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Conjunto urbano Aglomerado urbano Povoado Povoado proto-histórico Povoado fortificado
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Descrição
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Povoado fortificado proto-histórico e romanizado, circundado por duas linhas de muralha, apresentando, na vertente E., uma linha de defesa exterior. As muralhas chegam a atingir c. de 3,5 m de espessura, conservam rampas interiores de acesso a estas, com uma largura de c. de 0,5 m, correspondendo a um alargamento da muralha nos pontos em que estas se inserem. O sistema defensivo está complementado por dois fossos escavados no afloramento de O. a E., embora a O., na zona de mais fácil acesso e onde se localiza a entrada principal do povoado, se tenha acrescentado um terceiro fosso, chegando estes a atingir c. de 7 m de profundidade. Registe-se também uma área com pedras fincadas de NO a O. As cristas superiores dos taludes que intermeiam os fossos apresentam igualmente pedras fincadas. A entrada no povoado faz-se por uma porta estreita, virada a O., que continua por uma passagem angular, igualmente de reduzida largura, para o acesso à plataforma superior, havendo também uma outra entrada na muralha exterior, virada a NE, sobre a ribeira do Castro. Nas plataformas interiores às muralhas encontram-se construções habitacionais de planta circular e rectangular, aparentemente organizado em bairros, em núcleos familiares, apresentando alguns pátio lajeado. Numa das construções foi detectada uma lareira com lastro em lajes e um trasfogueiro como anteparo. |
Acessos
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Beça, Caminho carreteiro desde a EM Carvalhelhos - Pisões, a partir do km 94 da EN 311, junto à estância termal das Caldas Santas de Carvalhelhos |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 38 491, DG, 1.ª série, n.º 230 de 06 novembro 1951 |
Enquadramento
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Rural, na periferia das termas de Carvalhelhos, remate de esporão sobre a ribeira do Castro, coberto com vegetação rasteira e pinhal. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Não aplicável |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Pública: Municipal |
Afectação
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Época Construção
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Proto-história |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Não aplicável |
Cronologia
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Proto-história - construção do povoado; Antiguidade - ocupação romana. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes; muralhas construídas com silhares assentes em seco, em aparelho irregular, constituídas por dois paramentos paralelos preenchidos interiormente com pedra miúda; paredes das construções em dois paramentos; fossos escavados no afloramento. |
Materiais
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Muralhas e construções em granito e xisto; cobertura das construções com tegula e imbrex; pavimento das habitações em saibro; pavimentos com lajes graníticas; rampas de acesso às muralhas construídas com blocos de granito e xisto; pedras fincadas de granito e xisto. |
Bibliografia
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SANTOS JÚNIOR, Joaquim Rodrigues dos, O Castro de Carvalhelhos, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, 16 (1 - 2), Porto, 1957, p. 25 - 62; SANTOS JÚNIOR, Joaquim Rodrigues dos, Escavações no Castro de Carvalhelhos, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, 19 (2), Porto, 1963, p. 187 - 193; 19 (3 - 4), Porto, 1964, p. 360 - 365; 20 (1 - 2), Porto, 1966, p. 180 - 190; 22 (1), Porto, 1971, p. 72 - 75; 22 (4), Porto, 1975, p. 559 - 566; 23 (1), Porto, 1977, p. 161 - 165; 23 (3), Porto, 1978, p. 323 - 333; 23 (4), Porto, 1980, p. 607 - 619; 24 (1), Porto, 1981, p. 140 - 147; 24 (2), Porto 1982, p. 249 - 263; 24 (3), Porto, 1983, p. 511 - 519; 24 (4), Porto, 1984, p. 673 - 682; SANTOS JÚNIOR, Joaquim Rodrigues dos, As notáveis condições de defesa do Castro de Carvalhelhos, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, 22 (3), Porto, 1973, p. 207 - 219; SANTOS JÚNIOR, Joaquim Rodrigues dos, Trinta anos de escavações no Castro de Carvalhelhos (Boticas - Vila Real), Revista de Guimarães, 94, Guimarães, 1984, p. 411 - 424; ESPARZA ARROYO, Angel, Nuevos castros con piedras hincadas en el borde occidental de la Meseta, in Seminário de Arqueologia do Noroeste Peninsular, vol. 2, Guimarães, 1980, nº 14; PONTE, Maria de la Salete, Fíbulas de sítios a Norte do rio Douro, Lucerna, s/n, Porto, 1984, p. 127; CENTENO, Circulação monetária no Noroeste de Hispânia até 192, anexos de Nummus, 1, Porto, 1987, p. 113, nº 37; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73697 [consultado em 4 janeiro 2017]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1951 / 1983 - 32 campanhas de escavações arqueológicas sob a orientação de J. R. dos Santos Júnior. |
Observações
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A reconstituição das estruturas está assinalada com uma camada de cimento. O seu espólio é constituído por fragmentos de cerâmica comum da Idade do Ferro, cerâmica comum romana, cerâmica romana de importação, vidro, cossoiros, tegula, imbrex, cossoiros, mós manuárias rotativas, abundantes elementos numismáticos, artefactos metálicos (armas, ferramentas artesanais), fíbulas, objectos metálicos de adorno, contas de colar de pasta vítrea, escória e 200 kg de cassiterite. O espólio está depositado no Museu da Região Flaviense, em Chaves, e no Museu do Instituto de Antopologia da Faculdade de Ciências do Porto. Em alguns pontos das vertentes do outeiro foram exploradas pedreiras. ( 1 )Tendo as estruturas visíveis sido objecto de restauro. ( 2 ) Embora em algumas zonas as pedras fincadas estejam derrubadas |
Autor e Data
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Isabel Sereno e Paulo Amaral 1993 |
Actualização
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