázaro
| IPA.00006101 |
Portugal, Lisboa, Sintra, União das freguesias de Sintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim) |
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Arquitectura religiosa, manuelina e revivalista neo-manuelina. Capela de gafaria, que se increve no grupo de pequenas capelas quinhentistas, de linhas simples, quase desprovida de vãos e terminando em empena. Possui alguns elementos manuelinos com decoração torsa, vegetalista e heráldica, como as abóbadas polinervadas e as mísulas, assim como acrescentos neo-manuelinos patentes sobretudo na moldura torsa do portal. Os azulejos do altar são hispano-árabes. Capela associada a uma gafaria que se localizava dentro da cerca murada de que ainda existe parte, conservando alguns elementos característicos desta função como as janelas gradeadas que davam para as dependências daquela, para os gafos poderem assistir aos ofícios religiosos sem contacto directo com o público. |
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Número IPA Antigo: PT031111120014 |
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Registo visualizado 837 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Capela / Ermida
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Descrição
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Planta longitudinal de dois rectângulos justapostos escalonados, correspondentes à nave e capela-mor. Massa horizontalista de volumes articulados e cobertura de telhados de 2 e 3 águas. Frontespício centrado por portal em arco deprimido emoldurado por toro torso sobre bases facetadas com anéis, encimado por pequena janela rectangular gradeada e sobre esta uma pedra de armas com o brasão da Rainha D. Leonor *1; remate em empena angular finalizada por pequena cruz pétrea. Fachadas laterais vazadas por uma única janela de capialços profundos em arco rebaixado; cabeceira cega; remates em beiral. INTERIOR: Nave única iluminada lateralmente por 2 janelas desniveladas entre si; do lado dir. pia de água benta; cobertura de abóbada de cruzaria de 2 tramos, com nervuras lisas e tosas sobre mísulas facetadas e cadeia central interrompida decoradas nos encontros com bocetes heráldicos (camaroeiro: divisa figurada de D. Leonor) e vegetalistas; estabelecendo a passagem para a capela-mor um pequeno arco triunfal de perfil rebaixado, de moldura facetada, encimado por pedra circular com cruz. Na capela-mor um altar revestido de azulejos hispano-árabes de aresta; cobertura de abóbada polinervada estrelada sobre mísulas, com bocetes florais e heráldicos (camaroeiro e brasão real). |
Acessos
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Rua Serpa Pinto. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,791086; long.: -9,381180 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 22 617, DG, 1.ª série, n.º 122 de 02 junho 1933 / ZEP, Portaria, DG, 2.ª série, n.º 37 de 15 fevereiro 1951 / Incluído na Área Protegida de Sintra - Cascais (v. PT031111050264) |
Enquadramento
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Urbano. Implantado num terreiro plano, rectangular e parcialmente murado, circundado por construções. Aos cunhais da frontaria adossam-se 2 muros, um transversal, à esq., e outro longitudinal, à dir. Nas proximidades ergue-se a Igreja de S. Pedro. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: capela |
Utilização Actual
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Devoluto |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 15 (conjectural) / 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1409, 1 Setembro - acordo entre os senados de Sintra e de Cascais para administração conjunta dos bens do hospital dos Lázaros e gafos de São Pedro de Penaferrim, em Sintra; séc. 15 - época provável para construção da capela, que fazia parte da gafaria de Sintra; séc. 16, 1º quartel - deve ter recebido obras por iniciativa da rainha D. Leonor, motivo pelo qual a sua emblemática está sobre o portal e nos bocetes das abóbadas; 1545, 26 Setembro - gafaria e hospital passam para a jurisdição da Misericórdia, criada por D. Catarina, sendo que nesta altura a gafaria já estava desocupada; 1552, 3 Setembro - escritura passando metade dos bens deixados pela rainha D. Leonor ao hospital dos Lázaros e gafos de São Pedro de Penaferrim, em Sintra, para a Misericórdia de Cascais com a obrigação de socorrer os enfermos e pobres; 1655 - petição para se derrubar um curral de vacas que Brás Gonçalves fez em frente da Capela; 1755 - o terramoto fez ruir a igreja de São Miguel, e o culto desta paróquia foi para transferido para a Capela de São Lázaro; 1882, 4 Outubro - acta de reunião da Câmara, na qual foi apreciado um requerimento do Marquês de Viana, D. João Manuel de Meneses, para "fechar o espaço por onde é serventia da Ermida de São Lázaro, mudando a dita serventia para acima em linha recta", pedido que foi deferido pela Câmara; 1932 - a capela ameaçava ruina; 1937 - os azulejos do altar-mor e dois bocetes estão à guarda do Hospital da Misericórdia, tendo sido os mesmos requesitados para serem repostos. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista. |
Materiais
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Cantarias de calcário; alvenaria mista rebocada e pintada; ferro; azulejos; telhas. |
Bibliografia
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S.A., Antiguidades de S. Pedro de Sintra in Ecos de Sintra Ano 1, nº 15, 9 Novembro 1935, p. 2; PEREIRA, Félix Alves, Sintra do Pretérito, Sintra, 1957; AZEVEDO, Carlos de, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano de Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa, 1963; COSTA AZEVEDO, José Alfredo da, Velharias de Sintra, 5º vol., Sintra, 1984. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1937 - consolidação de paredes com anéis encobertos de betão armado; reconstrução do pavimento de lagedo e da cobertura exterior com telha românica e telha velha; picagem e reconstrução de reboco com cal hidráulica; revestimento do altar-mor com azulejos hispano-árabes no frontal e tijolo na parte superior; grades de ferro nas janelas, "iguais às antigas"; execução de pavimentos de tijolo; reparação geral das abóbadas, reconstituição de artesões mutilados e consolidação dos fechos ornamentados; substituição de cantarias mutiladas no arco triunfal e porta principal; nova porta de madeira de sicupira; 1944 - assentamento da porta; acabamento do altar de alvenaria com assentamento dos azulejos; 1953 - limpeza e reparações no telhado, porta principal e caiação; séc. 20, déc. 90 - restauro de rebocos e pinturas e reconstrução das coberturas. |
Observações
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*1 - escudo partido; no 1º brasão real; no 2º de ...cinco escudetes de ... postos em cruz, em chefe lambel de ... com dois pés carregados com as armas de Aragão e de Sicília. |
Autor e Data
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Paula Noé 1991 / Lina Oliveira 2004 |
Actualização
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