Solar dos Condes de Vinhais / Museu Nacional Maçónico da Grande Loja Nacional Portuguesa
| IPA.00000593 |
Portugal, Bragança, Mirandela, Mirandela |
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Arquitectura residencial, setecentista. Casa nobre do tipo "casa comprida" de planta rectangular irregular, com fachada principal de dois pisos, e de três panos, definidos por pilastras, o central mais estreito e rematado por frontão em cortina, com brasão de família no tímpano, coroado por imagem, e os laterais terminados em friso e cornija. No pano central rasga-se portal de verga recta ladeado por pilastras toscanas encimado por janela de sacada com friso e cornija e guarda de ferro; nos laterais, abrem-se, no primeiro piso, portais de verga recta, e, no segundo, janelas de sacada, tendo no corpo da esquerda varanda alpendrada, apoiada em colunas coríntias com os vãos encimados por friso e cornija. Apresenta a fachada principal convexa adaptada ao traçado do quarteirão. A fachada principal apresenta eixo central verticalizante, acentuado com a abertura dos vãos, com molduras mais elaboradas e interligadas. Contraste entre a simplicidade dos vãos dos corpos laterais e a varanda alpendrada, adossada paralelamente a parte da fachada principal, apoiada em colunas caneladas e de terço inferior marcado, apoiadas em elegantes plintos e mísulas, com portas encimadas por friso e cornija e por onde se acede ao interior. Segundo Ataíde Malafaia, parte da coluna colocada no arranque da escada de acesso ao andar nobre deverá corresponder a um pelourinho senhorial; o plinto de suporte desta coluna possui frontalmente rosto zoomórfico com argola de ferro. |
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Número IPA Antigo: PT010407210015 |
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Registo visualizado 542 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre Tipo casa comprida
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Descrição
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Planta rectangular irregular, de volume simples e massa de predominante horizontal, com cobertura em telhados de quatro águas e de uma no alpendre, na sua continuidade. Fachada principal de perfil convexo, sensivelmente a meio, de dois pisos, rebocada e pintada de branco, com faixa a cinzento e rematada por friso e cornija, sobreposta por beirado simples. É dividido em três panos por pilastras toscanas, o central mais estreito com as pilastras coroadas por pináculos piramidais, e terminado em frontão em cortina interrompido superiormente por peanha sustentando imagem de São Tiago combatente, em cantaria de granito; no primeiro piso rasga-se portal de verga recta, ladeada por pilastras toscanas e encimado por moldura alta, e, no segundo, interligada, janela de sacada, moldurada, encimada por cornija e friso, com guarda de ferro, com pinhas nos ângulos; no tímpano, sobre cornija, surge brasão de família, com representação das armas dos Condes de Vinhais, inseridas num escudo oval, esquartelado, envolto por elementos fitomórficos enrolados e rematada por coronel. Os panos laterais são regularmente rasgados por vãos rectilíneos, correspondendo no primeiro piso a portais, alguns transformados em montras, e, no segundo, a janelas de varandim, ostentando molduras de cantaria, as sob o alpendre encimadas por friso e cornija, possuindo guarda em gradeamento de ferro e caixilharia de duas folhas e bandeira, em madeira. O pano da esquerda, sensivelmente mais longo, é parcialmente percorrido por larga varanda alpendrada, avançada, em cantaria, com trave que sustentada a cobertura apoiada por quatro colunas coríntias, com fuste de terço inferior marcado, assentes em altos e elegantes plintos, de almofadas côncavas, apoiadas por mísulas, e tendo guarda em gradeamento de ferro; tecto do alpendre em madeira formando masseira. A varanda é acedida por escada de cantaria, paralela ao corpo principal, composta por treze degraus, possuindo no arranque, sobre plinto, tendo na face frontal carranca com argola de ferro, coluna de fuste liso, sobreposto por brasão com as armas da família Pinto, de prata, com cinco crescentes pintados de vermelho, postos em sautor, timbradas por um leopardo de prata, armado e lampassado de vermelho, com um crescente na espádua; é rematada por esfera armilar em cantaria e suportada por plinto. Fachada posterior de dois pisos, rasgado por diversas janelas rectilíneas, o segundo apresentando varanda corrida, com guarda em gradeamento de ferro. INTERIOR: Vestíbulo acedido pela varanda com tecto em madeira em forma de barrete de clérigo. Possui capela integrando retábulo. |
Acessos
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Praça 5 de Outubro |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 1/86, DR, 1.ª série, n.º 2 de 03 janeiro 1986 |
Enquadramento
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Urbano, adossado, formando frente de rua, implantado num terreno com declive, integrado numa praça do centro histórico da cidade, de planta elíptica, calcetada nas vias de circulação automóvel e, no centro, pavimentada a lajes de cantaria de granito. À fachada lateral esquerda adossa-se a Igreja e antigo hospital da Misericórdia (v. PT010407210017) e, em frente, ergue-se a esquadra da P. S. P.. |
Descrição Complementar
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NSCRIÇÃO: Na fachada principal, na varanda alpendrada, surge, no friso do remate da segunda janela de sacada, a seguinte inscrição: CHRISTVS NOBIS CVM STATH. |
Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 18 - construção do edifício; 1959, cerca - ali funcionou a Sede da Mocidade Portuguesa e da Legião Portuguesa; 1975 / 1992 - instalação da Sede do Instituto de Emprego e Formação Profissional; 1994 - era proprietário Manuel Pavão, morador em Suçães; 2000 / 2004, entre - obras de remodelação do edifício para instalação da Grande Loja Nacional Portuguesa e constituição do Museu Nacional Maçónico, a partir de um acervo composto por peças originais e réplicas, em grande parte doadas por um individuo pertencente à instituição; abertura de uma Biblioteca e de um espaço para exposições temporárias; 2004, 6 Março - inauguração da Grande Loja Nacional Portuguesa e do Museu Nacional Maçónico. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura rebocada e pintada; escada, friso, cornija, colunas, pilastras, molduras dos vãos, pináculos, pedra de armas, esfera armilar e imagem de cantaria de granito; guardas em gradeamento de ferro; caixilharia de madeira; vidros simples; estuque nos tectos; tectos em masseira; pavimento em soalho; cobertura em telha de canudo. |
Bibliografia
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MALAFAIA, E. B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses. Tentâmen de Inventário Geral, s.l., 1997; ZÚQUETE, Afonso Eduardo Martins, Armorial Lusitano, Genealogia e Heráldica, Lisboa, 1961; Grande Loja Nacional Portuguesa, www.glnp.pt , 12 Janeiro 2007; Ordem dos Arquitectos Secção Regional Norte, www.oasrn.org , 12 Janeiro 2007; Câmara Municipal de Mirandela, www.cm-mirandela.pt , 12 Janeiro 2007; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74267 [consultado em 11 janeiro 2017]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Grande Loja Nacional Portuguesa: 2003 / 2004 - obra de remodelação do edifício e da envolvente para instalação da sede da Grande Loja Nacional Portuguesa e do Museu Nacional Maçónico; CMM: 2004 - obras na praça junto à fachada principal. |
Observações
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Autor e Data
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Ernesto Jana 1994 / Marta Ferreira 2006 |
Actualização
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