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Conjunto urbano Aglomerado urbano Povoação Vila medieval Vila fortificada Ordem religiosa militar (Ordem do Templo)
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Descrição
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Núcleo urbano fortificado, delimitado por perímetro de muralhas de traçado oval, interrompido por quatro portas, uma das quais assinalada apenas por vestígios (v. PT020505040080). A malha urbana apresenta uma configuração indiciadora de matriz regular, estruturando-se através de dois eixos ortogonais, um de sentido N. / S. (cardus maximus) e outro de sentido E. / O. (decumanus maximus). À ilharga do cruzamento perpendicular destes eixos forma-se o Largo da Igreja, de planta rectangular, onde se situa a Igreja da Misericóirdia e o pelourinho (v. PT020505040001) . Num eixo diagonal ao decamanus maximus, que se dirige para uma das portas, localiza-se a antiga Catedral / Igreja Matriz (v. PT020505040010), na proximidade relativa da qual se conservam as ruínas do Castelo, cuja torre de menagem assenta na estrutura do pódio de um templo romano. O tipo construtivo dominante refere-se à casa de dois pisos, construída em alvenaria de granito ou xisto, integrando frequentemente materiais romanos. Extra-muros destaca-se a Capela de São Dâmaso, a Capela do Espírito Santo (v. PT020505040079) e a ponte sobre o rio Pônsul (v. PT020505040081). Conservam-seainda as ruínas de um hipotético "balneum" com vestígios de estruturas abobadadas, de um "fornax" com planta rectangular e estrutura também abobadada, bem como uma necrópole com sepulturas escavadas na rocha. |
Acessos
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EN332 |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto nº 67/97, DR, 1.ª série-B, n.º 301 de 31 dezembro 1997 |
Enquadramento
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Urbano e rural. Povoação fortificada situada na margem direita do Rio Pônsul, implantando-se nas terras baixas a S. de Monsanto. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Não aplicável |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Pública: estatal (estação arqueológica) / Não aplicável |
Afectação
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DRCCentro, Portaria n.º 829/2009, DR, 2.ª série, n.º 163 de 24 agosto 2009 (estação arqueológica) |
Época Construção
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Séc. 01 / 04 / 06 / 07 / 09 / 10 / 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Época pré-histórica - povoamento documentado na envolvente; 60 a.C. - hipotética fundação do município por Júlio César; 16 a.C. - existência documentada da povoação romana; 14 d.C. - referência a Civitas Igaeditanorum; séc. 1 - construção da ponte sobre o Ponsul (F. Almeida ) e do "Templo de Vénus"; 105 - referência aos Igaeditani na inscrição da Ponte de Alcântara; séc. 03 / 04 - muralhamento da povoação; 561, cerca de - criação do bispado da Egitânia; 585, cerca de - edificação da catedral, do baptistério e do hipotético paço; 586 / 711 - cunhagem de moeda; séc. 09 / 10 - fontes muçulmanas revelam prosperidade económica; construção da mesquita sobre a catedral visigótica; séc. 10 - hipotética reconstrução da cerca muralhada; 1165 - doação a Gualdim Pais, Mestre dos Templários, por D. Afonso Henriques; 1197 - doação a Lopo Fernandes, Mestre dos Templários; 1199 - transferência da sede episcopal para a Guarda; 1229 - concessão de carta de foral por D. Sancho II; doação a Mestre Vicente, bispo da Guarda; reconversão da muralha; 1244 - doação a Martim Martins, Mestre dos Templários; 1245 - data provável da construção da torre de menagem sobre templo romano; 1497 - obras de renovação na antiga catedral por ordem de D. Manuel; séc. 16 - a igreja encontrava-se já parcialmente enterrada; correcção da orientação do altar-mor ( C. Torres, 1992 ); 1510 - concessão de carta de foral; renovação das muralhas; 1593 - abertura da porta S., na catedral; séc. 16 - edificação da Igreja da Misericórdia; 1624 - autorização de D. Filipe III para António Mascarenhas armar minas nos muros de Idanha; 1708 - estado de ruína das muralhas; séc. 19 - igreja transformada em cemitério da localidade, perdendo a sua função cultual; 1955 - início da prospecção arqueológica, da responsabilidade de Fernando de Almeida; 1992, 01 junho - a estação arqueológica é afeta ao Instituto Português do Património Arquitetónico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126; 2007, 20 dezembro - o imóvel é afeto à Direção Regional da Cultura do Centro, pela Portaria n.º 1130/2007, DR, 2.ª série, n.º 245; 2013, 28 janeiro - criação da União das freguesias de Monsanto e Idanha-a-Velha por agregação das mesmas, pela Lei n.º 11-A/2013, DR, 1.ª série, n.º 19; 2017 - escavações no núcleo, para perceber a sua evolução, levada a cabo pelas Universidade de Coimbra e Universidade Nova de Lisboa; 2020, 30 setembro - assinatura do auto de transferência de competência de gestão, valorização e conservação da Estação Arqueológica de Idanha-a-Nova (Egitânia), do Estado para a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova. |
Dados Técnicos
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Não aplicável |
Materiais
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Não aplicável |
Bibliografia
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PEREIRA, Félix Alves, Estudos Igeditanos, in O Archeologo Portuguez, XIV, Lisboa, 1909; PROENÇA JÚNIOR, Francisco Tavares, Archeologia do Distrito de Castelo Branco, Leiria, 1910; FONSECA, Crispiano da, A Aegitanea - Idanha-a-Velha, Lisboa, 1927; MARROCOS, A. Manzarra, Idanha-a-Velha: Estudo Antropogeográfico, Famalicão, 1936; CORREIA, Vergílio, Lembrança de Idanha-a-Velha, in Diário de Coimbra, ano IX, n.º 2727, 10/10/1938, p. 1; PIMENTA, Alfredo, Alguns documentos para a História de Idanha-a-Velha, in Subsídios para a História Regional da Beira Baixa, vol. I, Castelo Branco, 1944, pp. 133-198; CORREIA, Vergílio, Idanha-a-Velha, in Mvsev, vol. IV, n.º 9, Porto, 1945, pp. 106-120; MATTOS, Armando de, A basílica de Idanha-a-Velha, in Douro Litoral, 2.ª série, n.º 7, 1947, pp. 32-33; PINA LOPES, F. de, A Egitânia Através dos Tempos, Lisboa, 1951; LANDEIRO, José Manuel, Da Velha Egitânia, in Beira Alta, n.º 11, vol. 1 / 2, 1952, pp. 3-18; Arte Visigoda em Portugal, [catálogo de exposição], Porto, 1955; ALMEIDA, Fernando de, Egitânia, História e Arqueologia, Lisboa, 1956; IDEM, Notas sobre as Primeiras Escavações em Idanha-a-Velha, in Separata das Actas do XXIII Congresso luso-espanhol, Coimbra, 1957; IDEM, Arte Visigótica em Portugal, [dissertação de Doutoramento na FLL], Lisboa, 1962; ALMEIDA, Fernando de e FERREIRA, Octávio da Veiga, "O baptistério paleocristão de Idanha-a-Velha ( Portugal ), in Boletín del Seminario de Estudios de Arte y Arqueologia, vol. XXXI, Valladolid, 1965, pp. 134-136; FERNANDES, A. de Almeida, Paróquias suevas e dioceses visigóticas, Viana do Castelo, 1968; FERREIRA, Seomara da Veiga e COSTA, Maria da Graça Amaral da, Etnografia de Idanha-a-Velha, Castelo Branco, 1970; CASTELO - BRANCO, Manuel da Silva, A Sé egitaniense na Era Quinhentista, in Estudos de Castelo Branco, 1976, pp. 46-53; ALMEIDA, F. de, Ruínas de Idanha-a-Velha, Civitas Igaeditanorum. Egitânea - guia para o visitante, Lisboa, 1977; VELHO, Martim, O Arrasamento da Idanha em 1133, in Estudos de Castelo Branco, n.º 5, Castelo Branco, 1979, pp. 45-47; SALVADO, Pedro, Idanha-a-Velha: das «ruínas de ruínas» a que futuro?, in O estudo da História, 2.ª série, vol. 2, 1986-87, pp. 93-96; CALADO, Maria, Idanha-a-Velha. Memória histórica e património cultural, in Idanha-a-Velha, Lisboa, 1988, pp. 11-16; SALVADO, Pedro, Elementos para a cronologia e para a bibliografia de Idanha-a-Velha, Idanha-a-Velha, 1988; BARROCA, Mário, Contribuição para o estudo dos testemunhos pré-românicos de Entre-Douro-e-Minho, in IX Centenário da Dedicação da Sé de Braga, vol. I, Braga, 1990, pp. 101-145; NEVES, Vítor Pereira, Importante achado arqueológico, in Reconquista, 3/07/1992, p. 17; IDEM, Futuro da Egitânia garantido, in Reconquista, 25/09/1992, p. 19; TORRES, Cláudio, A Sé - Catedral da Idanha, in Arqueologia Medieval, n.º 1, Porto, 1992, pp. 169-178; MARCELO, M. Lopes, Beira Baixa - Novos Guias de Portugal, Lisboa, 1993; Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, Inventário, Vol. I, Distrito de Castelo Branco, IPPAR, Lisboa, 1993; REAL, Manuel Luís, Inovação e resistência: dados recentes sobre a antiguidade tardia no Ocidente peninsular, in IV Reunião de Arqueologia Cristã Hispânica, Barcelona, 1995; CORTE-REAL, Artur e POLICARPO, Isabel, Idanha-a-Velha, Processo de Classificação, Coimbra, 1996; NEVES, Vítor Pereira, As Aldeias Históricas de Monsanto, Idanha-a-Velha e Castelo Novo, Lisboa, 1996; TORRES, Cláudio e MACÍAS, Santiago, O legado Islâmico em Portugal, Lisboa, 1998; SILVA, Pedro Rego da, Memórias Paroquiais - Idanha-a-Velha ( 1758 ), in A Raia, n.º 6, Jullho-Agosto, 1998, pp. 20-25; TORRES, Cláudio [ dir. ], Idanha-a-Velha - Sé-Catedral, antiga mesquita, in Terras da Moura Encantada, Lisboa, 1999, p. 68; FERNANDES, Paulo Almeida, O primeiro restauro da Mesquita-Catedral de Idanha-a-Velha, a propósito de uma nota inédita de Fernando de Almeida, in Revista Raia, nº 21, Castelo Branco, 2000, pp. 42-47; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70554 [consultado em 14 outubro 2016]. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; IGESPAR: IPPAR |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; IGESPAR: IPPAR |
Documentação Administrativa
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IGESPAR: IPPAR |
Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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Margarida Conceição 1994 |
Actualização
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