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Edifício e estrutura Edifício Militar Forte
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Descrição
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*1 |
Acessos
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Oeiras. WGS84 (graus decimais) lat.: 38.681273, long.: -9.314903 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Implantado na parte O. da praia de Santo Amaro. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Militar: forte |
Utilização Actual
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Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Ministério da Defesa Nacional |
Época Construção
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Séc. 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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1647 - data de fundação do forte, integrado na linha defensiva da barra do Tejo, que no seguimento da Restauração, era dirigida pelo 3º conde de Cantanhede e 1º marquês de Marialva, D. António Luís de Meneses (m. 1675) ; 1659 - conclusão das obras de edificação ou reedificação do forte (conforme atesta lápide colocada sobre a porta principal), sendo então artilhado com 7 bocas de fogo ; 1701, 30 Ago. - decreto régio nmeando governador do forte (então designado de Santo Amaro ou do Rio de Oeiras) D. Rodrigo da Costa ; 1723 - era governador do forte o cabo João Pedro Fernandes ; 1735 - é referido o mau estado de conservação do forte (sendo necessária designadamente a substituição da porta principal tendo em conta o estado de ruína em que se encontrava), o qual possuía então na bateria 7 peças de ferro ; 1751 - a degradação do forte acentuara-se, de modo a ser referenciado o seu estado de ruína (e estimando-se, opara a realização das obras necessárias, um orçamento de 900$000 reis), efectuando-se posteriormente obras de conservação e confiando-se a sua guarda a um oficial residente ; 1763 - durante a guerra com Espanha, era governador do forte o alferes do Regimento da Armada Carlos José da Cunha, e o mesmo encontrava-se artilhado com 8 bocas de fogo (uma das quais incapaz de funcionar) ; 1868 - o forte é desartilhado ; 1793 - a fortificação, que entretanto sofrera obras de conservação, é inspeccionada pelo coronel de engenharia Romão José do Rego ; 1798 - o forte dispunha de 6 peças de artilharia r de uma guranição constituída por 6 soldados artilheiros ; 1800, 17 Dez. - decreto régio nomeia governador do forte, o sargento-mor do Regimento de Artilharia da Corte, Manuel dos Reis ; 1805 - o governador tinha sob as suas ordens o capitão ajudante Bartolomeu Agostinho Pereira de Carvalho, 1 furriel, 2 cabos de esquadra e 20 soldados inválidos ou de pé do castelo ; 1813 - o forte, que se encontrava em bom estado de conservação, possuía 6 bocas de fogo ; 1820, 17 Nov. - nomeado governador do forte (por falecimento do anterior), o major Matias José de Almeida ; 1824 - o forte detinha 3 bocas de fogo ; 1831 - a fortificação continuava artilhada com 5 bocas de fogo montadas no contexto das lutas entre liberais e absolutistas ; 1833 - o governador Matias José de Almeida, abandona o forte, retirando para o Norte ; 1836 - é nomeado governador o major José Victorino de Amarante (até então em serviço na torre do Bugio) ; 1841 - é governador do forte Luís da Silva Seabra ; 1847 - o forte estava artilhado com 3 bocas de fogo, de calibre 24 ; 1855 - é governador José de Gouveia Lobo Soares ; 1859 - era governador do forte D. José Maria de mendonça ; 1868 - a fortificação já se encontrava desartilhada ; 1870 - era governador Joaquim José Esteves ; 1874 - era governador do forte Francisco maria Esteves Vaz ; 1896 - residia no forte apenas um soldado, com a sua família ; 1897 - era governador António Francisco ; 1909 - era governador do forte Francisco de Carvalho Moreira Júnior ; 1911, 21 Nov. - nomeação de Frederico Augusto Guerra Soares para governador do forte, cargo então meramente simbólico ; 1945 - habitavam no forte 5 famílias ; 1947 - residiam no forte 27 adultos e várias crianças; 1950 - residiam no forte cerca de 40 pessoas, iniciando-se pouco depois o processo conducente ao seu desalojamento ; 1953 - cedência do forte à Administração do porto de Lisboa, que nunca o utilizou ; 1954 - entrega do forte ao Secretariado-Geral da Defesa Nacional, promovendo-se grandes obras de conservação e beneficiação ; 1961 - 1962 - o forte funciona como residência de veraneio do Ministro do Exército ; 1974 - depois da Revolução de 25 de Abril, o forte tornou-se local de importantes reuniões políticas, o que, por razões de segurança de algumas personalidades, determinou que fosse rodeado de um alto um muro, cuja demolição se aguarda |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante |
Materiais
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Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, estuque, ferro forjado, madeira |
Bibliografia
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Relação das fortalezas e Fortes de Toda a Marinha da Província da Extremadura Declarando o Estado em que se Achão as Suas Fortificações, Artilharia, e Munições de Guerra, do que há Pronto e do que Falta, Lisboa, 1735 (BIBLIOTECA NACIONAL, Secção de Reservados, Fundo Geral, manuscrito) ; CHABY, Cláudio, Sinopse dos Decretos Remetidos ao Extincto Conselho de Guerra, Vol. III, Lisboa, 1872 ; Oeiras, Lisboa, 1940 ; CALLIXTO, Carlos Pereira, Fortificações Marítimas no Concelho de Oeiras, Lisboa, s. d. ; AZEVEDO, Carlos, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Vol. II, Lisboa, 1963 ; Memorial histórico ou Colecção de Memórias sobre Oeiras, Oeiras, 1982 ; CRISPIM, M. N., LOBO, P. V., (coord. de), Retratos de Oeiras, Oeiras, 1994 ; FERNANDES, José Manuel, Imagens de Oeiras, Oeiras, 1996 ; Plano de Salvaguarda do Património Construído e Ambiental do Concelho de Oeiras, Oeiras, 1999 |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DRML; CMO: Departamento de Infraestruturas Municipais - Divisão de Estudos e Projecto |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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ARQUIVO HISTÓRICO MILITAR, Caixa 4, Nº 9 ; A.H.M., Caixa 5, Nº 6 ; A.H.M., 3ª Divisão, 9ª Secção (Relação Nominal das Praças que Compõem o Estado maior de São Julião da Barra e Fortes na sua Dependência, de Martinho de Sousa Albuquerque, 2 Setembro 1809 ; Mapa do Estado Maior e mais Pessoas Empregadas em a Torre de São Julião da Barra e mais Fortes de sua Dependência, assim como de toda a Artilharia, Munições, Palamenta, Petrechos, Trens, Ferramentas, e Géneros, Existentes em o 1º de Abril de 1813, por D. Rodrigo de Lencastre ; Relatório do coronel de Engenharia Pedro Folque, 11 Setembro 1815 ; Relação dos Governadores, Majores e Ajudantes da Fortaleza de São Julião da Barra e suas Dependências, do comandante coronel Ignácio Joaquim de Castro, 1 Janeiro 1820 ; Relação do Estado Actual da Artilharia, Munições de Guerra, Palamenta, e mais Géneros, Existentes na Torre de São Julião da Barra e mais Fortes da sua Dependência, 31 Dezembro 1824 ; Governadores dos Fortes Dependentes da Praça de São Julião da Barra, 19 Dezembro 1829 ; Mapa das Bocas de fogo que há Montadas e Municiadas na Torre de São Julião da Barra e Fortes da sua Dependência Abaixo Mencionadas com Declaração de sues Calibres, 29 Novembro 1831 ; Lista dos oficiais, e mais Praças, que Compõem o Estado Maior da Torre de São Julião da Barra e Fortes da sua Dependência, 20 Novembro 1833) ; DIRECÇÃO DO SERVIÇO DE FORTIFICAÇÕES E OBRAS DO EXÉRCITO, Pº do Prédio Militar nº 13 de Oeiras |
Intervenção Realizada
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Observações
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* 1 - o exterior não é visível pela existência de muro elevado e aguarda-se autorização para efectuar visita ao interior, pelo que a descrição será então realizada |
Autor e Data
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Teresa Vale, Maria Ferreira e Sandra Costa 2001 |
Actualização
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